“Confusão”

 

Daqui seis meses…

[CENA 01 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ REITORIA/ DIA]
(Elizabeth para de arrumar sua bolsa e presta atenção em Pedro. Ela não imaginava que ele voltaria atrás de sua palavra)
PEDRO – Eu pensei bem e não posso deixar um sonho que eu demorei tanto a encontrar acabar assim. Então, se a senhora ainda me aceitar de voltar…
ELIZABETH – O que te fez mudar de ideia? (senta-se, pega a ficha de trancamento dele)
PEDRO – (senta-se) Eu realmente não ligo para essa história de musical, de lista interna para saber quem canta melhor. (Elizabeth o observa atentamente, percebe que está sendo sincero) Sinceramente acho isso uma grande bobagem. (ri) Mas todos que estão aqui, fizeram por merecer. Passaram por uma seleção com pessoas tão talentosas quanto as que estudam aqui. Inclusive eu! Então eu mereço estar aqui, como qualquer um outro. (se lembra do que Arthur disse na noite passada)
ARTHUR – “A Elizabeth jamais o permitiria entrar novamente. Essa era a sua única chance.”
PEDRO – Eu não vou abrir mão dessa oportunidade.
ELIZABETH – (solta um leve sorriso, disfarça) Bem… então acredito que isso não servirá mais. (rasga a ficha)
PEDRO – Então eu posso voltar?
ELIZABETH – Tecnicamente você nunca não saiu.
PEDRO – E quanto ao papel no musical?
ELIZABETH – Continua sendo seu.
PEDRO – (sorri) Obrigado!
ELIZABETH – Não me agradeça. Apenas vá para sua aula. A professora Olivia está te esperando. (Pedro levanta-se, caminha em direção a porta)
PEDRO – (volta para mesa) É só mais uma coisinha. Como vai funcionar mesmo daqui em diante? É, que esse é o meu primeiro musical.
ELIZABETH – Não se preocupa. O roteiro possivelmente será enviado para o seu email em alguns dias. A aluna Liandra Santos, mas conhecida como Lia, irá dirigir e organizar os demais detalhes. Ela não faz parte da nossa comunidade acadêmica, mas o roteiro faz parte do trabalho de conclusão de curso dela, em conjunto com uma universidade parceira nossa. Em algumas semanas vocês devem começar os ensaios. Eu provavelmente não estarei aqui. Estou viajando hoje para iniciar a primeira fase das audições, para a entrada dos novos calouros semestre que vem.
PEDRO – Entendi. Obrigado. (saí da sala, Elizabeth volta a arrumar suas coisas)

[CENA 02 – CLÍNICA DE FISIOTERAPIA/ SALA DE EXERCÍCIOS/ DIA]
(Alice está deitada na cama, esperando Gaspar. Está olhando para o teto, pensativa)
GASPAR – (entra na sala) Bom dia, Alice. Então, como está?
ALICE – Do mesmo jeito que das seções anteriores.
GASPAR – Não diga isso. Eu tenho observado bastante melhorias em você.
ALICE – Pois eu não. Quer dizer. Pensei que eu estava ficando melhor, que eu conseguiria mexer minhas pernas novamente… mas parece que tudo continua igual.
GASPAR – O que é isso, Alice?! Não estou gostando desse seu jeito. Eu pensei que você estivesse regredindo.
ALICE – (irrita-se) Só que isso é um saco! Ficar o dia sentado nessa cadeira de rodas. Precisar da ajuda de outras pessoas para fazer coisas básicas, que eu conseguia sozinha.
GASPAR – (tenta acalmá-la) Olha, eu entendo…
ALICE – Não, você não entende. Porque você não tem que andar por aí, carregando essa cadeira idiota.
GASPAR – E você continuar com esses pensamentos negativos, não vão te ajudar. Lembra o que eu te falei.
ALICE – (sente vontade de chorar) Será que podemos começar logo esses exercícios inúteis.
GASPAR – Esses exercícios não são inúteis. Se fossem, você não viria para cá todos os dois. (Alice vira seu rosto para o lado, Gaspar se prepara para os exercícios)

[CENA 03 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ CORREDORES/ DIA]
(Pedro e Maya estão conversando, indo em direção a sala de música)
MAYA – Que bom que você votou atrás dessa história. Desistir de estar aqui? Tem que ser muito maluco.
PEDRO – Pois, é. Não foi agora que você se livrou assim de mim.
MAYA – (se apoia no ombro dele) E quem disse que eu quero me livrar de você. Você quem vai ter que me aturar nos próximos anos.
PEDRO – (sorri) Não tenho outro jeito. (Arthur saí de uma sala, dar de cara com eles)
ARTHUR – (surpreso) Você ainda continua aqui?
PEDRO – Eu conversei com a Elizabeth e eu não vou sair mais da universidade.
ARTHUR – Como assim?
PEDRO – Ela rasgou o processo de trancamento da minha bolsa. E eu também voltei para o musical.
ARTHUR – Sério?
PEDRO – Sim. E na verdade eu tenho que te agradecer.
ARTHUR – Me agradecer?
PEDRO – Sim. Por que se não fosse você, eu não teria percebido o quão é importante pra mim estar aqui.
ARTHUR – (incomodado) Que bom. Fico feliz por você. (passa por ele apressado)
MAYA – Impressão minha ou ele ficou um pouco incomodado com a sua permanência aqui?
PEDRO – Talvez. Bem, vamos para sala?!
MAYA – Vamos.

[CENA 04 – APARTAMENTO DE ARTHUR (NOVA YORK)/ SALA/ DIA]
(Arthur chega em casa furioso. Joga sua mochila em cima do sofá, anda de um lado para o outro)
ARTHUR – Não acredito que isso está acontecendo. Não justo no meu último ano. (chuta o sofá) Droga! (pega sua mochila com raiva e caminha até seu quarto)

Agora…

[CENA 05 – CASA DE CAIO/ Q. DE CAIO/ NOITE]
(Camila continua olhando os desenhos nas mãos de Pedro, enquanto Caio está paralisado ao lado da cama)
CAMILA – Então, meninos… de quem são esses desenhos? (pega um)
CAIO – (nervoso) Os desenhos são… são… (gagueja, trava ao receber um olhar de sua mãe)
CAMILA – São?
PEDRO – (repara que o amigo está nervoso e que não teria coragem de contar a verdade, embora, seja o momento propicio) Esses desenhos são meus, Camila.
CAMILA – Seus? (pega outros) Uau, são lindos.
PEDRO – Obrigado! (olha para Caio)
CAMILA – Se sua mãe estivesse viva, estaria orgulhosa do filho talentoso que tem.
PEDRO – Pois, é. Bom que você reconhece isso.
CAMILA – Bem, vamos comer meninos. Guardem todos esses desenhos, lavem as mãos e vamos jantar. (deixa o desenho na cama, saí do quarto. Caio senta-se, aliviado)
CAIO – Essa foi por pouco. Valeu, por ter dito que os desenhos eram seus.
PEDRO – Não precisa me agradecer. Você viu como sua mãe reagiu? Ela gostou dos desenhos. (Caio o observa, olha para os desenhos, pensativo)

[CENA 06 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO (programa gravado)/ PALCO/ NOITE]
(os três caras continuam falando coisas sobre Larissa, que fica paralisada no palco. Algumas pessoas da plateia começam a vaiá-la. Os jurados ficam sem saber o que fazer, não sabem se é verdade ou não)
LAURO – (entra no palco, tenta controlar as vaias) Calma, pessoal. Vamos nos controlar, por favor. (segura no ombro de Larissa, tenta acalmá-la) Tudo bem?
LARISSA – Sim. (os três caras param de falar, as poucas pessoas que estavam vaiando, ficam em silêncio)
LAURO – Pessoal, deixem eu esclarecer algumas coisas. O nosso programa está aqui para apresentar vozes, independente da profissão que os candidatos tenham lá fora. Tivemos uma belíssima apresentação minutos atrás, proporcionado por essa garota aqui ao meu lado. E estamos aqui para avaliar isso, o talento que ela nos mostrou. (Larissa sorri, um pouco mais confortável. Lauro olha para os jurados, esperando algum começar o feedback)
VALÉRIA – Boa noite, querida.
LARISSA – Boa noite.
VALÉRIA – Relaxa, está bem! Como você se chama?
LARISSA – Larissa Gonçalves.
VALÉRIA – Então, Larissa… sua apresentação foi ótima. Você tem uma bela voz, trouxe uma linda música para gente essa noite. Que particularmente, ficou perfeita em você, de verdade.
LARISSA – Obrigada.
VALÉRIA – Eu não quero comentar sobre o que aconteceu agora, porque assim como o Lauro acabou de dizer, este programa está atrás de grandes vozes. E você, especialmente, é uma dessas vozes que estamos procurando. (Larissa sorri)
LÉO – Sem dúvida. Só me tira uma dúvida, por favor, você já não participou do programa antes?
VALÉRIA – Já?
LÉO – Sim. Se eu não estou enganado, você não é irmã daquela garota que usava playback?
LARISSA – Não, não. Acho que vocês devem estar me confundindo.
VALÉRIA – Ah, sim… agora que você comentou, Léo, realmente estou conseguindo me lembrar. Você é a Letícia?
IGOR – A garota que tinha câncer?
VALÉRIA – Sim, ela mesmo. Está um pouco diferente, mas eu lembro de você.
LARISSA – Não, não… você estão me confundindo. Eu realmente me pareço com essa tal de Letícia, mas eu não sou ela. Alias, a semelhança dela comigo tem me acompanhando para onde quer que vá.
LÉO – Sério? Por que vocês duas são tão parecidas!
LARISSA – Eu garanto a vocês, não sou essa Letícia que vocês pensam.
LÉO – Eu não sei se devo perguntar isso, mas creio que assim como eu, todos aqui estão querendo saber se realmente você… (não termina, olha para os demais jurados, esperando que alguém o ajudasse)
LARISSA – Se eu trabalho em um cabaré?
LÉO – (fica sem jeito) Isso.
VALÉRIA – Você não precisa responder, Larissa.
LARISSA – Não, mas eu quero responder. Quero deixar bem claro a todos. (olha para a plateia, se mantem confiante) Eu vou contar um pouco da minha história para vocês. Sim. Eu trabalho em um cabaré. (procura por Júlio, o encontra e aponta para ele) E aquele ali, já foi meu cliente. E meu ex também. (os jurados se surpreendem, assim como a plateia) Ele me prometeu que iria me tornar uma grande cantora, no entanto, apenas me usou para conseguir as minhas músicas. Desde pequena, eu gostei de música, só que a minha família não via futuro nisso. Por mais que tentassem tirar a música de mim, mas ela crescia aqui dentro. (aponta para onde fica seu coração) Então eu precisava ir para um lugar onde as pessoas iriam me ouvir e iriam conhecer a minha voz. (todos estão atentos a ela) Foi então que eu fugi de casa e fui parar neste cabaré. Lá eu me deito com vários homens sim, no entanto, é onde eu tenho a oportunidade de mostrar a minha voz.
IGOR – Você se inscreveu para o Sua Canção para que as pessoas conheçam você, mesmo trabalhando em um cabaré?
LARISSA – Eu não tenho vergonha de onde eu trabalho ou do que eu faço.
LAURO – (tenta colocar um ponto final nisso) E também não estamos aqui para julgar isso. A única coisa que será julgada, será a sua voz. (foca-se para os jurados) Então jurados, Larissa Gonçalves continua na competição ou não? O que vocês decidem? (os jurados se entreolham, ficam em silêncio)
VALÉRIA – Estamos aqui para julgar cantores. (faz uma pausa) E você é uma excelente cantora, então meu voto é sim! (sorri)
LÉO – Uma excelente cantora e uma mulher bastante corajosa para se expor dessa maneira. Meu voto é sim, Larissa! (Larissa comemora por ter recebido dois sim)
IGOR – (faz um pequeno suspense, a encara) Vai ser bom ouvir você de verdade dessa vez… seja bem-vinda! Sim. (Larissa se emociona, abraça Lauro. Poucos da plateia batem palmas, Júlio não é um deles)
LARISSA – (olha para os jurados) Obrigada. De verdade, é um grande sonho estar participando deste programa. Muita obrigada.
LAURO – Nós que agradecemos por você ter se inscrito para participar do Sua Canção. Estamos ansiosos para as suas próximas apresentações. Uma salva de palmas para Larissa, pessoal. (a maioria bate palmas, com exceção de alguns que estão sérios. Larissa saí do palco, Lauro anuncia a próxima voz)

[CENA 07 – CASA DE OTÁVIO/ SALA/ NOITE]
(Otávio e Eduardo acabam de ver a participação de Larissa no programa e mesmo cego, percebe que o amigo ficou tenso)
OTÁVIO – É… parece que eles não cortaram este constrangimento que a Larissa passou.
EDUARDO – Constrangimento que ela conseguiu passar por cima. O que me deixa nervoso mais uma vez, é a cara de pau que esse cara teve de fazer isso.
OTÁVIO – Realmente… eu fiquei imaginando aqui, acho que se você estivesse perto dele no palco, certamente você teria o socado.
EDUARDO – Pode ter certeza de que eu teria feito isso. (levanta-se, caminha até o piano, tenta extravasar) Claro, faria sem tentar te prejudicar você ou ela.
OTÁVIO – Fica tranquilo. Você estaria apenas protegendo sua amada. (Eduardo sorri)
EDUARDO – Como será que ela está vendo isso novamente?
OTÁVIO – É uma boa pergunta. Por que não liga para ela? (Eduardo olha para o amigo, pensativo)

[CENA 08 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ NOITE]
(Larissa levanta-se e começa a andar pelo salão, enquanto a próxima voz estava se apresentando no palco)
IONE – Nossa, Larissa… você foi muito paciente naquele palco. Se eu tivesse no seu lugar, teria pulado na plateia e socado o rosto daquele canalha.
NATHANIEL – Aí ela teria sido expulsa.
LARISSA – Não se preocupa, Ione. Que eu consegui me vingar dele depois que o programa foi gravado. (se aproxima de Nathaniel) O que as pessoas estão dizendo de mim nas redes sociais)
NATHANIEL – Bem… a maioria estavam te elogiando, enquanto você se apresentava. No entanto, depois de revelar que você trabalha em um caberá, algumas pessoas começaram a falar mal de você.
LARISSA – (preocupa-se) Muitas pessoas?
NATHANIEL – Não… digamos que de 10 comentários, 3 são negativos.
IONE – Obviamente você não deve dar atenção para essa minoria. Tenta captar para você apenas os bons comentários, se fortaleça com eles e arrebente na próxima fase.
LARISSA – (senta-se, confiante) É isso que eu vou fazer! Eu vou fazer todos que me criticaram hoje, me aplaudirem de pé no próximo programa.

[CENA 09 – CASA DE MANUELA/ SALA/ NOITE]
(Manuela foi guardar a letra que compôs. Volta para a sala, senta-se novamente)
ÉSTER – Francamente, não é possível que os jurados aprovaram uma garota de programa.
THALITA – Só que ela cantou bem, acho que mereceu.
ÉSTER – Tá brincando, né? Não sei como a produção aceitou a inscrição dela.
MANUELA – Talvez ela não tenha colocado que trabalha em um cabaré. Ela deve ter omitido isso.
ÉSTER – É o mais provável
THALITA – Eu só acho que estamos focando no ponto errado. Ela canta muito e vai ser uma difícil competidora para você, Manu. (Manuela olha para Thalita e sabe que é a verdade, preocupa-se)

[CENA 10 – CASA DE DÁCIO/ SALA/ NOITE]
(Dácio está sentado no sofá junto com sua prima, Regina está sentada no sofá ao lado)
CÁSSIA – Ih, mamãe… podem ser poucos os que estão criticando, só que alguns estão pegando pesado.
REGINA – Estão comentando o que?
CÁSSIA – Estão chamando-a de tudo que é nome.
DÁCIO – Estão ignorando o que ela apresentou, focando apenas no trabalha dela. As pessoas são assim mesmo, não tem jeito.
REGINA – Cássia, trate de comentar coisas boas dela também.
CÁSSIA – Por que eu?
REGINA – Porque devemos isso. Não ajudamos a Letícia a realizar o sonho dela, então devemos ajudar a Larissa agora.
CÁSSIA – Porque o Dácio não faz isso? Ele que é fera nessas coisas de internet. Pode criar um programa para fazer vários comentários.
DÁCIO – Não seria a mesma coisa. E mesmo assim, duvido que ela gostaria desta ideia. Os comentários podem ser negativos e tudo, mas são o que o público acha.
REGINA – Exatamente, Dácio. Então, Cássia… trate de pensar em um comentário bom.
CÁSSIA – Mas eu vou dizer o que? Eu nem conheço ela?
REGINA – (pega seu celular, se aproxima de Dácio) Eu também quero aprender a comentar nas redes sociais, Dácio. Me ensina.
DÁCIO – (surpreso) Claro. (pega o celular dela) Primeiramente, precisamos criar um perfil para a senhora. Não demora muito. (enquanto abria um perfil para sua tia, Cássia estava batendo a cabeça no que comentar)

[CENA 11 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO (programa gravado)/ PALCO/ NOITE]
(Lauro acaba de anunciar a próxima voz, que é Manuela. Ela entra no palco, olha para os jurados, sente um certo nervosismo. A banda está esperando a autorização dela. Ela controla seu nervosismo, olha para a banda, dar o sinal e foca-se nos jurados novamente)

[CENA DE MÚSICA – CONFUSÃO (MELIM)]

Tchururu, tchururu 1
Tchururu hummm
Tchururu, tchururu
Tchururu

Por favor antes de se apresentar
Guarde as cantadas no seu bolso
Aí eu posso até gostar
De você e do seu jeito louco

Ah, já me disseram que os opostos se atraem 2
E eu nem sei se é verdade mas
Nossas diferenças já se dão tão bem

Ah, eu tava certa que diria não
Mas toda regra tem uma exceção
Fora do padrão, a gente se diverte mais

Seu perfume tem um cheiro de problema 3
Você é confusão, é confusão
Mas não tem problema
Porque eu sou a solução

Seu perfume tem um cheiro de problema
Você é confusão, é confusão ai ai
Mas não tem problema
Porque eu sou a solução, solução

Tchururu, tchururu
Tchururu confusão
Tchururu, tchururu
Tchururu

Ah, já me disseram que os opostos se atraem 4
E eu nem sei se é verdade mas
Nossas diferenças já se dão tão bem

Ah, eu tava certa que diria não
Mas toda regra tem uma exceção
Fora do padrão, a gente se diverte mais

Seu perfume tem um cheiro de problema 5
Você é confusão, é confusão
Mas não tem problema
Porque eu sou a solução

Seu perfume tem um cheiro de problema
Você é confusão, é confusão ai ai
Mas não tem problema
Porque eu sou a solução, solução

Tchururu, tchururu
Tchururu confusão
Tchururu, tchururu
Tchururu confusão

Tchururu, tchururu
Tchururu confusão
Tchururu, tchururu
Tchururu confusão

1. Manuela fechas os olhos, começa a cantar, sente a música envolvendo-se em seu corpo. Abre os olhos, dança em um ritmo leve
2. Caminha pelo palco, canta de frente para o lado esquerdo da plateia. Levanta o braço, o movendo de um lado para o outro, a plateia faz o mesmo.
3. Caminha para o lado direito, ainda com o braço levantado. Suas amigas e sua mãe estão ao lado de Lauro, vendo a apresentação.
4. Manuela fica de frente para os jurados, volta a dançar. Se move um pouco pelo o palco e ver todos curtindo a deixa confortável.
5. Nos versos finais, Manuela canta para a plateia, que continuam com os braços levantados e cantam junto com ela. Manuela encerra a música, agradece e fica de frente para os jurados. Anseia pelos feedbacks!

Daqui seis meses…

[CENA 12 – APARTAMENTO DE ARTHUR (NOVA YORK)/ SALA/ TARDE]
(Pedro e Samuka chegam em casa, colocam suas mochilas em cima do sofá)
SAMUKA – Como eu não recebi o roteiro, acho que não estou no musical.
PEDRO – Conversa com a Lia, a Mônica não é amiga dela?
SAMUKA – É sim, só que eu não quero parecer insistente, sabe. (Arthur entra na sala)
ARTHUR – (sério) Ela mandou o roteiro para mim, certamente por engano. Eu já enviei para o seu, Sam. (Samuka pega o celular, verifica o email)
PEDRO – Talvez não. Talvez signifique que eles te querem no musical novamente.
ARTHUR – (senta-se no sofá, emburrado) Eu não vou fazer esse musical. Ainda mais para um papel que eu não escolhi. (o encara)
PEDRO – Bem, sendo assim… (pega sua mochila, caminha em direção ao seu quarto) Vou tomar banho e me arrumar.
SAMUKA – Vai sair?
PEDRO – Não exatamente. (ri) Em algumas horas, vou participar ao vivo de um programa lá no Brasil
SAMUKA – Sério?
PEDRO – Sim. Vão entrevistar a banda da qual eu participei e eu fui convidado. Até mais, pessoal. (saí da sala)
ARTHUR – Ele também esteve em uma banda?
SAMUKA – Esteve. (sorri lendo seu roteiro, pega sua mochila e saí da sala)

[CENA 13 – CASA DE ALICE/ Q. DE ALICE/ TARDE]
(Alice está em frente ao seu espelho, mesmo arrumada e linda, o fato de estar na cadeira de rodas, à faz a pior pessoa do mundo. Felipe bate na porta, entra em seguida)
FELIPE – Está pronta, filha?
ALICE – (empurra sua cadeira até a cama, pega sua bolsa) Estou.
FELIPE – Nossa, você está linda!
ALICE – De que adianta estar linda, sendo que continuo nesta cadeira. Será que podemos ir, antes que eu mude de ideia e desista dessa vergonha. (Felipe fica sério com o jeito de agir da filha, não sabe mais o que fazer para levantar a autoestima dela) Papai?
FELIPE – Estou indo. (caminha até ela, empurra a cadeira até a porta do quarto, saem em seguida)

Contínua no capítulo 29…

AVISO: A entrevista onde a banda Órbita Três, Pedro e Alice foram convidados, ocorrerá hoje às 21h, no capítulo especial da novela Escândalo. Personagens de outras novelas da casa, como Divas e Falso Amor, também participarão da entrevista.  Vocês não vão querer perder esse crossover inédito, né?!

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