Na mansão Brito de Carvalho…

Almeida já havia terminado de ler o testamento, quando Maurício questionou o que Inácio tinha deixado para ele.

Almeida: – Você está com algum problema auditivo Maurício? Acaba de chegar o último desejo de Inácio para você.

Maurício: – Perdeu a noção do perigo Almeida?

Maria Estela se manifesta.

Maria Estela: – Alguém pode me explicar que palhaçada é essa em minha casa? Dr. Almeida, conclua e você Maurício conforme-se que Inácio não te deixou nada, você nem da família é!

Neste momento a delegada Adriana e alguns policiais entram no recinto.

Todos se assustam.

Sônia: – O que é isso?

Adriana: – Isso é um mandado de prisão senhora. Maurício Almeida Muniz, você está preso por fraude, lavagem de dinheiro e é suspeito pelo assassinato de Inácio Brito de Carvalho e de Suzana Reis.

Maurício:– Vocês não podem me prender, eu sou inocente.

Adriana: – Tô sabendo! Levem esse sujeito daqui! – dá as ordens aos policiais.

Maurício é levado para a viatura e os ânimos estão exaltados. Eduardo corre em direção aos policiais e consegue dar um soco em Maurício.

Eduardo: – Isso é por tudo que você fez de ruim seu canalha! Você vai apodrecer na cadeia!

Sônia corre para tentar conter o filho.

Sônia: – Não filho! Deixe esse homem, ele é um bandido e se realmente tiver alguma coisa a ver com a morte do seu pai ele vai pagar.

Ingrid: – Não acredito nisso, o Maurício, é um criminoso.

Maria Estela: – Pois acredite! Seu pai nunca foi seletivo em relação as amizades.

Carla vai saindo de fininho, mas Adriana a aborda.

Adriana: – A senhora é noiva de Maurício?

Carla: – Sim, eu sou, mas estão cometendo um grande erro! Ele é inocente.

Adriana ri debochando.

Adriana: – Seu noivo não é inocente e você sabe disso, então torça pra eu não encontrar nada que lhe incrimine também dona…

Carla: – Carla! Meu nome é Carla! Boa sorte na sua procura, com licença.

Carla sai rapidamente sem que ninguém perceba. Ela realmente tirou o corpo fora da situação.

Adriana volta para falar com a família.

Adriana: – Obrigado a todos vocês pela cooperação, manterei vocês da família informados das investigações, as provas que temos são das fraudes praticadas por Maurício.

Maria Estela: – Meu filho morreu de morte natural segundo o hospital.

Adriana: – Na verdade dona Maria Estela, suspeitamos de um veneno que não pode ser detectado na perícia e faz com que os médicos aleguem morte natural.

Maria Estela: – Deus queira que esse maldito não tenha cometido tal barbárie contra meu filho, mas de qualquer forma farei de tudo para que ele termine seus dias na prisão.

Sônia, Ingrid e Eduardo escutam tudo atentamente.

Adriana: – Mais uma vez, muito obrigado e até mais.

Maria Estela: – Até mais delegada.

 

Todos ainda estão em choque e perplexos com os últimos acontecimentos.

 

No prédio onde Maurício mora…

Carla chega para buscar umas roupas no flat, mas ao chegar à porta do apartamento tem uma surpresa.

Carla: – Quem são vocês? O que estão fazendo? Eu vou chamar a polícia!

Policial: – Nós somos da polícia dona, este apartamento está interditado a partir de agora, estamos fazendo buscas e uma investigação minuciosa no local.

Carla: – Isso é um absurdo! Eu só preciso pegar umas roupas meu senhor!

Policial: – Sinto muito senhora, nada pode ser retirado daqui. O flat está sob a custódia da polícia federal.

Carla não se conforma, mas acaba acatando a ordem da polícia e vai embora.

 

Na saída da mansão Brito de Carvalho…

Almeida se despede da família e ao sair da mansão recebe uma misteriosa ligação em seu celular.

Almeida: – Um já foi! Sim, sim da maneira que combinamos, eu aguardo novo contato.

 

No apartamento de Ingrid…

A publicitária e seu irmão conversavam.

Ingrid: – Te confesso que ainda tô perplexa com os últimos acontecimentos, não gosto nem de pensar que logo o Maurício teve alguma coisa com a morte do papai.

Eduardo: – Aquele lá é um canalha! Eu sempre disse ao meu pai mana, sempre, mas ele nunca me deu ouvidos.

Ingrid: – Queria tanto que meu pai tivesse aqui, nunca fomos tão próximos, mas ele era um cara legal.

Eduardo: – E pensar que ele morreu sem estar falando comigo, tenho certeza que toda a história do meu noivado de fachada com Graziela foi Maurício quem revelou também.

A campainha toca e interrompe os dois.

Ingrid: – Cê tá esperando alguém?

Eduardo: – Eu não.

Ingrid vai abrir a porta e tem uma bela surpresa.

Ingrid: – Billy?

Billy segurava um ramalhete de flores.

Billy: – Já andou de moto moça?

Ingrid sorri.

 

De volta à mansão Brito de Carvalho…

Sônia chama por Ofélia que não vem.

Sônia: – Ofélia?!

Maria Estela: – Dei folga o resto do dia para Ofélia.

Sônia: – Ofélia não sairia assim sem falar comigo.

Maria Estela: – Pra você ver minha querida.

Sônia: – Deu folga para o Jonas também?

Maria Estela: – Não, este felizmente eu demiti.

Sônia: – Como a senhora pôde fazer isso sem me consultar?

Maria Estela: – Chega Sônia! Chega! Eu demiti seu amante antes que Verinha fizesse um escândalo maior.

Sônia: – A senhora também com isso? Eu nunca tive nada com aquele rapaz! Eu exijo respeito!

Maria Estela: – Não adianta negar Sônia, o único iludido aqui era meu filho, que Deus o tenha, porque eu já tinha notado as investidas daquele rapaz há tempos e você lá, sem rejeitar os avanços dele.

Sônia: – A senhora que merecia estar num hospício, olha pra o que está dizendo! Eu amava meu marido e nunca Jonas me desrespeitou.

Maria Estela: – Eu conheço bem as mulheres do seu tipo, sonsas, gostam de gastar o dinheiro dos trouxas dos maridos com os garotões.

Sônia: – Eu não admito! A senhora está indo longe demais!

Maria Estela: – Você é e sempre foi uma aproveitadora Sônia, mas agora está livre para gastar a herança deixada pelo meu filho com qualquer homem que você quiser.

Sônia: – Monstro! É isso que a senhora é, Inácio acabou de morrer e você não respeita nem a minha dor.

Maria Estela: – Me chame do que quiser, já você sempre será uma adúltera!

Sônia: – Pelo menos eu não casei grávida dona Maria Estela, nunca dei golpe em ninguém como há boatos a seu respeito. Falsa moralista!

Maria Estela não aguenta ouvir a verdade e dá uma bofetada em Sônia.

Maria Estela: – Não fale do que você não sabe!

Sônia passa a mão pelo rosto e em seguida devolve a bofetada em Maria Estela.

Sônia: – Nunca mais encoste a mão em mim Maria Estela!

Maria Estela: – Você vai se arrepender Sônia.

Sônia: – Eu já estou arrependida de não ter feito isso antes, ah e mais uma coisa, eu não tenho medo da senhora.

Sônia sobe para o seu quarto, deixando a sogra furiosa na sala.

 

No cortiço…

Carla chega à casa de Dulce para pegar umas roupas que ainda estavam por lá, uma vez que não conseguiu pegar nada no flat de Maurício.

Dulce: – Carla minha querida! Que surpresa boa!

Carla: – Pena que não posso dizer o mesmo tia.

Dulce: – O que houve minha filha?

Carla: – Sem perguntas tia, só vim buscar umas roupas.

Ligia aparece na sala.

Ligia: – Ora, mas não foi você que disse que não pisava mais aqui?

Carla: – Me deixa Ligia que hoje eu não tô boa!

Ligia: – Na verdade você nunca fez questão de ser boa não é Carla?

Dulce: – Carla minha filha, aquele homem te expulsou de casa? Foi isso?

Dulce tenta pegar no ombro de Carla que a empurra.

Carla: – Aaaah! Me solta! Vocês são um porre! Eu odeio vocês, eu odeio essa casa! Tudo aqui fede! Fede a pobreza, a miséria, a salário mínimo. –risos.

Ligia: – Sai daqui Carla! Você não vai agredir a gente assim!

Dulce: – Carla eu só quero o seu bem minha filha.

Carla: – Eu já disse Ligia, eu vim buscar umas roupas aqui e só saio com elas.

Ligia: – Sinto muito, você vai sem elas mesmo!

Ligia agarra Carla pelo braço e põe pra fora de casa.

Carla: – Me solta sua infeliz! Cafona!

Ligia: – Aqui você não entra!

Ligia tranca a porta por dentro e Carla esbraveja na porta.

Carla: – Você me paga Ligia! E você tia, eu sempre detestei seus doces porcaria! Você sempre preferiu ela.

Do outro lado da porta Dulce chora e pede para Ligia abrir a porta, mas a modelo não abre.

Carla: – Vocês são uma piada! E você Ligia, modelo? Modelo de cortiço, essa é boa! –risos.

Nesse momento Glória e Rodrigo estão chegando ao cortiço com umas sacolas do mercado.

Glória: – Não acredito no que os meus olhos veem.

Carla: – Pronto! Agora o circo tá completo! A cafetina e o seu garoto de programa. –risos.

Rodrigo: – Sua… – o jovem tenta avançar na direção de Carla, mas Glória o barra.

Glória: – Deixa ela comigo.

Carla: – Que que é? Vai encarar ô cafetina?

Glória: – Essa é por você me chamar de cafetina!

Glória dá a primeira bofetada em Carla que se desequilibra.

Carla: – Maldita! –ela avança na direção de Glória.

Glória: – Essa é por chantagear meu filho.

Carla recebe a segunda bofetada, esbarra no portão do cortiço e começa a rir.

Carla: – Filho de peixe, ou melhor, de piranha! –risos.

Glória: – Essa é por todas as coisas ruins que você já falou de mim, do meu filho, da Dulce e da Ligia.

A terceira bofetada leva Carla ao chão da calçada do cortiço.

Carla: – Ralé! Vocês são todos uma gentalha! Odeio vocês! –risos.

Glória: – Fica aí na rua que é o teu lugar! Daqui a pouco o caminhão do lixo tá passando. Vamos filho!

Glória e Rodrigo entram em casa.

 

No apartamento de Carolina…

Marcelo e Carol chegavam de uma caminhada e na entrada do prédio são abordados por Alexandre.

Marcelo: – O que você quer seu infeliz?

Alexandre: – Não fala comigo sua bicha! Eu vim falar com minha mulher.

Marcelo: – Tá querendo apanhar de novo? Esqueceu que tem uma medida protetiva? Eu vou chamar a polícia agora!

Alexandre saca um revólver da cintura.

Carolina: – Abaixa essa arma Alexandre, por favor.

Alexandre: – Vou acabar com você sua bicha! Por sua culpa a Carol pediu o divórcio!

Marcelo: – Não faz nada que você posso se arrepender Alexandre.

Alexandre rende Carol e aponta a arma para sua cabeça.

Alexandre: – Ela vai comigo! Agora! Joga seu celular pra cá!

Marcelo: – Calma! Eu vou fazer o que você tá pedindo, mas solta a Carol.

A tensão toma de conta da situação. Os três ali num impasse e Carol sob a mira da arma.

 

Num bar próximo ao cortiço…

Após levar umas tapas de Glória e de ser humilhada, a vilã vai dar seu golpe final, ela pega seu celular e faz uma ligação.

Carla: – É da mansão dos Brito de Carvalho?

Do outro lado da linha está Maria Estela.

Maria Estela: – Sim, você quer falar com quem?

Carla: – Com Maria Estela.

Maria Estela: – É ela mesma! Quem gostaria?

Carla: – Uma amiga.

Maria Estela: – Quem está falando? Vou desligar.

Carla: – Se eu fosse a senhora não desligava, já pensou se o seu diário cai em mãos erradas?

Maria Estela desliga imediatamente e sobe para seu quarto.

 

Fim do Capítulo

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