Um mês depois… Na casa de Rodrigo.

Sheila: Não, Rodrigo. Eu já disse que não preciso de um psiquiatra, eu preciso é de você, do seu amor… Eu amo você e quero viver ao seu lado, ter filhos, ser feliz.

Rodrigo: Mas eu não te amo mais, Sheila. Coloca isso na sua cabeça. Eu só aceitei você, aqui em casa, por causa do seu estado depressivo. Eu tive pena de você e desse amor doentio e obsessivo que tem por mim… Amar mesmo, eu amo a Érica, ela sim, é a mulher da minha vida, é com ela que eu quero me casar, ter filhos e ser feliz… Quanto a nós, eu quero continuar sendo seu amigo e ajudar você a se internar, a se tratar com a ajuda de um bom psiquiatra, em uma boa clínica, tenho certeza que você ficará boa… E então, você aceita a minha ajuda?

Sheila: Não… Eu não preciso da sua pena. Tudo o que eu fiz esse tempo todo, foi dedicar a minha vida a você, ao nosso amor. Você não sabe quantas vezes eu sofri, com essa maneira desmedida de te amar, sem conseguir me controlar… Era mais forte do que eu. Você foi o único homem da minha vida, eu nunca vou conseguir te esquecer, muito menos ser sua amiga, e sabe por quê? Porque o meu amor é grande demais e não se contenta com migalhas… Por favor, Rodrigo… Me dê mais uma chance?

Rodrigo: Não! Você já teve todas as chances que merecia, e as que não merecia também. Embora você não se convença disso, você não me ama, o que sente por mim é uma doença, uma obsessão. Eu estou farto disso. Eu vou para o restaurante agora, e quando eu voltar aqui, espero não te encontrar mais… Se você não quer a minha ajuda, eu não posso fazer mais nada, a não ser lamentar por isso… Adeus.

Sheila: Rodrigo, Rodrigo… Volta aqui…

Sheila chorava desesperadamente, e num gesto desesperado e impensado, ela foi até a cozinha, pegou uma faca afiada e cortou os pulsos, que imediatamente começaram a jorrar sangue… Rodrigo, que tinha esquecido a chave do carro, voltou ao apartamento.

Rodrigo: Aonde eu coloque essa chave? Sheila… O que você fez?

Sheila: Me deixa, eu quero morrer…

Rodrigo pegou uma camisa dele que estava na cadeira e a rasgou, para estancar o sangue…

Rodrigo: Vamos, eu vou levar você para o hospital o mais rápido possível, você vai ficar bem.

***

Num restaurante fino, Geórgia e Alberto jantavam…

{Trilha Musical: I Say A Little Prayer For You – Taryn Szpilman}

 

Geórgia: Ah, eu adoro esse restaurante. Ainda mais, estando na sua companhia, Alberto…

Alberto: Não, não, a sua companhia é que é agradável demais, você é uma pessoa maravilhosa.

Geórgia: Obrigada! É que, modéstia a parte, esse é o meu jeito Geórgia de ser, eu confesso que tenho os meus momentos… Vamos pedir?

Alberto: Vamos sim.

***

No hospital, Rodrigo aguardava notícias de Sheila…

Doutor: Sr. Rodrigo Campana?

Rodrigo: Sim, sou eu mesmo Doutor, como ela está?

Doutor: Ela está bem, recebeu um pouco de sangue, pois a quantidade que ela perdeu foi grande. Eu precisei dar um sedativo a ela, porque estava muito agitada e não parava de falar o seu nome, e agora ela está dormindo, deve dormir até amanhã.

Rodrigo: Obrigado por salvar a vida dela, Doutor.

Doutor: Eu fiz o que estava ao meu alcance, se o Senhor não tivesse feito o estancamento do sangue, como fez, ela poderia não estar mais entre nós. Agradeço a você pela ajuda… Ah, só mais uma coisa… Seria bom que alguém passasse a noite aqui, com ela. Nesses casos, nunca se sabe se o paciente pode tentar mais alguma coisa, é bom ficar de olho.

Rodrigo: Tudo bem, eu mesmo fico essa noite com ela. É só o tempo de ir em casa e pegar umas coisas.

Doutor: Ótimo. Então, até amanhã.

Rodrigo: Até amanhã, Doutor… E que Deus me ajude com a Sheila amanhã…

***

No restaurante…

Alberto: Sabe Geórgia, até hoje, eu não entendi direito, porque você fechou a Styllus… Aquilo lá, era a vida da minha filha.

Geórgia: Eu sei, foi difícil tomar aquela atitude, acredite. Eu só fiz porque a Sheila me pediu muito, e como eu estou tomando conta das coisas dela… Enfim, coisas de mulher traída e vingativa… Por mim mesma, eu jamais teria tirado a Styllus da Érica, seria como tirar um filho de sua própria mãe. Não, eu não sei ser cruel. Mas, e você Alberto, já esqueceu a Silvia?

Alberto: Não, ela perdeu totalmente a confiança em mim… E num casamento de tantos anos, isso é considerado o fim mesmo, inclusive, do respeito de uma relação.

Geórgia: Esta aí a minha diferença da Silvia… Eu sempre confiei, cegamente, em você, lembra?

Alberto: Lembro-me sim. Nós fomos muito felizes.

Geórgia: É, até que a Silvia apareceu… Eu devo confessar que morro de saudade, daquela época. Eu amo você, Alberto e nunca o esqueci… Se existe amor eterno, você sempre será o meu amor. Será que não seria esse, o momento certo de voltarmos a viver aquele amor intenso, jovem e apaixonado… Fica comigo, Alberto. Eu prometo que vou te fazer feliz, e também farei você esquecer a Silvia…

Alberto: Eu não sei… Eu amo a Silvia, e depois tem o Francisco…

Geórgia: O Francisco é um estorvo ambulante que caiu de para-quedas na minha vida, e nós sabemos que ele gosta mesmo é da Manuela. O que nós fizemos, esses anos todos, foi suportarmos um ao outro… Eu pelo dinheiro, pela vida que ele me deu e pelo meu filho, Vinícius. Você não tem saudade das noites que passávamos juntos em meu quarto?

Alberto: Eram outros tempos, Geórgia. Tempos que ficaram pra trás.

Geórgia: E que podem voltar a hora que você quiser, vamos relembrar os bons tempos, vamos Alberto… Garçom, a conta, por favor!

***

Enquanto isso, na casa de Geórgia…

Francisco: Estava tudo uma delícia, Manuela. Você cozinha muito bem. Há muito tempo que eu não me alimentava, tão bem assim… A Geórgia, com essa história de regime, faz todo mundo comer como ela, só para não cair em tentação. Mas de madrugada, ela ataca a geladeira, que eu sei… Mas, eu estou adorando ficar sozinho com você… Vem cá…

Manuela: Para com isso, Francisco! Alguém pode chegar.

Francisco: Ninguém vai chegar. A Geórgia não deve voltar tão cedo, ainda mais que saiu com o Alberto, o eterno amor dela, e o Vinícius, já está dormindo faz tempo.

Manuela: Bom, sendo assim, uns beijinhos estão liberados…

Francisco: Vem Manuela… Eu quero dormir com você…

Manuela: Mas, e se a Geórgia chegar?

Francisco: Ela não vai chegar, confia em mim…

Manuela: Então, vamos pro meu quarto…

Francisco: Eu amo você, Manuela!

Manuela: Eu também, sempre amei você, Francisco.

***

No motel…

Alberto: Eu não acredito, Geórgia… Nós estamos num motel! Eu nunca levei, nem a Silvia, num motel.

Geórgia: A Silvia sempre foi muito puritana. Eu não, gosto de fortes emoções meu amor… Me beija, Alberto…

Geórgia e Alberto se beijam durante um longo tempo, e assim, a noite se estende por toda a madrugada; enquanto Manuela e Francisco, também se perdem no amor, noite afora…

No dia seguinte, Lívia e Victor, retornam da viagem…

Victor: Você quer que eu a deixe em casa, ou vem pra minha, comigo?

Lívia: Prefiro ir para a minha casa, Victor.

Victor: Lívia, você parece estar tão diferente comigo, desde que viajamos, por quê?

Lívia: Não é nada, é só impressão sua…

***

Ao chegar em casa, Victor encontra Igor…

Igor: O que você esqueceu, Nanda? Oi… Victor!

Victor: Oi.

Igor: Eu não esperava que você fosse chegar hoje.

Victor: Nem eu… Vou tomar um banho e dormir um pouco, ah e eu não estou para ninguém.

Igor: Nem para a Lívia, caso ela ligue?

Victor: Inclusive para ela.

Igor: Que estranho… O que será que aconteceu?

***

No motel…

Geórgia: Bom dia, meu amor. Dormiu bem?

Alberto: Oi, bom dia… Que horas são?

Geórgia: Quase onze…

Alberto: Meu Deus! Eu tenho que ir pra empresa…

Geórgia: Espera Alberto, você nem tomou seu café, nem me deu um beijo…

Alberto: Geórgia… Tudo o que aconteceu aqui, foi um infeliz equívoco que não se repetirá. Eu não sei aonde é que eu estava com a cabeça, pra ter dormido com você… Eu só poderia estar bêbado, não sei.

Geórgia: Que grosseria é essa, Alberto? Você veio pra cá, por livre e espontânea vontade, eu não o forcei a nada e nem me aproveitaria de você, estando bêbado.

Alberto: Esqueça tudo o que houve aqui, Geórgia… Eu amo a Silvia, e vou voltar para ela, se Deus quiser!

Geórgia: Na hora que você fez o que fez, de estar aqui comigo não pensou nela, agora me trata como uma prostituta, uma qualquer? Só falta você sair, e deixar o dinheiro jogado em cima da cama.

Alberto: Eu me deixei levar pela sua sedução barata e pelos velhos tempos, por isso, vim parar aqui. Na cama de um motel com você… Mas, com o pensamento na Silvia, no corpo dela e na maneira dela me amar… Você só serviu pra matar a minha necessidade de homem!

Nesse momento, Geórgia esbofeteia Alberto…

Geórgia: Seu canalha… Miserável… Some da minha frente!

Alberto: Eu vou sim… Não agüento mais olhar pra sua cara. Eu tenho nojo de você, pena. Vê se me esquece e deixe a minha família em paz!

Geórgia: Você me paga, Alberto. E caro, pode esperar…

***

Manuela e Francisco, perderam a hora e acordaram de maneira inesperada…

Vinícius: Cadê todo mundo? Parece que eu fui o único a dormir em casa essa noite… Mãe, pai, tia Manu… O que está acontecendo aqui?

Vinícius flagra Manuela e Francisco, juntos na cama…

Vinícius: Pai? Tia?

Francisco: Meu filho, escuta, não é nada disso que você está pensando…

Vinícius: Eu não estou pensando, estou vendo. Que baixaria é essa…

Manuela: Vinícius, meu querido, por favor…

Vinícius: Cala essa boca! Você traiu a minha mãe, você não presta, é baixa… Vagabunda! É isso o que você é tia… Uma vagabunda!

Nesse momento, Francisco esbofeteia Vinícius… Mas depois se arrepende.

Vinícius: Era só isso o que faltava agora, o senhor me bater… O senhor nunca me bateu… Eu odeio vocês!

Francisco: Eu não vou admitir que você fale assim com a sua tia, entendeu? Você é muito moleque, não sabe da missa a metade… Pois fique sabendo que a sua mãe não é santinha não.

Vinícius: Chega! Eu estou com nojo de vocês dois… Eu vou para a empresa, mas vocês fiquem certos de que minha mãe vai saber dessa pouca vergonha.

Manuela (Preocupada): Ai meu Deus! E agora Francisco? A Geórgia vai me colocar pra fora dessa casa e com razão…

Francisco: Não se preocupe. Eu não tenho mais medo da Geórgia, e onde você for eu vou atrás, meu amor… Nunca mais eu vou te abandonar, Manuela. Nunca mais.

***

Em um escritório de advocacia, Silvia e Alberto estavam frente a frente…

Silvia: Eu quero a separação, Doutor Lopes.

Alberto: Mas eu não quero. Eu amo você, Silvia.

Silvia: Mas me traiu e eu não te amo mais… Assine logo esse papel, Alberto.

Dr. Lopes: Escutem, por favor… A minha função, como advogado, é primeiramente, ver se vocês querem se reconciliar; caso contrário, partiremos para o divórcio amigável, agora se uma das partes mesmo assim ainda se negar, partimos para o litigioso… Mas, no caso de vocês, e com os meus anos de experiência, eu vejo que ainda se amam, estão apenas magoados e ressentidos um com o outro. Vocês não querem pensar mais um pouco?

Silvia: Não Doutor. Eu já pensei demais, e tenho mais o que fazer! Quando ele resolver assinar, por favor, me procure. Passar bem. – Diz se levantando e vai embora.

Alberto: Silvia, Silvia…

Dr. Lopes: É… Ela está mesmo irredutível.

Alberto: Mas eu não vou desistir… Eu amo essa mulher e estou pagando pelos erros que cometi, mas eu nunca vou desistir de reconquistá-la.

***

Depois de tanto tempo sumidos, Samara e Raul, retornam e encontram um verdadeiro vendaval…

Samara: Meu amor, sabe que por mim eu não voltaria mais dessa viagem… Eu amo você!

Raul: Eu também amo você, Samara… Você vai passar na sua casa?

Samara: Vou, eu preciso pegar minhas roupas…

Raul: E eu preciso ver um apartamento pra nós urgente, enquanto isso, nós ficamos no hotel.

Samara: Qualquer lugar ao seu lado vai ser o paraíso… Meu amor. – Diz dando um beijo nele.

***

Chegando em casa, Samara, pega suas coisas e ao sair, dá de cara com Geórgia, que ao vê-la, fica furiosa…

Samara: Maria, aqui está o endereço do hotel onde estou, depois você entrega à minha tia, está bem?

Maria: Sim, pode deixar.

Geórgia: Mas o que é isso? Você pra mim estava morta e enterrada… O que aconteceu, fez como a fênix… Ressuscitou das cinzas?

Samara: Não, pelo contrário… Eu estava no paraíso! Estou muito feliz, com o homem que eu amo e que me ama também. E além disso, estou indo embora de vez dessa casa pra morar com ele.

Geórgia: Aleluia, glória ao pai senhor! Sangue de Jesus tem poder, não é assim que bradam os evangélicos? – Diz rindo. – Você está falando daquele suburbano, pé rapado? Tem gosto pra tudo, não é mesmo?

Samara: Pelo menos, eu sou amada e muito…

Geórgia: Espere ai… Aonde você vai com essa pressa toda? Pode-se saber? E vão viver do que? De amor?

Samara: Aonde, não te interessa. Você seria a ultima pessoa no mundo, a quem eu daria o meu endereço. Depois nós temos nossos empregos, viveremos bem, não se preocupe… Obrigada. E Adeus…

Geórgia: E será que o emprego de vocês, está garantido, depois de tanto tempo afastados?

Samara: Isso também não é da sua conta… Agora, com licença, eu preciso ir… Tchau Maria.

Geórgia: Mas já? Eu ainda preciso conversar com você… Ou você acha que eu me esqueci, a vergonha que passei na igreja, por sua causa. E sem contar nos jornais do dia seguinte.

Samara: A vergonha que você passou foi pouca, diante do sofrimento que causou a mim e ao Raul, por ficarmos separados, todos esses anos… Uma pessoa como você não merece respeito, carinho, amizade e muito menos amor… De ninguém! Você é desprezível, eu tenho pena de você.

Geórgia: Pena, tenho eu de você… Trocar o Danilo, um bom partido, por aquele suburbano e pé rapado do Raul… Faça-me um favor! Você não honrou o nome da família, jogou tudo no lixo, não merece e nem é digna de ter o meu sangue!

Samara: Eu prefiro ter um coração, no lugar de dinheiro, status, conforto… Prefiro ser amada e não amar a quem não me ama… O mais importante pra mim é o amor dos verdadeiros amigos que tenho, de meu irmão, de meu pai, e da minha tia, que é para mim, a mãe que eu nunca tive… E você, o que você tem? Amigos que só te suportam, devido a favores que você faz ou pelo dinheiro; ou, por terem negócios com você. Apenas o amor do Vinícius, você tem e sabe-se lá até quando também. Sim, porque o papai ama a tia Manuela, que eu sei, e só agüentou você, pela sua maneira de conduzir as coisas, ou seja, ameaçando-o… Você é uma frustrada. E o pior de tudo, você nunca teve e nem vai ter o amor do Alberto… Me desculpa Geórgia, mas onde quer que eu viva, e com quem quer que seja, eu vou ser muito mais feliz do que você, que vive num mundo imaginário, medíocre e ainda por cima… Sozinha. Só você e a solidão. Agora, me deixa em paz!

Nesse momento, Manuela chega…

Manuela: Samara, minha querida! Por onde você andou?

Samara: Oi, tia, que saudade!

Francisco: Filha, que saudades de você.

Samara: Depois eu falo com vocês, deixei o meu endereço com a Maria… Preciso ir agora.

Manuela: Aconteceu alguma coisa, Samara?

Samara: Não tia… Comigo nada, estou muito feliz com o Raul… Tchau!

Manuela: Tchau, minha filha… Geórgia, eu e o Francisco…

Geórgia: Eu não quero saber de nada, Manuela! Eu vou descansar, que eu estou morrendo de dor de cabeça.

Francisco: Geórgia, é sobre o Vinícius…

Geórgia: O que foi que aconteceu com ele, Francisco?

Manuela: Conte tudo para ela, Francisco.

Francisco: Bom, eu nem sei por onde começar…

Francisco contou tudo a Geórgia, sobre sua noite com Manuela e que o Vinícius os tinha flagrado…

Geórgia: Vocês tiveram a cara-de-pau de ficar com pouca vergonha, aqui na minha casa, enquanto eu não estava?

Francisco: Mas, eu sou seu marido e quero saber também, porque você passou a noite fora, e fazendo o que?

Geórgia: Não te interessa! Agora eu estou preocupada com o meu filho. Ele deve ter ficado muito traumatizado… Coitado! Eu vou esperá-lo chegar para resolvermos isso, depois, rua! E para os dois… Eu vou aproveitar que hoje, finalmente, me livrei da Samara e me livrarei de vocês também… Os três estorvos da minha vida. Vinícius, meu filho…

Vinícius: Eles traíram você, mãe. E traíram dentro na nossa casa…

Francisco: A sua mãe também me traiu… Aliás, ela nunca gostou de mim de verdade, e sim do meu dinheiro. Ela dormiu essa noite num motel, com o Alberto, o grande e eterno amor da vida dela.

Geórgia: Cala essa boca, Francisco!

Vinícius: É verdade isso, mãe?

Francisco: Não adianta mentir, Geórgia… O Alberto irá confirmar tudo, se for preciso. Ele me procurou pedindo desculpas e arrependido de tudo.

Geórgia: É verdade, meu filho. Eu amo o Alberto, sempre amei. Me perdoa…

Vinícius: Eu não acredito nisso, que família é essa? Eu não conheço mais vocês.

Manuela: Vinny, meu querido, nós vamos te explicar tudo, desde o começo… Esta história envolve o seu pai, sua mãe, a Silvia, o Alberto e eu… Comece Francisco.

Francisco: Bom, tudo começou quando eu e sua tia namorávamos, o Alberto era um grande amigo meu, e começou a namorar sua mãe, que o amava mais do que tudo na vida… Até aparecer a Silvia, que era amiga da Manuela. O Alberto se apaixonou pela Silvia e deixou a Geórgia, que sofreu muito com isso; logo o Alberto e a Silvia se casaram, eu e ele montamos a nossa sociedade, a qual foi crescendo e é o que é hoje. Seu avô e sua tia fizeram uma viagem e a Geórgia aproveitou para dar em cima de mim, uma noite eu não resisti e traí a Manuela… Uma única vez, mas foi o suficiente para que você existisse. Quando seu avô e sua tia voltaram, ela ficou magoada comigo, e com razão, e me abandonou… E eu, fui obrigado a me casar com a Geórgia. Não fosse por ela, até hoje eu estaria com a Manuela. Ela fez isso por capricho, pra destruir o nosso amor, e pra ficar junto do Alberto, já que ele era meu sócio… Agora, depois de tantos anos, ela quase teve a oportunidade de tê-lo de volta. Sim, eu digo quase, porque ele não a quis e nunca vai querer… Eu sempre soube do seu amor por ele, Geórgia… Eu só continuei casado com você por causa…

Geórgia: Porque você é um frouxo! Depois de alguns anos de casados, nós tivemos a Samara, e o resto você já sabe.

Francisco: Geórgia, não é bem assim… A Samara…

Manuela: Deixa, Francisco, deixa…

Vinícius: Eu não esperava isso de vocês, e nem de você, mãe…

Geórgia: Vinícius, meu filho, volte aqui…

Vinícius: Me deixa em paz!

Geórgia: Seus miseráveis! Rua! Os dois… Anda… Já! Seus ordinários! Sumam daqui.

Francisco: Geórgia, eu só quero uma coisa de você… O divórcio!

Geórgia: Há, há, há… Além de fazerem à fama, vocês agora querem deitar e rolar na cama? E as minhas custas? Não… Nunca!

Francisco: Geórgia…

Geórgia: Eu nunca te darei esse divórcio, Francisco… Vem Manuela, me acompanhe, eu os ajudo a fazerem as malas…

Geórgia entrou no quarto de Manuela e começou a tirar as roupas todas do lugar e a jogar no chão…

Geórgia: Anda, pegue tudo… Sua vagabunda, ordinária…

Manuela: Geórgia, por favor controle-se, minha irmã.

Geórgia: Mas o que é isso? Um colar de brilhantes… Certamente foi presente seu, não é, Francisco? É meu, saiu do meu bolso. E isso aqui… O endereço do hotel onde o Raul estava… Então, foi você que o trouxe de volta pra Samara, não foi? Eu criei cobra em casa, só podia ter sido picada mesmo.

Francisco: Fomos nós que unimos a Samara e o Raul… Eu também ajudei!

Geórgia: Parabéns, Francisco! Ajudando a segunda família. Sim, porque eu e o Vinícius… Mas nós não precisamos de um peso morto, que é o que você é e sempre foi.

Francisco: Chega de desaforos, Geórgia! – Diz empurrando-a. – Vamos embora, Manuela. Deixe essa louca desvairada, aí no chão… Que é o lugar dela!

Geórgia desabou e começou a chorar descontroladamente…

Geórgia: Que dia meu Deus! Mas todos vão me pagar por isso… Manuela, Francisco, Samara e Alberto… Ah eu amei tanto você, mas agora, esse amor virou ódio! Chegou a hora de pegar tudo o que me pertence…

Geórgia foi até o seu quarto e dentro de uma caixa no guarda roupas, ela pegou um documento que fora redigido por seu advogado… 

Geórgia: Pronto. Nem assinar, esse imprestável do Francisco, sabe direito… Tão fácil… Agora só falta o Alberto, amanhã eu o pego pessoalmente. Só mais um simples e decisivo telefonema… Alô… É da Labirintos Night Club? Eu gostaria de falar com o proprietário… Ah é ele mesmo? Qual é o seu nome?… Jayme, aqui quem está falando é Geórgia Fontenelle, a mãe da Samara. É que ela voltou e eu não quero que ela trabalhe mais aí. Quero que você a demita… Porque eu quero… Isso não me interessa, eu pago o que for preciso. Que isso, hoje em dia, qualquer pessoa é subornável é só uma questão de acertar o preço, meu bem. Ah… Só cinco milhões? Eu pago, demita ela, que amanhã de manhã o dinheiro estará na sua conta… Pode me passar o número… Não precisa repetir, tenho ótima memória. Passar bem! Sujeito asqueroso. Vai me custar caro, mas o gosto da vingança não tem preço… Amanhã eu continuo… Todos irão provar o gosto amargo da minha ira… Malditos!

***

No dia seguinte, Raul retornava ao trabalho…

Arnaldo: Raul! Você voltou?

Raul: É Arnaldo, eu cheguei de viagem ontem e já estou aqui… Mas, a Nádia me desse que você queria falar comigo.

Arnaldo: Bom, é o seguinte, Raul… Durante esse tempo em que você esteve fora, muita coisa mudou aqui na empresa… O faturamento caiu e muito, e nós estamos cortando alguns gastos… E, infelizmente, você está demitido.

Raul: O que? Espere aí… Pelo que eu estou sabendo a empresa está indo muito bem. Vocês sabem que eu sempre fui um excelente funcionário, o meu trabalho sempre foi impecável e o meu serviço aqui não é dispensável…

Nádia: Nisso você tem razão, Raul… Mas é o Arnaldo quem vai ocupar o seu cargo, de agora em diante, assim, evitamos um gasto desnecessário.

Arnaldo: Você pode passar no departamento pessoal, para acertar suas contas.

Raul: Tudo bem… Mas não pensem que eu engoli essa história de baixo faturamento não. Desculpa esfarrapada, isso sim. Mas eu hei de encontrar uma empresa melhor do que essa, para trabalhar. Até nunca mais.

Nádia: É uma pena, ele era o melhor funcionário que nós tínhamos.

Arnaldo: É… Mas uma amiga como a Geórgia, é bom não contrariar, e depois ela já nos ajudou bastante, se não fosse por ela, nós não teríamos chegado onde estamos hoje.

Nádia: Você está certo, meu amor… Bom vamos ao trabalho, que a vida continua.

Arnaldo: É, a vida não pode parar…

***

Chegando no hotel, Raul e Samara alugaram um quarto…

Samara: Eu não estou acreditando, Raul… Você era um excelente funcionário. Será que não tem o dedo da Geórgia, nisso tudo? Afinal, ela é amiga da Nádia e do Arnaldo.

Raul: Eu não sei… Tudo o que eu quero agora, é encontrar outro emprego, o mais rápido possível. Nem que seja fora do Rio, você vem comigo se for preciso, né?

Samara: Eu vou aonde você for, meu amor… Mas eu ainda tenho o meu emprego de promoter na Labirituns, você tem suas economias e o acerto de contas; isso dará para vivermos sossegados, durante um tempo.

Raul: Mas teremos que deixar esse hotel… Com essa diária e estando desempregado, nosso dinheiro irá acabar muito depressa. Vamos procurar um apartamento para alugarmos, e enquanto isso, nós teremos que ficar em outro lugar.

Samara: Eu sei aonde poderemos ficar.

Raul: Eu fui tirar você da sua casa, do seu conforto, para te dar o que? Lá você tinha de tudo.

Samara: Mas eu não estou reclamando de nada. Com você eu viveria até debaixo da ponte se fosse preciso. E sabe por quê? Porque você é o homem da minha vida e eu amo muito você, Raul. Eu nunca fui tão feliz, em toda minha vida, como agora.

Raul: Eu também… Eu amo você, Samara.

***

Na casa de Érica…

Érica: Já vai… Rodrigo!

Rodrigo: Como vai, Érica? Posso entrar?

Érica: Claro, entre, por favor!

Rodrigo: Eu estava com tanta saudade de você… Faz tanto tempo que nós não nos vemos…

Érica: E a Sheila, como esta?

Rodrigo: Ela está no hospital. Ontem, eu dei um basta e a mandei embora do meu apartamento, da minha vida e dessa vez pra sempre… Ela reagiu cortando os pulsos… Você acredita, nisso? Se eu não a socorresse a tempo, ela poderia estar morta agora.

Érica: Meu Deus… Que horror! Ela está mesmo descontrolada… E agora, como vai ser?

Rodrigo: Sinceramente, eu não sei… Estou lavando as minhas mãos. Já perdi tempo demais com a Sheila… Só quero ser feliz ao seu lado, meu amor.

Érica: Rodrigo, eu prefiro deixar tudo como está, pelo menos por enquanto. Eu só volto para você, quando sentir que mais nada poderá ameaçar o nosso amor. Você entende, né?

Rodrigo: Infelizmente, eu entendo sim. Tudo bem… Eu vou te esperar, o tempo que for necessário. Mas eu vim até aqui, também, porque a Sheila pediu, ela quer conversar comigo e com você.

Érica: Com nós dois juntos? O que será que ela quer?

Rodrigo: Eu não faço a mínima idéia… Você vem comigo?

Érica: Claro, eu só vou pegar a minha bolsa e já volto.

***

Na construtora, Geórgia dava o documento para Alberto assinar…

Alberto: Então essas são as pautas da nossa reunião?

Geórgia: Com licença… Desculpem interromper. Eu peço a vocês que me dêem licença, porque eu preciso falar a sós com o Senhor Alberto… Obrigada! Como vai Alberto?

Alberto: Geórgia, eu não tenho mais nada pra falar com você, por favor, retire-se.

Geórgia: Calma Alberto… Pode não parecer, mas eu vim em paz! Eu só vim trazer esse documento para você assinar… É sobre um novo negócio, o qual nos dará muito lucro. O Francisco já assinou, e agora só falta você.

Alberto: Só isso? Eu primeiro preciso analisar tudo, antes de…

Geórgia: Qual o problema, Alberto? Desconfiando de mim agora? Você deveria ser a primeira pessoas a saber que quando se trata de negócios lucrativos, eu sou a primeira interessada. Eu jamais colocaria a nossa empresa em risco, concorda?

Alberto: É, isso é verdade… Me dá aqui… Pronto, agora eu preciso terminar a reunião, se você me der licença.

Geórgia: Claro, me desculpe por ter atrapalhado. Tenha um bom dia.

Alberto: Obrigado. Pra você também, bom dia.

***

Na casa de Geórgia…

Geórgia: Que ótimo! Eu vou ser grata a vocês, pelo resto da minha vida… Logo mais à noite, será a vez da Samara. Eles que vivam de brisa, se quiser… Amor não enche barriga, apenas engana a fome… Ainda se fosse o Danilo. Mas, você precisa aparecer mais, aqui em casa, Arnaldo.

Arnaldo: É muito trabalho, muitas viagens de negócio, mas aparecerei sim, pode deixar. E o Francisco, como vai?

Geórgia: Sabe que eu não sei e nem quero saber… Eu o botei pra fora de casa…

Arnaldo: Não acredito, Geórgia! Você se separou do Francisco?

Geórgia: Não, porque eu não sou boba, não é? Imagine eu me separar e ter que dividir todos os bens, é mais fácil eu matar o salafrário antes e ficar com tudo pra mim… Eu prefiro continuar casada com ele, mas só no papel, é claro… Com todos os bens intactos, sem dividir nada, porque inteiros, eles são mais meus do que dele. Sempre foi assim e sempre será.

Arnaldo: Desculpa a pergunta, mas porque vocês se separaram?

Geórgia: Porque ele me traiu e já estava doendo no meu bolso… E também, porque eu já não o suportava mais. O nosso casamento já estava na base do chinelo e do quarto de hóspede, pra ele, é lógico. Sim, porque eu não desocupo a minha suíte máster por nada nesse mundo, afinal quem nasceu pra rainha nunca perde a majestade… Mas hoje, eu estou muito feliz… Maria, traga mais champanhe, por favor.

***

No hospital, Sheila receberia uma visita…

Vinícius: Como vai Sheila?

Sheila: Vinícius, que surpresa. Eu estou melhor agora. – Disse se levantando e recostando-se a cama. – Mas você não veio até aqui, só para me ver, veio?

Vinícius: Eu vim também, saber da Styllus… Por que você fechou as portas, impedindo com isso que a Érica trabalhasse, que exercesse a profissão dela?

Sheila (Surpresa): Como é que é? Eu não sei do que você está falando… A Styllus está fechada?

Vinícius: Está sim. Você não sabia?

Sheila: Mas é claro que não. Com a ordem de quem? Sim, porque minha não foi.

Vinícius: Já tem três semanas que ela está fechada… A minha mãe que a fechou, com uma liminar da justiça. Ela disse que você se sentia incapaz de tomar certas decisões, e que recorreu a ela para tomar conta de seus negócios… Inclusive no papel, continha a sua assinatura e tudo.

Sheila: A Geórgia está louca! Eu nunca dei permissão pra ela fazer nada disso. Ela deve ter falsificado a minha assinatura para fechar a Styllus, só para se vingar da Érica; assim como, eu percebi esses dias, que a intenção dela quando me uniu em sociedade com ela, era unir a Érica e o Rodrigo, para que eu e você ficássemos juntos.

Vinícius: O que? Ela fez isso, também? Como eu me enganei com ela…

Sheila: Eu vou falar com ela, e devolver a Styllus para a Érica, pode ficar sossegado.

Vinícius: Bom, agora eu tenho que ir. Melhoras Sheila, tchau.

Vinícius saiu perturbado e nervoso.

***

Na clinica de médicos associados, Fernanda alertava Ellen…

Ellen (Surpresa): Jura Fernanda?

Fernanda: Claro, Ellen… Eu vi com os meus próprios olhos, o Marcelo conversando, desabafando com a Amanda.

Ellen: Eu não acredito, o Marcelo agora deu para se confidenciar com ela… O pior de tudo é que são coisas que dizem respeito a mim também. Essa Amanda ainda acaba com o meu casamento…

***

À noite, Samara chegava mais cedo no hotel…

Raul: Já em casa? O que houve, Samara? Você chegou bem mais cedo…

Samara: Eu também fui demitida, Raul… Acredite se quiser.

Raul: Mas o que é isso, parece que as coisas não estão a nosso favor?

Samara: Estão sim, a Geórgia é quem não está . Foi ela, eu tenho certeza. Agora nós vamos ter que sair mesmo desse hotel.

Raul: Samara, eu te peço, não procure mais sua mãe. Cada vez que você bate de frente com ela, as coisas só pioram, meu amor.

Samara: Eu não vou procurar, fica tranqüilo. Eu não estou suportando nem olhar para a cara dela mais… Só quero esquecer que ela existe.

Raul: Não fique assim, nós iremos achar uma saída, eu te prometo, meu amor…

Disse Raul abraçando ela.

***

No hospital, Rodrigo e Érica chegavam para falar com Sheila…

Rodrigo: Sheila… Eu trouxe a Érica.

Sheila: Que bom que você veio Érica… Eu chamei vocês aqui, para falar que eu vou deixar o Rodrigo em paz. Vocês podem ser felizes, eu não vou mais atrapalhar. Vocês se amam de verdade e devem ficar juntos. Rodrigo, eu quero me tratar, eu quero ser internada, eu estou doente e precisando de ajuda… Você cuida de tudo pra mim? Érica, eu fiquei sabendo que a Geórgia fechou a Styllus sem a minha permissão, eu vou tratar de devolvê-la a você. Depois eu vejo o que faço com a minha parte… Agora eu só quero acertar as coisas e cuidar de mim.

Érica pegou na mão de Sheila e fez um carinho sorrindo pra ela…

Érica: Muito obrigada, por tudo minha amiga.

***

Enquanto isso, na casa de Amanda…

Amanda: Claro Samara. Vocês podem ficar aqui sim, o tempo que precisarem… Eu adoro você, nós somos amigas e o fato de você ter deixado o Danilo, não tem nada a ver. Depois ele também não foi nenhum santo nessa história toda né?

Samara: Obrigada, Amanda. É só por uns dias, até encontrarmos um apartamento para nós.

Amanda: Vocês são bem vindos e podem ficar pelo tempo que precisarem.

***

Numa clínica psiquiátrica, Sheila começava o tratamento com Danilo…

Sheila: Eu nunca podia imaginar que fosse me tratar com você, Danilo.

Danilo: Como já nos conhecemos, isso poderá facilitar o nosso trabalho. E já que a nossa relação é distante, apenas conhecidos, a medicina permite isso. Você quer mesmo se tratar?

Sheila: Sim, é tudo o que eu mais quero, no momento.

Danilo: E está mesmo disposta a esquecer o Rodrigo?

Sheila: Sim, a esquecê-lo e a ser feliz novamente.

Danilo: Ótimo! O fato de você querer, já é meio caminho andado para o tratamento e o primeiro passo foi dado… Então, vamos começar?

Sheila: Vamos sim! – Disse decidida.

***

Uma semana se passou e na casa de Érica, um jantar íntimo para comemorar seu aniversário, reunia sua mãe, Ellen e Marcelo, Lívia e Alberto…

{Trilha Musical: Say You Love Me – Jessie Ware}

 

Ellen: Parabéns Érica! Muitas felicidades, muito amor… E tudo de bom, porque você merece.

Érica: Obrigada, Ellen.

Marcelo: Faço das palavras da Ellen, as minhas… Parabéns, cunhada.

Lívia: Parabéns, minha amiga… E seja feliz, só depende de você.

Érica: Obrigada, gente… Eu estou até sem palavras.

Silvia: Vamos, o jantar está servido…

Érica: Espera um pouco mãe, o papai ainda não chegou… Eu o convidei.

Silvia: Tudo bem, afinal, hoje é o seu dia, você convida quem quiser.

Érica: E desde já, eu peço que vocês o tratem bem. Viu, mãe? Ouviu, Ellen?

Silvia: Está certo… Parabéns, minha filha! Que tudo de bom te aconteça e felicidades.

Érica: Obrigada, mãe! A campainha… Deve ser o papai. Eu atendo…

Alberto: Oi… Parabéns, filha! Felicidades, no amor e na vida.

Érica: Obrigada, papai.

Alberto: Como vai, Silvia?

Silvia: Bem, obrigada.

Alberto: Oi, Lívia… Marcelo.

Marcelo: Oi, Senhor Alberto.

Alberto: Como vai Ellen?

Ellen: Como Deus quer e permite… Eu estou bem.

Silvia: Bom, vamos ao jantar, então?

Ellen: Vamos sim. Eu ajudo a senhora a servir.

Érica: Pai, sente-se aqui e fique a vontade.

Todos jantavam alegremente, quando a campainha tocou novamente…

Érica: Quem será? Ellen, atende pra mim, por favor.

Ellen: Oi Rodrigo, entra.

Rodrigo: A Érica está?

Ellen: Está sim, nós estamos comemorando o aniversário dela, a mamãe fez um jantar.

Rodrigo: Com licença.

Rodrigo se dirigiu a sala de jantar, carregando um lindo ramalhete de rosas vermelhas…

Rodrigo: Boa noite a todos.

{Trilha Musical: Kiss Me – Ed Sheeran}

 

Érica (Sorri): Rodrigo.

Rodrigo: Feliz aniversário, meu amor.

Érica: Você se lembrou do meu aniversário?

Rodrigo: E como eu poderia esquecer a data mais importante da minha vida, o dia em que você nasceu, para um dia, poder me fazer o homem mais feliz desse mundo? Volta pra mim, Érica, eu amo você! – Diz entregando uma caixinha pra ela.

Érica: O que é isso?

Rodrigo: Abre…

Todos pararam de jantar e ansiosos aguardavam o que estavam por vir… Érica abriu e ficou emocionada ao ver um par de alianças…

Érica: É uma aliança de noivado!

Rodrigo: Érica, você quer se casar comigo? Eu prometo te amar e respeitar, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, todos os dias da minha vida. Até que a morte, nos separe… Senhor Alberto e Dona Silvia, vocês me concedem a mão da Érica, em casamento?

Silvia (Sorri): Claro, que sim.

Alberto: Sim, Rodrigo.

Ellen: E então, Érica… Para de fazer suspense! Responde logo.

Érica: Eu aceito!

Rodrigo (Feliz): Me dê a sua mão…

Rodrigo coloca a aliança na mão direita de Érica…

Rodrigo: Eu amo você, Érica. Obrigado por me fazer o homem mais feliz desse mundo.

Érica: Eu também amo você, Rodrigo.

Rodrigo e Érica, se beijaram apaixonadamente e todos bateram palmas…

***

 

FIM DO CAPÍTULO

 

(A imagem congela no beijo de Érica e Rodrigo. Em seguida surge um enorme Coração Partido sobre eles).

{O capítulo se encerra com a música: I Want To Know What Love Is – Mariah Carey}.

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