“Você Não Me Ensinou a Te Esquecer”

 

Daqui seis meses…

[CENA 01 – LANCHONETE (NOVA YORK)/ SALA/ TARDE]
(após a aula, Pedro e Samuka foram lanchar alguma coisa. O assunto continua sendo o musical da universidade)
SAMUKA – Eu até que iria tentar o papel do melhor amigo do protagonista, mas já que você também o quer, eu tenho nem chances!
PEDRO – (ri) É claro que tem. Tu é um excelente cantor, Sam. Eu que deveria estar me lamentando por competir com você pelo papel.
SAMUKA – Independente de quem conseguir o papel, tenho certeza de que ambos darão o melhor de si.
PEDRO – Isso você poder ter certeza!
SAMUKA – Não queira pegar leve, hein. Pode escolher a melhor música do seu arsenal, que irei fazer o mesmo. (os dois riem)
PEDRO – Ok. Vou pensar em alguma aqui.

[CENA 02 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ SALA DE MÚSICA/ TARDE]
(Arthur está se preparando para quando as audições do musical começar. Elisa entra na sala)
ELISA – (se aproxima dele) Eu sabia que você estaria aqui. Por que não respondeu as minhas mensagens?
ARTHUR – Desculpa, amor. É que nessas próximas semanas eu vou me preparar para conseguir o papel principal no musical.
ELISA – Nem sei pra que esse esforço todo. É claro que a Elizabeth vai dar o papel principal para você. É sempre assim todo ano.
ARTHUR – Eu sei, mesmo assim eu não posso baixar a guarda. Eu tenho que merecer este personagem. E não ganhá-lo de graça.
ELISA – Olha só… (Arthur a segura pela cintura, puxa para perto dele) …você fica tão bonito, quando está focado assim.
ARTHUR – (sorri) Você também deveria focar na protagonista feminina. Esse musical não fará sucesso, se a gente não estiver juntos naquele palco.
ELISA – Relaxa, eu já sei qual música vou cantar.
ARTHUR – Ah, é? E qual vai ser?
ELISA – (se aproxima do rosto dele) Isso será surpresa por enquanto. (o beija brevemente)
ARTHUR – Eu gosto de surpresas! (sorri)
ELISA – Eu sei que gosta. (os dois se beijam novamente)

[CENA 03 – CASA DE ALICE/ ESTÚDIO/ TARDE]
(Alice está tentando compor uma música. Devido os bons resultados da fisioterapia, a autoestima dela tem voltado aos poucos. Após escrever um pequeno verso, coloca seu caderno ao lado e lembra-se da música que cantou com Pedro dias atrás. Sorri ao término da lembrança, olha para suas pernas e tenta mexer seus dedos. Felipe entra no estúdio nesse momento)
FELIPE – Então é aqui que você está.
ALICE – Oi, pai.
FELIPE – (senta-se) Você tem ficado bastante tempo aqui ultimamente. Está trabalhando em alguma música nova?
ALICE – (coloca seu caderno no painel) Estava aqui tentando finalizar uma música.
FELIPE – Que bom. Fico feliz que você esteja voltando as suas atividades.
ALICE – Sim. Eu sei que é temporário o período que irei ficar nessa cadeira. Então, não posso deixar as coisas pararem, não é mesmo.
FELIPE – Exatamente, filha. Foi por isso que eu vim aqui conversar com você. O seu empresário me ligou e ele gostaria de saber se você está a fim de fazer um show aqui mesmo na cidade.
ALICE – Show?
FELIPE – Sim. Ele disse que conseguiu um show em um evento aqui na cidade. (Alice olha para suas pernas, pensativa) Após seu acidente, a sua turnê pelo país foi cancelada, então ele achou melhor ir voltando devagar.
ALICE – (séria) Eu não quero, pai. Diga para ele cancelar minha participação nesse evento.
FELIPE – Filha, olha pra mim. (Alice levanta a cabeça, olha para seu pai) Eu sei que você não quer aparecer para o público desse jeito. Ou por achar que eles irão sentir pena de você ou por qualquer outro motivo. (segura as mãos dela) Mas você não pode deixar sua vida parar por causa disso. Você é uma garota jovem, bonita e que conseguiu um grande público que te ama. Você não acha que eles precisam de você?!
ALICE – Não, pai! Eu não vou fazer show nenhum enquanto não sair dessa cadeira de rodas. (Felipe a observa por alguns segundos e sabe que quando Alice coloca algo na cabeça, é difícil tirar)
FELIPE – Por que você não pensa um pouco? O show é daqui algumas semanas mesmo. Qualquer coisa você me avisa. (levanta-se, ainda segurando as mãos dela) Não deixe que isso seja um empecilho para a realização dos seus sonhos, está bem?! (beija a testa dela e saí do estúdio. Alice volta a olhar para as suas pernas, pensativa)

Agora…

[CENA 04 – CASA DELLE ROSE/ QUARTO/ NOITE]
(Ione entra em um dos quartos junto com Otávio, que aparentemente está nervoso)
OTÁVIO – (caminha pelo quarto) Estamos no seu quarto? (caminha até alguns móveis, tentando reconhecer o local)
IONE – (caminha até a cama, senta-se) É quase isso. Na verdade, é um dos quartos do cabaré. É aqui onde a gente trás os clientes. (Otávio na mesma hora para de tocar o móvel, foca-se na voz de Ione, surpreso)
OTÁVIO – Então…?
IONE – (sorri, levanta-se e caminha até ele) Relaxa, bebê. Isso não é um atendimento. Afinal, você não é um cliente meu e sim meu convidado. (Otávio se tranquiliza, Ione começa a fazer carinhos nele) Te trouxe aqui para gente conversar, ficarmos um pouco mais a vontade.
OTÁVIO – Realmente, daqui não se ouve a música.
IONE – (cochicha no ouvido dele) As paredes são forradas, aqui não se ouve nada… nem os rangidos da cama. (sorri, o leva até a cama) Você me parece muito tenso. (o faz sentar, sobe na cama, ficando por trás dele, começa a fazer uma massagem) Quem sabe uma massagem não te faz relaxar um pouco. (embora estivesse curtindo, Otávio continuava um pouco nervoso)

[CENA 05 – CASA DE ALICE/ COZINHA/ NOITE]
(todos estão na mesa jantando, Felipe e Camila já trocaram inúmeras novidades que aconteceram com ambos durantes esses anos. Os demais apenas os observam)
CAMILA – Depois de alguns shows fora, eu decidi voltar para o Brasil. O povo aqui é mais caloroso que os estrangeiros.
FELIPE – Realmente.
CAMILA – Tenho feito alguns shows pelo o país, talvez você já tenha ouvido falar de mim, não?
FELIPE – Olha… devo confessar que depois que eu voltei para a minha família, qualquer informação sobre música eu deixei de lado.
CAMILA – (brinca) Poxa, que vida triste você deve ter levado.
FELIPE – (ri) Digamos que sim. Mas, de uma forma ou de outra a música nunca saí da gente. (olha para seus filhos)
CAMILA – Será que os filhos herdaram os talentos do pai?
FELIPE – A Alice ganhou ano passado o programa de música Sua Canção. Não sei se você chegou a acompanhar?
CAMILA – Sua Canção? É claro que acompanho. (olha bem para Alice) É mesmo! Eu sabia que já tinha te visto de algum lugar. Você é muito talentosa, garota.
ALICE – Obrigada.
FELIPE – Ela tem feito alguns shows pelo o país também. Já tem várias músicas gravadas e tudo mais.
CAMILA – Já é uma diva praticamente.
FELIPE – Sim, é sim. E o Pedro foi aprovado recentemente para estudar música em Nova York.
CAMILA – Uau, Nova York. Já fiz alguns shows lá. Você vai adorar a cidade.
PEDRO – Tenho certeza disso. Do pouco tempo que passei lá, já achava a cidade um máximo.
CAMILA – (olha para Viviane) E a senhora também canta?
VIVIANE – (envergonhasse) Não, não querida.
FELIPE – Que é isso, mamãe… não queira esconder agora o seu passado de cantora.
VIVIANE – Eu não era nenhuma cantora profissional igual vocês hoje. No máximo que eu cantava era em algum barzinho por aí, em reuniões de família.
CAMILA – Então o talento deve estar no sangue. (ri, olha para Felipe) Eu não entendo por que não época você queria deixar uma família assim?!
FELIPE – Naquela época, a situação era outra. Uma série de acontecimentos estavam acontecendo ao mesmo tempo, então… (olha para sua família) …sei o quanto sou feliz por ter voltado.
CAMILA – (olha para família dele) É bonito ver uma família unida pela música dessa forma. (todos se entreolham, voltam a comer)

[CENA 06 – CASA DELLE ROSE/ Q. DE LARISSA/ NOITE]
(Larissa e Eduardo continuam olhando um para o outro. Ela caminha até a cama, senta-se. Segundos depois, Eduardo caminha até ela, senta-se também. Os dois olham para frente, permanece um curto silêncio no quarto)
EDUARDO – Você é feliz aqui? (olha para ela)
LARISSA – (continua evitando contado visual) Aqui é meu lar, Edu. É claro que sou feliz aqui. (Eduardo volta olhar para a frente, um pouco de cabeça baixa)
EDUARDO – Então não planeja deixar esse lugar um dia?
LARISSA – (pensa ante de responder) Não sabemos o dia de amanhã. Hoje eu posso estar trabalhando nesse cabaré, amanhã posso estar fazendo shows por aí.
EDUARDO – Eu de fato não sei o que está rolando entre a gente. (brinca) Nada oficial foi divulgado ainda.
LARISSA – (ri) …nem extraoficial.
EDUARDO – (ri, olha para ela novamente) Só que eu não nego que gosto de você. No início eu confesso que foi pelo o fato de você ser bastante semelhante com a Letícia. Só que aos poucos, eu fui te conhecendo melhor e fui me apaixonando pela a Larissa de verdade. (os dois se entreolham) Eu sei que você também sente algo por mim. Eu vejo isso em seus olhos… Só que é bastante difícil pra mim, imaginar você com outros caras na cama.
LARISSA – Só que esse é o meu trabalho. Eu preciso atender os clientes para trazer dinheiro para está casa.
EDUARDO – Se você precisa de dinheiro você pode usar o prêmio do programa de música.
LARISSA – O programa nem começou ainda, Edu. (levanta-se) Até lá eu preciso ganhar dinheiro para me manter.
EDUARDO – (levanta-se, se aproxima dela) O meu salário da pizzaria não é muito, mas eu posso ajudar você.
LARISSA – Eu não sou mulher de ser sustentada por ninguém. Eu gosto do meu trabalho, gosto de ser independente.
EDUARDO – Pois então eu vou conversar com a Salete. Irei pedir autorização dela, para ser seu único cliente fixo. Eu pago um valor mensal todo mês, não sei.
LARISSA – Você tem ideia do quanto eu faturo em uma semana, Edu? Tenho clientes que pagam o dobro do seu salário em uma única noite.
EDUARDO – Então seu motivo de continuar aqui é pelo o dinheiro?
LARISSA – Não. (se aproxima dele) Eu já disse. Aqui é o meu lar. Aqui é onde estão todas as pessoas que eu amo de verdade. Onde estão a minha família. E mesmo que um dia eu me torne uma grande cantora, eu nunca vou deixá-los. (um breve silêncio permanece no quarto, Eduardo se afasta dela)
EDUARDO – Então não tem outro jeito.
LARISSA – (caminha até o espelho, ambos ficam de costa um para o outro) Tudo indica que não. (um longo silêncio permanece no quarto)

[CENA 07 – CASA DE ANA/ SALA/ NOITE]
(Ana está deitada no sofá, mexendo no celular. Está no aplicativo de conversa, observando Alan online. Pensa em enviar uma mensagem para ele, porém seu orgulho a impede. Junior entra na sala)
JUNIOR – Louças lavadas. Ainda não colocou na série pra gente assistir, filha?!
ANA – (levanta-se, liga a TV) Desculpa, pai. Acabei me entretendo aqui.
JUNIOR – (senta-se no sofá) Você anda passando muito tempo nesse celular que seu tio lhe deu. Acho que devemos pensar em algumas regras de uso?
ANA – Regras de uso? Por favor, né pai? Eu já sou bem grandinha para o senhor querer colocar regras em mim,
JUNIOR – Desculpa, filha. Mas é o que eu estou reparando ultimamente. Não te vejo mais estudando ou saindo com os amigos. É só na frente do celular.
ANA – (repara uma última vez se Alan estava online. Vendo que estava, irrita-se, desliga o celular e o jogo ao lado) Pronto, pai. Deixei o celular de lado. Satisfeito? (Junior a observa, não reconhecendo a Ana que estava a sua frente)

[CENA 08 – CASA DE FELIPE/ SALA/ NOITE]
(após o jantar todos foram para a sala, Camila e Felipe continuam colocando o papo em dia)
FELIPE – Eu lembro que ele ficou com ciúmes de mim.
CAMILA – Sim. Até hoje, quando eu lembro de você, ele fica um pouco enciumado.
FELIPE – Por que ele não veio com você?
CAMILA – Ele precisou visitar alguns amigos dele. Eu até o chamei para vim comigo, só que ele não aceitou.
FELIPE – Será que ele ainda sente ciúme da gente?
CAMILA – Eu acho que sim. Até que gosto de provocar um certo ciúme nele, afinal, isso mostra que ele realmente gosta de mim.
VIVIANE – Cuidado, minha cara… que ciúmes demais em uma relação pode estragá-la aos poucos.
CAMILA – Eu sei dona Viviane. Minhas doses de ciúmes são poucas. No caso, é só quando falo o nome do Felipe. (os dois riem, chega uma mensagem no celular dela) Olha só… ele acabou de me mandar uma mensagem dizendo que já chegou em casa. (levanta-se) Eu adorei o jantar, Felipe. Assim como também adorei colocar nosso papo em dia.
FELIPE – (levanta-se, caminha até ela) Eu que adorei sua visita, Camila.
CAMILA – Foi um prazer conhecer todos, viu.
FELIPE – Eu a acompanho até a porta.
CAMILA – Boa noite, gente.
VIVIANE – Boa noite, querida.
ALICE – Boa noite.
PEDRO – Boa noite. (Camila e Felipe caminham até a porta) Gostei da Camila. Achei ela bem simpática.
ALICE – Eu achei mais ou menos.
[PORTA]
CAMILA – Você tem uma bonita família, Felipe. Hoje eu entendo por que você decidiu voltar pra ela.
FELIPE – Obrigado, Camila. Um dia quero conhecer a sua também, viu.
CAMILA – Pode deixar. O próximo jantar será na minha casa. (os dois se abraçam e se despedem) Boa noite.
FELIPE – Boa noite. (a observa indo embora, fecha a porta e volta para a sala)

[CENA 09 – CASA DELLE ROSE/ QUARTO – Q. DE LARISSA – SALÃO/ NOITE]
(Ione continua fazendo massagem em Otávio, que parece estar bem mais relaxado)
IONE – (começa a beijar o pescoço dele) Está relaxado agora?
OTÁVIO – Um pouco. (em um só ato, ela o empurra na cama, fica em cima dele) O que você está fazendo, Ione? (se assusta)
IONE – Relaxa, bebê… (volta a beijar o pescoço dele) Isso tudo faz parte da massagem! (os beijos percorrem até o peito dele, Otávio começa fica arrepiado)
OTÁVIO – Ione… é melhor voltarmos para o salão. Se alguém nos pega aqui.
IONE – Fica tranquilo, que tranquei a porta. Ninguém irá nos incomodar aqui. (volta a beijá-lo, dessa vez descendo mais, levanta a camisa dele, beijando sua barriga)
OTÁVIO – Ione… (gostando dos beijos dela) …melhor não. Eu nunca fiz isso, não tenho experiência, você não irá gostar.
IONE – Se você nunca fez, como sabe que eu não vou gostar? (se aproxima do rosto dele) Relaxa, que a professora aqui serei eu. (volta a beijar o pescoço dele, descendo. Otávio começa ficar ofegante, Ione tira sua blusa, retira a camisa dele em seguida. Volta a beijar o peito dele)
[Q. DE LARISSA]
(Eduardo e Larissa continuam um de costa para o outro, em silêncio)
EDUARDO – (vira-se para ela) Então nossa conversa termina aqui!
LARISSA – (vira-se para ele) Parece que sim.
EDUARDO – (se aproxima dela) Talvez essa seja a última vez que ficaremos assim juntos.
LARISSA – Você gosta de viver o hoje apenas, não é mesmo?! Ninguém sabe o dia de amanhã.
EDUARDO – (se aproxima mais dela) Talvez nem tenhamos um amanhã. Por isso que eu prefiro viver o hoje o máximo possível.
LARISSA – (bem próximos um do outro) E o que você quer fazer? (ambos se encaram por alguns segundos, Eduardo a beija, empurrando-a em direção ao espelho. Ficam alguns segundos se pegando ali, em seguida caminham em direção a cama, começam a tirar a roupa. Uma música começa a ser tocada ao fundo e minutos depois Larissa se encontra no meio do palco cantando. Durante a música, cenas alternadas do que ocorreu momentos atrás no quarto dela e de Ione)

[CENA DE MÚSICA – VOCÊ NÃO ME ENSINOU A TE ESQUECER (CAETANO VELOSO)]

Não vejo mais você faz tanto tempo 1
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que me vejo 2
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar 3
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você? 4
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar

E nesse desespero em que me vejo 5
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você? 6
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você? 7
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar

1. Larissa encontra-se no centro do palco, algumas meninas dançam lentamente atrás dela. Eduardo está em frente ao palco, Larissa começa cantando olhando para ele.
2. Eduardo está sentado na cama, Larissa está em cima dele. Os dois estão sem a parte de cima da roupa. Continuam se beijando. Lentamente, Eduardo vai a empurrando em direção a cama, abrindo o zíper de sua calça e a tirado.
3. Otávio continua deitado na cama, Ione está quase sem roupa, tirando a calça dele. Ione o admira por um alguns segundos de cueca, em seguida sobe na cama e o beija.
4. Larissa continua no centro do palco, desviou sua atenção para os demais clientes. Eduardo ainda está olhando para ela. Nathaniel, que está no bar, percebe que a música que Larissa está cantando é para o Eduardo.
5. No quarto de Larissa, os dois estão sem roupa em baixo das cobertas em um clima quente e ambos ofegante. No quarto de Ione, ela pega uma camisinha na gaveta da escrivaninha ao lado. A abre e a retira da embalagem. Com ela nas mãos, vai beijando o peito de Otávio e lentamente vai descendo por baixo das cobertas. Otávio começa a sentir sensações que até então desconhecia.
6. No palco, Larissa queria olhar para Eduardo, mas sabia que se fizesse isso, começaria a chorar. No quarto de Ione, o clima também esquentou em baixo da coberta. Ela ainda continua em cima de Otávio, ambos se beijando.
7. No quarto de Larissa, os dois já trocaram de posição várias vezes. Suas peças de roupas estão espalhadas em todo canto do quarto, sem contar a bagunça que está a cama. No palco, ela encerra a música ainda evitando olhar para ele. Eduardo se afasta em direção ao bar, senta-se em um dos banquinhos, fica de cabeça baixa. Nathaniel o observa, sem dizer nada.

[QUARTO DE IONE]
(Ione e Otávio estão ofegante. Ela continua em cima dele, deitada em seu peito)
IONE – Então? Fui uma boa professora?
OTÁVIO – (sorrindo) Obrigado!
IONE – Pelo o que? (brinca) Por te proporcionar o sexo mais intenso que você fará em sua vida?!
OTÁVIO – (fazendo carinho no ombro dela) Por tudo! (Ione levanta um pouco a cabeça, o observa, sorri em seguida)

Amanhecendo…

[CENA 10 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ DIA]
(Larissa entra no salão confiante e feliz. Nem parece que terminou um relacionamento na noite anterior)
LARISSA – (indo até o bar) Bom dia, Nathan!
NATHANIEL – Bom dia, querida. (repara nela feliz, estranha) A não ser que você e o Eduardo tenham reatado ontem a noite, você acordou bem feliz para alguém que acabou de terminar um relacionamento ontem.
LARISSA – Não, não reatamos. A conversa que tivemos ontem foi boa e foi definitiva. Finalmente percebemos que não tinha como ficarmos juntos, por mais que sentíssemos algo um pelo o outro.
NATHANIEL – Então o que te fez amanhecer feliz desse jeito?
LARISSA – Sua Canção! O programa começará em poucas semanas e daqui em diante, meu único objetivo será ganhá-lo e me tornar famosa. (Nathaniel a percebe confiante e focada, sorri)

Semanas depois…

[CENA 11 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO (programa gravado)/ NOITE]
(algumas semanas se passaram e a nova temporada do programa Sua Canção começou. Larissa está assistindo o programa com todas as meninas no meio do salão. Excepcionalmente hoje a casa não abriu. Pedro está vendo o programa com seus amigos na lanchonete do Ivo. Alice está viajando em turnê, porém também está acompanhando o programa pelo celular. Manuela está vendo o programa em sua casa, com Tiago e suas amigas. Dácio está vendo o programa com sua família e trocando mensagem com Daniel)
LAURO – (no centro do palco, animado) Boa noite, Brasil! Boa noite, plateia! (todos estão em pé batendo palmas) Boa noite, querido jurados! (levanta-se e batem palmas)
VALÉRIA – Boa noite, Lauro.
LÉO – Boa noite. Boa noite, pessoal! (acena para a plateia)
IGOR – Boa noite.
LAURO – (a câmera volta focar nele) Essa nova temporada está repleta de grandes novos talentos. (muda de câmera) Tanto, que olha só a primeira voz que vem aí! (rola um pequeno VT para mostrar a primeira voz, todos que estão assistindo o programa ficam ansiosos. Especialmente os participantes, torcendo para serem eles)

Daqui seis meses…

[CENA 12 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ AUDITÓRIO/ DIA]
(As audições para a escolha dos alunos que irão participar do musical iniciam hoje. Elizabeth está no auditório com alguns outros professores e eles irão compor o júri para a escolha dos alunos. Pedro, Samuka e Mônica estão no auditório, assim como alguns alunos espalhados. Arthur será o primeiro a se apresentar e está na borda do palco, junto com Elisa)
ELISA – (Arthur está cantarolando alguns versos da música, aparentemente tranquilo) Pronto?
ARTHUR – Sim. Já chamaram?
ELISA – (olhando para as poltronas) Ainda não. Elizabeth está escrevendo algo.
ARTHUR – (se aproxima dela, a beija) Isso é para desejar sorte pra nós. Se bem que não precisaremos muito, né mesmo?! (sorri)
ELISA – Arrebenta! (Elizabeth chama o nome de Arthur)
ELIZABETH – Arthur Oliveira!
ELISA – Olha lá. Estão de chamando! (Arthur demostra está confiante, caminha até o centro do palco. Repara nos alunos nas poltronas, encontra Pedro e seus amigos. Olha para os jurados, focando-se em Elizabeth)

Continua no Capítulo 21…

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