“Ciclo da Vida”
Daqui seis meses…
[CENA 01 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ SALA DE MÚSICA – REFEITÓRIO/ DIA]
(Pedro entra na sala para a sua primeira aula. A professora ainda não chegou, porém já tem alguns alunos presentes. A sala está organizada em um círculo com um vazio no meio. Há uma mesa no canto esquerdo da sala, da professora. Pedro procura um lugar para ficar, observa os demais alunos. Alguns estão conversando entre si, outros estão sozinhos, mexendo no celular. Uma garota se aproxima dele)
MAYA – Oi! Você é o Pedro, né?
PEDRO – (levanta-se) Você é brasileira?!
MAYA – Sim, sou. (o cumprimenta) Sou do Paraná.
PEDRO – Eu sou do Rio. Prazer!
MAYA – Maya. (os dois sentam-se) Eu vi sua apresentação no YouTube. Você começou nervoso um pouco, ficou nítido isso, mas no fim você mandou bem.
PEDRO – Valeu. Eu não vi sua apresentação, desculpa.
MAYA – Relaxa. Na verdade, eu sou assim mesmo. Gosto de conhecer meus colegas.
PEDRO – Será que tem outro brasileiro aqui também?
MAYA – Não. Somos os únicos. Tem um mexicano, gente boa também. (aponta para um garoto, conversando com outros dois) Ruan. Depois apresento vocês.
PEDRO – Beleza. (a professora entra na sala)
OLIVIA – Hi, guys. (caminha até sua mesa, coloca sua bolsa, volta para o meio da sala) How many new faces. And beautiful too. Well, my name is Olivia Benedit. I will be our singing and piano teacher during this semester. (caminha pelas cadeiras, olhando para cada um dos alunos) I like to listen to my students as much as possible. You can be sure that I want to get the best out of each of you. (volta para o meio da sala) But, for that I need to be told a little about you. Where are you from? What do you like to sing? What are your dreams? How about we start here … (aponta para uma garota de óculos) You. Say your name, where you came from, introduce yourself to us. (no momento que a garota ia começar a falar, a turma começa a ouvir um som) Look at this. It looks like the veterans started their show. Come with me class. (todos levantam-se e a acompanham. Caminham pelos os corredores, até o som que estavam ouvindo. Chegam ao refeitório e se surpreendem)
[CENA DE MÚSICA – CIRCLE OF LIFE (THE LION KING)]
[ALUNO 01]
Nats ingonya ba bagithi Baba 1
Sithi uhm ingonya aba
Nats ingonya ba bagithi babo
Sithi uhhmm ingony aba
Ingonya aba
[ALUNOS]
Siyo Nqoba
Ingony ba
Ingonyama nengw’ enamabala
Ingonyama nengw’ enamabala
Ingonyama nengw’ enamabala
Ingonyama nengw’ enamabala
Ingonyama nengw’ enamabala
[ALUNA 02 (menina)]
From the day we arrive on the planet 2
And, blinking, step into the sun
There’s more to see than can ever be seen
More to do than can ever be done
There’s far too much to take in here
More to find than can ever be found
But the sun rolling high through the sapphire sky
Keeps great and small on the endless round
[ALUNO 01 (menino)]
It’s the circle of life 3
(Balek’ ingonyam’i ya gale’!)
And it moves us all
(Ingonyama nengwe wema!)
Through despair and hope
Through faith and love
‘Till we find our place
On a path unwinding
In the circle
The circle of life
[ALUNO 01 e ALUNA 02]
It’s the circle of life 4
(Balek’ ingonyam’i ya gale’!)
And it moves us all
(Ingonyama nengwe wema!)
Through despair and hope
Through faith and love
‘Till we find our place
On a path unwinding
In the circle
The circle of life
1. A turma de Pedro ouve os versos inicias da música dentro da sala. Assim que saem, escutam apenas o coral de alunos cantando. Ao chegarem ao refeitório, dão de cara com uma releitura da cena clássica do filme O Rei Leão, preparado por alguns alunos veteranos.
2. As mesas foram retiradas, deixando o refeitório bem amplo e espaçoso. Um trio de alunos estão cantando no centro dele, e ao redor, estão andando e dançando em círculos um grupo de alunos que também estão cantando, fazendo o coral da música. Aos poucos o refeitório começa a ficar cheio de alunos de outras turmas. Todos vão se aglomerando em silêncio, alguns começam a filmar o espetáculo.
3. Pedro fica admirando com a recriação dos veteranos, e observa tudo com cada detalhe. Maya está ao lado dele, filmando tudo.
4. O trio de alunos recriam a cena do filme, onde o filhote é apresentado para os demais animais. Os alunos que estavam dançando ao redor, param em frente a este que exibe o boneco. O espetáculo se encerra, sendo aplaudido por todos.
Agora…
[CENA 02 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO – QUARTO/ NOITE]
(Nathaniel e Gaspar continuam se encarando, Gaspar levanta-se do banquinho)
GASPAR – Será que poderíamos conversar em um lugar mais reservado.
NATHANIEL – Vamos para um dos quartos. (dar sinal para que uma das meninas ficassem no lugar dele. Saí do balcão, pega uma chave com Salete e leva Gaspar até um dos quartos)
[QUARTO]
(Gaspar entra primeiro, caminha até a cama. Nathaniel fecha o quarto, fica ao lado do mini bar)
NATHANIEL – Creio que aqui poderemos conversar. Fique à vontade.
GASPAR – (senta-se na cama) Obrigado.
NATHANIEL – (o observa) Nossa… é estranho está sensação. Sério que a gente não se conhece?
GASPAR – (ri) Nessa sua vida atual não. Era sobre isso que eu queria conversar. Como está a sua vida?
NATHANIEL – Espera… você me chamou aqui para falarmos de você ou de mim?
GASPAR – Dependerá da resposta que você me dará.
NATHANIEL – Sério? Eu não estou entendendo o rumo desta conversa. Melhor a gente voltar para o salão. (caminha em direção a porta, Gaspar se levanta rapidamente, toca no ombro dele)
GASPAR – Espera. (nesse mesmo instante fecha os olhos, Nathaniel para de se mover, abaixa a cabeça. Os dois ficam assim por alguns segundos. Gaspar começa a ver as lembranças da nova vida de Nathaniel, várias e várias. Ele abre os olhos, tira sua mão do ombro de seu amigo e desaparece)
NATHANIEL – (levanta a cabeça, olha para trás como se tivesse a sensação de ter alguém ali, porém não ver ninguém) Devo voltar para o salão! (abre a porta do quarto e saí em seguida)
Amanhecendo…
[CENA 03 – CASA DE ANA/ SALA/ DIA]
(Adriana vem descendo as escadas com sua mochila nas costas. Junior vem logo atrás dela, trazendo uma pequena mala)
JUNIOR – Não vejo a hora de pararmos de ficar nos escondendo assim. (coloca a mala ao lado do sofá, fica de frente para ela) Eu quero andar com você por aí, sem ter que esconder que eu te amo.
ADRIANA – Este dia está quase lá. Ana logo completa 18 anos e Gustavo não terá como chantagear você. (o beija brevemente) Mas, até lá temos que continuar vivendo assim.
JUNIOR – A Ana volta depois de amanhã. Ainda bem. Não aguentava ficar mais longe da minha filha. (volta para o sofá, pega a mala, caminha até a porta)
ADRIANA – (o segue) Diga a ela que mandei lembranças e que quero saber de tudo depois por mensagem. (saem de casa)
JUNIOR – Pode deixar que direi sim. (fecha a porta)
[CENA 04 – CASA DE CAIO/ Q. DE CAIO/ DIA]
(Caio está deitado em sua cama, mexendo no celular. Pedro está sentado em uma cadeira, em frente a cama)
PEDRO – Confesso que não esperava você me chamar pra vim aqui.
CAIO – Só te chamei aqui, para que depois quando as aulas começarem, você não fique no meu pé, dizendo que passei o dia em casa sem receber ninguém.
PEDRO – (ri) Tá explicado então.
CAIO – Fiquei sabendo que você foi aprovado na tal universidade de música. Parabéns.
PEDRO – Valeu.
CAIO – Minha mãe também quer que eu passe no vestibular para Direito.
PEDRO – Se inscreveu?
CAIO – Sim. (Pedro o percebe não tão animado com o curso que escolheu)
PEDRO – Mas é isto que você quer fazer?
CAIO – Olha… isso é mais uma vontade da minha mãe, do que minha. Ela quer que eu siga os passos dela na advocacia.
PEDRO – E você quer seguir estes passos?
CAIO – (coloca o celular em seu colo, presta atenção em Pedro) A verdade é que… eu nunca parei para pensar em uma carreira para seguir, sabe?
PEDRO – Eu também era assim. Mas chegou um momento onde eu vi que eu precisava escolher um caminho a ser traçado.
CAIO – Foi aí que você decidiu seguir o caminho da música?
PEDRO – Foi. (levanta-se, caminha pelo quarto) Eu gosto de cantar. A música é algo que me deixa feliz. (foca-se em Caio) O que te faz feliz? (Caio olha para o teto, fica pensativo por alguns segundos, não sabe o que responder) Qual é? (se aproxima da cama) Alguma coisa deve te deixar feliz.
CAIO – Bem, eu gosto de… (desiste de responder) Quer saber, deixa pra lá. (senta-se na cama, foca no celular novamente) Isso é besteira.
PEDRO – Começou agora fala, né Caio?!
CAIO – É bobagem. (coloca o celular em seu colo novamente)
PEDRO – Se te faz feliz não é bobagem.
CAIO – Eu gosto de desenhar!
PEDRO – (surpreso) Desenhar? Sério?
CAIO – Viu, nem você acredita.
PEDRO – Não é que eu não acredite. Mas você nunca comentou isso.
CAIO – Na verdade, ninguém sabe que eu desenho. Só meu pai.
PEDRO – Posso ver seus desenhos?
CAIO – (hesita em mostrar para ele. Levanta-se, caminha até seu guarda-roupa, o abre e pega uma caixa que estava embaixo de algumas mudas de roupa. Volta para a cama novamente, Pedro senta-se em frente dele) São poucos.
PEDRO – (retira os desenhos da caixa, começa a vê-los um por um) Eles são ótimos. Por que você esconde esse seu talento?
CAIO – Eu já disse. Minha mãe quer que eu siga os passos dela.
PEDRO – Ué, nada te impede de ser um advogado artista?! (ambos riem)
CAIO – Estou falando sério, Pedro.
PEDRO – Eu sei. Estou só brincando. Mas é sério, cara. Seus desenhos são muito bons. Você deveria mostrar isso para todo mundo. Principalmente para a sua mãe. (Pedro continua observando os desenhos, Caio o observa, pensativo)
[CENA 05 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ DIA]
(Nathaniel está sentado na borda do palco, com a sensação de que precisava se lembrar de algo)
LARISSA – (aparecendo ao lado dele) Tá tão concentrado assim porque está planejando o novo musical para a casa?
NATHANIEL – Não, ainda não. (tenta voltar a realidade) Está pronta para o ensaio?
LARISSA – Estou. Na verdade, estava pensando e que tal chamarmos o Otávio para vim aqui?
NATHANIEL – (desce do palco, caminha até o bar) Gostou mesmo do garoto, hein.
LARISSA – (desce em seguida, o segue) Ele canta bem, não nego.
NATHANIEL – E você chamá-lo aqui, não tem nenhuma relação com o fato de Eduardo vim também?
LARISSA – Não. Isso já coisa da sua cabeça. E quem disse que precisa ser aqui. Podemos muito bem marcar em um outro lugar.
NATHANIEL – O Eduardo continuará junto.
LARISSA – (joga o guardanapo em cima dele) Para com isso, Nathan. (fica envergonhada, ele percebe) Não sinto nada pelo o Eduardo.
NATHANIEL – Vá em frente. Marque com o garoto. (Larissa senta-se em um dos banquinhos, começa a digitar uma mensagem. Nathaniel limpa o balcão)
[CENA 06 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Ivo está ao telefone com alguém, pelo o rumo da conversa, parece que o assunto é bom. Rita e Ramon estão conversando no balcão)
RAMON – A ligação ali parece estar boa, hein.
RITA – É. (se aproxima dele) Pelo que andei ouvindo aí pelos cantos. Ele está conseguindo marcar uma entrevista para a banda.
RAMON – Sim, ele meio que já comentou isso com a gente. O que eu tô curioso mesmo, é saber onde ocorrerá está entrevista?
RITA – E eu? Se vai rolar uma entrevista, eu quero tentar participar.
RAMON – Mas o que você tem a ver com a banda?
RITA – Ué? Sou irmã do empresário. Eu o ajudo um pouco nos agendamentos, cuido da lanchonete.
RAMON – Bem, aí você ver com o Ivo. (pega seu celular, começa a digitar. Rita se aproxima um pouco da cozinha, tentando ouvir a conversa de Ivo)
[CENA 07 – CASA DE DÁCIO/ SALA/ DIA]
(Dácio está deitado no sofá, olhando para o teto. Lembra do último momento que esteve com Daniel, sorri. Cássia entra na sala em seguida)
CÁSSIA – Que vida boa, hein Dácio? Quem dera eu também pudesse passar o dia deitado em casa.
DÁCIO – (senta-se) Estranho você ter estar em casa uma hora dessa?
CÁSSIA – Eu ganhei algumas horas de folga.
DÁCIO – Sei. Ontem também?
CÁSSIA – Ontem?
DÁCIO – (levanta-se, fica de frente para ela) Sim. Eu também percebi que você chegou mais cedo do que o normal ontem.
CÁSSIA – (tenta mudar de assunto) Além de passar o dia em casa, fica tomando conta da vida dos outros agora é? (saí apressada da sala, antes que o primo fizesse outro questionamento. Dácio vai para seu quarto)
[CENA 08 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Eduardo e Otávio chegam à lanchonete do Ivo. Os dois escolhem uma mesa para sentar)
EDUARDO – Encontrei uma aqui, Otávio. (o leva até a mesa e o ajuda a sentar)
OTÁVIO – Obrigado.
EDUARDO – (olha ao redor da lanchonete) Eu não estou vendo nem a Larissa e nem o Nathan. Possivelmente ainda não chegaram.
OTÁVIO – Você tá feliz, não tá?
EDUARDO – Eu? Por que estaria?
OTÁVIO – Oras, está era a oportunidade que você queria para se aproximar dela.
EDUARDO – Só que ela não combinou comigo. Ela combinou com você.
OTÁVIO – Eu sou apenas um pretexto para vocês se encontrarem. Vai por mim. Ela combinou esse ensaio comigo, porque sabia que você viria junto. (Eduardo solta um leve sorriso) Posso não enxergar com os olhos, mas consigo sentir muito bem o que acontece ao meu redor. (o observa, também com um leve sorriso)
[CENA 09 – CASA DE CAIO/ SALA/ DIA]
(Pedro e Caio vão para a sala e acabam encontrando Cláudio)
PEDRO – Vai por mim, sua mãe precisa saber sobre seus desenhos.
CLÁUDIO – Mostrou seus desenhos para o Pedro?
CAIO – Mostrei.
CLÁUDIO – Uau. Você deve ser bem importante para o meu filho, hein. Porque ele guarda esse segredo a sete chaves.
PEDRO – Pois, é. Ele me contou. Você como pai também acha que ele deveria contar para a mãe dele, não acha?
CLÁUDIO – Acho. Porém, conversar com a Camila requer uma certa habilidade. Afinal, ela é uma das melhores advogadas da cidade. Conseguir argumentar com ela, não é uma tarefa fácil.
PEDRO – A Camila era a melhor amiga da minha mãe. Talvez se ela estivesse viva, saberia encontrar uma forma de convencê-la.
CLÁUDIO – Talvez, Pedro. Talvez a Carla seria a única que conseguia mudar um pouco a cabeça da minha esposa. (ri)
CAIO – Bem… (indo em direção a porta, tentando sair daquela conversa) … eu e o Pedro estamos indo lanchar algo.
CLÁUDIO – Ok.
PEDRO – Valeu, Cláudio.
CLÁUDIO – Valeu, meninos! Sabe né, Caio… manda mensagem.
CAIO – (responde um pouco irritado) Tá! (Pedro fecha a porta)
[CENA 10 – CASA DE ALICE/ SALA/ DIA]
(Alice vem descendo as escadas, no exato momento que a campainha toca. Ela como estava perto da porta, decide atender)
ALICE – (se surpreende com quem ver) Você?
MANUELA – Oi, Alice. Será que podemos conversar?
[CENA 11 – EM ALGUM LUGAR/ DIA]
(Gaspar está em pé em algum lugar extremamente iluminado e branco. Arael aparece logo atrás dele)
ARAEL – Então? Qual é a sua decisão? (Gaspar vira-se para ele, sério)
GASPAR – Eu decidi. Eu vou voltar para terra como humano. E vou me aproximar de Pedro. (Arael o encara, Gaspar permanece firme)
Daqui seis meses…
[CENA 12 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ SALA DE MÚSICA/ TARDE]
(a aula encerrou. Pedro decidiu ir sozinho para o apartamento, pois queria conhecer Nova York sozinho. Arthur tinha que se preparar para um outro teste junto com Elisa. Samuka decidiu ajudar Mônica com algo, então deixou que Pedro voltasse hoje para o apartamento sozinho)
SAMUKA – (preocupado) Será que o Pedro já chegou?
MÔNICA – Deixa de ser irmão coruja, Sam. Não tem nem 20 minutos que a aula acabou. Possivelmente Pedro deve estar esperando o metrô ainda.
SAMUKA – É, né?! Mais tarde a gente vai para o apartamento e verificamos.
MÔNICA – Você se preocupa mesmo com ele, né?!
SAMUKA – Eu prometi para a tia dele que seria o responsável por tudo que acontecesse com ele. Então é minha função protegê-lo.
MÔNICA – (se aproxima dele) Pedro não é nenhuma criança mais. E mesmo assim, ele é mais esperto do que você imagina. Ele vai dominar essa cidade, mais rápido do que você imagina.
[CENA 13 – METRÔ (NOVA YORK)/ TARDE]
(Pedro está parado na plataforma, com o fone de ouvido, esperando o metrô. Gaspar se aproxima dele, com uma mochila nas costas. Fica ao seu lado, olha para o lado oposto. Pedro o percebe e o reconhece)
PEDRO – (retirando o fone) Oi? (Gaspar vira para ele)
GASPAR – Oi.
PEDRO – A gente se esbarrou hoje mais cedo.
GASPAR – Ah, sim. Verdade. Lembrei de você.
PEDRO – Cara, quero novamente pedir desculpas pelo o que aconteceu. Eu devia ter prestado um pouco mais de atenção.
GASPAR – Relaxa, garoto. Isso já passou. (os dois ficam em silêncio, Pedro coloca seu fone, volta a prestar atenção nos trilhos. Gaspar o observa, sorri e em seguida presta atenção nos trilhos também)
Contínua no Capítulo 08…
