Pedro retorna do banco com Camilo um pouco aliviado. Pois conseguiu o empréstimo referente ao pagamento dos trabalhadores e do seu amigo Camilo.
Assumiu todo o prejuízo e Camilo não lhe deu outra opção para receber a sua parte que fora roubada.
PEDRO(em sua charrete): Agora estou mais tranquilo amigo. Vou acertar com os trabalhadores e lhe passar a a sua parte.
CAMILO: Pois é, amigo, sinto muito mas estou precisando muito deste dinheiro, tenho algumas dívidas particulares que precisa com urgete acertá-las.
PEDRO: Tudo bem amigo, não se preocupe. Afinal, você não tem culpa do ocorrido. A culpa foi minha. Se eu tivesse levado este dinheiro para um banco , isso não teria acontecido.
CAMILO: Fatalidade né amigo.
PEDRO: Não vamos comentar nada com ninguém sobre a gente ter conseguido o empréstimo. Diremos que ainda está pendente e amanhã voltaremos ao banco bem cedo retiramos o dinheiro e retornamos pra casa e pagaremos a todos.
CAMILO: Tudo bem amigo. Fazendo assim será mais seguro.
E os dois sócios e amigos retornam para suas casas, tendo já a ação combinada para o dia seguinte.
Enquanto isso, na varanda de sua casa, em meio a tristeza que acomete a todos por causa do roubo Dyana e Luiz conversam sobre o futuro, seus sonhos. . .
LUIZ: (abraçado com Dyana e olhando para o horizonte)Estava tudo muito bom, para ser verdade. Aí vem este roubo que abalou as nossas famílias.
DYANA: Não só as nossas famílias, como a todos que trabalham para nossos pais.
LUIZ: Mas vamos tentar esquecer isto por um momento e vamos falar de nós.
DYANA: Vamos. mas o o que você quer falar?
LUIZ: Já estamos noivos. Agora vamos falar de nosso casamento.
DYANA: Sabe de uma coisa?
LUIZ: Do que ?
DYANA: Não vejo a hora de nos casarmos. Sonho com isso todos os dias. Ter o nosso cantinho cheio de amor e carinho. Depois virão os nossos filhos.
LUIZ: E os netos vão deixar os avós babões.
DYANA: Verdade , meus pais amam crianças, ainda mais sendo os netinhos.
LUIZ: Vai ser uma ciumeira só.
DYANA: Kkkk. Nossos pais serão ainda mais próximos. Os netos, os nossos filhos.
LUIZ: Como nossos pais se dão bem! Parece até irmãos.
DYANA: Se fossem irmãos talvez não seriam unidos assim. Papai nem liga para os irmãos dele.
LUIZ: Papai era filho único. Seu Pedro é o irmão que ele não teve.
DYANA: Vamos dar uma volta pela fazenda?
LUIZ: Vamos sim.
DYANA: Vou chamar Cida para ir com a gente.
Enquanto o casal e Cida saem, chega Pedro e Camilo. . .
PEDRO: Fica resolvido assim. Não vamos comentar nada sobre o dinheiro conseguido. E amanhã o amigo vem para a gente ir buscar e acertar com essa gente.
CAMILO: Tudo bem. Amanhã bem cedo eu venho .
Camilo, chama pelo filho:
LUIZ: Meu pai está me chamando, meu amor. Irei com ele. Depois a gente se vê mais. (se beijam)
Cida e Dyana seguem conversando. Cida puxa o assunto sobre família.
DYANA: Meu pai e seu Camilo, estão sempre juntos.
CIDA: E com isso a família de vocês estão sempre unidas.
DYANA: Verdade. Família é tudo!
CIDA: Concordo. Pena que nunca tive uma.
DYANA: Desculpa Cida. . .
CIDA: tudo bem Dyana.
DYANA: Mas você já faz parte de nossa família. Mamãe, paia, Filipe e eu temos um carinho enorme por você.
CIDA: Eu sei. Desde quando sai daquele orfanato, vocês se tornaram minha família postiça. Sou imensamenbte grata à dona Sônia e seu Pedro por ter me acolhido.
DYANA: Pode contar sempre com a gente. E depois que me casar você ficará em meu lugar.
E enquanto caminham próximo à casa de dona Terezinha, Cida e DYana, ouve os lamentos da velha senhora sem que ela as perceba.
D. TEREZINHA: Mulher maldita, porque foi levar minha pequena? Ah se ela soubesse o quanto sofri e ainda sofro!
As duas chegam e cumprimentam a pobre senhora.
DYANA: Como vai dona Terezinha?
CIDA: Tudo bem com a senhora dona Terezinha?
D. TEREZINHA: Mais ou menos minhas filhas. Essa noite eu quase não dormi.
DYANA: O que houve com a senhora? Passou mal?
D. TEREZINHA: Eu não! Aparecida sim. Chorou a noite toda. Essa menina tá difícil. Escuta só o berreiro dela. Tá querendo mamar.
As duas se olham e já conhecendo dona Terezinha se despedem dela e voltam para casa.
Pedro fala para Sônia e Filipe sobre o empréstimo.
PEDRO: Ainda não está resolvido, amanhã eu e Camilo voltaremos para continuarmos as negociações com o banco
FILIPE: Tomara que dê certo meu pai. è preciso pagar os lavradores.
PEDRO: Vai dar certo meu filho. Vai dar certo.
SÔNIA: Quem poderá ter feito isso com a gente?
PEDRO: É um mistério mulher. Fica difícil pra apontar alguém pois não conhecemos quais ninguém dessa região ainda.
SÔNIA: Muito triste.
FILIPE: A polícia é fraca. Por aqui não tem contingente quase nenhum. Esse delegado sozinho não pegar o ladrão nunca.
PEDRO: Foi uma lição. Agora tenho que andar prevenido , em se tratando de dinheiro.
Na casa de Camilo.
SANTA: Coitado do amigo Pedro. Ele deve estar sofrendo muito com isso tudo.
LUIZ: É mamãe. Ele tá sofrendo calado. Se sente responsável.
CAMILO: Nosso amigo vacilou em ficar com aquele dinheiro todo em casa.
LUIZ: Nós também temos culpa papai.
CAMILO: Como assim Luiz?
LUIZ: Nós não poderíamos ter deixado só na responsabilidade dele. Teríamos que ter montado guarda lá com seu Pedro.
SANTA: Isso mesmo meu filho. Afinal parte do dinheiro era nossa também. E ficou só na responsabilidade de Pedro.
CAMILO: Mas Pedro tem o filho, o Valter. Ele poderia ter colocado eles na vigia.
LUIZ: Mas agora é tarde.
Cosme e Damião , do alto de um morro, onde é possível avistar as duas casas , a de Pedro e a de Camilo. . .
DAMIÃO: Dois cenários diferentes.
COSME: Dois propósitos diferentes.
DAMIÃO: Dois homens, amigos e sócios.
COSME: Dinheiro. Ah dinheiro!
DAMIÃO: O que você faz com a vida das pessoas.
CONTINUA. . . . . . . . . . . . . . . . . .