No cortiço…

Margarida foi conversar com Carla sobre Billy.

Margarida: – Não se preocupe Carla, eu não vim te agredir.

Dulce: – Bem, eu vou deixar vocês à vontade. –a doceira entra para o seu quarto.

Carla: – Tô te ouvindo. –se dirigindo a Margarida.

Margarida: – Olha menina, a gente não começou com os pés direito desde sempre. Eu te conheço desde criança e…

Carla interrompe.

Carla: Se você puder ir direto ao assunto eu te agradeço, tenho um monte de coisa pra fazer.

Margarida: – Certo. O Billy não está bem, agora ele anda pelos cantos e nem comer ele quer mais.

Carla: – Nossa essa conversa tá igual a da Ligia, dona Margarida é o seguinte, eu não sou psicóloga, fico muito triste pelo Billy, ele é um ótimo amigo, gosto bastante dele, mas infelizmente não vou poder ajudar.

Margarida: – Olha Carla, ele gosta tanto de você. Acho que ele anda sentindo sua falta, eu até disse a ele que não iria mais me opor à amizade de vocês.

Carla: – Realmente, eu ando muito ocupada, por isso nos distanciamos.

Margarida: – É por causa do se namorado importante também não é? Eu vi no jornal.

Carla: – Isso não é da sua conta.

Margarida: – Tudo bem menina, só não esquece que dinheiro e fama não são tudo, um dia eles acabam, mas os verdadeiros amigos é que ficam.

Carla: – Anotado dona Margarida, manda um beijo pro Billy e diz pra ele aparecer quando quiser.

A comerciante vai embora com uma tristeza imensa por não poder ajudar o filho naquele momento.

 

Na agência Marcelo Duarte…

Ligia arrumava suas coisas para ir embora, só que hoje ela iria de táxi, pois Ingrid e Marcelo tiveram que sair com urgência e ela ficou sem carona.

Recepcionista da Agência: – Ligia posso pedir teu táxi?

Ligia: – Sim, por favor, tô meio enrolada aqui, deixei cair às coisas da minha bolsa. –a modelo ri, sem graça.

Nesse momento entra na agência e dá de cara com Ligia saindo de um dos camarins.

Eduardo: – Ligia! –cumprimenta-a bastante surpreso.

Ligia: – Oi, Eduardo não é? – a jovem modelo estende a mão para cumprimentar o advogado.

Eduardo: – Que mundo pequeno hein? Dessa vez não te ofereço nenhum risco. –risos-.

Ligia: – Sim, verdade. –a moça sorri.

Eduardo: – Então, mas que bom você está bem! Minha irmã está?

Ligia: – Não, a Ingrid já foi embora com o Marcelo, eles tinham algo de urgente para resolver.

Eduardo percebe a armação de Ingrid.

Eduardo: – Sim, é verdade, eu esqueci completamente que ela iria sair mais cedi hoje com o Marcelo. Bom, acho que você vai precisar de uma carona de qualquer forma.

Ligia: – Não Eduardo, já pedi um táxi, deve tá chegando já.

Eduardo: – De forma alguma, eu faço questão senhorita. Não vou lhe fazer mal nenhum. Aceita, por favor.

Ligia: – Tudo bem, eu aceito vai! –a moça ri timidamente.

Eduardo: – Então, termina de arrumar suas coisas que eu te espero.

O jovem advogado não consegue esconder a empolgação ao ver Ligia.

 

No apartamento de Marcelo…

Ingrid: – Que vinho maravilhoso Cello!

Marcelo: – É argentino minha querida.

Ingrid: – Adorooo. –risos.

Marcelo: – Não entendi a risada.

Ingrid: – Ai Cello, você já esqueceu aquele argentino por completo?

Marcelo:- De quem você está falando? Nunca vi. –risos.

Ingrid: – Cello, um cara tão bacana que nem você. Gosta de ajudar todo mundo, é o melhor amigo que alguém poderia ter. Devia se apaixonar de novo.

Marcelo: – Meu anjo, paixão é pros fortes, minha mãe sempre dizia.

Ingrid: – Enfim, depois que eu juntar Edu e Ligia, vou bancar o cupido pra você!

Marcelo: – Ingrid! Você acha que isso de tentar juntar seu irmão que está noivo e a nossa querida Ligia vai dar certo?

Ingrid: – Isso eu não sei, só vamos saber no final.

Marcelo: – Sei não hein! Tomara que a Ligia não se machuque nessa história.

 

Na porta do cortiço…

Eduardo chega ao destino de Ligia.

Ligia: – Bom, é aqui que eu moro com minha tia e uma prima. Muito obrigado mais uma vez Eduardo.

Eduardo: – Que é isso? Não foi nada. Sabe Ligia, se você quiser almoçar qualquer dia desses comigo.

Ligia: – Eu vou adorar se não for te atrapalhar é claro, sei que você trabalha muito.

Eduardo: – De forma alguma, vai ser um prazer! Então até mais, boa noite!

Ligia: – Boa noite!

Os dois se sentem como adolescentes agora. Edu segue para sua casa e Ligia suspira enquanto entra em casa.

 

Amanhece na capital…

Mais um dia começa na construtora Brito de Carvalho.

Maurício chega para falar com Inácio e na recepção da presidência encontra Vicente conversando com outra secretária que não é Suzana.

Maurício: – Vicente vem cá.

Vicente: – Oi Maurício, tudo bom?

Maurício: – Tudo sim, cadê a Suzana?

Vicente: – Ah, ela falou ontem com o Inácio, está com uma tia doente e precisou ir ficar uns dias no interior com ela.

Maurício: – Entendi, espero que fique tudo bem.

O executivo desconfia da ausência de sua ex, mas continua para a sala da presidência.

 

Na mansão Brito de Carvalho.

No jardim, Jonas se aproxima de Sônia que preparava o solo para plantar algumas sementes.

Jonas: – Bom dia dona Sônia! Posso ajudá-la?

Sônia: – Bom dia Jonas, eu já estou quase terminando, mas você pode me ajudar a regar.

Jonas: – Tudo bem, eu vou pegar os regadores.

Em alguns segundos, o rapaz volta com os dois regadores e se aproxima novamente de sua patroa.

Jonas: – Aqui está dona Sônia.

O jovem se aproxima e se abaixa até a altura de Sônia.

Os dois se olham de maneira carinhosa, como se quisessem dizer alguma coisa.

Sônia: – Eu começo daquele lado. -diz se levantando bem rápido.

Maria Estela mais uma vez observava da janela a cena entre o jardineiro e sua nora.

 

No apartamento de Carolina.

Alexandre senta-se a mesa para tomar café.

Carolina: – Eu nem me despedi do Matheus antes de você levá-lo de volta ao colégio.

Alexandre: – Pra que isso? Daqui a pouco o moleque tá de volta.

Carolina: – Marcelo veio aqui.

Alexandre: – Isso não me interessa. Eu vi aquela bichona no restaurante, veio falar comigo e com o meu filho.

Carolina revira os olhos com tom de reprovação.

Carolina: – Mudando de assunto, eu resolvi voltar a pintar.

Alexandre: – Tanto faz. Eu não ligo, meu filho passa a semana fora mesmo. Faz o que você quiser.

Carolina: – Ainda tenho uma reserva de dinheiro e acho que com os cartões eu consigo comprar o material que preciso.

Alexandre sorri e balança a cabeça negativamente.

Alexandre: – Não Carol, você não tem mais dinheiro.

Carolina: – Como assim, mas a nossa conta, eu guardei todo o meu dinheiro lá.

Alexandre: – Você disse certo, nossa conta, eu ando tendo muitos gastos com o colégio do Matheus e as despesas de casa e todo ano trocamos o carro.

Carolina respira fundo. Ela está mantendo o equilíbrio ao máximo.

Carolina: – Não tem problema, tenho certeza que Marcelo há de me ajudar.

Alexandre: – Faz o que você quiser, só quero distância daquele sujeito.

 

De passeio marcado, Carla e Maurício se encontram no píer onde está ancorado o iate do executivo.

Maurício: – Você está mais linda do que nunca!

Carla: – Não adianta querer me comprar com elogios, ainda tô zangada.

Maurício: – Pelo que mesmo?

Carla: – Você sabe. Por me esconder sua ex-namorada neurótica.

Maurício: – Vamos entrar, tenho certeza que belas paisagens, champanhe e minha companhia vão te fazer esquecer tudo isso.

Nem o skipper do iate, nem o casal perceberam a presença de uma quarta pessoa na embarcação.

 

Suzana invadiu o iate e se mantinha escondida na parte interna, observando os pombinhos.

No convés, o casal conversava, se beijava e sorria bastante.

Maurício: – Sabe o que eu fiz ontem?

Carla: – O quê?

Maurício: – Passei o iate pro teu nome, é teu, e é apenas uma das inúmeras provas de amor.

Carla: – É. Acho que a raiva já está passando sabe?

Maurício: – E para comemorar, eu vou buscar o champanhe pra gente aproveitar! Espera só um pouco.

O executivo entra para buscar a bebida e as taças.

Neste momento, rapidamente, Suzana se revela para Carla que está sozinha no convés.

Suzana: – Então você achou que eu estava brincando?

Carla se vira rapidamente.

Carla: – Ah não, sua maluca, vou chamar a polícia.

Suzana: – Acho melhor você começar pedindo perdão dos seus pecados.

Carla: – Doidona e religiosa? –risos. Acho que vou te jogar no mar, sua vadia burra! Maurício não te ama querida, você perdeu.

Suzana tira um revólver da bolsa e aponta para a rival.

Carla: – Abaixa essa arma sua maluca!

Suzana: – Acabou pra você sua vagabunda! Quando você morrer, ele vai voltar correndo pra mim.

Carla: – Você vai pra cadeia sua idiota!

Suzana: – Cala essa boca que agora você vai pro infernoo! – a secretária grita e prepara a mira.

 

 

Fim do Capítulo

 

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