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Capítulo 24

CENA 1/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ QUARTO

         Sonoplastia: Drama/ Tensão

         Camila desolada, chorando, no canto do quarto. A médica e um residente checam a saúde de Olinda, que acabara de acordar. Eles auscultam o coração dela, fazem testes visuais e de fala.

         MÉDICA – Consegue acompanhar meu dedo? (Olinda acompanha com o olhar) A senhora sabe onde está?

         OLINDA – (com dificuldade) No hospital…. Eu tava na festa da Camila, e… Eu… O Laerte…

         MÉDICA – Calma, dona Olinda. Não se esforce muito. A senhora terá tempo para falar o que precisa.

         A médica vai até Camila. O residente continua observando Olinda.

         MÉDICA – Ela está aparentemente bem. As funções nervosas, de visão e fala continuam funcionando. Isso é raro!

         CAMILA – Obrigado, meu Deus!

         MÉDICA – Nós vamos continuar observando e vamos fazer mais exames. É importante que ela não se esforce muito.

         CAMILA – Mas posso falar com ela?

         MÉDICA – Sim, calmamente. Ela não pode sofrer muitas emoções. É melhor também não falar que ela está nessa situação a mais de 1 ano. Pode ser um choque. Vamos esperar um pouco.

         CAMILA – Ok…

         A médica sai. Camila chega perto da mãe, lentamente. O residente se afasta um pouco.

         CAMILA – Mãe…

         OLINDA – (chorando) Minha filha… Você tá diferente.

         CAMILA – Muita coisa mudou, mãe… Como a senhora tá se sentindo?

         OLINDA – Não sei… Eu tô fraca… Mas eu preciso te falar uma coisa, filha…

         CAMILA – É melhor a senhora descansar.

         OLINDA – Eu já descansei por muito tempo já… (pausa) Você tá trabalhando com o Laerte ainda?

         CAMILA – Estou, mãe… Por que?

         OLINDA – (ofegante) Ele não presta, Camila. Você não pode mais ver ele.

         CAMILA – Eu não tô entendendo… A senhora tá nervosa…

         OLINDA – Tô filha. Por que o Laerte é seu pai. Ele que me abandonou quando você nasceu…

         Close em Camila, assustada e confusa. Instantes.

         CORTA PARA/

CENA 2/ EXTERIOR/ NOITE/ FACULDADE/ ENTRADA

         Tarcísio caminha pelo passeio. Kaio o surpreende.

         KAIO – Oi, moço.

         TARCÍSIO – Oi! Nem te vi quando sai da faculdade…

         KAIO – Pois é… Tava ocupado com seu novo amigo né?

         TARCÍSIO – Ah, você viu minha conversa com o garoto da república…

         KAIO – República?

         TARCÍSIO – É, ele veio me oferecer uma vaga numa república lá da Ilha do Governador.

         KAIO – Só isso?

         TARCÍSIO – O que mais poderia ser?

         KAIO – Sei lá… E o emprego, conseguiu?

         TARCÍSIO – (feliz) Consegui! Lá naquele supermercado que a Camila trabalhava…

         KAIO – No Dois Irmãos? Legal…

         TARCÍSIO – Você tá estranho…

         KAIO – Não… Tô feliz! Também consegui uma vaga num escritório. Por isso vim te esperar aqui, pra te contar.

         TARCÍSIO – (dá um abraço nele) Que maravilha! Você merece muito…

         KAIO – Começo amanhã!

         TARCÍSIO – A gente tem que comemorar!

         KAIO – Só se for em casa.

         TARCÍSIO – Ah não, vamos sair.

         KAIO – Não tô afim.

         TARCÍSIO – (decepcionado) Tudo bem…

         Eles caminham juntos. Três amigos de Tarcísio aparecem, animados.

         AMIGO 1 – Ainda bem que a gente te achou, Tarcísio! Vai rolar uma festinha na casa da Sabrina, bora?

         TARCÍSIO – Ah não gente… Já estou indo pra casa. Aliás, esse aqui é o Kaio.

         Kaio cumprimenta os amigos, um pouco envergonhado.

         AMIGO 2 – Famoso Kaio! Tarcísio fala de você toda hora!

         KAIO – (ri) É mesmo?

         AMIGO 3 – Toda hora!

         AMIGO 1 – Mas Tarcísio, vamos lá. Vamos também Kaio, você vai gostar.

         KAIO – Melhor não… Se você quiser, pode ir, Tarcísio.

         AMIGO 2 – Que namorado bom esse!

         TARCÍSIO – Tem certeza? Tudo bem eu ir?

         KAIO – Vai lá…

         TARCÍSIO – (dá um selinho em Kaio) Eu não demoro. Beijos!

         Tarcísio vai com seus amigos, conversando e rindo. Kaio segue o caminho contrário, triste.

         Seu celular toca e ele atende.

         KAIO – Oi mãe! (pausa) O que? A dona Olinda acordou? (pausa) Tá bom eu te encontro lá.

         Kaio caminha rapidamente, ansioso e surpreso.

         CORTA PARA/

CENA 03/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ QUARTO

         Continuação da cena 1.

         Camila extremamente chocada ao ouvir da mãe que é filha de Laerte.

         CAMILA – Como assim mãe? Você tem certeza disso?

         OLINDA – Claro que eu tenho.

         CAMILA – (desconfiada) Você tá se sentindo bem, mãe. A senhora ficou muito tempo inconsciente… Talvez esteja confun/

         OLINDA – (corta) Eu não estou confundindo, Camila! Eu sei que eu fiquei muito tempo em coma. Deu pra ver no quanto você mudou. Já deve estar rica…

         CAMILA – Eu consegui realizar meu sonho…

         OLINDA – E foi com a ajuda do Laerte?

         CAMILA – Foi! Ele é um pouco difícil de lidar sim, mas não é um bandido.

         OLINDA – É sim! Eu já tinha encontrado ele antes mesmo de você conhecer.

         INSERT – CENA 1 – CAPÍTULO 2

Laerte percebe que está conversando com a mulher que ele abandonou, e sai do carro. Olinda continua muito nervosa.

LAERTE – Olinda… Que merda! Não tava nos meus planos, ter que lidar com você!

OLINDA – Pensou que eu tava ainda no interior, é? Como você teve coragem de sumir daquele jeito? Como que você ficou rico assim? Meu deus! Tá até com o rosto diferente!

LAERTE – Olinda, não vai fazer escândalo. O dinheiro muda a gente, pra bem melhor…

OLINDA – Agora que eu tô lembrando! Eu te vi na revista! Me lembrou muito de como você era, mas eu achei que fosse só alguém parecido. Como que eu podia imaginar que aquele ricaço era você! Tu era um pé rapado, vagabundo, não tinha nada/

LAERTE – (corta) É melhor você falar mais baixo, e parar de ficar me lembrando desse passado.

OLINDA – Cê ta me ameaçando, é? Seu canalha!

CORTE RÁPIDO PARA – CENA 2 – CAPÍTULO 2

Olinda caminha pela rua do condomínio, ainda atordoada por causa do encontro com Laerte. De um lado há lindas mansões, do outro uma floresta.

Mais distante, vem Laerte em seu carro. Ele observa Olinda na estrada, olha para os outros lados da rua e então acelera o carro em sua direção, determinado.

Pálida e tremendo, ela vê o carro chegando cada vez mais perto, rapidamente, e então corre, desesperada. Sem saída, acaba entrando na floresta fechada e caindo. Laerte segue com o carro em alta velocidade, fecha a cara, põe seus óculos e desacelera aos poucos, até passar pelo imenso portão do condomínio.

         FIM DO INSERT

CAMILA – Se você já sabia, por que não me contou nada?

         OLINDA – Por que ele me ameaçou, Camila! Naquele dia mesmo ele tentou me atropelar! Lembra quando eu cheguei em casa arranhada?

         Camila põe a mão na cabeça, se afasta da mãe e anda pelo quarto, nervosa.

         CAMILA – Não é possível isso…

         OLINDA – Depois que você conheceu ele e começou a gravar suas músicas, ele me ameaçou de novo, por que não queria perder você, não queria deixar de lucrar em cima do seu sucesso. Se eu contasse a verdade, você iria deixar de trabalhar com ele. Eu tava num beco sem saída.

         CAMILA – Você devia ter me contado, mãe!

         OLINDA – Eu fiquei com medo dele fazer alguma coisa com a gente, Camila. Ele é perigoso de verdade!

         CAMILA – Mas você sempre me disse que meu pai era um pobre, zé ninguém. O Laerte não é nada disso,

         OLINDA – Mas era! Eu até demorei a reconhecer ele. Mas parece que ele enriqueceu por causa da Ana Alice. Ele deve ter seduzido ela!

         CAMILA – (com a mão no peito) Isso é demais pra mim…

         OLINDA – Desculpa, filha. Eu devia ter te contado antes. Não adiantou nada eu ter escondido por tanto tempo. Ele acabou tentando me calar…

         CAMILA – (se aproxima dela novamente) Pera aí… Então foi ele quem te afogou na festa?

         INSERT – CENA 25 – CAPÍTULO 19

Olinda e Laerte discutem calorosamente na piscina da mansão, enquanto a festa acontece na casa.

OLINDA – (consegue se soltar dos braços dele) Eu vou voltar e tirar minha filha daqui! Ela nunca mais vai querer te ver depois de saber que foi abandonada por você!

LAERTE – (se exalta) Você não vai destruiu os planos que eu tenho pra Camila!

OLINDA – Eu é que não vou permitir que minha filha conviva com você, desgraçado!

Olinda vai saindo, mas Laerte a pega por trás e tampa a boca dela com as mãos. Olinda tenta gritar. Tensão!

LAERTE – Vou calar essa sua boca…

Laerte leva Olinda até a piscina e a joga na água.

Olinda vai para o fundo da piscina e quando está prestes a chegar na superfície, sente a mão de Laerte, segurando sua cabeça. Olinda se debate na água.

Laerte continua a segurar Olinda, submersa na piscina. Agora, ele põe as duas mãos na cabeça dela.

LAERTE – Vai calar pra sempre!

Aos poucos, Olinda para de se movimentar. Laerte a solta e o corpo da diarista boia na piscina.

FIM DO INSERT

OLINDA – Foi ele sim, minha filha… Mas graças a Deus e não morri e agora ele vai pagar por tudo.

CAMILA – (ofegante) Meu deus, eu trabalhei mais de um ano com esse desgraçado. Um assassino! Eu estava no telefone com ele agora a pouco! Isso só pode ser pesadelo.

Desorientada, Camila desmaia no chão do quarto. Olinda se assusta.

CORTA PARA/

CENA 4/ INTERIOR/ NOITE/ MANSÃO RIOS/ SALA

         Laerte assistindo a TV com um copo de uísque nas mãos. Ana Alice desce as escadas muito bem arrumada. Laerte estranha.

         LAERTE – Vai aonde assim?

         ANA ALICE – Te falei que sairia com a Abigail.

         LAERTE – Falou nada!

         ANA ALICE – Falei. Você que não prestou atenção.

         LAERTE – Sou muito ocupado. Não vivo pra ensinar música pra pobre na favela.

         ANA ALICE – Nem vou me dar ao trabalho de responder. Tchau.

         Ana Alice sai. Laerte observa, desconfiado. Instantes.

         Laerte se levanta rapidamente e sai também.

         CORTA PARA/

CENA 5/ EXTERIOR/ NOITE/ MANSÃO RIOS/ ENTRADA

         Laerte vê Ana Alice saindo com o carro dela, pelo portão da mansão. Ele vai até seu carro e dá partida no veículo, decidido.

         CORTA PARA/

CENA 6/ INTERIOR/ NOITE/ RESTAURANTE

         Ana Alice chega com Josias no restaurante. Ele puxa a cadeira pra ela e se senta.

         ANA ALICE – Obrigada.

         JOSIAS – Nem acredito que estamos aqui. Só assim pra recompensar a noite que passei trancado na escola.

         ANA ALICE – Fiquei com o coração na mão!

         JOSIAS – Não foi nada demais.

         ANA ALICE – É, mas quase fomos pegos. Estamos nos arriscando muito.

         O garçom chega com o cardápio.

         GARÇOM – Boa noite, casal. Já querem algo para beber.

         ANA ALICE – Boa noite. Uma água primeiro, por favor.

         GARÇOM – Claro. Com licença.

         JOSIAS – Tava pensando de a gente ir para um hotel depois…

         ANA ALICE – Não vou negar que quero muito, mas acho perigoso demais. O que eu iria falar pro Laerte?

         JOSIAS – Só dizer que vai ficar na casa da Abigail.

         ANA ALICE – Será?

         JOSIAS – Aposto que ele nem vai se importar. Ele só tem cabeça pro trabalho.

         ANA ALICE – Acho melhor ligar pra ele antes, avisando.

         Ana Alice pega o celular.

         CORTE RÁPIDO PARA/

CENA 7/ INTERIOR/ NOITE/ CARRO

         Laerte observa tudo dentro do carro, em frente ao restaurante, com olhar maligno. Seu telefone toca.

         LAERTE – Oi, Ana Alice. (pausa) Dormir na Abigail? Sei… (pausa, irônico) Faça o que achar melhor, querida! Boa Noite.

         Laerte desliga.      

         LAERTE – Vou acabar com sua raça, vagabunda!

         Instantes em Laerte, ameaçador.

         CORTA PARA/

CENA 8/ EXTERIOR/ NOITE/ BUENOS AIRES

         Imagens da movimentação noturna na cidade de Buenos aires.

         Plano geral no prédio onde mora Arthur.

         CORTE RÁPIDO PARA/

CENA 9/ INTERIOR/ NOITE/ APARTAMENTO DE ARTHUR

         Giselle assistindo a um filme, um pouco triste. Arthur vem da cozinha com um balde de pipocas e senta ao lado dela.

         ARTHUR – Eu devia ter alugado um filme de comédia, pra tirar um sorriso ai desse seu rosto.

         GISELLE – Tô com saudade de casa…

         ARTHUR – A gente tá tão bem aqui.

         GISELLE – Eu sei, é verdade. Nem parece que tem mais de um ano. Ficar com você é muito bom, a gente se dá bem, não briga, você é romântico, incrível na cama… (sorri) Mas eu tô com saudade da minha família, sabe…

         ARTHUR – Eu entendo… Vamos comprar sua passagem então, amanhã.

         GISELLE – Eu já comprei.

         ARTHUR – Por que não me falou?

         GISELLE – Fiquei com medo de te magoar.

         ARTHUR – Que isso, Gi… (abraça ela) Até parece. Acho que você demorou a sentir vontade de voltar. Eu não toquei no assunto por que quero você aqui comigo, mas eu sei que você tem que ver sua família…

         GISELLE – Pois é. Mas eu não vou ficar muito tempo, vai ser no máximo duas semanas.

         ARTHUR – Se eu pudesse iria com você, mas o trabalho…

         GISELE – Eu sei. Ah que bom que não ficou chateado.

         ARTHUR – Nunca ficaria! Vamos terminar esse filme e depois eu te ajudo a arruma as malas.

         GISELLE – Vamos.

         Eles se beijam e se ajeitam no sofá.

         CORTA PARA/

CENA 10/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ CORREDOR

         Desacordada, Camila é empurrada em uma maco por um enfermeiro. A médica acompanha. Jurandir, Terezinha, Kaio e Brenda vem de encontro a ela.

         KAIO – (desesperado) O que aconteceu com a Camila?

         JURANDIR – Cadê a Olinda?

         MÉDICA – Por favor, fiquem calmos! A Camila teve uma crise nervosa, mas está bem. Ministramos um calmante que fez ela dormir. A Olinda está bem, está no quarto, mas é melhor que só entre um por um pra conversar com ela. Meu residente vai receber vocês lá.

         JURANDIR – Preciso ver minha esposa.

         KAIO – Eu posso ir com a Camila, doutora?

         MÉDICA – Pode.

         Kaio acompanha a médica e Camila. Jurandir, Terezinha e Brenda vão ao quarto de Olinda.

         CORTA PARA/

CENA 11/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ QUARTO

         Jurandir, Terezinha e Brenda aparecem na janela no quarto. O residente abre a porta.

         RESIDENTE – Com calma e um de cada vez, por favor. Ela já passou por muitas emoções.

         Jurandir entra e se aproxima de sua esposa, chorando. Olinda muito preocupada.

         OLINDA – Cadê a Camila, ela tá bem?

         JURANDIR – Sim, já está sendo cuidada… E você, meu amor, eu rezei tanto pra você acordar.

         OLINDA – Eu precisava acordar pra falar toda a verdade pra Camila…

         JURANDIR – (surpreso) Você contou pra ela sobre o Laerte?

         OLINDA – Claro.

         JURANDIR – Então a gente precisa chamar a polícia pra prender esse cafajeste. Você pode denunciar ele, foi ele quem te afogou…

         OLINDA – Sim, eu sei… Mas agora tem outra pessoa que eu preciso falar sobre o desgraçado.

         JURANDIR – Quem?

         OLINDA – A Judite. O Laerte que causou a morte da filha dela, a Jamily.

         JURANDIR – Eu vou ligar pra casa dela.

         OLINDA – Liga… Agora deixa a Brenda entrar… (emocionada) Tô vendo ela ali pela janela, tadinha. Cresceu muito…

         JURANDIR – Nossa menina tá linda.

         Jurandir abre a porta e Brenda entra. Ela corre pra abraçar a mãe e as duas choram. Jurandir observa a cena e depois sai.

CENA 12/ INTERIOR/ NOITE/ HOTEL/ SUITE PRESIDENCIAL

         Josias e Ana Alice entram no quarto, admirados com o local.

         JOSIAS – Não estava pensando em algo tão luxuoso assim.

         ANA ALICE – Já que é pra fazer loucuras, vamos fazer direito.

         JOSIAS – Assim que se fala.

         Josias pega na cintura de Ana Alice, beija ela e os dois se jogam na cama.

         CORTA PARA/

CENA 13/ INTERIOR/ NOITE/ CASA DE JUDITE/ SALA

         Cômodo escuro. O telefone toca. Judite vem do quarto, com cara de sono e atende.

         JUDITE – Alô? (pausa) Jurandir? Ah sim, o marido da Olinda. (pausa, surpresa) Ela acordou? Jesus Cristo! (pausa) Falar comigo. Claro! Já já estou aí. Vou tentar chamar um taxi. (pausa) Tá bem, tchau.

         Judite volta correndo pro quarto.

         CORTA PARA/

CENA 14/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ QUARTO

         Olinda conversa com Terezinha.

         OLINDA – Como tá o Kaio, comadre… Ele e Camila se acertaram?

         TEREZINHA – Camila tá bem distante né… Agora que ela tá famosa.

         OLINDA – Ela tá com cara de artista mesmo. (sorri) Nem tive tempo de falar com ela direito, com essa minha pressa em falar sobre o Laerte…

         TEREZINHA – A médica falou que ela tá bem. Só ficou chocada com tudo…

         Judite chega na janela do quarto e acena.

         OLINDA – Deixa eu falar com a Judite agora…

         TEREZINHA – Tá bem…

         Terezinha sai e Judite entra.

         JUDITE – Olinda! Pensei que nunca ia te ver mais…

         OLINDA – Pois é, mas graças a Deus a gente está podendo conversar de novo.

         JUDITE – Como você tá?/

         OLINDA – (corta) Eu preciso te falar uma coisa sobre o Laerte.

         JUDITE – O que?

         OLINDA – Foi ele quem obrigou sua filha a abortar, Judite. Ele era o amante da Jamily.

         Judite fica chocada. Instantes.

         CORTA PARA/

CENA 15/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ RECEPÇÃO

         Jurandir e Brenda sentados. Bruno chega, atordoado e se aproxima.

         BRUNO – Oi, Jurandir. Minha mãe me falou que você ligou… Cadê a Olinda e a Camila?

         JURANDIR – Olinda tá recebendo visita. A Camila teve uma crise nervosa, mas tá bem…

         BRUNO – Preciso ver ela!

         CORTA PARA/

CENA 16/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ QUARTO

         Camila ainda desacordada. Kaio ao seu lado, segurando a mão dela. Camila acorda lentamente.

         CAMILA – Kaio? Cadê minha mãe…

         KAIO – Oi… Ela tá bem, pode ficar tranquila. Como você tá se sentindo…

         CAMILA – Não sei… Estou tonta, com mal estar…

         KAIO – A médica disse que você teve uma crise nervosa e te deu um calmante.

         CAMILA – Ainda não acredito em tudo que minha mãe falou…

         KAIO – (emocionado) Vai ficar tudo bem.

         Bruno chega na janela do quarto e observa os dois. Kaio dá um beijo no rosto de Camila. Bruno entra nesse exato momento. Closes alternados entre os três.

FIM DO CAPÍTULO

 

 

 

        

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