“Onde Anda Você”

 

Daqui seis meses…

[CENA 01 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ CORREDOR/ DIA]
(Pedro e Samuka observam o mural e embora esteja ocupando a primeira posição da lista, ele não parece estar contente)
SAMUKA – (toca no ombro dele) Amigo… prepara que o Arthur virá com tudo.
PEDRO – Lista idiota. Qual a necessidade disso mesmo? (vira-se e dá de cara com Maya)
MAYA – A gente já teve essa conversa antes, Pedro! Ah… e antes de tudo, parabéns. Quem diria que um outro calouro iria conseguir repetir esse feito. Que até então, o único a realizar foi o Arthur.
PEDRO – (a Samuka) Sério que tem isso todo o semestre?
SAMUKA – Tem.
PEDRO – Não sei se vou aguentar os próximos anos com isso não, oh.
SAMUKA – Vai ter que aguentar sim… o Arthur conseguia, alias… ele adorava. (os três caminham)
MAYA – Bem… mudando de assunto, antes que você se irrite e saia por aí… estão ansiosos para a seleção final dos novos calouros?
SAMUKA – Será na semana que vem, né?!
MAYA – Sim. Elizabeth deve voltar hoje de viagem, com a relação dos finalistas. Até o final do dia, deve ser divulgado no site. Confesso que estou torcendo para um e espero que ele tenha avançado.
SAMUKA – Quem?
MAYA – Carlo Martínez. (pega o celular, exibe a foto dele) Tem 17 anos, mora na Espanha com a mãe e a avó. (procura um vídeo dele cantando, o exibe. Pedro e Samuka se aproximam dela)
SAMUKA – É… o garoto manda bem.
MAYA – Tem sido um dos preferidos desta seleção.
PEDRO – Onde você consegue essas informações, Maya?
MAYA – Tá brincando, né Pedro? A universidade tem um blog que é atualizado diariamente com notícias dos alunos, candidatos, musicais, entre outras coisas… Tem várias suas lá… inclusive aquela onde você “broxou”. (ri)
PEDRO – Todas estas informações estão lá?
MAYA – Claro que estão. Em que universidade você estuda, Pedro? (encerra o vídeo, guarda o celular)
PEDRO – Realmente preciso me manter atualizado com as coisas por aqui. (os três caminham em direção as suas respectivas salas)

[CENA 02 – CASA DE ALICE/ JARDIM/ DIA]
(Alice está próximo a piscina, marcou com um produtor e está na espera dele)
ALICE – (olha para Gaspar vindo em sua direção) Tenho que pedir para a minha avó proibir a sua entrada nesta casa.
GASPAR – (sorri) Que é isso… sua avó jamais aceitaria esse absurdo. Ela me ama. Posso sentar?
ALICE – Não. Estou esperando um produtor, para tratarmos de negócios.
GARPAR – Uau, virou uma garota de negócios, hein!
ALICE – O que você tá fazendo aqui, Gaspar?
GASPAR – Só vim te visitar. (se aproxima) Tudo bem com as suas pernas?
ALICE – Sim, não sei se você percebeu, mas elas ainda continuam imóveis… e irão continuar assim para sempre.
GASPAR – Eu sei que você não está falando isso de verdade… Tem uma luz especial em você hoje, que não sei dizer o que é.
ALICE – Deixou a vida de médico para virar guru agora, é?
GASPAR – (ri) Não, não… ainda gosto de cuidar dos outros. Eu só comentei, porque notei algo diferente. Mas… (senta-se) mudando de assunto, tem ganhado muito dinheiro com a venda de suas músicas?
ALICE – Tenho, só que doei o dinheiro para uma fundação de crianças carentes.
GASPAR – (surpreso) Sério? Que bacana… confesso que não esperava isso de você.
ALICE – Eu não sou nenhuma vilã não, viu. Sei que tenho uma personalidade forte, mas depois que visitei essa fundação, e vi o trabalho cultural que o pessoal estão fazendo com várias crianças, inclusive algumas com certas necessidades, percebi que eu podia fazer alguma coisa por elas. Então, se eu tenho dinheiro e facilidade de compor músicas, porque não usar isso e ajudá-los.
GASPAR – (sorri) Fico feliz por isso.
ALICE – Só que… eu acho que poderia fazer mais, sabe? O dinheiro vai ajudar a manter a fundação funcionando por um bom tempo, vai continuar assegurando para aquelas crianças o acesso a música, a dança, a cultura… só que eu me pergunto e daqui alguns anos? Lá tem crianças que estão na mesma situação que a minha. Estão presas em uma cadeira de rodas, mas mantém sonhos que talvez nunca se realizem.
GASPAR – E quem te garante que não se realizarão?
ALICE – Convenhamos, Gaspar… neste país quantos artistas cadeirantes você conhece por aí? (lembra-se da garotinha) E lá tem uma garotinha que canta tão bem… que o sonho dela é de um dia ser uma grande cantora, igual a mim. Mas na atual circunstância dele, acredito que seja impossível.
GASPAR – Por que impossível?
ALICE – Qual parte que você não entendeu, que neste país não existe artistas cadeirantes. Aquela garotinha está apenas se iludindo.
GASPAR – Você pesquisou bem?
ALICE – (irrita-se) Pesquisei, Gaspar… nem instituições com esse objetivo, não encontrei nenhuma. (o convidado de Alice chegou)
GASPAR – (levanta-se ao vê-lo se aproximando) Se não existem, porque você mesmo não cria uma. (vai embora, Alice o observa, pensativa na ideia que Gaspar deu a ela)
PRODUTOR – Oi, Alice! Tudo bem? (a cumprimenta, porém Alice não presta atenção nele, olha em direção a Gaspar indo embora)

Mais Tarde…

[CENA 03 – LANCHONETE (NOVA YORK)/ TARDE]
(Pedro chamou Maya para lancharem algo depois da aula, com o objetivo de ela ajudá-lo a se manter mais informado com os acontecimentos que ocorrem na universidade)
MAYA – Amo essas rosquinhas de chocolate.
PEDRO – Também… mas então, como faço para ficar por dentro assim das novidades.
MAYA – Olha, pra início de conversa nem era necessário a gente estar tendo está conversa. Se você acompanhasse o blog da universidade, estaria por dentro de tudo.
PEDRO – É que fiquei tão focado com o musical, com as aulas… nem tive tempo para isso.
MAYA – Perdeu várias notícias suas. (morde sua rosquinha, saboreia)
PEDRO – Teve tantas assim?
MAYA – Bem… digamos que umas 05 ou 06. A última foi sobre seu ótimo desempenho nos ensaios do musical e sua nova colocação na lista.
PEDRO – (pega o celular) Como eu faço para acessar mesmo esse blog?
MAYA – No site da universidade você encontra o link. (aproveita a rosquinha, enquanto Pedro procura o blog)
PEDRO – Encontrei. Vou salvá-lo como favorito, fica mais fácil. (procura entre várias postagens, fotos e vídeos de tudo que ocorreu nas últimas horas na universidade. Se depara com uma notícia sua) Uma notícia minha. (solta um sorriso, ler a notícia, enquanto Maya atacava as rosquinhas)

Agora…

[CENA 04 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO (ao vivo)/ PALCO/ NOITE]
(os quatros participantes do grupo B já se apresentaram, todos estão reunidos no palco, para saber qual é a decisão do público)
LAURO – (no meio dos participantes) Chegou a hora, pessoal. Enquanto os votos são computados, meus caros jurados desejam falar alguma coisa. Já tem em mente quem irão salvar.
LÉO – Meu amigo… essa é a fase mais difícil pra gente.
VALÉRIA – Ter que levar uma voz apenas para a próxima fase, não é uma decisão fácil, Lauro.
LAURO – Se vocês estão sofrendo, imagina então o pessoal de casa e a plateia, que tiverem que escolher apenas um desses quatros participantes que arrebentaram aqui hoje.
LÉO – Todos mandaram bem mesmo. Isso mostra que assim como o grupo anterior, o grupo B chegou com tudo.
LAURO – Concordo. (a assistente caminha até ele com o resultado) Obrigado. Chegou a hora pessoal. (os participantes se entreolham, Otávio fica atento a voz de Lauro) Bem, não vou fazer muito suspense, creio que todos aqui estão ansiosos para saber o nome do primeiro participante do grupo B que irá para a próxima fase. (olha para a ficha, esconde em seu peito) Com 46% dos votos, o público escolheu Otávio Henrique. (Otávio não acredita que foi escolhido, comemora e agradece)
OTÁVIO – (emociona-se) Obrigado! Obrigado a todos. Eu nem sei o que dizer. (Lauro caminha até ele e o abraça)
LAURO – Você emocionou todos essa noite. Você merece. (os demais participantes também o abraçam, Lauro olha para a câmera) Uma salva de palmas para Otávio plateia. (a plateia levanta e o aplaude, Saulo está em pé e parece orgulhoso. Um assistente ajuda Otávio a sair do palco) Bem, chegou a hora de vocês… (aos jurados) … salvarem mais uma voz. (os jurados se entreolham, ambos aparentemente confusos)

[CENA 05 – CASA DE PEDRO/ SALA/ NOITE]
(Pedro e a tia estão acompanhando o programa, sua tia está quase dormindo)
PEDRO – (repara sua tia pestanejando no outro sofá, a cutuca de leve) Tia? A cama é melhor que este sofá, a senhora não acha?
PAULA – (sonolenta) O programa já acabou?
PEDRO – Não, ainda não. Os jurados estão votando ainda.
PAULA – (olha a hora no relógio de pulso) Bem, acho que vou me deitar.
PEDRO – (sorri) Melhor!
PAULA – (levanta-se, caminha até ele) Boa noite, querido!
PEDRO – Boa noite, tia. (Paula sobe as escadas, Pedro presta atenção no programa)

[CENA 06 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO/ SALA RESERVADA/ NOITE]
(Otávio e Eduardo estão na sala, se preparam para irem embora. Os participantes do grupo C já começaram a se apresentar, e o primeiro está no palco)
OTÁVIO – (senta-se em uma cadeira, ainda não acredita que avançou) Eu vou para a próxima fase, Edu. Você tem noção disso?
EDUARDO – Com 46% dos votos! (um dos participantes do grupo B entra na sala, acompanhado de seu convidado. Fazem cara feia, assim que reparam Otávio ali, Eduardo percebe e não gosta nada)
OTÁVIO – Estou tão feliz! Precisamos comer uma pizza para comemorar.
EDUARDO – (repara nos olhares mal encarados dos demais) Sim, vamos sim. (os dois ficam em silêncio, o participante solta um comentário em voz alta)
PARTICIPANTE – Esse aí passou só porque o pessoal sentiram pena dele. Duvido se esse ceguinho aí vai muito longe. (Otávio escuta e a felicidade que estava estampada em seu rosto desaparece)
EDUARDO – (caminha até o participante) Ei… quem você pensa que é para falar dele assim, hein? (o encara)
OTÁVIO – (levanta-se preocupado, caminha em direção a voz de Edu) Edu… não faz isso. Melhor não criarmos confusão.
EDUARDO – Pede desculpas, agora!
PARTICIPANTE – Desculpa pelo o que? Eu apenas disse a verdade. Esse garoto cego só continua na competição porque as pessoas sentem pena dele. (Otávio abaixa a cabeça constrangido) 46% não é lá grande coisa, é só a competição ir afunilando que logo ele será eliminado.
EDUARDO – Que seja, só que você vai pedir desculpas agora.
PARTICIPANTE – (se aproxima dele) Se não o que? Vai criar confusão aqui dentro é? Faz isso, assim eliminam logo este ceguinho. (Eduardo se irrita, dar um soco na cara do participante, que caí no chão. Otávio escuta tudo, caminha apressado até o amigo, tenta impedir uma confusão)
EDUARDO – Você vai pedir desculpa para ele agora.
OTÁVIO – (entra na frente dele) Não faz isso, Edu. Ignora esse cara.
PARTICIPANTE – (se levanta com ajuda de seu convidado) Eu não vou pedir nada. E esse soco…
CONVIDADO – (o impede) Melhor não complicar as coisas.
PARTICIPANTE – Eu já fui eliminado, pra mim tanto faz.
CONVIDADO – Só que se você criar qualquer confusão, podem impedir que você tente participar novamente na próxima temporada. (o participante fica pensativo, se acalma)
PARTICIPANTE – (se aproxima de Edu, Otávio sente a presença dele) Você deu sorte. (encara Otávio) Boa sorte, ceguinho! (se afasta, caminha até uma cadeira, pega sua mochila e saí da sala. Eduardo se acalma, Otávio se afasta dele)
EDUARDO – Desculpa a explosão. Eu não podia deixar esse cara dizer isso de você.
OTÁVIO – Sem problema.
EDUARDO – Não escuta o que ele falou, está bem. As pessoas não sentem pena de você. (se aproxima dele, toca-lhe no ombro) Se você avançou, foi porque você cantou bem.
OTÁVIO – (finge um sorriso) Sem problema. (se afasta, caminha até sua mochila, Eduardo o observa e o percebe triste)

Amanhecendo…

[CENA 07 – CASA DE ALICE/ Q. DE ALICE/ DIA]
(Alice desperta, ergue um pouco seu corpo para frente, olha para suas pernas. Tenta levantar-se, mas sua atuação situação não permite)
VIVIANE – (entra no quarto) Bom dia, querida. Que bom que está acordada.
ALICE – Bom dia, vó.
VIVIANE – (caminha até a cama) Como está se sentindo?
ALICE – Da cintura para baixo, nada!
VIVIANE – Bem… tem uma visitinha aqui, que talvez vá te alegrar um pouco.
ALICE – Por favor, vó… não quero ver ninguém. (vira o rosto para o outro lado) Ainda mais nessa minha situação.
LUANA – (entra no quarto) Desculpa, mocinha… mas você terá que ver sua mãe sim. (sorri, se aproxima dela) Oi, Alice!
ALICE – (vira o rosto para Luana, surpresa) Mãe…

[CENA 08 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ DIA]
(Larissa entra no salão e o encontra vazio. O que é estranho, já que quase sempre, encontrava Nathaniel por lá)
LARISSA – (caminha até o bar) Bom dia, Nathan. Nathan? (caminha até o palco) Nathan? Que estranho… (vai até a cozinha)

[CENA 09 – PRAIA/ DIA]
(Nathaniel caminha pela a areia, até encontrar Gaspar sentado próximo ao mar, com um leve sorriso no rosto)
NATHANIEL – (senta-se ao lado) Posso saber por que me chamou até aqui? A gente podia muito bem conversar em qualquer lugar lá do outro lado.
GASPAR – Eu sei… mas eu queria aproveitar minha forma humana. (sorri, esfrega os pés na areia)
NATHANIEL – Você virou humano?
GASPAR – Em partes. Sou meio humano. Ainda tenho meus poderes.
NATHANIEL – Você vai se aproximar dos seus protegidos?
GASPAR – Sim. Inicialmente da Alice, o Pedro só quando for para Nova York.
NATHANIEL – Bem e qual é a sensação?
GASPAR – Olha… confesso que por enquanto ainda estou normal.
NATHANIEL – (repara em uma barraquinha de lanches ao lado) Acredito que o paladar esteja liberado para você. (levanta-se, estende a mão e o ajuda a levantar) Vou te mostrar as belas sensações da comida humana.

[CENA 10 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Pedro está reunido com Ramon, Dácio e Caio em uma das mesas do pátio. Ana está sozinha logo atrás dele, mexe no celular)
RAMON – A Andréa também tá arrasada por não ter conseguido passar para a próxima etapa do vestibular.
CAIO – Ao menos ela não tem uma mãe que irá iniciar uma rotina intensiva de estudos com ela.
RAMON – É… por esse lado, você tá numa enrascada bem maior.
PEDRO – Não se preocupa, Caio. Eu vou te ajudar nessa história com sua mãe. Só preciso logo colocar na cabeça dura da minha irmã, que a vida dela não acabou.
DÁCIO – Falando nisso, como ela está?
PEDRO – Está mal. Ela quer desistir de tudo, da escola, da carreira… preciso encontrar alguma forma de colocar aquela garota nos trilhos novamente. (pensativo, seus amigos apenas o observam. Atrás deles, Ana está ansiosa em saber alguma notícia de Alan. Ele apenas visualizou a mensagem que foi enviada por ela ontem à noite)

[CENA 11 – COLÉGIO DE DANÇA/ SALA RESERVADA/ DIA]
(Alan entra em uma sala ampla e arejada. Se aproxima dos jurados que estão ao fundo, tenta controlar seu nervosismo)
JURADA – (simpática) Bom dia, querido. Tudo bem?
ALAN – Um pouco nervoso, mas sim.
JURADA – Relaxa, está bem. Quando estiver se sentindo à vontade, estamos prontos para ver seus passos de danças. (sorri, que o conforta. Alan se afasta, tenta se manter à vontade. Uma música começa ser tocada ao fundo, aos poucos ele vai entrando no ritmo dela e começa a se soltar. Alan domina o piso da sala, sente-se leve quando dança, mostra seus passos de dança e seu estilo único. Os três jurados estão atentos a ele, aparentemente, gostam do veem)

[CENA 12 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ DIA]
(Daniel entra no salão e encontra Larissa em cima do palco)
DANIEL – Oi
LARISSA – Oi, querido. Bom dia.
DANIEL – (olha ao redor) Onde está o Nathan? Sempre quando acordo, eu o encontro por aqui.
LARISSA – Isso é algo que eu também gostaria de saber.
DANIEL – (ri) Se preparando para cantar?
LARISSA – Sim. Estava aqui pensando em qual música vou cantar na próxima fase. (lembra-se que ele também está participando) Ah é… você tá no grupo B, não é mesmo?
DANIEL – Sim, estou. Possivelmente o próximo programa será a minha vez.
LARISSA – Boa sorte. Espero poder competir com você na final.
DANIEL – Mesmo não tendo muita chance, também espero.
LARISSA – Não diz isso. Todos nós somos bons. (pega um microfone) Anda, sobe aqui e canta uma música comigo.
DANIEL – Eu não quero estragar seu ensaio.
LARISSA – Não vai estragar nada. E será bom para nós dois, principalmente para você que pode se apresentar semana que vem. Sem contar que está música é bem melhor em formato de dueto. (Daniel aceita, sobe ao palco e pega o microfone da mão dela. Larissa solta a música que iria cantar)

[CENA DE MÚSICA – ONDE ANDA VOCÊ (VINICIUS DE MORAIS & TOQUINHO)]

[LARISSA]
E por falar em saudade 1
Onde anda você
Onde andam os seus olhos
Que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto
De tanto prazer

[DANIEL]
E por falar em beleza 2
Onde anda a canção
Que se ouvia na noite
Dos bares de então
Onde a gente ficava
Onde a gente se amava
Em total solidão

[LARISSA]
Hoje eu saio na noite vazia 3
Numa boemia sem razão de ser

[DANIEL]
Na rotina dos bares
Que apesar dos pesares
Me trazem você

[LARISSA E DANIEL]
E por falar em paixão 4
Em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares
Na noite, nos bares
Onde anda você

1. Daniel e Larissa ficam em frente um do outro, sentindo-se a vontade com o toque inicial da música, ela começa a dançar. Daniel a observa, sorri.
2. Também no ritmo da música, Daniel se aproxima de Larissa dançando. Segura na mão dela e os dois se movimentam em cima do palco, cantam olhos nos olhos.
3. Os dois param de andar próximo ao piano, se aproximam um do outro, cantam e dançam juntos. Em ritmo lento, vão caminhando abraçados até o centro do palco.
4. Se separam, Daniel segura a mão dela novamente, encerram a música um olhando para o outro. Sorriem e se abraçam como forma de gratidão por terem dividido está música.

Continua no capítulo 45…

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