CENA 1 – CASA DA FAMÍLIA TELLES, QUARTO DE CECÍLIA.
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Cecília está deitado em sua cama, chorando.
Rodrigo passa em frente ao quarto, bate na porta…
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RODRIGO – Cecília, posso entrar?
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CECÍLIA – Pode meu pai
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Rodrigo entra no quarto, senta na cama e começa a passar a mão no cabelo de sua filha.
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RODRIGO – Desde pequena você sempre foi chorona, quando você chorava de madrugada, eu tinha que levantar e cuidar de ti, até você voltar a dormir.
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CECÍLIA – Pai, eu sempre sentir que a mãe prefere a Antônia, mas o sempre me deu toda atenção necessária.
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RODRIGO – Nada disso minha filha, sua mãe te ama, assim como eu te amo.
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CECÍLIA – Tudo bem meu pai.
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RODRIGO – Quero saber porque você está chorando minha menina.
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CECÍLIA – Ah pai, é a vida
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RODRIGO – Não minha filha, não é a vida. É o Vicente novamente?
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CECÍLIA – Pai, eu e é o Vicente terminamos de vez.
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RODRIGO – Ah minha menina, esse cara não te merece.
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CECÍLIA – Mas pai, eu amo ele.
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RODRIGO – Filha, então de tempo ao tempo, tudo vai se acertar.
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CECÍLIA – Pai, obrigado por todo apoio, por toda força que o senhor sempre tem me dado.
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Antônia entra no quarto da Cecília, chamando pelo pai.
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ANTÔNIA – Pai eu preciso conversar com o senhor.
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RODRIGO – Antônia agora não dá, estou conversando com sua irmã.
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ANTÔNIA – Ah pai, normal, ja acostumei. Sempre foi assim, sempre preferia a Cecília, sempre, ela sempre foi o centro das atenções.
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CECÍLIA (Levantando) – Cala a boca Antônia, você sempre foi assim, soberba, invejosa, sempre quis tudo que eu conquistei, mas você não passa de uma qualquer, que fica se jogando pra homens comprometidos.
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Antônia dar um tapa na cara de Cecília, que logo logo seguida revida o tapa.
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ANTÔNIA – Eu te odeio Cecília.
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RODRIGO – Contenha-se, por favor, estão parecendo duas adolescentes.
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CECÍLIA – Mas pai…
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RODRIGO – Não vejo necessidade disso tudo, depois eu volto pra terminar nossa conversa Cecília, e você Antônia, está de castigo.
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ANTÔNIA – Pai eu tenho 22 anos, acha mesmo que eu vou ficar de castigo?
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RODRIGO – Enquanto viver dentro de minha casa vai ter que me obedecer.
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Corta pra…
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CENA 2 – BH, HOSPITAL LUZ DIVINA, SALA DO PRESIDENTE.
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Osmar conversa com Bárbara sobre Marta.
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BÁRBARA – Eu não sou obrigada a conviver com a louca da Marta, já está na hora de você mandar internar, os laudos você já tem.
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OSMAR – Fica tranquilo meu bem, vou dar um.jeito nisso, já está na hora, vou procurar um hospício longe daqui, e por mim ela só sai de lá morta.
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BÁRBARA – Que Deus te ouça, essa mulherzinha nunca mereceu a vida que levava.
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CENA 3 – BH, HOSPITAL LUZ DIVINA, SALA DO PRESIDENTE
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Vicente é recebido por Osmar em sua sala.
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OSMAR – Seja bem-vindo, pupilo da Flora Campos.
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VICENTE – Obrigado Doutor Osmar, prefiro que me chame de Vicente mesmo, até mesmo porque sou apenas sobrinho da Flora.
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OSMAR – Calma meu jovem, foi apenas uma brincadeira.
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BÁRBARA – Que garoto atrevido.
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OSMAR – Bárbara, silêncio, quero ouvir apenas o rapaz.
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BÁRBARA – Tudo bem, acho melhor eu me retirar.
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Bárbara sai da sala com raiva.
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OSMAR – Pronto rapaz, apresente sua proposta.
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VICENTE – Doutor, é o seguinte, não é bem um hospital, na verdade é um hospício.
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Osmar interrompe.
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OSMAR – De quanto vocês precisam?, eu topo.
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VICENTE – Mas senhor…
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OSMAR – Sem mais nem menos rapaz.
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VICENTE – Tudo bem.
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OSMAR – Faz o seguinte, diz pra sua tia que eu topei, e que eu ligo pra ela combinando tudo.
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VICENTE – Muito obrigado Doutor Osmar, licença.
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Vicente sai da sala.
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OSMAR (Sussurrando) – Uma grande oportunidade de eu me livrar da Marta, e ainda de voltar a se encontrar com a Flora.
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Corta pra…
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CENA 4 – CASA DA FAMÍLIA TELLES, SALA DE ESTAR
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Rita está na sala assistindo televisão, quando Antônia desce as escadas chorando.
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RITA – Antônia, venha aqui minha menina
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ANTÔNIA – Ah mãe, eu não aguento mais
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Antônia se aproxima da mãe, se ajoelha e encosta a cabeça no colo da mãe.
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ANTÔNIA (Chorando) – Mãe, só a senhora me entende.
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RITA – Oh minha menina, me diga oque aconteceu.
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ANTÔNIA – A Cecília mãe, como sempre
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RITA – O que sua irmã fez agora?
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ANTÔNIA (Sussurrando) – Ela deu um tapa na minha cara mãe…
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RITA (Levantando) – Como é que é?, e como sempre seu pai deu todo apoio a sonsa da sua irmã, não é mesmo?
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ANTÔNIA – Mãe, você conhece meu pai.
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RITA – Não se preocupe minha filha, vou conversar com os dois.
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ANTÔNIA – Mãe, aproveita que os dois estão em casa e conversa agora.
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RITA – Agora não dá, eu vou pro salão, preciso fazer as unhas.
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Corta pra…
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CENA 5 – CASA DA FAMÍLIA TELLES, COZINHA
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Cecília está pegando suco na geladeira, quando se virá Antônia está olhando pra ela.
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CECÍLIA (Gritando) – Que susto Antônia!
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ANTÔNIA – Aí Jesus, a sonsa se assustou.
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CECÍLIA – Antônia, veja bem como você fala comigo.
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ANTÔNIA – Você acha que tenho medo de você?, acabo com você aqui mesmo.
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CECÍLIA – Como você pode ser tão ridícula Antônia, teve uma boa educação, sempre teve tudo que quis, e acabou se tornando isso?, uma pessoa fútil, sem escrúpulos nenhum!
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ANTÔNIA – Cecília, você sempre quis ser a estrelinha da família, até aula de inglês grátis dá para aquelas crianças piolhentas, lá no Maria de fátima, não sei como tem coragem de um bairro tão nojento quanto aquele.
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Cecília dar um tapa na cara de Antônia.
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ANTÔNIA – Sua vagabunda.
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CECÍLIA – Olha bem como você fala das minhas crianças, porque é uma pena, pessoas de bom coração, que mora naquele humilde bairro, passar por tudo que passa, e você?, sempre teve tudo, eu tenho nojo de você.
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ANTÔNIA (Gritando) – Cala boca Cecília, eu estou cansada de você
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Rodrigo entra na cozinha.
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RODRIGO – Vocês duas parecem duas loucas, se comportem, duas mulheres brigando por besteiras, por inveja. Eu estou cansando disso tudo, todo dia uma briga diferente, eu preciso de um tempo.
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ANTÔNIA – Pai, desculpa
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RODRIGO – Silêncio, eu estou falando. Agora mesmo a Rita me ligou, contando a versão da Antônia, você já tem 22 dois anos minha filha, amadurece por favor.
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Antônia – Mas pai
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RODRIGO – Cala a boca Antônia, por favor. Cecília, vai arrumar suas coisas, vamos pra BH, e você Antônia, continua de castigo.
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Corta pra…
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CENA 6 – Nova Lima, Casa de repouso, Direção
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Vicente bate na porta.
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FLORA – Quem é?
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VICENTE – Sou eu tia.
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FLORA – Pode entrar.
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VICENTE (Gritando) – Tia, ele topou na hora.
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FLORA – Que bom que deu tudo certo.
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VICENTE – Ele disse que ia te ligar tia.
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Corta pra…
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CENA 7 – CASA DA FAMÍLIA TELLES, QUARTO DE CECÍLIA
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Cecilia liga pro Vicente.
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VICENTE – Oi flor do campo
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CECÍLIA – Que homem fofo, te amo.
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VICENTE – Também te amo meu amor.
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CECÍLIA – Amor, estou indo a Belo Horizonte com meu pai, você ainda está ai?
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VICENTE – Não meu amor, acabei de chegar.
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CECÍLIA – Ah tudo bem, agora tenho que desligar, até mais meu amor
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CENA 8 – ESTRADA PRA BH, TR NSITO
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Começa a tocar Quando tudo acabar – Samantha Ayara.
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CECÍLIA – Pai?
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RODRIGO – Oi minha menina.
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CECÍLIA – O que vamos fazer em BH?
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RODRIGO – Não tem motivo, eu só estou cansado, minha filha, logo eu saio de casa, você precisa estar preparada.
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Cecília começa a chorar..
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RODRIGO – Olha aqui, eu te amo, nunca se esqueça disso.
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CECÍLIA (Chorando) – Pai, eu preciso do senhor, eu só cresci na idade, tenho um coração de menina ainda pai, sua menina.
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RODRIGO – Filha, você sempre foi meu alicerce, eu te amo.
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Corta pra…
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CENA 9 – BH, CASA DO OSMAR, ESCRITÓRIO
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Osmar pega o telefone e liga pra flora.
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FLORA – Alô?
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OSMAR – Flora, flora, quanto tempo
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FLORA – Osmar, é você?
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OSMAR – Sou eu sim Rosinha, quanto tempo
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FLORA – Não me chame de Rosinha, isso é passado.
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OSMAR – Saudades de seu passado Flora.
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FLORA – Eu não sinto falta nenhuma.
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OSMAR – Que pena, eu adoraria voltar a ser seu cliente.
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Flora desliga o telefone, Bárbara entra no escritório.
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BÁRBARA – Amor, vamos jantar?
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OSMAR – Vamos meu bem, vamos naquele restaurante que inaugura hoje?
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BÁRBARA (Rindo) – Inaugura, que palavra cafona
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OSMAR – Ai meu bem, é antiga..
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BÁRBARA – Mas tudo bem, vamos sim, só vou pegar minha bolsa.
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CENA 10 – BH, RESTAURANTE COMIDA MINEIRA.
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Rodrigo e Cecília chegam em Belo Horizonte e vão direto ao restaurante.
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CECÍLIA – Que comida deliciosa meu pai
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RODRIGO – Sim filha, sabor maravilhoso.
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CECÍLIA – Pai já volto, vou ao banheiro.
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Bárbara e Osmar entram no restaurante.
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Bárbara vê Rodrigo e se aproxima.
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BÁRBARA – Rodrigo, quanto tempo!
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RODRIGO – Bárbara, quanto tempo, anos e anos, saudades de você.
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BÁRBARA – Como a Rita está?
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RODRIGO – Ela está ótima.
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BÁRBARA – Que bom.
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Cecília volta e sentar-se na mesa.
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BÁRBARA (Questiona) – Que moça linda Rodrigo, quem é?
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RODRIGO – É a Cecília, minha filha.
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Bárbara fica sem reação e fica encarando Cecília.
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