Na construtora Brito de Carvalho…
Após fazer com que Inácio descobrisse a farsa do noivado de Eduardo e Graziela, Maurício entra em cena para finalizar seu plano.
Maurício: – Inácio? Com licença.
Inácio: – Se veio conversar Maurício volte em outro horário porque eu não estou num bom momento.
Maurício: – Bom, se você quiser conversar sobre.
Inácio senta em sua cadeira enquanto toma um uísque e encara Maurício.
Inácio: – Você deveria ser meu filho Maurício!
Maurício: – Seria uma honra ser filho de um dos maiores empresários desse país, um homem visionário!
Inácio: – Sem bajulações Maurício! Eu gosto de você de graça. Você é um jovem inteligente e acima de tudo leal! Diferente do meu, aliás, diferente do Eduardo. Me acompanha num uísque?
Maurício: – Claro.
Os dois iniciam uma conversa que se estendeu durante o resto do dia.
No apartamento da família Silveira…
Vicente: – Eu ainda não acredito que você fez isso minha filha.
Graziela: – Tudo isso papai foi pra ajudar nossa família.
Verinha: – Eu acredito filha! Mas e agora? Vamos ficar pobres?
Vicente: – Eu ainda tenho algumas reservas de dinheiro e um bom currículo, irei atrás de outro emprego.
Verinha: – Só quero dizer que não posso ficar sem meus cremes e nem sem a minha dermatologista.
Vicente: – Sinto muito Verinha, vamos ter que cortar alguns custos sim.
Verinha: – Ah não, isso é o fim! Graziela minha filha, você precisa conversar com o Edu, vocês ainda podem casar.
Graziela: – Isso só pode ser uma piada mãe! A essa altura Inácio já deve ter deserdado o Edu.
Verinha senta no sofá decepcionada.
Verinha: – Nunca pensei que chegaríamos a ruína!
Vicente: – O pior é descobrir que depois de tantos anos de amizade e convivência, o Inácio nem ao menos deixou eu me defender.
Graziela: – Enfim papai, mas eu já tomei uma decisão, eu tenho alguns contatos e já vinha conversando aí com um agente italiano e eu vou embora, vou para a Europa fazer umas campanhas, já tá mais do que na hora de tomar um rumo na minha vida.
Verinha: – Não sei se isso é uma boa ideia, vai nos deixar aqui, sozinhos e falidos.
Graziela: – Não se preocupe mamãe, eu vou deixar um dinheiro para vocês, não é muito, mas vai ajudar enquanto eu não recebo pela primeira campanha.
Vicente: – Tem certeza que é isso que você quer filha?
Graziela: – É sim papai e mais uma vez me perdoa tá?
Vicente: – Então eu te desejo o melhor minha filha e não há o que perdoar, só assim para eu poder ver o quão bom amigo Inácio era.
Pai e filha se abraçam enquanto Verinha está inconformada com a atual situação financeira.
Numa delegacia próxima ao centro da cidade…
Marcelo conseguiu convencer Carolina a prestar queixa pela agressão que sofreu do marido.
Marcelo: – Eu não me conformo! Você devia ter me dito antes Carol, tanto que te perguntei se esse sujeito te batia!
Carolina: – Ele não era assim Cello, mas ele se transformou de uns tempos pra cá.
Marcelo: – Mas agora ele vai ter que se entender com a lei, olha Carol a minha vontade é de esganar esse infeliz!
Carolina: – Por favor, meu irmão, não me faz me sentir pior do que já estou! Tenho medo do que ele possa fazer quando souber que o denunciei
Marcelo: – Ele que se atreva a tentar mais alguma coisa com você, eu acabo com ele!
Na mansão dos Brito de Carvalho…
Eduardo arruma suas malas enquanto escuta sua mãe tentando convencê-lo a ficar.
Sônia: – Eduardo você não pode ter levado a sério o que seu pai disse!
Eduardo: – Mamãe, você conhece o papai, ele me expulsou daqui, da empresa e da vida dele.
Sônia: – Ele vai te perdoar meu filho, porque você não sai um pouco, espairece e quando seu pai chegar, nós conversamos os três.
Eduardo: – Mãe, eu te amo, vou sentir muito sua falta, mas não posso viver sob o mesmo teto que meu pai depois de tudo isso.
Sônia: – E para onde você vai meu filho?
Eduardo: – Já falei com a Ingrid, vou ficar uns tempos no apartamento dela.
Sônia está inconformada, mas não há muito que se fazer em relação à decisão de Inácio.
No cortiço…
Carla volta à casa da tia para buscar suas coisas.
Dulce: – O que Carla? Você irá morar na casa de um desconhecido?
Carla: – Isso tia, mas ele não é um desconhecido, eu conheço e nós vamos nos casar muito em breve.
Dulce: – Minha filha pense bem, você não conhece este homem.
Carla: – Engraçado né tia? Se fosse a Ligia aqui com um desconhecido, a senhora já teria dado a bênção, mas, porque hein dona Dulce? Porque a Ligia sempre foi sua preferida?
Dulce: – Não diga uma coisa dessas Carla, meu amor é igual pelas duas, quando eu peguei vocês ainda criança para criar, sabe qual era a diferença entre vocês?
Carla: – Qual?
Dulce: – Nenhuma filha, vocês nunca foram tão parecidas quando como eram pequenas, assustadas, com medo até de me chamar de tia, eram duas meninas desprotegidas que precisavam de carinho e atenção.
Carla: – A senhora já terminou com esse momento deprimente tia?
Dulce: – Sim minha filha, eu não posso lhe prender, mas eu te peço, tenha cuidado.
Carla: – Pode deixar tia! Agora eu preciso ir que meu táxi tá esperando lá fora.
Ao sair da casa da tia, no pátio do cortiço, Carla encontra Glória e dispara.
Carla: – Hoje é o dia mais feliz da minha vida!
Glória: – Bom pra você. – Responde sem dar muita bola.
Carla: – A partir de hoje eu não vou mais precisar dividir o ar com você!
Glória: – Nossa isso me faz muito feliz também! –debocha.
Carla: – Tchau cafetina! –risos.
Carla sai do cortiço puxando uma mala e zombando de Glória.
Na lanchonete Elvis…
Ligia estava de saída quando recebeu a ligação de Eduardo.
Ligia: – Oi meu amor!
Eduardo: – Eu preciso muito te ver!
Ligia: – Claro, eu tô aqui pertinho de casa, a gente pode se ver aqui na lanchonete Elvis.
Eduardo: – Tudo bem meu amor, tô indo aí.
De volta à construtora Brito de Carvalho…
Inácio ainda conversava com Maurício em sua sala.
Inácio: – Com a dona Carla? Você tem muito bom gosto rapaz.
Maurício: – Muito obrigado Inácio.
Inácio: – E digo mais, eu quero oferecer um jantar de noivado para os dois.
Maurício: – Não precisa Inácio.
Inácio: – Eu faço questão e não se fala mais nisso!
Fim do Capítulo
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