Na construtora Brito de Carvalho…

Almeida assistia sua intimidade exposta num vídeo.

Almeida: – Minha família não pode saber disso, eu imploro.

Maurício: – Então de repente o senhor ficou manso Dr. Almeida?

Carla: – Que papelão hein? Devia ter aceitado a proposta do Maurício logo seu otário!

Almeida: – Eu faço o que vocês quiserem.

Maurício: – Que ótimo Almeida, eu detestaria ter que desapontar sua esposa enviando pra ela esta pouca vergonha estrelada por você mesmo.

Almeida: – Vocês venceram!

Maurício: – Então você vai alterar o testamento do Inácio da maneira que eu coloquei neste modelo.

Almeida: – Tudo bem!

Carla: – E o dinheiro ô seu sacana, devolve a grana que você levou mais cedo.

Almeida: – Bom, mas eu vou arriscar minha carreira como advogado e vocês não vão me pagar nada?

Carla ri na cara do advogado.

Maurício: – O seu pagamento é continuar nessa sua vidinha dupla sem que ninguém mais saiba.

Carla: – Estamos combinados doutor?

Almeida: – Sim, eu vou fazer a alteração no testamento e aqui está a maleta com o dinheiro.

Maurício: – Foi um prazer negociar com você Almeida!

O advogado olha para os dois com ar de desprezo e sai.

 

Após a saída de Almeida da sala, o casal comemora.

Maurício: – Você foi sensacional minha gata!

Carla: – Eu te disse que eu não brinco em serviço.

Maurício: – Agora é só correr pro abraço, semana que vem, no nosso jantar de noivado o velho vai assinar o testamento alterado.

Carla: – E isso pede o que?

Maurício: – Comemoração! Vamos pro meu flat, agora!

O casal comemora mais uma vitória.

 

Na mansão Brito de Carvalho…

Sônia está bem surpresa com a visita e a reação de Verinha.

 

Sônia: – Eu acho que não é um bom momento Verinha, prefiro que conversemos depois.

Verinha: – Negativo Sônia, você vai me ouvir!

Sônia: – Você está sendo inconveniente, por favor, vai embora.

Verinha: – Onde está Inácio? Na verdade ele também deveria estar aqui pra ouvir o que eu tenho pra dizer.

Sônia: – Verinha eu entendo que você deva estar chateada também com tudo o que aconteceu entre as nossas famílias.

Verinha: – Eu não preciso da sua compaixão Sônia!

Sônia: – Vai embora Verinha, com licença.

Sônia dá as costas para a perua e segue em direção a escada.

Verinha: – Seu marido sabe que você tem um caso com o jardineiro?

Sônia pára por um instante e volta.

Sônia: – O que é que você está dizendo Verinha?

Verinha: – Eu sei que o Jonas é apaixonado por você! Você pode enganar a todos por aqui Sônia, menos a mim.

Sônia: – Eu não admito que você venha a minha casa fazer esse tipo de acusação! Sai da minha casa! Você está louca!

Verinha: – Fica aí bancando a boa mãe, a boa esposa, a florista! Você é ridícula Sônia! Cafona! Eu não sei o que você fez pra enfeitiçar o Jonas, mas eu sou muito mais mulher na cama que você!

Sônia não resiste e dá uma tapa em Verinha.

Sônia: – Cala essa sua boca imunda! Ofélia! Ofélia!

Verinha: – Você pode até ficar com ele Sônia! Não vai!

Ofélia vem correndo da cozinha.

Ofélia: – Que foi dona Sônia?

Sônia: – Chame um dos seguranças para tirar essa mulher daqui.

Verinha: – Isso chama! A Ofélia é claro que deve encobrir o romance do casalzinho!

Sônia: – Você perdeu a razão Verinha.

Um dos seguranças da mansão entra na sala de estar.

Segurança: – Dona Sônia?!

Sônia: – Glauco, por favor, acompanhe esta senhora até o portão.

Segurança: – Sim senhora.

Ele se aproxima da perua.

Verinha: – Não toque em mim! Eu sei o caminho, você vai me pagar Sônia!

A socialite pega sua bolsa e vai embora da mansão.

Sônia senta no sofá completamente desnorteada.

Ofélia: – A senhora está bem dona Sônia?

Sônia: – Não muito Ofélia, me traz um chá, por favor?

Ofélia: – Agora mesmo.

Sônia não percebeu, mas durante a discussão com Verinha, Maria Estela escutava tudo escondida.

 

Na lanchonete Elvis…

Ingrid havia marcado com Marcelo e Ligia na lanchonete para acertarem alguns detalhes da próxima campanha.

Billy: – Boa tarde!

Ingrid: – Oi Boa tarde! –toda sorridente.

Billy: – Já vai pedir?

Ingrid: – Traz um suco de laranja com adoçante, eu ainda estou esperando uns amigos.

Billy: – Ok.

O rapaz já estava saindo quando a jovem publicitária o chama de volta.

Ingrid: – Ei!

Billy: – Pois não.

Ingrid: – Billy não é?

Billy: – Sim, Billy. –ele sorri discretamente.

Ingrid fica em silêncio por alguns instantes sem saber o que dizer.

Billy: – Deseja mais alguma coisa.

Ingrid: – Margarida! Sim!

Billy: – Oi?

Ingrid: – A dona Margarida onde ela está?

Billy: – Tá lá na cozinha se quiser eu aviso que você está aqui.

Ingrid: – Não, não precisa, eu não quero atrapalhar.

Billy: – Tudo bem, já eu trago seu suco.

 

No apartamento de Carolina…

Carol e Marcelo foram buscar Matheus para o final de semana em casa.

Matheus: – Tio, você vai morar aqui com a gente?

Marcelo: – Por enquanto sim meu querido.

Carolina: – A conversa dos dois está ótima, mas o rapazinho aqui precisa tomar banho para a gente jantar daqui a pouco.

Matheus: – Ah mãe, logo agora que eu tava vencendo o tio nessa partida do jogo.

Carolina: – Sim senhor, amanhã vocês brincam mais depois das lições.

Matheus vai tomar seu banho enquanto Marcelo e Carol conversam.

Marcelo: – Maninha, eu vou jantar fora com umas amigas, tenho que resolver uns assuntos de trabalho também.

Carolina: – Tudo bem meu irmão, com Matheus aqui eu não me sinto tão sozinha.

Marcelo: – O segurança está lá embaixo no hall de entrada e tanto ele quanto o porteiro do prédio estão avisados que Alexandre não pode entrar aqui.

Carolina: – Obrigado meu irmão, não sei o que eu faria sem você.

Marcelo: – E qualquer coisa me liga.

Carolina: – Tá, beijo! Até mais tarde.

 

No cortiço…

Glória percebe Rodrigo um pouco triste.

Glória: – Rodrigo meu querido você não provou a comida ainda, não gostou?

Rodrigo: – Não tia, é que estou sem fome.

Glória: – Por qual motivo?

Rodrigo: – Nada importante, é que eu tinha perdido uma coisa muito importante pra mim, mas já encontrei.

Glória: – Menos mal, e o que você havia perdido?

Rodrigo: – A única lembrança da minha mãe que eu nunca conheci.

Glória: – Realmente é algo muito valioso pra você.

Rodrigo: – É sim, pode não valer nada, mas é como se me mantivesse unido a minha mãe verdadeira.

Rodrigo tira do bolso a pulseirinha deixada por sua mãe e mostra para a tia.

Rodrigo: – Olha tia, pareço até um bobo olhando pra isso, mas eu daria tudo pra dar um abraço em minha mãe.

Ao ver aquele objeto, Glória entra em estado de choque.

Glória: – Isso. Foi sua mãe biológica que te deixou?

Rodrigo: – Foi tia.

Glória: – E você ama essa mãe mesmo ela tendo te entregado para outra pessoa criar?

Rodrigo: – Sim tia, a vida é tão difícil, minha mãe adotiva me contou que minha mãe biológica queria muito ficar comigo, mas não pôde.

Glória se levanta da cadeira e com os olhos cheios de lágrimas anda de um lado pro outro na sala.

Glória: – Não pode ser!

Rodrigo: – O que foi tia? Você tá bem?

Glória: – Meu filho! Meu filho! Quanto tempo eu chorei meu Deus.

Rodrigo: – Que brincadeira é essa tia?

Glória: – Não me chama mais de tia Rodrigo, eu sou tua mãe!

Rodrigo não contêm o choro.

Rodrigo: – É sério isso? Mas como?

Glória: – Sim meu filho, sim, pedi para minha irmã te entregar pra uma família rica da nossa cidade que queria um menino, mas eu nunca imaginei que ela criaria você, meu filho e levaria este segredo para o tumulo.

Rodrigo: – Posso te dar um abraço? Mãe.

Glória: – Claro meu filho, vem cá.

Mãe e filho se abraçam calorosamente após a surpreendente descoberta.

 

De volta à mansão Brito de Carvalho…

Inácio dormia e não escutou toda a confusão que Verinha fez já Maria Estela, além de ter escutado tudo já tomava suas providências.

Maria Estela: – Ofélia, preciso falar com você e seu filho.

Ofélia: – Aconteceu alguma coisa dona Maria Estela?

Maria Estela: – Não, mas vai acontecer se eu não evitar.

Ofélia: – Vamos até a edícula!

As duas seguem até a casa e no caminho Ofélia chama Jonas.

Ofélia: – Pronto dona Maria Estela, aqui estamos mais a vontade.

Maria Estela: – Pelo seu tom sereno Ofélia, imagino que não saiba o motivo de Verinha ter feito todo aquele escândalo com minha nora.

Ofélia: – Não senhoras, em tantos anos aqui eu não me meto nos assuntos dos patrões.

Maria Estela: – Mas seu filho se mete.

Ofélia: – A senhora vai me desculpando mas meu filho é um menino bom.

Maria Estela: – Ah, mas disso eu não tenho dúvidas! Afinal ele foi o motivo da briga entre Sônia e Verinha.

Jonas: – A senhora está me ofendendo e fazendo acusações falsas!

Maria Estela: – Cala essa boca rapaz! Eu sei de tudo que se passa ao meu redor, vai negar que não está tendo um caso com aquelas duas?

Ofélia: – Isso é verdade meu filho?

Jonas: – Confesso que dona Verinha se insinuava e já tivemos um lance, mas foi só uma vez.

Ofélia: – Meu Deus Jonas!

Maria Estela: – E com a minha nora?

Jonas: – A dona Sônia é uma mulher íntegra e nunca tivemos nada.

Maria Estela: – Então você está apaixonado pela Sônia?

Jonas: – Sim! Eu me apaixonei pela dona Sônia sim mas ela não sabe.

Ofélia: – Jonas! Eu não tô acreditando.

Maria Estela: – Não tente defender sua amante garoto, ela nunca me enganou.

Jonas: – Por favor, não faça nada contra a dona Sônia, ela é inocente nisso tudo.

Maria Estela: – Não se preocupe, eu tenho que calara a boca de Verinha, depois eu cuido de Sônia e quanto a você, te dou uma semana para sair desta casa.

Ofélia: – Não dona Maria Estela, pelo amor de Deus, meu filho não tem para onde ir.

Maria Estela: – Eu tenho que certeza que dondocas burras e ricas estarão dispostas a adotá-lo.

Ofélia: – Dona Maria Estela eu sirvo essa família há 30 anos, como a senhora pode fazer isso comigo?

Maria Estela: – Quem fez isso com você foi seu filho! E estamos conversados, uma semana rapaz e não quero te ver mais por aqui.

 

 

Fim  do Capítulo

 

 

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