No iate…
Suzana continua com uma arma apontada para Carla.
Suzana: – Acabou sua desgraçada!
Nesse momento, Maurício aparece por trás da secretária e consegue rendê-la derrubando a arma no chão do convés.
Suzana: – Seu traidor! Crápula! Eu devia matar vocês dois, me solta!
Maurício segura Suzana com os braços para trás, mas ela consegue se desvencilhar.
Carla corre, pega a arma e aponta para a rival.
Maurício: – Você tá ferrada Suzana! Eu vou mandar o capitão voltar pra terra firme, você vai pra cadeia.
Suzana: – Eu não vou sozinha seu maldito! Te arrasto comigo!
Maurício: – Você não seria capaz.
Suzana: – Não? Manda voltar pro píer e a gente vê.
Carla olha para os dois e continua com a arma apontada para a secretária.
Carla: – Ninguém vai colocar meu homem na cadeia e nem estragar meu passeio de iate.
Dois tiros. Carla dispara contra Suzana que por estar muito perto da borda do convés, cai em alto mar.
Maurício se desespera, anda de um lado pro outro, olha para a água e tenta localizar Suzana, mas o corpo da secretária já havia afundado.
Maurício: – O que você fez?
Carla: – De nada, eu te salvei.
Maurício: – Você a matou. Não, ela deve estar viva, eu vou pular pra tentar salvá-la.
Carla se aproxima e dá uma tapa no executivo.
Carla: – Ei, cadê o homem sem escrúpulos por quem eu me apaixonei?
Maurício: – Você tem razão, essa infeliz ia estragar todos os nossos planos.
Carla: – Isso garoto, exatamente. Cadê o champanhe? Temos mais um motivo para comemorar.
Maurício: – Eu vou sumir com essa arma, deixa comigo.
O capitão da embarcação aparece assustado no convés.
Capitão: – Está tudo bem seu Maurício? Pensei ter ouvido um tiro.
Maurício: – Está tudo bem sim, pode voltar ao seu posto.
Na agência Marcelo Duarte…
Carolina veio visitar o irmão.
Marcelo: – Minha querida sente-se, por favor, hoje eu tenho todo o tempo do mundo pra você, o que houve?
Carolina: – Então Marcelo, eu fico meio sem jeito de te pedir ajuda, você sabe como eu sou.
Marcelo: – Sim, orgulhosa como ninguém.
Carolina: – Enfim. – riso sem graça. – Meu irmão, eu resolvi voltar a pintar.
Marcelo: – Mas isso é ótimo, super apoio. E o troglodita do seu marido, o que diz?
Carolina: – Dessa vez ele não se opôs.
Marcelo: – Menos mal, mas então, como eu posso te ajudar?
Carolina: – Infelizmente Cello, devido aos últimos gastos que tenho tido com o colégio do Matheus e outras despesas, eu precisei usar todo meu dinheiro reserva.
Marcelo: – Entendi, sem problemas. De quanto estamos falando?
Carolina anota em um papel e lhe entrega.
Carolina: – Creio que esse valor já dê para comprar umas telas e outros materiais profissionais que irei precisar.
Marcelo: – Perfeito minha irmã. Anota aqui do lado seus dados bancários que eu te faço uma transferência até o final do dia.
Carolina: – Obrigada Cello, sabia que podia contar com você.
Marcelo: – Sempre! Fico muito feliz por essa iniciativa e se o escroto do seu marido botar dificuldade me avisa tá?
Carolina: – Ele não vai se meter a besta. –risos.
Marcelo: – Daqui um abraço no seu irmão mais novo!
Os dois se abraçam.
No cortiço…
Já passou a hora do almoço e Ligia chega mais cedo em casa da agência.
Dulce: – Que coisa boa você aqui já a essa hora filha.
Ligia: – É, vou estar em casa por uns dias, só terei fotos semana que vem.
Dulce: – Que ótimo, assim você me ajuda com esses doces que eu tô fazendo.
Ligia: – Dona Dulce nós não conversamos sobre sua volta ao trabalho ainda. É muito cedo.
Dulce: – Filha eu preciso me sentir útil, estou me sentindo uma velha que não serve pra nada dentro desta casa.
Ligia: – Tá bom tia, vai. –risos. Vou te ajudar com a produção e esses dias saio pra vender com você.
Dulce: – Liginha, mas você agora é modelo, uma moça elegante, não pode sair por aí vendendo doces pela rua, você vai se sentir bem?
Ligia: – Sobrinha errada tia. A senhora sabe que eu não ligo pra essas coisas, se a carreira de modelo não decolar pelo menos os nossos doces eu ainda sei fazer.
Dulce: – Verdade minha querida, mas, mudando de assunto, quem era aquele rapaz que veio te deixar ontem aqui em casa?
Os olhos de Ligia começam a brilhar quando se fala em Eduardo.
Ligia: – Ah tia, ele é um amigo. É o irmão da Ingrid, o mesmo das flores e do quase acidente. – risos.
Dulce: – Tome cuidado minha filha, você não conhece estas pessoas direito.
Ligia: – Pode deixar tia, pelo pouco que o conheci, dá pra ver que ele é um cara bacana. Mas é claro que ele nunca olharia pra mim com outros olhos, somos de mundos diferentes, a senhora viu o carro dele?
Dulce: – Vi sim, e as roupas também, mas, não se coloque para baixo querida, você é uma mulher linda, honesta, trabalhadora, qualquer homem decente se interessaria por você.
Ligia: – Obrigado tia. Mas vamos terminar esses doces que a hora tá passando.
Dulce: – Vamos, vamos!
Tia e sobrinha se envolvem ali no doce mundo das duas, onde os problemas, por um momento somem.
Na construtora Brito de Carvalho…
Inácio procura por Maurício e a secretária dele informa que o mesmo precisou sair.
Inácio: – Isso é o cúmulo, o cúmulo!Mas é para eu aprender, fico dando poderes as pessoas e o que elas fazem? Me decepcionam.
Vicente vai passando pelo corredor na hora.
Vicente: – Tá tudo bem Inácio?
Inácio: – Nada bem, eu recebi um email de um cliente que está bastante insatisfeito com um projeto em que estamos à frente.
Vicente: – Mas não é possível, nós somos conhecidos pela qualidade nas obras que erguemos, quem é o engenheiro que está a frente?
Inácio: – O engenheiro é um dos melhores desse país, o problema aqui Vicente é a obra-prima utilizada.
Vicente: – Mas quem fechou negócio com os fornecedores foi o próprio Maurício.
Inácio: – Por isso estou questionando a ausência do meu diretor executivo aqui neste momento.
Na mansão Brito de Carvalho…
Maria Estela vai ao jardim e alfineta a nora.
Maria Estela: – Eu não entendo porque pagamos um jardineiro se você não sai desse jardim.
Sônia: – Isso aqui é uma paixão, você não entende, tenho verdadeira paixão por isto.
Nesta hora Jonas passa do outro lado do jardim e Sônia devia o olhar para ele.
Maria Estela: – Sua paixão é pelas plantas?
Sônia: – Eu acho que eu não entendi a pergunta dona Maria Estela.
Maria Estela: – Você sempre sem entender nada não é mesmo Sônia?
A megera se afasta e entra de volta a mansão.
Sônia ainda tenta responder, mas se cala.
Na sala de estar da mansão Eduardo e Ingrid conversam.
Eduardo: – Onde é que a senhorita pretende chegar provocando esses encontros entre Ligia e eu?
Ingrid: – Eu? Não sei do que você está falando. –risos.
Eduardo sorri, mas em seguida repreende a irmã.
Eduardo: – Você sabe que eu estou noivo.
Ingrid: – Claro que eu sei, por isso mesmo, vou te livrar dessa prisão.
Eduardo: – Fala sério Ingrid. Não teve graça.
Ingrid: – Ah Edu! Fala sério você. Eu vejo nos teus olhos maninho que você não ama a Graziela, mas seus olhos brilham cada vez que se fala na Ligia.
Eduardo: – Tá viajando Ingrid. Confesso que a Ligia é uma mulher bonita, interessante, humilde e tem os olhos mais lindos que eu já vi, mas eu estou compromissado.
Ingrid sorri tirando onda com a cara do irmão.
Ingrid: – Ó lá, olha o olho brilhando falando da Ligia, num disse! .-risos.
Os dois começam uma guerra de almofadas, jogando uma contra o outro.
No apartamento de Maurício…
O executivo ainda parece bastante preocupado com a morte de Suzana.
Maurício: – Você acha que alguém viu Carla?
Carla: – Ai amor, pára com essa paranoia, é claro que não teve testemunhas, a gente tava em alto mar.
Maurício: – Tem razão, eu só fiquei impressionado.
Carla: – Essa também foi minha primeira prova de amor e lealdade, é claro que eu não ia deixar aquela cretina estragar nossos planos.
Maurício: – Por isso que eu te amo, agora vem cá vem vamo relaxar um pouco e esquecer essa história toda.
Os dois se enrolam aos beijos na cama, como se nada tivesse acontecido.
Fim do Capítulo
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Será que a Suzana morreu mesmo? Tomara que ela volte, só pra desmascarar a Carla.
Será que a Suzana morreu mesmo? Tomara que ela volte, só pra desmascarar a Carla.