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Manhã Gelada

Era uma manhã gelada de segunda-feira, a rua estava deserta não haviam carros nem pessoas, uma manhã cinza sem explicação. Nas ruas em todos os becos e esquinas a solidão pairava por todos os cantos, uma garotinha chamada Emma estava sozinha em casa, pois seus pais estavam em uma viagem de trabalho. Por se tratar de uma segunda-feira estranhará, pois o normal é ver um grande movimento nas ruas e calçadas da cidade, mas hoje tudo estava deserto era como se a cidade estivesse morta, sem o barulho das maquinas e todo aquele zun zun zun que vocês já conhecem. Emma curiosa saiu pela rua afora tentando encontrar alguém, aflita por estar sozinha em uma cidade tão pequena, mas agora tão grande, então começou a se perguntar. — E se todas as pessoas do mundo estivessem desaparecidas e eu seja que ainda está aqui? Continuou a vagar sozinha até que de relance viu uma sombra, mais especificamente um vulto que passava entre as casas da velha guarda da cidade em um pequeno beco fora do centro.

Logo seguiu atrás daquele vulto, claro que com muito medo, mas acreditou ser alguém que pudesse lhe dizer o que havia acontecido com todo mundo. Passou por trechos da cidade que nunca havia visto, e se deparou com uma parte abandonada da cidade que ela não conhecia, era um pequeno retiro com um gramado verde e extenso que se encontrava por detrás dos muros da cidade, com uma pequena intermitência de tijolos quebrados e algumas pedras pequenas espalhadas pelo gramado e um grande ipê-amarelo com suas folhas já ao chão, sua surpresa foi ver ali um pequeno banco de praça logo a baixo do grande ipê e um balanço de criança, pensou então que esse lugarzinho reservado podia ter sido um pequeno parque de diversão alguns anos atrás, ficou tão impressionada com aquele pequeno e simples local que por alguns minutos esquecia que estava sozinha. Sentado naquele banco de praça um velho de chapéu preto, sapatos surrados pelo tempo e seu terno já muito velho e com alguns pequenos buracos causados pelo efeito do tempo, e um anel dourado em seu dedo anelar da mão direita, curiosa Emma sentou-se ao lado desse velho e perguntou-lhe.

– Qual é seu nome, o que está fazendo aqui sozinho, você sabe porque todos sumiram?

Então ele me respondeu.

– Meu nome já está esquecido a alguns anos, bem já o que faço aqui é observar a natureza e me sensibilizar com seu cheiro e beleza. Porém, desta cidade ninguém sumiu! Afirmou o velho homem. Emma então respondeu.

— E onde estão todos? Acordei hoje e não vi ninguém. Então o velho homem lhe perguntou.

— Você tem certeza de que você acordou?

— Emma assustada olhou para o velho.

“Aquele local tinha um perfume vagamente familiar.”

“E foi ali que eu a vi pela primeira vez”, reconhecível perfume, reconhecível roupa preta, e um rosto sem muitas expressões, com a sabedoria no olhar de quem vivera não muitos anos, mas milhões deles.

Então o velho lhe perguntou. — Agora sabes quem sou?

Emma sem responder perguntou.

– Estou morta?

O velho respondeu.

— Sim!

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