Enquanto Pedro ainda está na estrada com o padre Samuel , chega à fazenda fazenda, um táxi trazendo uma mulher desconhecida por todos.
Da varanda, Sônia vê o táxi se aproximando, da casa.
SÔNIA: Veja filha, está vindo um carro. Quem será?
DYANA: É um táxi mamãe.
O táxi estaciona enfrente a casa e dele desce uma mulher desconhecida .
MULHER: Bom dia.
SÔNIA: Bom dia.
MULHER: Meu nome é Florina, vim de Belo Horizonte e gostaria conversar com os proprietários da fazenda.
DYANA: Mas o que a trouxe até aqui?
FLORINA: Sou nascida aqui nesta propriedade, me criei aqui e meus pais se mudaram pra cidade e agora senti vontade de voltar e rever minha terra natal.
SÔNIA: Se for isso mesmo, seja bem vinda. Pode se achegar.
Florina dispensa o táxi e se adentra a varanda e continua a conversa com Sônia e Dyana. Mas, Sônia sente-se mal novamente.
DYANA: O que foi mamãe?
FLORINA: Calma senhora. . . Pegue uma água com açúcar para ela. O que a senhora sente?
SÔNIA: Meu marido. Alguma coisa ruim está acontecendo com ele
FILIPE: Fique calma mamãe, eu e Valter vamos agora atrás de papai.
DYANA: Cuidado Felipe.
CIDA: Estou ficando preocupada.
Quando já está bem próximo de casa, um homem encapuzado, com um revólver na mão, pula na frente da charrete e segura o cavalo e ordena que Pedro entregue todo o dinheiro que buscara no banco.
Pedro repentinamente, saca sua arma e dá um tiro certeiro no assaltante que cai morto no chão. E no mesmo instante chega o táxi que levou Florina.
PEDRO: Por favor seu taxista, vá até a cidade e traga o delegado.
PE. SAMUEL: Misericordia. O que está acontecendo?
PEDRO : Calma padre. Esse homem quis me assaltar. Por isso atirei.
PE. SAMUEL: Mas quem é ele?
PEDRO: Não sei. Vamos esperar o delegado chegar para tirar o capuz dele.
Enquanto isso, Filipe e Valter chegam e se deparam com aquela situação.
FILIPE: Papai! . . . O que houve?
PEDRO: Veja meu filho, este homem tentou me assaltar e pra me defender atirei e parece que morreu. Já pedi para buscar o delegado.
VALTER: O senhor está bem seu Pedro.
PEDRO: Estou sim Valter.
PE. SAMUEL: Ainda bem que seu pai é bom de mira, senão nós dois poderíamos estar mortos agora.
FILIPE: Valter fica aí com o papai e o padre e eu vou ver como mamãe está.
Filipe vai e fala o ocorrido para sua mãe que vai logo ter com Pedro juntamente com Dyana. Florina ficou com Cida em casa.
A notícia se espalhou e Luiz procura seu pai para falar do ocorrido com o amigo Pedro, porém não o encontra.
LUIZ: Vamos mamãe. Não encontrei o papai, talvez ele já esteja lá junto do amigo.
SANTA: Então vamos meu filho. Com certeza seu pai já ficou sabendo e já está lá dando apoio a Pedro.
Todos que moram próximos ao local do ocorrido se dirigiram para lá. Até dona Terezinha, foi com Bento e Rosa. O delgado chega com os policiais.
SÔNIA: Como você está Pedro?
PEDRO: Calma mulher, estou bem.
SÔNIA: Eu estava sentindo que algo ruim iria acontecer. Quanta tragédia. . .
DELEGADO: O que houve aqui seu Pedro?
PEDRO: Este homem, tentou me assaltar e pra me defender, seu delegado, tive que atirar.
PE. SAMUEL: Isso mesmo que aconteceu. Eu também estava na charrete.
O delegado caminha em direção ao corpo do assaltante e. . .
DELEGADO: Mas de quem se trata?
PEDRO: Não sei, ele está com um capuz e eu não o tirei, deixei para o senhor fazer isto.
DELEGADO: (volta para Pedro)Bom , infelizmente seu Pedro o senhor terá que ir preso. Afinal de contas o senhor matou um homem.
PEDRO: Tenho consciência disto.
PE. SAMUEL: Mas foi de legítima defesa seu delegado.
DELEGADO: Mesmo assim preciso cumprir a lei seu padre. Depois a mesma lei novamente se cumprirá de maneira competente e adequada
FELIPE: Por favor seu delegado, tire o capuz desse infeliz pra ver de quem se trata.
DELEGADO: Calma rapaz, preciso pegar os dados de seu pai primeiro. Depois veremos o morto.
Um pouco afastados, Luiz e Santa conversam.
SANTA: Estranho meu filho! Seu pai não está aqui.
LUIZ: Verdade mamãe. . . Às vezes ele pode estar na lavoura e não ficou sabendo. . . (Luiz vai para junto de Dyana para lhe dar apoio)
Cosme e Damião, sentados na charrete de Pedro. . .
COSME: A loucura, se tornou realidade.
DAMIÃO: A demência tornou lucidez.
DAMIÃO: A voz que não foi ouvida, ecoou com tiro e sangue.
COSME: Agora o que estava certo, pode ficar duvidoso. Mas o amor sobre põe a qualquer dor, medo ou insegurança.
CONTINUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .