“Nada Mais a Dizer”

 

Daqui seis meses…

[CENA 01 – APARTAMENTO DE ARTHUR (NOVA YORK)/ Q. DE ARTHUR/ NOITE]
(Arthur continua erguendo a arma em direção à Pedro, que recua com medo. Samuka também recua)
SAMUKA – Abaixa essa arma, Arthur. Isso não tem graça nenhuma.
ARTHUR – (ri) Ficou com medo foi, garoto?!
PEDRO – Abaixe essa arma, Arthur.
ARTHUR – (abaixa a arma, sorri) Ela está travada, seus idiotas. (caminha até a cama, a coloca no fundo da mala)
SAMUKA – Só que isso não tem graça. (repara em Pedro, que encosta na parede, assustado)
PEDRO – Você é maluco! (saí do quarto apressado)
ARTHUR – Eu estava brincando, bobão. (volta a tirar suas coisas do guarda-roupa)
SAMUKA – Brincadeira muito sem graça essa. Eu ainda acho que você está tomando uma decisão errada. (saí do quarto. Arthur o ignora, guarda suas roupas na mala)

Amanhecendo…

[CENA 02 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ AUDITÓRIO/ DIA]
(Pedro está sentado ao piano, Samuka, Mônica e Elisa estão ao redor dele)
MÔNICA – Gente, vai por mim… o Arthur enlouqueceu.
SAMUKA – De acordo com ele, tudo não passou de uma brincadeira.
PEDRO – Brincadeira muito sem graça essa. Você viu o estado que eu fiquei.
SAMUKA – Eu sei.
ELISA – Realmente não me lembro de ter visto o Arthur ter chegado a este ponto. Parece que ele não é ele mesmo?!
SAMUKA – Pensei que depois da conversa que vocês teriam ontem, ele voltaria ao normal.
MÔNICA – Pelo visto não voltou, né. (os demais alunos que irão participar do musical, entram no auditório)
ELISA – Melhor mudarmos de assunto, pessoal. E também é melhor deixar isso só entre a gente. (todos olham para a Mônica)
MÔNICA – Porque vocês estão olhando para mim? Eu não gosto tanto assim do Arthur, mas nem por isso vou espalhar por aí o que aconteceu. (os alunos chegam ao auditório, todos logo mudam de assunto)

[CENA 03 – NOVO APARTAMENTO DE ARTHUR/ SALA – COZINHA – QUARTO/ DIA]
(Arthur entra em seu novo apartamento. Ele ainda se encontra vazio, com apenas um sofá no centro da sala)
ARTHUR – (coloca a mala ao lado da porta, caminha até o sofá) Bem-vindo ao seu novo lar, Arthur. (retira a mochila) Bem, é hora de estreá-lo. (pega o celular, coloca uma música e aumenta o volume)

[CENA DE MÚSICA – NOTHING LEFT TO SAY (IMAGINE DRAGONS)]

Who knows how long 1
I’ve been awake now?
The shadows on my wall don’t sleep
They keep calling me, beckoning

Who knows what’s right?
The lines keep getting thinner
My age has never made me wise
But I keep pushing on and on and on and on

There’s nothing left to say now 2
There’s nothing left to say now
I’m giving up, giving up, giving up now
I’m giving up, giving up, giving up now

There’s nothing left to say now
There’s nothing left to say now
I’m giving up, giving up, giving up now
I’m giving up, giving up, giving up now

Below my soul 3
I feel an engine
Collapsing as it sees the pain
If I could only shut it out

I’ve come too far
To see the end now
Even if my way is wrong
I keep pushing on and on and on and on

There’s nothing left to say now 4
There’s nothing left to say now
I’m giving up, giving up, giving up now
I’m giving up, giving up, giving up now

There’s nothing left to say now
There’s nothing left to say now
I’m giving up, giving up, giving up now
I’m giving up, giving up, giving up now

I keep falling, I keep falling down
I keep falling, I keep falling down
I keep falling, I keep falling down
I keep falling, I keep falling down

If you could only save me 5
I’m drowning in the waters of my soul

There’s nothing left to say now
There’s nothing left to say now
I’m giving up, giving up, giving up now
I’m giving up, giving up, giving up now

There’s nothing left to say now
There’s nothing left to say now
I’m giving up, giving up, giving up now
I’m giving up, giving up, giving up now

1. Arthur joga o celular em cima do sofá, caminha pela a sala ainda com o toque inicial da música. O vazio ao seu redor, o faz ficar sério. Começa a cantar e a dançar pelo o ambiente.
2. Ele caminha pelos os cômodos, revezando seus passos de danças entre a cozinha e a sala. Embora estivesse sozinho, precisava provar que era melhor que ele (Pedro). Os dois não eram diferentes. Os dois tem a mesma paixão pela a música, o mesmo talento, então Arthur acreditava que precisava se destacar mais do que nunca daqui em diante.
3. Ele pega a mochila do sofá, vai em direção ao quarto. O abre e entra dançando. Joga a mochila no chão, caminha até a janela, olha para a rua. Estava colocando toda sua emoção na música, dançando e sentindo-se livre. Vira-se e saí do quarto dançando.
4. Volta a revezar entre todos os cômodos do apartamento, indo do banheiro até a sala. Embora esteja dançando sozinho, está dando o seu melhor em meio aquele espaço vazio, tudo conseguir superá-lo (Pedro).
5. Na sala, pula em cima do sofá e canta os trechos finais da música ali. Aos poucos, ajoelha-se de frente para seu celular, a música fica em seu toque final, ele abaixa a cabeça assim que ela se encerra.

[CENA 04 – CASA DE ALICE/ ESTÚDIO/ DIA]
(Alice finaliza sua música, está ouvindo-a pelo o fone de ouvido. Gaspar e Nathaniel aparecem no estúdio)
NATHANIEL – Sua protegida tá traçando um caminho bem diferente daquele que você planejou, hein?!
GASPAR – Pois, é! Bem, ao menos o final que vejo dela ainda é o mesmo. Espero que este atalho que ela tenha pegado, não a atrase em seu destino.
NATHANIEL – Ou a antecipe. E quanto ao outro?
GASPAR – O outro continua no caminho reto! (sorri, em um piscar de olhos os dois desaparecem do estúdio e aparecem em Nova York, no auditório da universidade)

[CENA 05 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ AUDITÓRIO/ DIA]
(os alunos estão realizando o ensaio, com o supervisionado de Liandra. Nathaniel e Gaspar aparecem sentados no meio do auditório, observam o ensaio)
GASPAR – O Pedro nunca me deu trabalho, confesso. Ao contrário da irmã, ele sempre continuou no caminho dele.
NATHANIEL – Raro encontrarmos protegidos assim. Que andam em linha reta.
GASPAR – (ri) Verdade.
NATHANIEL – Então, nem devo dizer que o final desse aí nunca mudou.
GASPAR – Não. (por algum motivo fica sério) O final dele continua o mesmo!
NATHANIEL – (ver que o amigo ficou incomodado) E pelo o visto não é um final feliz!
GASPAR – (olha para o amigo) Dependerá dele, ser feliz ou não! (os dois desaparecem)

Agora…

[CENA 06 – COLÉGIO ALBUQUERQUE/ RUA/ DIA]
(Pedro e Carol chegam ao local onde ela fará a prova)
CAROL – (repara alguns candidatos entrando) Acho melhor eu entrar.
PEDRO – Faça uma boa prova. (Carol fica de frente a ele)
CAROL – Obrigada.
PEDRO – Quer que eu venha te buscar?
CAROL – Não, não precisa. (os dois se entreolham por alguns segundos, Pedro se aproxima dela. Carol desvia, vira-se para o colégio) Tenho que ir, antes que fechem os portões. (caminha apressada até o colégio, entra. Pedro a observa, com um leve sorriso no rosto)

[CENA 07 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ DIA]
(Nathaniel continua olhando para Larissa, sem reação)
LARISSA – (se aproxima dele) Alô? Nathan… (toca no ombro dele, que o faz se mover) Tudo bem?
NATHANIEL – Sim. (se afasta dela, em direção ao palco) Desculpa, é que ainda estava lembrando da música que você cantou ontem, aqui neste palco.
LARISSA – Sempre cantei neste palco, Nathan. Não sei porque a surpresa. (caminha até uma das mesas)
NATHANIEL – Pois, é… meio que ontem, foi a primeira vez que te ouvi cantar.
LARISSA – (confusa) Como assim?
NATHANIEL – Nada. Melhor esquecer. Mas, você queria a minha ajuda, é isso? (se aproxima dela)
LARISSA – Sim. Preciso escolher um belo vestido para a próxima fase do programa.
NATHANIEL – Programa? Que programa?
LARISSA – O programa de música Sua Canção? Onde está sua cabeça hoje, Nathan? (sorri)
NATHANIEL – Confesso que está tentando se encaixar direito.
LARISSA – Eu, hein. Você tá estranho hoje. Será que vai conseguir me ajudar?
NATHANIEL – Vou sim. Vou tentar me concentrar agora.
LARISSA – Então vamos lá para o meu quarto, joguei alguns vestidos em cima da cama e estou confusa em qual escolher. (segura na mão dele, puxando-o para o quarto)

(todos que prestarão vestibular hoje, estão em seus respectivos colégios, fazendo suas provas. Carol, Manuela e Tiago estão concentrados lendo o caderno de questões. Dácio responde calmamente o seu, enquanto Andréa, Éster e Thalita estão fervendo a cabeça com o caderno delas. Caio, por sua vez, responde o seu preocupado, pois o nível das questões estão bem alto)

Anoitecendo…

[CENA 08 – CASA DE CAIO/ Q. DE CAIO/ NOITE]
(Caio está deitado na cama, olha para o teto. Embora esteja no segundo ano, e a prova de hoje servirá apenas como experiência, ele está com medo de ter ido mal e receber alguma bronca de sua mãe)
CAMILA – (bate na porta, entra no quarto) Oi, filho. (se aproxima da cama, senta-se) Então, como foi a prova?
CAIO – (senta-se) Acredito que fui bem. Tinha umas questões bem difíceis lá. Tentei o máximo resolvê-las.
CAMILA – Resolveu ou chutou?
CAIO – Algumas resolvi. Outras, como estava no final da prova, tive que chutar ou não conseguiria marcar o gabarito a tempo.
CAMILA – Se tivesse organizado seu tempo melhor, teria conseguido resolver todas. Agora você poder ter se prejudicado com essas questões que chutou.
CAIO – Eu estava nervoso. Tive medo de fazer algo errado e ter sido eliminado.
CAMILA – Quando saí o resultado?
CAIO – Daqui duas semanas, se não me engano.
CAMILA – (levanta-se) Quero ver quantos pontos você tirou. Mesmo que você não entre para a faculdade ano que vem, o resultado deste vestibular, servirá como espelho para o próximo. (caminha em direção a porta) Vá lavar as mãos e vamos jantar. (saí do quarto, Caio continua sentado na cama, pensativo)

[CENA 09 – CASA DE PEDRO/ SALA/ NOITE]
(Carol está sentada no sofá, sozinha na sala. A mãe dela está na cozinha, ajudando a Paula. Pedro vem descendo as escadas)
PEDRO – (olha em direção a cozinha, se aproxima do sofá) Acha que se saiu bem?
CAROL – Eu espero que sim.
PEDRO – (senta-se ao lado dela) Se você passar, você pretende morar aqui no Rio?
CAROL – Sim. Apesar de tudo, parece que eu não consigo ficar longe de você.
PEDRO – Nestes últimos meses, você ficou. Será que agora você pode me explicar por que fugiu de mim?
CAROL – Depois que terminamos, comecei a te acompanhar de longe. Ver você se esforçando, indo atrás de algo que você acredita, me fez querer fazer o mesmo. Eu precisava ir atrás de algo que eu também acredite. Então desativei todas as minhas redes sociais, viajei com a minha mãe até a cidade onde meus avós moram e passei a me dedicar naquilo que eu gosto, que é cuidar dos animais.
PEDRO – Foi aí que você decidiu cursar medicina veterinária?
CAROL – Sim. Eu pesquisei quais as melhores universidades que fornecem esse curso, e a do Rio de Janeiro, esteva entre as melhores.
PEDRO – Aí você se inscreveu e está aqui hoje.
CAROL – É. Só que eu não fiz a minha inscrição pra cá, só por causa disso. Eu fiz, porque se eu passasse, eu estaria perto de você. (envergonha-se, desvia sua atenção para frente. Pedro a observa, com um leve sorriso no rosto) Só que agora é tarde, né. Você ano que vem vai para Nova York, estudar música.
PEDRO – Eu ainda não decidi se vou para Nova York.
CAROL – (olha para ele) Como não?
PEDRO – Quer dizer… eu quero ir para Nova York, porque não tinha nada que me prendia nessa cidade… (se aproxima dela) Mas, se você vier morar aqui, talvez eu…
CAROL – (fica vermelha com ele bem próximo, levanta-se) Não. Você não pode deixar essa grande oportunidade passar.
PEDRO – (levanta-se, se aproxima dela) Embora eu seja apaixonado pela a música… (segura a mão dela) … existe alguém que eu amo mais do que ela. (Carol solta a mão dele, vai para o outro lado da sala) Eu não devia ter terminado. Na época, eu estava confuso, havia perdido a minha mãe, queria ficar sozinho e precisava ocupar o vazio que ficou aqui dentro de mim. (se aproxima dela) Só que eu fui tolo por não ter percebido que este vazio já estava sendo preenchido por você! Então, se eu ter que escolher entre ter você novamente perto de mim ou ter que ir embora para longe, pode ter certeza, que é a primeira que eu escolho.
CAROL – E quem disse que ficaremos longe dessa vez?
PEDRO – É claro que ficaremos. Se eu for para Nova York…
CAROL – Podemos conversar todos os dias pelas redes sociais.
PEDRO – Não será a mesma coisa, do que conversar com você pessoalmente.
CAROL – O que eu não posso deixar é você desistir disso. Você vai estudar música em Nova York. Quem imaginaria, que um garoto que cresceu numa cidadezinha do interior de Minas, iria conseguir isso. (se aproxima dele) Eu não me sentiria a vontade se você ficasse aqui por minha causa, sendo que poderia criar um futuro brilhante lá fora. E mesmo assim, vai que eu não passo nesse vestibular. Terei que voltar para Minas e me preparar para o próximo ano. Então não desiste dessa oportunidade. Eu mais do que ninguém, quero te ver feliz fazendo aquilo que você mais gosta. (bem próximo dele, Paula entra na sala neste momento)
PAULA – É… licença, crianças. O jantar está pronto já. (Pedro e Carol se afastam)
PEDRO – Estamos indo, tia. (Paula percebe que estragou algo, saí desconfiada da sala)
CAROL – Vamos. (caminha em direção a cozinha, Pedro segura a mão dela, impedindo-a)
PEDRO – (sorri) Eu sei que você vai passar. E assim como eu, você também será feliz naquilo que gosta. (a solta, os dois vão para cozinha)

[CENA 10 – CASA DELLE ROSE/ QUARTO – SALÃO/ NOITE]
(Daniel não conseguiu encontrar uma pensão barata, Salete permitiu que ele ficasse o tempo que precisasse no cabaré. Dácio e ele estão se beijando em cima da cama, recuperando o tempo perdido)
DÁCIO – (Daniel está em cima dele, o clima esquenta, tira a camisa) Ei, ei… não podemos fazer isso aqui. E se a minha mãe nos pega?
DANIEL – Eu acho que sua mãe não virá aqui agora. Ela está ocupada com os clientes. (o beija brevemente) Além do mais, a porta está trancada e ela deve saber muito bem o que estamos fazendo. (sorri, volta a beijá-lo. O clima está quente entre os dois, Dácio tira a camisa, troca de posição com Daniel, fica em cima dessa vez. Os dois continuam se beijando, Dácio o ajuda tirar a calça)
[SALÃO]
(Salete anda pelo o salão, fala com alguns clientes. Algumas meninas estão dançando em cima do palco. Nathaniel está no bar, atende um cliente. Boa parte da memória humana dele voltou, está começando a agir naturalmente)
GASPAR – (senta-se em um dos banquinhos) Olha, só. Parece que o lado humano voltou ao normal.
NATHANIEL – Quase. Ainda tenho algumas memórias confusas. (se aproxima dele, diz baixinho) Acredita que nesta vida eu já fiquei com homens?! (sorri, se afasta)
GASPAR – (ri) Eu sei. Na primeira vez que a gente se encontrou, meio que você deu em cima de mim.
NATHANIEL – Sério?!
GASPAR – E quanto a sua protegida? (a procura pelo salão)
NATHANIEL – Ela é totalmente diferente da Letícia, Gaspar. Gostaria de ter voltado antes.
GASPAR – Pois, é. Eu até queria te trazer, mas respeitei o prazo que você me deu
NATHANIEL – Valeu. É bom saber que tenho você comigo.
GASPAR – São longos anos de estrada, né.
NATHANIEL – E o Arael? Desde que voltei, não recebi nenhuma visita dele.
GASPAR – Sabe como este aí, é? Aparece só quando convém.
NATHANIEL – Queria perguntar algo pra ele.
GASPAR – O que?
NATHANIEL – Nada demais. Bem, vai beber algo senhor?
GASPAR – Não, obrigado. (levanta-se) Só vim visitar um amigo. Agora, preciso ver como meus protegidos estão.
NATHANIEL – Muito trabalho com eles?
GASPAR – Até que não. Mas em breve, eles vão precisar de mim. (caminha em direção a saída, Nathaniel vai para perto das bebidas)

Amanhecendo…

[CENA 11 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
(Carol e a mãe estão prontas para voltarem para Minas. Estão na sala se despedindo de Paula)
VANDA – Obrigada pela hospedagem, querida. E vai nos desculpando por qualquer inconveniente que possamos ter provocado.
PAULA – Que nada, foi um prazer receber vocês aqui. Pensem em nos visitar mais vezes, hein.
VANDA – Dependendo do resultado que a Carol obtiver, quem sabe ano que vem não nos mudemos para cá.
PAULA – Tomara, hein. (se despede de Carol) Eu e o Pedro iremos adorar ter vocês aqui. (a abraça, sorri)
CAROL – Obrigada, Paula. (o táxi buzina lá fora) O carro chegou mamãe.
PAULA – (abre a porta) Façam uma boa viagem! (Vanda e a filha saem de casa) Mandem mensagem quando chegarem! (as duas entram no táxi, Paula entra em casa, vai para cozinha)

[CENA 12 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Pedro está reunido com seus amigos, que estão conversando sobre a prova de ontem. Ele está calado, com o celular nas mãos)
ANDRÉA – Eu fiquei horas tentando resolver aquelas questões de matemática. Cheguei em casa exausta.
DÁCIO – Tinha umas lá, que era para se bater a cabeça mesmo. Por exemplo, aquela lá do barco…
ANDRÉA – Nem me lembra dessa dái, por favor.
RAMON – Você disse que chutou as últimas 10, Andréa!
ANDRÉA – Chutei mesmo. Faltava uma hora pro término da prova, eu precisava preencher o gabarito e estás questões estavam me estressando já. Também não estou nem aí, se passei ou não para a próxima fase. (repara em Pedro)
PEDRO – (digita uma mensagem, envia para Carol) “Façam uma boa viagem de volta a Minas. Espero te ver em breve.” (sorri)

[CENA 13 – RUA/ DIA]
(Daniel está andando na rua a procura de uma pensão para ficar. Ele passa em frente de uma loja de roupas e não repara que do outro lado da rua, está seu pai)
SAMUEL – (esconde-se ao vê-lo, o observa) Filho!

Continua no capítulo 36…

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo