CENA 01. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA. INT. NOITE.

A sala está toda acabada. Murilo, Marina, Lorenzo e Bárbara entram, se assustam com o que veem. Eles param no meio da sala.

 

MURILO – O que aconteceu aqui?!

 

Todos estão assustados, sem entender o que aconteceu.

CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR.

 

LORENZO – Ladrões, pai. Tá na cara! Certeza que entraram e levaram um monte de coisas!

MURILO – Gente, pelo amor de Deus! A gente precisa avisar à polícia!

MARINA – Fala com o marido da Manuela, o Vicente.

MURILO – É isso mesmo que eu vou fazer!

 

Murilo pega um telefone ao fundo e começa a discar. Enquanto isso, Marina se lembra de suas joias.

 

MARINA – Meu Deus do céu! Levaram todas as minhas joias! Eu preciso averiguar isso!

 

Marina sobe as escadas rapidamente. Sandra a segue, preocupada.

 

LORENZO – Espera, Bárbara, o cofre… O papai guarda dinheiro lá, né?

BÁRBARA – É mesmo, Lorenzo, e não é pouco! Corre e vai lá ver, que eu fico aqui com o papai!

 

Lorenzo sobe as escadas rapidamente. Bárbara, preocupada, se aproxima de Murilo, que fala no telefone com Vicente.

 

CENA 02. MANSÃO ALBUQUERQUE. SUÍTE DE MARINA E MURILO. INT. NOITE.

Marina entra no quarto e abre o guarda-roupa, retira a caixa de joias e coloca em cima da cama. Sandra está próxima de Marina.

 

MARINA – Seja o que Deus quiser…

 

Marina abre o caixa lentamente e não encontra nenhuma joia. A mulher começa a derramar algumas lágrimas, desesperada. Ela derruba a caixa no chão, e logo após acaba caindo também, desmaiada. Sandra se abaixa e tenta acudi-la.

 

SANDRA – Dona Marina, pelo amor de Deus, dona Marina! Acorda, mulher! São apenas joias…

 

CENA 03. MANSÃO ALBUQUERQUE. COFRE. INT. NOITE.

Lorenzo entra no quarto e acende as luzes. Ele abre o cofre e fica desesperado ao não encontrar nada. Murilo entra no quarto.

 

MURILO – Já liguei pro Vicente filho… O que aconteceu?

LORENZO – O que será que aconteceu, papai? Olha aqui dentro do cofre!

 

Murilo se aproxima do cofre e também fica desesperado ao não encontrar nada.

 

MURILO – Meu Deus! Agora que eu lembrei, filho, eu esqueci o cofre aberto…

LORENZO – É, pai, eu percebi… De qualquer forma o senhor foi muito imprudente! O que tem na cabeça pra guardar metade da sua fortuna em um cofre na própria casa?!

MURILO – Não precisa ser grosso, Lorenzo. Era tudo por questão de segurança. Você sabe que eu não confio em banco!

LORENZO – É, e foi por causa da sua cisma que a gente perdeu esse dinheiro todo! O senhor sabe o que significa? Falência!

MURILO – Claro que não! O Alberto é dono de metade da empresa. Ele nunca deixaria isso acontecer!

LORENZO – É, pai, pode ser… Mas se a empresa falir, nós vamos chegar à conclusão de que ele sempre teve razão de achar que o senhor é muito incompetente! Agora a gente precisa dar um jeito de recuperar esse dinheiro.

 

Lorenzo sai do quarto com raiva. Murilo se senta no chão e apoia os braços sobre as pernas, chora muito. CAM vai afastando-se aos poucos dele.

 

CENA 04. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. MANHÃ.

SONOPLASTIA: O Sol e a Lua – Pequeno Cidadão.

CAM AÉREA mostra a Praia de Ipanema, com poucos banhistas e alguns surfistas. Em seguida corta para a fachada da casa de Cristina e Elias.

 

CENA 05. CASA DE CRISTINA E ELIAS. QUARTO DE JUSSARA E PEDRINHO. INT. MANHÃ.

SONOPLASTIA CONTÍNUA.

Cristina e Pedrinho estão em pé no meio do quarto. Ela o ajudando a se arrumar e pentear o cabelo. Cecília aparece na porta do quarto.

SONOPLASTIA OFF.

 

CECÍLIA – Bom dia, mãe. Vou dar uma saída, tá?

CRISTINA – Já? O que tem de importante pra resolver tão cedo?

CECÍLIA – Vou me encontrar com uma das pessoas que está me ajudando muito nesses últimos dias.

CRISTINA – Ah sim. Vai com Deus, filha.

CECÍLIA – Amém, mãe. Tchau!

 

Cecília sai do quarto. Cristina termina de pentear o cabelo de Pedrinho e se ajoelha perto dele.

 

CRISTINA – Olha, Pedrinho, estou muito feliz pela sua decisão. Eu tenho certeza que você vai se divertir muito na casa da sua mãe.

 

Cristina abraça Pedrinho; os dois estão felizes.

 

CENA 06. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA DE JANTAR. INT. MANHÃ.

Marina, Bárbara e Lorenzo estão sentados à mesa, tomando café da manhã. Marina, indignada, sem falar nada. Lorenzo ainda refletido sobre o que aconteceu e Bárbara pensativa. Murilo desce as escadas, entra na sala de jantar e se senta junto a eles.

 

MURILO – Bom dia.

 

Ao perceber que ninguém respondeu o seu bom dia, Murilo fica triste.

 

MURILO – Eu preciso falar com vocês… Eu serei breve! Nós não podemos falir, o nosso dinheiro não pode acabar, nós não podemos ficar pobres! Por isso, a partir de agora é economia total! Nada de compras desnecessárias!

 

Bárbara se levanta da mesa com raiva.

 

BÁRBARA – Engraçado que o senhor fala isso, mas é você que está falindo a empresa! É você que está falindo a nossa família, pai! E ninguém aqui é obrigado a parar de viver por causa de irresponsabilidade de uma única pessoa!

 

Bárbara sai da sala de jantar com raiva. Lorenzo também se levanta.

 

LORENZO – Pelo menos uma coisa o senhor fez… Conseguiu fazer a Bárbara dizer a verdade pelo menos uma vez!

 

Lorenzo sai da sala de jantar, irritado.

 

MURILO – E você, Marina?

MARINA – Você ainda pergunta? É claro que eu concordo com eles! Com licença que eu até perdi a minha fome!

 

Marina se levanta e sai. Murilo fica triste, encosta a cabeça na mesa enquanto chora.

 

CENA 07. APARTAMENTO DE JOYCE. SALA. INT. MANHÃ.

Alberto está sentado no sofá, mexendo em seu notebook. Joyce vem do seu quarto e começa a falar com Alberto enquanto organiza a mesa que fica atrás do sofá.

 

JOYCE – Não vai trabalhar hoje, Alberto?

ALBERTO – Vou, só que mais tarde.

JOYCE – Entendi… E você ficou sabendo do que acontece na casa do Murilo?

ALBERTO – Não, o que foi que aconteceu?

JOYCE – O Lorenzo disse que entraram lá e roubaram tudo, levaram todas as joias da Marina e  todo o dinheiro que o Murilo guardava naquele cofre dele, e parece que não era pouco.

 

Alberto se levanta rapidamente, com raiva.

 

ALBERTO – Eu não acredito nisso, Joyce! Você sabia que o Murilo guardava metade da fortuna dele lá?! Aposto que depois vai vir aqui pedir dinheiro!

JOYCE – É, eu fiquei sabendo! E pelo que eu sei agora eles vão entrar em economia total até recuperarem o dinheiro, o que acho difícil sendo que eles não tem sequer uma câmera naquela casa.

ALBERTO – O Murilo é um idiota! Eu não vou nem falar nada pra evitar briga, mas ele é burro!

 

Alberto sai do apartamento furioso. Joyce fica preocupada.

 

CENA 08. CASA DE MANUELA E VICENTE. SALA. INT. MANHÃ.

Vicente está sentado no sofá, organizando sua pasta. Manuela vem do quarto e se senta ao lado do marido.

 

MANUELA – Ficou sabendo do que aconteceu com a família do Murilo?

VICENTE – Fiquei sim… Trágico, né? Você passa anos pra juntar alguma coisa e aparecem uns marginais de uma hora pra outra e levam tudo…

MANUELA – Pois é. Ontem o Murilo me ligou e disse que quer a sua ajuda… Pra investigar!

VICENTE – Sim, o Lorenzo já falou comigo hoje e eu vou ajudar eles sim.

MANUELA – Que bom! Eu sei que você vai conseguir.

 

Manuela beija Vicente e volta para seu quarto. Vicente termina de organizar sua pasta e sai.

 

CENA 09. PRAÇA. EXT. MANHÃ.

Bárbara e Tito chegam juntos à praça, se sentam em um banco, um de frente para o outro.

 

BÁRBARA – Como é que você atropela o Emanuel?!

TITO – Ah, Bárbara, foi sem querer! Eu não tive culpa!

BÁRBARA – Ah não?! E a culpa é de quem?

TITO – Dele! Quem mandou ele se jogar na frente do carro pra salvar a donzela?

BÁRBARA – Pois é, eu nunca pensei que ele fosse fazer isso! Mas é bom que ele vê como é bom se intrometer onde não é chamado!

TITO – É, mas você já percebeu que ele não quer mais nada com você mesmo, né?

BÁRBARA – Para de falar besteira, Tito!

 

Bárbara agarra Tito e os dois começam a se beijar loucamente. Clarisse aparece ao fundo, vendo tudo. A moça começa a chorar e sai correndo.

 

CENA 10. PADARIA. INT. MANHÃ.

Janaína, Roberval e Bryan estão sentados em uma mesa. Cecília chega, os cumprimenta e se senta junto a eles.

 

CECÍLIA – Bom dia, gente. Desculpa o atraso.

BRYAN – Imagina, Cecília. Nós acabamos de chegar também.

CECÍLIA – E então, Bryan? Pode falar o que você queria me dizer!

BRYAN – Então, eu quero dizer que vou te ajudar sim. Eu já fui muito humilhado pelo Alberto, sabe?…

 

Os quatro continuam conversando em FADE.

 

CENA 11. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA. INT. MANHÃ.

Murilo recebe Vicente em sua casa, o cumprimenta. Os dois se sentam no sofá.

 

VICENTE – O Lorenzo me contou o que aconteceu.

MURILO – E o pior é que os meus dois filhos e a minha mulher se revoltaram contra mim, dizendo que eu estou falindo a família…

VICENTE – Mas se você for mesmo analisar os fatos, ele têm um pouco de razão mesmo.

MURILO – Até você vai ficar jogando isso na minha cara?

VICENTE – Não, eu sou seu amigo e estou aqui para ajudar.

MURILO – Que bom… Pelo menos uma pessoa em que eu posso confiar.

 

Os dois continuam conversando em FADE.

 

CENA 12. ALBUQUERQUE DRINK’S DISTRIBUTOR. ESCRITÓRIO DE ALBERTO. INT. MANHÃ.

Alberto está sentado em sua mesa, mexendo em seu computador. Lorenzo bate à porta e entra.

 

LORENZO – Mandou me chamar, tio?

ALBERTO – Mandei, sente aqui!

 

Lorenzo se senta em frente a Alberto.

 

ALBERTO – Escuta, Lorenzo! Nós sabemos que a situação da empresa não está nada bem! E se seu pai continuar fazendo essas burradas, tudo só vai piorar e nós vamos acabar falindo! E só tem uma solução para que isso não aconteça!

LORENZO – E qual seria essa solução?

ALBERTO – Tirar o seu pai da presidência, é claro!

 

Lorenzo e Alberto trocam olhares duvidosos.

 

CENA 13. ANGRA DOS REIS. HOTEL. SUÍTE. INT. MANHÃ.

Valentina está deitada na cama, apenas usando um roupão. Otávio vem do banheiro e se deita do lado da mulher, começa a beijá-la.

 

OTÁVIO – Até agora estou esperando a nossa primeira vez após o casamento…

VALENTINA – Como se fosse ser algo tão especial, né? Deixa isso pra depois… Vamos descer e curtir um pouco?

OTÁVIO – Só se for agora…

 

Os dois se levantam da cama e saem da suíte aos beijos.

 

CENA 14. APARTAMENTO DE JOYCE. QUARTO DE BEATRIZ. INT. MANHÃ.

SONOPLASTIA: Amianto – Supercombo.

Beatriz está sentada na janela, com as pernas para o lado de fora, prestes a se jogar. Joyce entra no quarto e se desespera ao vê a filha naquela situação. CAM mostra Beatriz e Joyce logo atrás.

 

JOYCE – Beatriz, desce já daí!

BEATRIZ – Não, mãe. Acabou! É melhor assim!

JOYCE – Larga de besteira, filha, eu não vou deixar você fazer isso!

BEATRIZ – Se a senhora der um passo, só vai antecipar a minha morte.

JOYCE (começa a chorar) – Por favor, filha. Eu te imploro, sai já daí.

BEATRIZ – Não, mãe. Eu já aguentei demais, pra mim já deu! Fala pro papai que eu odeio dele!

 

Beatriz se joga da janela. Joyce fica paralisada, chorando muito.

Imagem congela na personagem Joyce.

 

FIM DO CAPÍTULO.

 

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