Após a saída do padre Samuel, Santa chama por Luiz e. . .
SANTA: Filho precisamos falar sério. Tomei uma decisão importante para nossas vidas.
(Luiz senta à mesa para ouvir a mãe, crendo que a mãe dirá que irá abençoar o casamento dele com Dyana)
LUIZ: Fale minha mãe… Estou ansioso para ouvir.
SANTA: Então… Já sofremos muito por aqui. Creio que é chegada a hora que colocar um ponto final nesta sociedade com Pedro.
LUIZ: O que? (se levanta rápido)Acabar com a sociedade? Jamais mamãe. A minha parte por direito devido a morte do papai continuará em sociedade com seu Pedro. Se a senhor quiser desfazer a da senhora, que faça. mesmo assim penso ser uma decisão preciptada.
SANTA: Meu filho, não quero contato com aquela família. Pedro destruiu a minha.
LUIZ: A senhora sabe perfeitamente que não é bem assim… Foi o papai que causou isso tudo. E além do mais eu e Dyana vamos nos casar com ou sem a benção da senhora.
SANTA: Pois eu quero desfazer a minha parte, não quero relação nenhuma com essa gente.
LUIZ: Mamãe, amoleça esse coração. Me casando com Dyana e a senhora agindo assim, acabará ficando sozinha.
SANTA: Você quer assim né filho. Que eu fique sozinha!
LUIZ: Não. . . Não quero isso… A senhora que está agarrada no mal exemplo de papai, e quer está certa. Assim não dá. papai é o culpado do que lhe aconteceu, já disse isso.
SANTA: Então case. Após seu casamento irei embora daqui com minha parte da sociedade.
LUIZ: Se a senhora quer assim. Assim será.
Cida acompanha Valter até a casa de seus pais, Bento e Rosa.
VALTER: Mamãe… Está chegando visita para a senhora.
Rosa surge na janela.
ROSA: Quem é Valter?. . . Ah é minha futura nora.
Bento abre a porta e a recebe.
BENTO: Seja bem vinda minha filha.
ROSA: Que bom. Meu filho vai se casar com uma moça muito boa.
CIDA: Obrigada dona Rosa e seu Bento. Os senhores são gentis.
VALTER: Está chegando outra visita mamãe.
ROSA: Quem é filho… Ah é dona Terezinha… Entre dona Terezinha. Minha futura nora está aqui.
D. TEREZINHA: Que bom… Posso sentar perto de você moça.
CIDA: Claro dona Terezinha.
ROSA: Como a senhora está?
D. TEREZINHA: Triste. Peito apertado. Saudade de minha filha.
CIDA: Como era a filha da senhora?
D. TEREZINHA: Linda… Uma moreninha linda. Gostava de mamar em meu peito. Gostava de passear pelas estradas, ficava feliz, seu rostinho expressava a felicidade… Mas, foi num desses passeios num fim de tarde de um domingo, que ela foi arrancada de meus braços e levada de mim. Queria morrer, queria voar atrás, mas minha filha se foi. Foi levado por uma mulher sem coração que entrou num carro e deixando meu coração triste para o resto de minha vida. Nunca mais tive notícias de minha filha, da minha menininha, de minha Aparecida.
Cida se emociona ao ouvir o relato de dona Terezinha. E a abraça.
D. TEREZINHA: Sabe, tenho que ir, deixei minha filhinha dormindo. Vai que ela acorda.
ROSA: Pobre dona Terezinha, a mente dela tem hora que está boa outra ruim.
CIDA: Coitada, deve ter sofrido muito quando isso aconteceu.
VALTER: Será que não é história dessa velha? Vai que ela nunca teve filha nenhuma!
ROSA: Teve sim… Quando nos mudamos para cá, as pessoas que já moravam aqui contavam essa mesma história e diziam ter acompanhado o sofrimento dela.
BENTO: E naquela época ninguém se movia, não ía a polícia, ficava por isso mesmo.
Cida permaneceu ali por mais um tempo e retornou para casa junto de Valter.
Sônia e Dyana saem com destino à casa de Santa. E Pedro e Filipe ficam a conversar entre si.
PEDRO: Fico pensando filho, por que Camilo quis me assaltar?. . . Éramos tão amigos… Desde a nossa juventude tudo era em sociedade e nunca tivemos problema algum.
FILIPE: Difícil de entender o comportamente dele meu pai.
PEDRO: Jamais pensei que aquele homem encapuzado pudesse ser o Camilo. Não esperava isso dele: me assaltar? O que se passava em seu coração em sua mente?
FILIPE: Não tem explicação. Foi um baque tanto para nós quanto para a família dele.
PEDRO: Ainda quero conversar com Santa também. pedir, desculpa, perdão. Pois matar meu amigo mesmo sendo como foi, me causa grande dor no coração, tristeza, remorso.
FILIPE: Mas se o senhor não reagisse ele poderia ter matado o senhor e o apdre por causa do dinheiro.
PEDRO: Ah meu amigo Camilo! Por que fez isso?
Enquanto pai e filho conversam, Sônia e Dyana chegam a casa de Santa e Luiz.
LUIZ: Dyana, dona Santa! Que bom que vocês vieram. Cheguem-se.
DYANA: Tudo bem meu amor?. . . E sua mãe?
SÔNIA: Como vai Luiz?. . . viemos fazer uma visita à sua mãe.
LUIZ: Estou bem… Olha dona Sônia, penso que ela não irá receber vocês… Mas vou chamá-la.
Será que Santa irá receber Dyana e Sônia?
COSME: O que vencerá? uma antiga amizade ou uma atitude impensada que levou à discórdia?
DAMIÃO: A sociedade trouxe a revelação de um caráter que era desconhecido e grandes consequências.
No próximo capítulo veremos também:
Cida questiona sua origem e faz ligação com a história de D. Trezinha;
Padre Samuel visita a Pedro;
Valter encontra um capuz igual ao que Camilo usava quando foi morto.