CENA 01. APARTAMENTO DE JOYCE. SALA. INT. NOITE.

SONOPLASTIA: Amianto – Supercombo.

Joyce vai até Beatriz e a pega pelos braços, se assusta o ver os cortes.

 

JOYCE – Meu Deus do céu, o que é isso? O que a Beatriz fez?

 

CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR.

Joyce começa a chorar, sem entender o motivo que levou a filha a se cortar. Ela fica de joelho na frente de Beatriz, que continua dormindo no sofá, e tira os cabelos da filha do rosto bem devagar. Beatriz vai acordando aos poucos, e fica confusa ao ver Joyce. Ao se lembrar do braço, ela se senta rapidamente e esconde o braço. Joyce, que ainda está de joelhos no chão, chora cada vez mais e mais.

SONOPLASTIA OFF.

 

JOYCE – Por que você fez isso, Beatriz? Por que você se cortou?

BEATRIZ – Por nada, mãe, me deixa em paz! Por favor, me deixa em paz!

JOYCE – Beatriz, eu só quero te ajudar! Eu sou a sua mãe, você pode confiar em mim! Me conta, por que você fez isso?

BEATRIZ (começa a chorar) – Mãe, é sério, me deixa em paz, não me força a falar nada que eu não quero, eu quero ir pro meu quarto.

JOYCE – Tá bom, pode ir… Depois a gente conversa.

 

Beatriz se levanta e vai para seu quarto, chorando. Joyce, ainda de joelhos, apoia a cabeça no sofá, chorando cada vez mais e mais.

 

CENA 02. PRAÇA. SORVETERIA. EXT. NOITE.

Emanuel e Juliana estão sentados em uma mesa, do lado de fora da sorveteria, que fica no centro da praça.

 

EMANUEL – Eu confesso que quando você desligou dizendo que estava cheia de coisas para fazer, pensei que não fosse vir, mas mesmo assim comemorei!

JULIANA – Besta! Olha, Emanuel, preciso falar uma coisa. Você terminou com a Bárbara, e eu sei que não tem o menor interessa em mim, certo?

EMANUEL – Não sei…

JULIANA – Para de graça! É sério, mesmo que quiser algo comigo, eu prefiro amizade, não quer comprar briga com ninguém, muito menos com a Bárbara.

EMANUEL – Para de ser besta, Juliana! Você sabe que nesses últimos meses o meu relacionamento com a Bárbara foi um inferno, essa traição foi apenas uma porta que surgiu para que tudo acabasse!

JULIANA – E o que isso tem a ver com o que eu falei?

EMANUEL – Eu sei que você sabe, eu estou amarradão em você! E se você quiser, não é Bárbara e nem ninguém que vai nos impedir de ficar juntos!

JULIANA – E o quê você viu em mim, Emanuel?

 

SONOPLASTIA: Piscar o Olho – Tiê.

 

EMANUEL – Virtudes, coisas boas… Você é uma moça boa, humilde, em diferente da Bárbara.

JULIANA – Tá, mas a gente nunca vai dá certo juntos, é melhor você parar com isso e arranjar outra moça para se apaixonar!

EMANUEL – Você fala como se a gente mandasse no coração… Como se a gente escolhesse de quem gostar… E eu tenho certeza que você sabe que não é bem assim!

JULIANA – Eu sei, Emanuel, deixa o que eu falei pra lá. De qualquer forma, a gente não vai dá certo juntos, amizade já está de bom tamanho!

EMANUEL – Por que, Juliana? Por que você sempre complica as coisas?

JULIANA – Eu não estou complicando nada, a vida que e assim! Se a gente ficar juntos, uma fúria enorme vai surgir na Bárbara, maior do que a que já existe! E ela vai arranjar um jeito de demitir a minha mãe, e a coisa que eu menos quero é ser a culpada pela demissão da minha mãe!

EMANUEL – Pode até ser que a Bárbara tenha essa ideia, mas eu tenho certeza que o seu Murilo não permitiria, ele adora a sua mãe, e eu acho que ele gosta muito de você também…

 

O garçom sai de dentro da sorveteria e entrega dois sorvetes para Juliana e Emanuel, eles começam a comer. Juliana fica pensativa.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 03. CASA DE CRISTINA E ELIAS. QUARTO DE CECÍLIA. INT. NOITE.

Cecília está deitada, em sua cama, com os olhos vidrados no cheque que recebeu, está feliz. Cristina entra no quarto, fecha a porta, se senta na cama ao lado da filha.

 

CRISTINA – Tudo bem, filha?

CECÍLIA – As coisas nunca estiveram tão bem como estão!

CRISTINA – Nossa, que bom que você está feliz dessa forma! E o que é isso na sua mão?

CECÍLIA – É o motivo da minha felicidade, eu ganhei lá na loja da Joyce, o meu primeiro pagamento!

CRISTINA – Nossa, filha! Que bom! E quanto é?

CECÍLIA – Veja a senhora mesmo!

 

Cecília entrega o cheque para Cristina, que fica admirada.

 

CRISTINA – Tudo isso em um mês? Imagina quanto não vai ganhar em um ano…

CECÍLIA – Pois é, mãe, eu estou muito feliz! A Joyce nem parece ser da família Albuquerque!

CRISTINA – Como é que é? Você está trabalhando novamente para a família Albuquerque?

CECÍLIA – Na verdade a Joyce não é da família Albuquerque, ela é casada com um ser deles, mas isso é o de menos! Ela é um amor de pessoa e eu sinto que o mesmo tanto que eu gosto dela, ela gosta de mim! A senhora tinha que ver… Hoje ela até falou umas coisas na cara da Bárbara para me defender, me deu até vontade de rir na hora!

CRISTINA – Imagino! Que bom que você está feliz, espero que a felicidade prevaleça pelo resto das nossas vidas! Sem maldades, roubos, vinganças…

CECÍLIA – Não começa, mãe.

CRISTINA – Tá bom, filha, estou apenas brincando com você!

 

Cecília se senta na cama e abraça Cristina, as duas estão felizes.

 

CENA 04. MANSÃO ALBUQUERQUE. SUÍTE DE MARINA E MURILO. INT. NOITE.

Murilo está deitado na cama, mexendo em seu celular. Marina sai do banheiro.

 

MARINA – Que bom que você chegou, preciso mesmo falar com você. Fui falar com a Joyce hoje…

MURILO – Sobre a Cecília e a loja dela?

MARINA – Exato! E adivinha o que ela disse? Que não vai mudar e que a Cecília continuará sendo a modelo da loja dela!

MURILO – Isso é uma falta de respeito com a nossa família, eu espero que o Alberto tome providências em relação a isso!

MARINA – Ele pode até tentar, mas do jeito que ela está convencida, eu duvido!

 

Murilo continua mexendo em seu celular. Marina se senta na cama e começa a passar um creme nos braços.

 

CENA 05. RUA. EXT. NOITE.

SONOPLASTIA: Cores – Anavitória.

Bárbara está andando na calçada, chorando. Ela se senta perto de uma porta e apoia os braços sobre os joelhos. Tito atravessa a rua e a reconhece, vai até ela e senta ao lado da mesma.

 

BÁRBARA – Por acaso você anda me seguindo?

TITO – Imagina! Tudo coincidência mesmo! Por que você está chorando?

BÁRBARA – Você acha mesmo que eu vou te falar? Deixa de ser ridículo, menino!

TITO – Desculpa! Como é o seu nome mesmo?

BÁRBARA – Bárbara, já pode me deixar em paz?

TITO – Bárbara, eu sou amigo, pessoa do bem, eu não quero seu mal! E mesmo sem nem te conhecer direito, eu me importo com você! Por isso estou aqui! Se não quiser me falar, não fale! Fique a vontade!

BÁRBARA – Tudo bem, eu falo! Eu namoro, ou melhor, namorava com meu namorado, é claro, né?! Ele se chama Emanuel e eu o amo muito, mas eu não estava satisfeita com o nosso relacionamento, e fui atrás de mais… Eu traí o Emanuel durante muito tempo, e eu só conseguia ser feliz fazendo aquilo! Mas ele descobriu tudo e terminou comigo! A vontade que eu sinto agora é de morrer!

TITO – Não fala isso, pelo amor de Deus! Realmente a situação tá difícil, eu nunca passei por isso, sei nem como ajudar!

 

Bárbara continua sentada, pensativa, sem falar nada. Tito se encosta na parede, pensativo. A moça o olha com um olhar indiferente e ele finge que não percebeu, dando um leve sorriso para ela.

 

CENA 06. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA. INT. NOITE.

Lorenzo está se preparando para sair. Marina desce às escadas e pega o filho quase saindo de casa.

 

MARINA – Vai sair a essas horas, filho?

LORENZO – Vou, mãe, vou dá uma volta em Copacabana… Eu preciso relaxar um pouco, descansar e esquecer as coisas que estão acontecendo recentemente!

MARINA – Faz bem, vai com Deus.

LORENZO – Amém, fica com Deus também.

 

Lorenzo abre a porta e sai. Marina corre e pega o telefone, liga para Priscila. Após alguns segundos, a moça atende.

 

MARINA – Eu vou falar e você nem me responde, precisamos ser rápidas! O Lorenzo acabou de sair daqui de casa e tá indo pra Copacabana dá uma volta, aparece por lá, encontra com ela, puxa assunto e deixa as coisas rolarem. Tchau, e anda logo!

 

Marina desliga o telefone, ri cinicamente.

 

CENA 07. CASA DE THAMIRES. QUARTO DE HANAH. INT. NOITE.

Hanah está sentada na poltrona que fica ao lado de sua cama, ela pega seu celular e liga para Cristina. Após alguns segundos, a mulher atende.

 

HANAH – Cristina, boa noite. Serei breve e rápida. O pai do Pedrinho não acredita que ele realmente é filho dele, talvez pelo fato dele ser rico e achar que eu estou dando o golpe da barriga. E ele me pediu um exame de DNA, disse que só assim ele vai acreditar. Você pode cortar e me enviar alguns fios de cabelo do Pedrinho?… Obrigada, Cristina. Ficarei no aguardo, dorme com Deus! Beijos!

 

Hanah desliga o celular, fica feliz.

 

CENA 08. PRAÇA. SORVETERIA. EXT. NOITE.

Emanuel e Juliana estão sentados na mesa, terminam de tomar seus sorvetes.

 

EMANUEL – Me conta, em que você quer se formar?

JULIANA – Ah, eu não sei, já me passou tanta coisa pela cabeça… Mas eu sempre tive uma paixão por medicina, sou fascinada por esse negócio de corpo, coração, acho tudo muito incrível!

 

Juliana percebe que Emanuel não para de olhar para seus lábios.

 

JULIANA – Você não prestou atenção em nada que eu disse, né?

EMANUEL – Desculpa! Não consigo parar de olhar para a sua boca!

 

Emanuel dá um beijo em Juliana, a moça fica sem reação e lhe dá um tapa.

 

JULIANA – Quem te deu autorização pra fazer isso? Agora chega! Pra mim já deu, tchau!

 

Juliana se levanta e sai, com raiva.

 

EMANUEL – Valeu a pena!

 

Larissa aparece ao fundo de Emanuel, impressionada com o que viu.

 

LARISSA – Não acredito! Eu não sou fofoqueira, mas a Bárbara precisa saber disso!

 

CENA 09. PRAIA DE COPACABANA. EXT. NOITE.

Lorenzo está andando descalço na areia da praia, bem perto do mar, onde as ondas chegam em seu pé. Ele anda bem devagar pensativo. CAM corta para Priscila, que está um pouco atrás do homem, ela para um pouco e fica olhando para ele, até que decide ir até lá, ela sai correndo na direção se Lorenzo e conforme vai se aproximando, diminui a velocidade, até que fica lado a lado com ele. Os dois continuam caminhando lado a lado.

 

PRISCILA – Oi, Lorenzo.

LORENZO – Oi, Priscila, né?

PRISCILA – Isso mesmo.

LORENZO – Andando na praia uma hora dessas?

PRISCILA – É, eu adoro vir à praia de noite, me traz uma sensação de paz, e eu estou precisando muito pensar, refletir…

LORENZO – Também aqui para fazer isso, longe das pessoas da minha família, o mar me acalma…

PRISCILA – Você falando assim eu imagino que a sua rotina seja bem corrida, né?

LORENZO – Nem tanto! Mas algumas coisas que estão acontecendo me tiram a paz.

PRISCILA – É, eu sei bem como é, isso é horrível!

LORENZO – É, mas eu vim até aqui justamente para esquecer esses problemas. Me conta mais, como você conheceu minha mãe? Fiquei sabendo que vocês são bem próximas.

PRISCILA – É, eu gosto muito da sua mãe! Tudo começou quando…

 

SONOPLASTIA: Eu Quero Você – Gabi Luthai.

Os dois continuam conversando em FADE e andando lado a lado.

 

CENA 10. CASA DE CRISTINA E ELIAS. FACHADA. EXT. NOITE.

SONOPLASTIA CONTÍNUA.

CAM vai aproximando-se aos poucos da porta da casa, mas antes de chegar um carro passa na frente rapidamente.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 11. CASA DE CRISTINA E ELIAS. QUARTO DE JUSSARA E PEDRINHO. INT. NOITE.

Pedrinho está deitado em sua cama, dormindo. Cristina abre a porta bem devagar e entra no quarto, com muito cuidado para não fazer barulho. Ela se aproxima do menino e corta algumas mechas de seu cabelo, coloca dentro de um saquinho plástico. Após se virar para sair, Cristina dá de cara com Jussara.

 

JUSSARA – Para quê esses cabelos, mamãe?

 

Cristina fica sem reação e não sabe o que dizer para a filha.

 

CENA 12. CASA DE CRISTINA E ELIAS. SALA. INT. NOITE.

Elias está sentado no sofá, pensativo. Cecília vem de seu quarto com uma mochila nas costas.

 

CECÍLIA – Estou indo dormir na casa da Clarisse, papai, avisa a mamãe porque eu não encontrei ela!

ELIAS – Tá bom, filhas! Vai com Deus e toma cuidado!

CECÍLIA – Amém, pai, fica com Deus também.

 

Cecília sai e fecha a porta. Elias demonstra preocupação.

 

ELIAS – Ô meu Deus, eu não consigo tirar a fala do seu Murilo da minha cabeça! Certeza que se ele descobrir que eu sou pai da Cecília, vai me demitir!

 

Elias se deita o sofá, e começa a chorar.

 

ELIAS – Como eu vou sustentar a minha família? Qual será o exemplo que darei para as minhas filhas? Do pai que não consegue sustentar a própria família?!

 

CENA 13. CASA DE CRISTINA E ELIAS. QUARTO DE JUSSARA E PEDRINHO. INT. NOITE.

Cristina está intrigada olhando para Jussara, sem saber o que dizer.

 

JUSSARA – Então, mamãe, para quê são esses cabelos?

CRISTINA – Então, Jussara, eu cheguei a conclusão de que não posso mais te enganar! Mais escuta uma coisa: se você contar o que eu te contei pro Pedrinho, eu não sei nem o que eu faço!

JUSSARA – Tá bom, pode confiar em mim. Não vou contar para ele não!

CRISTINA – Então, eu conheço a mãe do Pedrinho, sei onde ela mora e tudo. A mãe dele se chama Hanah e ela decidiu que vai conhecer o Pedrinho e começar a se aproximar dele, mas isso é uma coisa que tem que ser feita devagar, porque ele pode receber os fatos de qualquer. Esses cabelos são para um exame de DNA, para que ela consiga provar para o pai do Pedrinho que ele realmente é o pai dele!

JUSSARA – Nossa, quanta coisa! Eu tenho certeza que o Pedrinho vai ficar muito feliz quando souber que essa moça é a mãe dele!

CRISTINA – Ou não, ele pode rejeitá-la, a gente não sabe. De qualquer forma, eu espero que ele não fique sabendo pela sua boca!

JUSSARA – Tá bom, mamãe, pode confiar!

 

Cristina sai do quarto e fecha a porta. Jussara olha para Pedrinho, feliz.

 

CENA 14. PRAIA DE COPACABANA. EXT. NOITE.

Priscila e Lorenzo continuam andando lado a lado perto do mar.

 

LORENZO – Já tá ficando tarde e eu preciso voltar para casa.

PRISCILA – Verdade, a gente conversou tanto e eu nem vi o tempo passar!

LORENZO – Verdade, fica com Deus, Priscila!

PRISCILA – Espera, Lorenzo, eu quero te fazer uma pergunta!

LORENZO – Pode fazer.

PRISCILA – A gente pode marcar de se encontrar novamente outro dia?

LORENZO – Claro, depois a gente combina. Tchau.

 

Lorenzo dá um beijo na bochecha de Priscila e sai. A moça põe a mão no rosto, feliz.

 

CENA 15. CASA DE CLARISSE. SALA. INT. NOITE.

Clarisse abre a porta, Cecília entra. As duas se abraçam e em seguida sentam no sofá.

 

CECÍLIA – Amiga, eu preciso te contar uma coisa! Pelo caminho eu vim pensando muito, sabe? E eu descobri como vou começar e investigar o caso do assassinato do Henrique.

CLARISSE – Sério? Você não disse que iria apenas se vingar da família Albuquerque?

CECÍLIA – Sim! Mas pra eu começar a me vingar, preciso descobrir quem matou ele! A partir daí eu começo minha vingança, mas com certeza eu vou fazendo pequenas coisas para implicar eles antes. (ri)

CLARISSE – Tá, então me conta o plano.

CECÍLIA – É o seguinte, você é secretária da empresa deles, certo?

CLARISSE – Sim.

CECÍLIA – Então eu preciso que você me passe o nome de todos os funcionários que trabalharam lá mais ou menos em 2012, 2013, por ai.

CLARISSE – Acho que eu posso conseguir, mas para quê você quer isso?

CECÍLIA – Eu vou entrar em contato com essas pessoas, conversar. Ah, preciso que você me passe também o telefone delas, creio que lá tem.

CLARISSE – Tem sim! Mas provavelmente muitos trocaram!

CECÍLIA – Tudo bem, qualquer quantidade é lucro!

CLARISSE – Tá bom, vou providenciar isso para você! Vou ali na cozinha agora pegar um sua para nós, já volto.

 

Clarisse se levanta e vai para a cozinha. Cecília continua sentada no sofá, rindo cinicamente.

 

CENA 16. MANSÃO ALBUQUERQUE. COZINHA. INT. NOITE.

Sandra está limpando a mesa. Juliana entra na cozinha, chorando. Sandra se aproxima dela e a acalma.

 

SANDRA – O que aconteceu, filha?

JULIANA – Eu fui tomar sorvete com o Emanuel e ele me beijou! Me beijou, mãe!

SANDRA – E você gostou?

JULIANA – Não sei, eu não quero arranjar confusão com a Bárbara.

SANDRA – Entendi, vai lá para o nosso quarto, toma um banho, depois eu converso com você.

 

Sandra beija a testa de Juliana, que vai para seu quarto. Sandra ri levemente.

 

CENA 17. APARTAMENTO DE VALENTINA. SUÍTE DE VALENTINA E OTÁVIO. INT. NOITE.

SONOPLASTIA: De Janeiro a Janeiro – Roberta Campos, Nando Reis.

Valentina e Otávio estão deitados na cama, um virado para o outro.

 

OTÁVIO – Eu te amo, sabia?

VALENTINA – Eu também te amo, Otávio, te amo muito!

 

Os dois se beijam, entram em baixo do lençol e fazem amor.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 18. APARTAMENTO DE JOYCE. SALA. INT. NOITE.

Alberto está sentado no sofá, pensativo. Joyce vem de seu quarto, faz uma rápida massagem nos ombros do esposo e se senta no sofá, ao lado dele.

 

JOYCE – Preciso te contar uma coisa.

ALBERTO – O quê?

JOYCE – Hoje quando eu cheguei, a Beatriz estava dormindo aqui no sofá. E eu vi algo horrível, algo que se eu pudesse nunca teria visto!

ALBERTO – Pois fale logo!

JOYCE – A Beatriz está se cortando, Alberto! Eu vi o pulso dela todo cortado.

ALBERTO – Não acredito! É incrível como essa garota faz de tudo para chamar atenção, pois se ela quer sentir dor para chamar atenção, deixa ela sofrer!

 

Alberto se levanta e sai com raiva. Joyce fica preocupada.

 

CENA 19. MANSÃO ALBUQUERQUE. COZINHA. INT. NOITE.

SONOPLASTIA: Destino – Zezé Di Camargo e Luciano.

Sandra está sentada na mesa, comendo uma maçã. Lorenzo entra na cozinha, e ao ver a mulher, se senta ao lado dela.

 

SANDRA – Estava aonde, Lorenzo?

LORENZO – Na praia, e aconteceu algo que me deixou admirado.

SANDRA – Sério? E o que foi?

LORENZO – Você sabe que eu amo a Cecília, mas a gente nunca vai dá certo. Outro dia eu conheci a Priscila, que é amiga da mamãe. Hoje eu encontrei com ela na praia, e foi uma conversa tão boa, parece que ela me entende sabe? Parece que o destino está me dando a chance de esquecer a Cecília.

SANDRA – Pode ser, se você realmente gosta dessa Priscila. Mas uma coisa é certa, ninguém consegue esquecer uma pessoa usando a outra, isso só vai fazer mal pra você!

 

Marina entra na cozinha e se aproxima dos dois, com raiva.

 

MARINA – Então é você que anda incentivando o Lorenzo a ficar com aquela assassina, né?!

 

Imagem congela na personagem Sandra.

 

FIM DO CAPÍTULO.

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