Eduardo estaciona o seu carro em frente ao bar de Maria que servia um cliente.
Eduardo: Dona Maria! A Carol está?
Maria: Sim. Pode entrar Edu!
Eduardo: Beleza.
Eduardo anda na humilde casa e segue o som da risada de Carolina no quarto. Observa ela brincando com Ana.
Carolina: Empresta o ursinho de pelúcia pra tia? – resmunga pra criança.
Eduardo: Carolina?
Carolina: Oi Edu.
Eduardo: Pronta pra faculdade?
Carolina: Estava me esquecendo! Mãe? Tô indo! A Ana tá no berço.
Maria: Ok filha. – responde ao vê-la saindo com Eduardo.
Eduardo: Estudou pra prova?
Carolina: Prova? É hoje, né?
Eduardo: Tranquilo Carol?
Carolina: Sim…
Eduardo: Ah, diz logo! Você não me engana.
Carolina: Sem ânimo.
Eduardo: Somos amigos por tantos anos, por que o suspense?
Carolina: Você tinha razão, eu e o Roberto não damos certo.
Eduardo: Imaginava. O que o Roberto aprontou?
Roberto: Me envenenando contra a Carolina de novo, hein Edu? – ao descer do cavalo de surpresa por trás do veículo onde estavam encostados.
Eduardo: Na verdade, eu acho que você não faz bem pra Carolina. – o encara.
Carolina: Roberto, tenho aula agora. Outra hora a gente conversa!
Eduardo: Vamos Carol!
Roberto: Espera. – segura a camisa de Eduardo que abria a porta do automóvel.
Eduardo: Solta.
Eduardo: Eu disse pra soltar! – dá um soco em Roberto que vira com raiva.
Roberto: Vai pagar por isso. – soca ele.
Carolina: Sem brigas, caramba! – corre pra cima dos dois no objetivo de evitar a encrenca, porém se atracam e caem no chão com diversas agressões. Um espetáculo que durou bastante tempo.
As pessoas do bar assistiram a cena de luta e no final teve sangue no rosto de ambos.
Carolina: Parem, por favor, parem! – se infiltra no meio e consegue separá-los.
Roberto: Você está demitido, escutou Eduardo?
Eduardo: Ótimo.
Carolina: Sai daqui Roberto.
Roberto: Restava um gole de esperança Carolina, mas agora eu tenho certeza que vocês se merecem. – monta no cavalo e some pela trilha.
Eduardo: Desculpa Carol. Não me controlei. Desculpa.
Carolina: Edu! Pra que violência?
Eduardo: Nervoso! Custou meu emprego. Tá bom, eu não quero pisar os pés na fazenda!
Maria: Ah meu Deus! Você tá muito machucado, vem Edu pra dentro se limpar!
Gustavo chega de bicicleta quando Carolina e Maria limpavam os ferimentos de Eduardo. O adolescente é abordado por Isadora que voltava do serviço.
Isadora: Gostaria de saber o que senhor fazia?
Gustavo: Dando uma volta de “bike” mãe. – diz após desviar dela.
Isadora: E o seu irmão, cadê?
Gustavo: Guilherme? Não tô sabendo dele.
Isadora: Como não sabe? Sua vó me disse que não viu nenhum de vocês o dia inteiro!
Gustavo: Mãe, até posso ser gêmeo do Guilherme, só que não sou colado nele! Nem faço a mínima ideia! – se apressa para o banheiro e passa pelo pai no corredor.
Zeca: É culpa sua Isa. – aponta pra Isadora.
Isadora: Minha culpa?
Zeca: Quantas vezes eu te avisei pra ficar cuidando dos nossos filhos? Insiste em trabalhar! Não entendo o porquê se sacrifica de empregada no casarão, o meu salário basta pra sustentar!
Isadora: A miséria que recebe Zeca?
Zeca: Pensei que não se importasse com a vida simples! Foi assim que se apaixonou por mim. Percebi que você não é a mesma Isa que conheci! – reclama antes de abandoná-la com Ana no tapete da sala.
Gustavo põe a mochila na cama e sua irmã o confronta.
Catarina: Onde está o Guilherme?
Gustavo: Eu não sei de Guilherme e nem estou interessado em saber! Me erra sapatona!
Catarina: Quando o Guilherme saiu da escola ele disse que iria atrás de você…
Gustavo: Eu já falei que não sei dele!
Catarina: Por que será que não consigo acreditar? Você não presta Gustavo!
Gustavo: Cai fora sapata! – grita no ouvido dela e Catarina se retira.
Catarina senta na varanda enquanto Maria atende um freguês.
Maria: Cacá, o Gustavo te contou alguma coisa do irmão?
Catarina: Nada vó. Tô preocupada, primeiro some a Mel, depois o Guilherme…
Maria: O que ocorreu com eles? Um desespero enorme me sufocando Cacá!
O céu amanhece e Roberto encontra Zeca no celeiro varrendo o local.
Roberto: Bom dia Zeca. – se aproxima do seu cavalo de estimação.
Zeca: Bom dia senhor Roberto!
Roberto: Excelente manhã pra dar um passeio com o Zorro.
Zeca: Não adianta disfarçar a cara triste. Vi a confusão com Edu ontem anoite, não quis me meter nessa história.
Roberto: É… Eu demiti o desgraçado, ódio de olhar a fuça daquele traidor! Aliás, se o Eduardo quiser acertar as contas que resolva com o meu pai. Creio que o canalha falava mal de mim pra Carolina!
Zeca: O senhor realmente está apaixonado por ela, né?
Roberto: Sim Zeca e deu tudo errado! Por causa da Laura que apareceu de repente tirando a roupa. Por favor, me ajuda! Convença a sua cunhada, ela precisa me ouvir!
Zeca: Melhor o senhor explicar pessoalmente.
Roberto: Eu tentei, ela não quer! E acabou rolando o episódio com Edu pra piorar. Será que vale a pena batalhar por alguém que não tá afim? Carolina e Eduardo que se danem!
No matagal, Juca desce da moto e pendura o capacete no guidão. Ele caminha nas folhagens e se depara com os barulhos de angústia abafados pela mordaça na boca de Melissa.
Retira o revólver da cintura ao observar a menina amarrada no tronco da árvore. Juca se lembrou do trabalho que deu raptá-la no dia anterior. Melissa ia pra escola e foi dopada por ele que a colocou num saco grande na garupa da motocicleta.
Juca: Me perdoe ter largado você aí, surgiram outros compromissos. A Isa desejava que sofresse um pouco pra morrer. Não serei tão ruim. – aponta a arma pra Melissa que aumenta os gemidos ao se debater.
…
Música de encerramento: Tones and I – Dance Monkey Tema: Catarina e Melissa