“Invencível”

 

Daqui seis meses…

[CENA 01 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ AUDITÓRIO/ DIA]
(chegou à semana para a seleção dos novos calouros. Alguns alunos veteranos estão no auditório, reunidos em pequenos grupos. A banca avaliadora está na terceira fileira, sendo composto por Elizabeth e outros 3 professores. Pedro e Maya estão no meio do auditório, ambos olham para os avaliadores)
MAYA – A única novidade dessa banca é a Rachel, os demais continuam os mesmos.
PEDRO – Como o tempo passa rápido, né? Praticamente, há seis meses atrás erámos nós que estávamos do outro lado. O nervosismo para apresentar para uma banca renomada e um auditório cheio de veteranos…
MAYA – Cheios não, digamos que ¼ dos veteranos.
PEDRO – (ri) Pra mim era cheio.
MAYA – (o cutuca de leve) Mas vem cá… você sabe me dizer que são os candidatos?
PEDRO – (olha ao redor, sorri) Claro que sei. Eu vi o perfil dos finalistas no blog da universidade.
MAYA – Olha só… aprendeu, né. Então vai lá, me diz quem vai participar hoje.
PEDRO – Agora pela manhã se apresentarão 4 candidatos. (procura pelo o auditório, aponta para uma garota, quatro fileiras a frente deles.) Ali… Sandy Carpe, 18 anos, segunda vez dela aqui. Tentou ano passado, mas foi eliminada na penúltima fase. (procura outro participante, aponta para um rapaz de boné, sentado na última fileira, ele parece ansioso) Aquele é Dylan Nolan, 21 anos e é a terceira vez que tenta entrar.
MAYA – É, esse eu conheço… o coitado até que canta bem, só que deixa muito o nervosismo e ansiedade atrapalhá-lo nas apresentações. A primeira vez que se inscreveu, ele nem apareceu na primeira fase. Foi eliminado de cara.
PEDRO – (o observa) Eu sei… bem, ele tá na final agora. Quem sabe não é a chance dele.
MAYA – E os outros?
PEDRO – (aponta para uma garota, reunida com outras duas veteranas) Ali está a irmã mais nova de Ashley e Hilary. Emma Miller, 17 anos, filha de dois produtores…
MAYA – (o interrompe) É eu sei, eu sei… essa aí a queridinha só por causa das irmãs. Cantar que é bom, não canta nada.
PEDRO – Não diz isso… você sabe como a Elizabeth é criteriosa. Se ela chegou até aqui, porque canta bem sim. Bem e o último… (o procura pelo o auditório, o encontra na última fileira) E temos por fim, Saimon Rodriguez, 18 anos, primo sabe de quem?
MAYA – (sorri) Do meu favorito… Carlo!
PEDRO – Exato.
MAYA – Parece que ele não veio apoiar o primo. (o procura pelo auditório)
PEDRO – Ou talvez a Elizabeth não tenha permitido.
MAYA – De qualquer forma, meu Carlo entrando, não me importo qual desses aí vai conseguir a bolsa.
PEDRO – Mas se fosse para escolher um dos que estão aqui… quem você escolheria? (Maya olha um por um dos participantes, fica alguns segundos pensativa)
MAYA – O primo do meu Carlo!
PEDRO – (sorri) Sabia que ia dizer isso. Bem, eu vou torcer para o Dylan. (o observa)
MAYA – Que vença o melhor, então!

[CENA 02 – CASA DE ALICE/ Q. DE ALICE/ DIA]
(Alice está em frente ao espelho e parece que acordou feliz hoje)
ALICE – (sorri) Acho que tá na hora desse casulo eclodir! (empurra sua cadeira até a porta, uma música começa a ser tocada ao fundo. Ao longa da música, ela irá aparecer em diversos lugares.)

[CENA DE MÚSICA – INVINCIBLE (KELLY CLARKSON)]

You know I was broke down 1
I had hit the ground
I was crying out
Couldn’t make no sound
No one hears the silent tears collecting
You know I had lost hope
I was all alone
Never been so low
‘Til you came along
Teacher, I feel the dots connecting

Beat down on me, beat down like a waterfall
‘Cause I can take on so much more than I have ever dreamed
So beat down on me, beat down like a waterfall
‘Cause baby I am ready to be free

Now I am invincible 2
No I ain’t a scared little girl no more
Yeah I am invincible
What was I running for
I was hiding from the world
I was so afraid, I felt so unsure
Now I am invincible
And I’m a perfect storm

Now I am a warrior
A shooting star
You know I got this far, I had a broken heart
No one hears the silent tears collecting
‘Cause it’s being weak that’s strong
In the truth I’m found
I have courage now
Gonna shout it out
Teacher, I feel the dots connecting

Beat down on me, beat down like a waterfall 3
‘Cause I can take on so much more than I have ever dreamed
So beat down on me, beat down like a waterfall
‘Cause baby I am ready to be free

Now I am invincible
No I ain’t a scared little girl no more
Yeah I am invincible
What was I running for
I was hiding from the world
I was so afraid, I felt so unsure
Now I am invincible
And I’m a perfect storm

I was running from an empty threat of emptiness
I was running from an empty threat that didn’t exist
I was running from an empty threat of abandonment
I was running from an empty threat that didn’t exist

But now I am invincible 4
No I ain’t a scared little girl no more
Yeah I am invincible
What was I running for
I was hiding from the world
I was so afraid, I felt so unsure
Now I am invincible
And I’m a perfect storm

Now I am invincible
No I ain’t a scared little girl no more
Yeah I am invincible
What was I running for
I was hiding from the world
I was so afraid, I felt so unsure
Now I am invincible
And I’m a perfect storm

1. Alice começa a cantar assim que saí do quarto, empurra sua cadeira pelo o corredor indo até a sala. Desce e de lá, vai até a cozinha. Empurra sua cadeira até o jardim, canta ao lado da piscina.
2. Ela está agora no meio de uma rua um pouco movimentada, continua empurrando sua cadeira, pessoas vai e vem. Algumas passam por ela e nem a repara, como se fosse invisível. Alice não liga para isso, continua empurrando sua cadeira, cantando feliz a música.
3. Ela está no meio de parque, algumas pessoas estão fazendo caminhada, outras brincam com os filhos, cachorro. Alice está bem no centro, observa com detalhe cada pessoa ali em pé e se divertindo. Olha para as suas pernas, e apesar de tudo, como a própria música diz, ela se sente invencível. Volta empurrar sua cadeira, saindo do parque.
4. Alice empurra sua cadeira em uma praça agora, pessoas vai e vem por ela, durante a música inteira ela cantou com um sincero sorriso no rosto. A canção se encerra com Alice empurrando sua cadeira em meio as outras pessoas andando de um lado para o outro.

Agora…

[CENA 03 – CASA DE ALICE/ JARDIM/ DIA]
(Alice continua com a cara emburrada, Viviane e Gaspar conversam animados)
GASPAR – Eu preparei uma série de exercícios incrível pra hoje, Alice. Antes, vamos fazer aquele bom alongamento.
VIVIANE – Vendo esses alongamentos de vocês, dá até vontade de querer me alongar também.
GASPAR – Ué, por que não? Alongar faz bem para o corpo, para a mente…
VIVIANE – Eu nem estou com a roupa adequada. Deixa para uma próxima
GASPAR – Como quiser. (se aproxima de Alice) Vamos lá? (Viviane o ajuda a deitá-la em um colchão de ginastica no chão, Gaspar se ajoelha. Segura na perna direita dela, a leva para cima, dobrando-a até o corpo de Alice, calmamente. Repete isso algumas vezes, faz o mesmo com a outra perna)

[CENA 04 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
(Pedro não esperava ver Carol agora, então está surpreso ao vê-la ali a sua frente)
PEDRO – O que está fazendo aqui?
CAROL – Ué… tenho uma prova neste final semana. Será que podemos entrar?
PEDRO – Claro, entrem. (Carol e a mãe entram, caminham até o sofá) Desculpa não poder ficar e recepcionar vocês, mas é que estou atrasado para ir pro colégio.
VANDA – Sem problema, querido. (Paula vem da cozinha, também fica surpresa ao vê-las ali)
PAULA – Vanda e Carol? Vocês não vieram cedo demais não?
VANDA – Foi ideia da Carol. (sorri, Pedro e Carol se entreolham)
CAROL – Você não estava atrasado, Pedro?
PEDRO – Pois, é… estou indo já. Minha tia cuidará de vocês. (saí de casa apressado, Carol sorri, Paula se aproxima delas)
PAULA – Bem… como eu não imaginava que vocês viessem hoje, então nem arrumei o quarto de hospedes. E pior que eu também estou atrasada para ir pro trabalho.
VANDA – Eu avisei, Carol… era melhor termos vindo Sábado.
PAULA – Por sorte, o quarto ainda está do mesmo jeito que você o deixaram da última vez. Provavelmente deve estar cheia de poeira, mas nada que uma boa limpeza não resolva.
VANDA – Bem… se é isso, a gente mesmo pode ir arrumando. Você pode ir para o seu trabalho tranquila.
PAULA – Sério que não tem problema deixar vocês sozinhas aqui?
VANDA – Nenhum. E se quiser, a gente pode ir agilizando no almoço, para quando você e o Pedro voltarem.
PAULA – Nossa eu agradeceria muito se vocês fizessem isso. Sabem como não mando muito bem na cozinha. Se tá tudo bem para vocês… (pega sua bolsa) qualquer coisa vocês podem me ligar, está bem?
VANDA – Ok. (Paula caminha até a porta)
PAULA – O Pedro chega primeiro do que eu, assim que ele chegar, irá ajudá-las no que precisarem.
VANDA – Tudo bem.
PAULA – (olha o relógio no pulso) Eita, tô super atrasada gente. Tchau. (saí apressada de casa)
CAROL – (sorri) Paula é maluquinha, mãe.
VANDA – Vamos ver como está aquele quarto? (as duas deixam suas mochilas no sofá, sobem para o quarto)

[CENA 05 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Alan está sentado sozinho em um dos bancos, Ana entra no pátio, caminha até ele)
ANA – (senta-se ao lado dele) Oi.
ALAN – Oi.
ANA – (o percebe ansioso) O resultado ainda não saiu, né?
ALAN – Não. Estava previsto para sair hoje pela manhã.
ANA – (segura na mão dele) Calma… (ao tocá-lo, tem uma visão de algo que aconteceu com ele semanas atrás. Alan está no quarto dele, beijando uma garota. Os dois parecem bem íntimos em cima da cama, embora ainda continuem com roupa. Ela rapidamente solta da mão dele, encerra a visão e se afasta)
ALAN – (estranha o jeito que ela recuou) Tudo bem?
ANA – (levanta-se) Sim… eu tenho que ir agora. (se afasta apressada e de cabeça baixa, indo em direção a escola)

[CENA 06 – CASA DE ALICE/ Q. DE ALICE/ DIA]
(após a fisioterapia, Alice volta para o seu quarto. Está deitada na cama, olha seu caderno de músicas)
ALICE – (observa a última música que compôs, alguém bate na porta) Pode entrar, está aberta.
MARCELO – (entra um pouco desconfiado) Oi. (se aproxima da cama, olha para as pernas dela)
ALICE – (fecha o caderno, se aborrece) Olha só… quem é vivo, sempre aparece.
MARCELO – Desculpa, eu devia ter vindo antes… só que…
ALICE – (o interrompe) Sua vida de DJ é mais importante que a sua namorada.
MARCELO – Não é bem assim, Alice.
ALICE – (aumenta o tom de voz) Eu estou presa a essa droga de cadeira há quase um mês, Marcelo! E só agora, só hoje que você se lembrou de mim?
MARCELO – (anda pelo o quarto, de cabeça baixa) Eu sinto muito… realmente eu queria vir aqui antes, saber como você estar…
ALICE – Se quisesse mesmo, teria me enviado alguma mensagem. Mas nem isso você fez.
MARCELO – Eu não sabia o que fazer, está bem! Você não é um tipo de garota fácil de se lidar.
ALICE – Ah não sou mesmo.
MARCELO – (se aproxima da cama) Eu só achei que seria melhor dar um tempo, sabe? Deixar você sozinha um pouco, superar o acidente…
ALICE – E você acha que eu superei? Olha só pra mim… Presa nessa cama, quando não, presa naquela cadeira, sem poder ir e vir quando eu quiser. Precisando sempre da ajuda de alguém, perdi completamente a minha independência.
MARCELO – Eu soube que você começou na fisioterapia, isso significa que você poderá voltar a andar.
ALICE – (abaixa a cabeça, sente vontade de chorar) Isso é o que as pessoas querem acreditar. (olha para Marcelo, uma fúria cresce dentro de si) Só que eu sei… não importa o tanto de fisioterapia que eu faça, o tempo que demore… eu nunca… nunca vou voltar a andar novamente. (se acalma) E quer saber… você fez bem ter se afastado de mim. Afinal, quem é que quer um peso morto nas costas?
MARCELO – Não diz isso, Alice. (se aproxima dela) Pra mim isso não é problema algum… (olha para as pernas dela, fica sério)
ALICE – E essa é a cara de que não é um problema?
MARCELO – (se afasta) Eu tenho alguns eventos para participar… não garanto ficar tão presente neste momento.
ALICE – Não precisa, estou te liberando.
MARCELO – Como assim me liberando?
ALICE – Você tá livre agora. Vai lá, cuidar de seus eventos, sem ter que se preocupar com o estorvo aqui.
MARCELO – Para com isso, garota… (se aproxima, senta-se na cama) Você tá aqui, viva com a gente… (olha para as pernas dela) Embora não por completa…
ALICE – Eu vejo em seu rosto o seu olhar de pena… (Marcelo abaixa a cabeça e realmente está sentindo pena dela)
MARCELO – (levanta-se) Você vai sair dessa… e eu estarei lá do seu lado.
ALICE – Não… não estará. (abaixa a cabeça) Então por favor, vai embora. (Marcelo a observa, pensa em dizer algo, mas nada consegue sair de sua boca. Ele caminha até a porta, a observa por mais uns instantes e saí em seguida. Alice chora assim que ele vai embora)

Anoitecendo…

[CENA 07 – CASA DE PEDRO/ SALA/ NOITE]
(após o jantar, Paula e Vanda estão na cozinha lavando as louças, Carol e Pedro estão na sala, esperando o programa começar)
PEDRO – (a observa, sorri) Quer dizer então que você ficou na 5° posição? (bate palmas) Não conhecia esse teu lado nerd.
CAROL – (envergonha-se) Não sou… simplesmente a prova não estava tão difícil assim.
PEDRO – Sei… não foi o que alguns amigos meus disseram. Inclusive, alguns nem conseguiram passar.
CAROL – Sinal de que não estudaram direito.
PEDRO – (se aproxima dela) E você estudou? (os dois se entreolham, próximos um do outro. Paula e Vanda entram na sala, eles se afastam, ficam sem jeito)
PAULA – Começou o programa?
PEDRO – Vai começar agora.
PAULA – Ótimo, ainda bem que terminamos a tempo, Vanda. (as duas sentam-se, Vanda está ao lado da filha, percebe que estava rolando algo, antes delas entrarem na cozinha, sorri. Ambos prestam atenção no programa)

[CENA 08 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO (ao vivo)/ PALCO/ NOITE]
(Lauro está no centro do palco, plateia está em pé, eufórica com o início do programa)
LAURO – (animado) Boa noite, Brasil! Boa noite minha querida plateia! (aumentam a euforia) Boa noite meus jurados.
LÉO – (a câmera) Boa noite, pessoal!
VALÉRIA – Boa noite, Lauro. (a câmera) Boa noite pessoal de casa!
IGOR – Boa noite! (a plateia) Galera hoje tá animada, hein.
LAURO – Né… (todos da plateia sentam-se, ficam em silêncio) Hoje iremos definir os últimos participantes dos grupos A, B e C que irão permanecer com a gente e voltará no próximo programa, para uma nova etapa. De antemão, para aqueles que esperam a fase dos duetos, nesta temporada teremos novidades. Vou deixar um pouquinho de suspense no ar, e talvez eu revele no final do programa. (troca de câmera) Antes, vamos conhecer os últimos participantes de cada grupo. (é exibido três colunas, cada uma com seus respectivos participantes. Daniel está na coluna do meio, sendo o primeiro participante do grupo B. Amanda e Manuela está na última coluna, sendo Amanda a primeira e Manuela a terceira participante do grupo C. Volta a exibir Lauro) Assim como nos programas anteriores, os quatros participantes de cada grupo se apresentarão hoje neste palco, onde um será salvo pelo o voto de você que tá aí em casa, junto com os votos da nossa querida plateia. E outro, será salvo pelos nossos jurados. Dois infelizmente deixará a nossa competição. (troca de câmera) Portanto, não percam tempo, já acessem o nosso site, faça seu login e preparem-se para votar muito. Pois a votação irá se encerrar a partir do momento que o último participante de cada grupo se apresentar. (troca de câmera) Sem mais delongas, vamos para o primeiro grupo! (é exibido um VT com os participantes do primeiro grupo)

[CENA 09 – CASA DE CAIO/ Q. DE CAIO/ NOITE]
(Caio está estudando um livro enorme que sua mãe lhe deu. Ele está cansado, com olhos vermelhos, quase dormindo)
CAMILA – (entra no quarto) Já terminou, filho?
CAIO – (senta-se direito na cadeira, desperta um pouco) Falta algumas páginas ainda.
CAMILA – (um pouco rígida) Que corpo mole é esse filho?
CAIO – Eu estou cansado, mãe… será que não posso terminar de ler essas leis um outro dia?
CAMILA – E reprovar no vestibular novamente? Nem pensar, você vai ler hoje. (pega uma cadeira, senta-se ao lado dele)
CAIO – De que adianta ler tudo hoje, se não estou entendo nada.
CAMILA – Se estivesse se dedicando como deve, estaria entendo tudo. (pega o livro dele) Onde você está?
CAIO – Art. 68, sei lá… (joga seu rosto na mesa) Eu quero dormir, mãe.
CAMILA – (levanta-se, caminha pelo quarto com o livro) Então vamos revisar os anteriores. O que diz no Art. 12, do CPC?
CAIO – Que já passam das 22h e que devemos dormir.
CAMILA – É assim que você quer passar em Direito? Levando as coisas na brincadeira.
CAIO – (senta-se, abaixa a cabeça) Sei que não vale a pena falar com a senhora. Está bem… (vira-se para ela, lembra do artigo) Os juízes e tribunais… (Cláudio entra no quarto, o interrompe)
CAMILA – O que você quer amor? Eu e o Caio estamos estudando?
CLÁUDIO – Caio? Ele parece mais um zumbi isso sim.
CAMILA – Quer dizer logo o que quer e nos deixar estudar?
CLÁUDIO – Preciso de sua ajuda, amor. (se aproxima dela, lhe dar um selinho) Tô com um problema ali que só você pode resolver.
CAMILA – Não pode deixar para amanhã?
CLÁUDIO – Não, não posso… se não perco meu emprego.
CAMILA – (caminha até a cama, deixa o livro lá) Não pense que terminamos por aqui. Vou lá ajudar seu pai e já volto.
CLÁUDIO – (segura a mão dela, a puxa para fora do quarto) Vamos amor… (os dois saem, Caio vira-se sua cadeira para a mesa, junta alguns livros como apoio, coloca sua cabeça sobre eles. Segundos depois, Cláudio entra no quarto)
CAIO – (ergue a cabeça rapidamente, pensando ser sua mãe) Eu não estava dormindo!
CLÁUDIO – Não, mas deveria. Anda, deixa esses livros de lado e vai para a cama.
CAIO – Mas e a mamãe?
CLÁUDIO – Não se preocupa que eu vou entretê-la por muito tempo, num problema que eu criei ali.
CAIO – O senhor não irá se prejudicar com isso?
CLÁUDIO – Não, relaxa. É um problema falso. (Caio sorri, levanta-se)
CAIO – Obrigado, pai! (o abraça)
CLÁUDIO – Durma bem, filho. (beija a cabeça do filho, Caio caminha até a cama, pega o livro, o coloca na mesa)
CAIO – Boa sorte lá com a mamãe! (volta para a cama, deita-se)
CLÁUDIO – (indo até a porta) Pode deixar que com sua mãe eu me viro. Boa noite.
CAIO – Boa noite. (seu pai vai embora, ele se acomoda na cama, finalmente pode dormir)

[CENA 10 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ NOITE]
(todas as meninas estão reunidas no salão acompanhando o programa. O terceiro participante do grupo A está se apresentando)
NATHANIEL – Você vai torcer para o Daniel?
LARISSA – Claro que vou, Nathan. Ele é um ótimo concorrente, quero ele na final comigo.
NATHANIEL – (sorri) Também espero que ele chegue à final.
IONE – Gente, vocês já conseguiram ver a Salete ou o Horácio na plateia?
LARISSA – Eu ainda não.
NATHANIEL – Eu já. Eles estão na primeira fileira, próximo ao Igor.
IONE – Quase não se mostra ele.
LARISSA – Como você conseguiu vê-los, se quase não foca este lado?
NATHANIEL – (ri) Tenho olhos de águia.

[CENA 11 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO/ SALA RESERVADA AO GRUPO B/ NOITE]
(Dácio está junto com Daniel, segura a mão dele e o percebe um pouco nervoso)
DÁCIO – Qualquer coisa, só olhar para o lado que estarei lá torcendo por você.
DANIEL – Eu sei. (olha para os demais participantes, em seguida olha para a TV) Os jurados já estão decidindo, em breve será minha vez.
DÁCIO – (se aproxima dele) Quando sairmos daqui, e você avançar para a próxima fase, nós vamos comemorar.
DANIEL – (sorri) Olha… que eu vou cobrar, hein.

[CENA 12 – CASA DE ALICE/ Q. DE ALICE/ NOITE]
(Alice está deitada em sua cama, assiste o programa e mexe no celular ao mesmo tempo. Ela está no perfil de Marcelo, acompanha alguns stories dele em um evento que está participando hoje. Vê-lo feliz sendo DJ a incomoda)
ALICE – (clica na setinha ao lado do nome dele, em seguida o bloqueia) Pronto! Seu destino é ficar sozinha. (coloca o celular ao lado, não se arrepende do que fez. Presta atenção no programa, Lauro está anunciando o próximo grupo)

[CENA 13 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO (ao vivo)/ PALCO/ NOITE]
LAURO – (no centro do palco, após ser exibido o VT do grupo B) Com vocês, o primeiro participante, Daniel Oliveira. (saí do palco, Daniel entra e se posiciona no centro. Plateia continua batendo palmas, ficam em silêncio em seguida. Daniel sorri para os jurados, olha para a plateia e dar de cara com seu pai)
SAMUEL – (sorri, acena para o filho, diz baixinho) Oi, filho! (a banda começa a tocar, Daniel está olhando sério para o pai. Ele perde o momento de começa a cantar, a banda meio que volta para o início. Os jurados se entreolham, não entendem o que está acontecendo e nem porque ele está parado daquele jeito)

Contínua no capítulo 48…

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