CENA 01. AQUAPAPER. FRENTE. EXT. DIA.

Armando e três homens entram na garagem. CLOSE nos olhos de fúria de Sandro por alguns segundos, com sonoplastia de suspense. Gioconda se aproxima repentinamente.

GIOCONDA
Sandro?

SANDRO
Oi? Gioconda?

GIOCONDA
Estava distraído. Viu alguma coisa errada?

SANDRO
Sim… Quero dizer, não. Está tudo em ordem.

GIOCONDA
Já que é assim, então por que não vem me acompanhar e ver as instalações da empresa?

SANDRO
Sim, Gioconda. Às suas ordens.

Sandro e Gioconda seguem em direção ao interior da empresa.

CENA 02. JORNAL. REDAÇÃO. INT. DIA.

Jô entra e põe a bolsa sobre a estação.

VICKY
E aí, amiga? Como foi lá?


Uma bomba atrás da outra. Caso de polícia. Aliás, só vou terminar uma reportagem e vou procurar a delegada.

VICKY
Falando em delegada, acabaram de ligar do hospital. Você nem imagina quem deu entrada lá faz uma hora.


Não. Quem?

VICKY
O secretário do doutor Armando. Baleado. Ao que parece, sobreviveu a uma tentativa de execução.


Sabe demais, e o doutor canalha deu um jeito de se livrar dele.

VICKY
E agora foi operado e está fora de perigo. Mas o queridinho do nosso patrão não pode nem imaginar, ou…


Mais uma pra delegada. O povo tá matando até por um saco de farinha. Se o Armando e a Helena acham que vão escapar, estão muito enganados.

CENA 03. MOTEL. QUARTO. INT. DIA.

Armando abre a porta e entra. Carly o espera sobre a cama, vestida com baby-doll.

CARLY
Nossa, você demorou.

ARMANDO
Tive que despistar a minha noiva e uma dúzia de puxa-sacos. Mas agora você é toda minha.

CARLY
Não sabe o quanto me deixa pirada por você, meu gatão!

Ela se levanta. Beija Armando com lascívia.

CENA 04. CASA NOÊMIA. SALA. INT. DIA.

Noêmia e Zoraide tomam café e conversam no sofá da sala.

NOÊMIA
Já viu o preço da batata?

ZORAIDE
Um roubo, minha amiga. Não se pode mais comprar batata, tomate, nem feijão. Se não fosse a ajuda da Mercedes e da Jô, a cozinha estaria vazia. Aliás, a Mercedes me ensinou umas coisas pra reaproveitar comida. Depois eu te passo.

NOÊMIA
Passa sim, porque na hora do aperto é assim que tem que fazer.

Alice entra aos prantos e segue direto para o quarto, sem falar nada às demais.

ZORAIDE
O que houve com ela?

NOÊMIA
Adivinha? Falei que o namorado não prestava. O resultado tá aí. Vou lá ver.

Noêmia se levanta e vai para o quarto de Alice. Zoraide pensativa.

CENA 05. CASA NOÊMIA. QUARTO ALICE. INT. DIA.

Alice chora deitada na cama, abraçada a um travesseiro. Noêmia bate à porta e entra.

NOÊMIA
Alice?

ALICE
Me deixa, mãe!

Noêmia senta na cama, ao lado de Alice.

NOÊMIA
Não deixo. Você vai me contar o que aconteceu pra você ficar assim. Por acaso foi teu namorado?

ALICE
Não foi nada. Só tô sensível.

NOÊMIA
Você não me engana, Alice. Ele aprontou alguma que você não gostou. Eu disse que…

ALICE
A gente só brigou. Tem algum problema nisso? Depois a gente se acerta.

NOÊMIA
Não é o que tá parecendo. Eu sei que ele te magoou.

ALICE
Me deixa sozinha.

NOÊMIA
Tá bom. Mas se quiser desabafar comigo, eu tô na sala com a Zoraide. Só não quero que você se maltrate por causa daquele…

Noêmia se levanta e sai, sem completar a frase.

CENA 06. CASA NOÊMIA. SALA. INT. DIA.

Noêmia volta e se senta com Zoraide.

ZORAIDE
E ela?

NOÊMIA
Brigou com o namorado, e parece que a coisa foi feia. Eu disse que esse Sandro não valia nada.

ZORAIDE
Para de implicar com o rapaz, Zoraide. Eles só devem ter brigado. Que casal não discute de vez em quando?

NOÊMIA
Coração de mãe não se engana. Se eu souber que ele aprontou com minha filha, ele vai ter que se haver comigo.

ZORAIDE
Deixe de bobagem, Noêmia. Sandro é um bom rapaz, e eu sou prova disso.

CENA 07. HOSPITAL. RECEPÇÃO. INT. DIA.

Jô e Vicky entram e se aproximam da recepcionista.

RECEPCIONISTA
Pois não?


Boa tarde. Somos amigas de Wilson Werner. Ele está internado nesse hospital. Queríamos saber como ele está.

RECEPCIONISTA
Só um instante. Vou encaminhar vocês pro médico responsável por ele.

VICKY
Obrigada. (a Jô; finge) Que covardia fizeram com ele. Uma pessoa tão boa, parceira de todo mundo. Quem poderia fazer mal a ele?

JÔ (também finge)
Aquele “nosso amigo” da Aquapaper. Quem mais? Ele odeia o Wilson.

RECEPCIONISTA
O doutor Régis espera vocês no consultório dele, no segundo andar, sala 203. É por ali.


Obrigada.

Jô e Vicky seguem pelo caminho indicado pela atendente.

CENA 08. HOSPITAL. CONSULTÓRIO. INT. DIA.

Régis abre a porta para Jô e Vicky. Todos se sentam à mesa do médico.


Eu sou Jô Mendes, e esta é minha amiga Vicky Arruda. Trabalhamos juntas num jornal.

RÉGIS
Sou doutor Régis. Já ouvi falar de vocês. Gosto muito do trabalho das duas.


Obrigada.

RÉGIS
E como posso ajudar vocês?


Estamos investigando uma tentativa de assassinato. Soube que a vítima deu entrada neste hospital e que foi socorrida por você.

VICKY
Wilson Werner, secretário particular do doutor Armando Alighieri, candidato à presidência e dono da Aquapaper.

RÉGIS
Sim, ele foi operado por mim há pouco.

VICKY
Temos suspeitas de que ele seria executado a mando do patrão, após o desaparecimento suspeito de outra secretária, chamada Jéssica.


Como ele está?

RÉGIS
Ainda sob efeito da anestesia. Ele passou por complicações na cirurgia, mas agora está fora de perigo.


Será que poderíamos ter uma conversa com ele. Por nossa conta mesmo. Nada será divulgado no jornal, por motivos éticos.

VICKY
Nosso patrão é partidário do principal suspeito. Não queremos cutucar a onça com vara curta.

RÉGIS
É, sei muito bem como ele é. Antipático, arrogante, cheio de amantes.


E criminoso da pior espécie.

RÉGIS
Pois é. E pensar que minha mãe é amiga dele. Pensa igualzinho a ele. (pausa) Me desculpem a indiscrição. Assim que o Wilson acordar, aviso vocês.

JÔ (joga)
Só mais uma pergunta. Você é filho do doutor Estêvão, não é?

RÉGIS
Sim, por quê?


Você me lembra o jeito dele e das suas irmãs.

CENA 09. HOSPITAL. BANHEIRO FEMININO. INT. DIA.

Jô e Vicky conversam em frente ao espelho. Vicky retoca a maquiagem.


Não quero nem ver quando esse rapaz descobrir como veio ao mundo.

VICKY
Do que tá falando?


Promete que não vai contar pra ninguém? Pelo amor de Deus, a história é pesada. Não desejo pra ninguém.

VICKY
Prometo. Fala logo.


A maluca da mãe dele se deitou com outro homem e engravidou desse rapaz, só pra agarrar o Estêvão.

VICKY
Só isso? Quantas mulheres fazem isso por aí?


Mas não com o próprio pai.

VICKY (passada)
Ah, Jô, você tá inventando isso aí pra me chocar.


Antes fosse. A mãe dela e um conhecido sabiam da trama toda. Helena nunca bateu bem da cabeça.

VICKY
Mas isso é incesto.


Né? Tem maluco pra tudo nessa vida. Até pra matar o pai e depois a mãe.

CENA 10. HOSPITAL. QUARTO BRUNO. INT. DIA.

Uma enfermeira leva comida para Bruno. Ana está de pé, do outro lado da cama dele.

ENFERMEIRA
Seu almoço atrasou, mas tá aqui.

BRUNO
Não tô com fome.

ANA
Não tá com fome, mas vai comer. (ajuda a enfermeira a colocar o prato sobre a bandeja) Nem que eu tenha que fazer aviãozinho. E olha que não tenho vergonha nenhuma de fazer isso na frente dos outros.

BRUNO
Se a Gioconda estivesse aqui, talvez eu me animasse a comer. Mas…

ANA
Mas nada. Esquece a Gioconda. Ela não te merece. Tanto que ela se juntou ao Armando na primeira oportunidade.

ENFERMEIRA
Xi, acho que tô vendo um coração partido.

BRUNO
Por que acha que vim pra cá. Não consigo viver sem minha Gioconda.

ANA
E muito menos sem comida. Vamos, abre a boca. (enche a colher de sopa) Olha o aviãozinho! (põe a colher na boca de Bruno)

ENFERMEIRA
Quem sabe ela ainda não reconsidera e vê que é você que ama ela de verdade?

ANA
Acho difícil. Ela gosta de homem rico, que ceda a todos os caprichos. Sabe como é mulher mimada?

BRUNO
Não fala assim dela.

ANA
Falo isso e muito mais. Outro aviãozinho…

Ela dá mais uma colherada de sopa para Bruno. Ana e a enfermeira riem.

CENA 11. RIO DE JANEIRO. PRAIA COPACABANA. EXT. NOITE.

Música: Miss You Like Crazy – Natalie Cole. Anoitece. Imagens do mar agitado e da praia lotada de jovens.

CENA 12. CASA HELENA. SALA. INT. DIA.

Música em fade. Helena fala ao telefone com Estêvão.

HELENA
Já disse que minha mãe não gosta de ser importunada nas suas viagens. Até parece que não conhece a sua sogra… Ah, tá bom… O quê?… Ah, vai passar uns dias aí?… Não sei por quê… Você mima demais as suas filhas, sabia?… Fazer o quê?… Tomara que morra e me deixe todos os seus bens.

Bate o telefone na cara dele. Jairo entra nesse instante.

JAIRO
Dona Helena, a senhora vai precisar de mim?

HELENA
Até que não é uma má ideia. Vai me fazer companhia hoje. A Amanda não vem pra casa, e o Régis vai passar a noite toda no plantão.

Helena se aproxima de Jairo e o beija. Ambos se engalfinham de desejo no chão.

CENA 13. HOSPITAL. QUARTO WILSON. INT. NOITE.

Wilson acorda. Régis de pé à frente dele.

WILSON
Onde estou? (dor)

RÉGIS
Não se mexa. Você passou por uma cirurgia complicada. Quase morreu.

WILSON
Tentaram me matar.

RÉGIS
Foi o que disseram mesmo.

WILSON
O Armando sabe que estou aqui? Por favor, ele não pode…

RÉGIS (corta)
Até agora, nenhum sinal dele. Mas vieram duas moças te procurar.

WILSON
Moças? Que moças?

RÉGIS
Jornalistas. Uma delas se chama Jô.

WILSON
Jô Mendes? (dor) Se for, preciso falar com ela.

RÉGIS
Ela só estava esperando você acordar. Vocês dois têm muito pra conversar.

CENA 14. CASA NOÊMIA. SALA. INT. NOITE.

Noêmia e Zoraide assistem à TV. Conversam durante o intervalo da novela.

NOÊMIA
Qual é o nome da próxima novela mesmo?

ZORAIDE
Acho que é Sinhá, alguma coisa assim. Disseram lá no grupo das noveleiras que vai ser tão boa quanto essa que tá acabando.

NOÊMIA
Fazia tempo que não passava uma novela tão boa quanto essa Insensatez.

ZORAIDE
Como não? A gente adorou Talismã, lembra? Senhora do Sertão, Falsas Juras, Doces Mentiras, Juízo Final, O Leão…

NOÊMIA
O Leão não era aquela que tinha um pai que se vingava da noiva do filho? A vilã era uma peste. Me lembra até a Gioconda.

ZORAIDE
Lá vem você com suas implicâncias. (toca a campainha)

NOÊMIA
Mas quem será a essa hora? (abre a porta) Só podia.

SANDRO
Boa noite, Noêmia. A Alice está?

NOÊMIA
Está, mas não quer falar com você.

ZORAIDE
Vou lá chamar.

NOÊMIA (tom)
Parada aí!

ALICE (vem do quarto)
Que gritaria é essa?

NOÊMIA
Você não vai falar com ele, né?

ALICE
É claro que vou. Ele é meu namorado. Vamos conversar aí fora, Sandro.

Alice sai com Sandro e fecha a porta por fora. Noêmia indignada.

ZORAIDE
Deixa que eles conversem e se entendam. Não se mete nisso, Noêmia.

NOÊMIA
Mas ele que se prepare, porque viro uma leoa.

ZORAIDE
O Ivan da novela tinha razão pra se vingar da nora. Já você está mais pra uma sogra chata de galocha.

CENA 15. APARTAMENTO GIOCONDA. SALA. INT. NOITE.

CLOSE em Armando, que grita furioso ao celular.

ARMANDO
Vivo? Como puderam ser tão incompetentes? (PLANO MÉDIO; Lena observa escondida) Pois agora não tem mais pagamento nenhum! Amanhã mesmo vocês vão ver o que é ficar debaixo da terra. Eu mesmo dou um jeito de acabar com a vida do Wilson.

Armando desliga o celular e o joga em direção a um espelho, quebrando-o. Apavorada, Lena sai de cena em direção à cozinha. Armando anda até o espelho e se olha através dele.

CENA 16. CASA NOÊMIA. FRENTE. EXT. NOITE.

Sandro e Alice conversam, mas ela não o encara.

SANDRO
A Mercedes me disse que saiu chorando da pensão.

ALICE
Só quero que me responda uma coisa. Que história é essa de se vingar do Armando?

SANDRO
Como soube?

ALICE
Ouvi a conversa da Mercedes hoje de manhã. Me diz que é mentira, que é exagero dela.

SANDRO
Não, não é. Eu quero acabar com a raça dele, por tudo que fez a mim e a minha família.

ALICE
Sandro, isso é muito perigoso. Ele tem muito poder, dinheiro. Como vai encarar ele sozinho?

SANDRO

Não estou sozinho. Tenho meus aliados.

ALICE
A Jô? Eu sabia que ela tinha suas falhas de caráter, mas não que ela fosse capaz de te manipular.

SANDRO
Ela não está me manipulando. Saí de Goiânia disposto a me vingar. Muito antes de conhecer você e ela. E vou até o fim. Até que ele morra e vá pro inferno, junto com a infeliz que me largou depois de me parir.

ALICE
Não posso acreditar no que tô ouvindo. É a sua mãe!

SANDRO

Não! Mãe é quem cria, quem dá amor, não quem pariu. Colocar no mundo é muito fácil. Qualquer uma faz. Abandonar o próprio filho é covardia. Você não sabe como é, porque tua mãe te criou. O homem que me criou me escondeu a vida toda que eu era um saco de lixo abandonado na porta dele. Ele mentiu pra mim a vida toda. Você acha que, depois dessa, posso confiar em alguém?

ALICE
Em mim você pode. E é por isso que eu te peço. Esquece essa vingança besta e segue sua vida. Perdoa a pobre mulher. E se ela não tinha condições de te criar e te mandou pra alguém que pudesse?

SANDRO
Não justifica. Ela vai me pagar muito caro pelo que fez.

ALICE
Tá bom. Você pode fazer justiça ou o que quiser contra ela. Mas não conta comigo. Se continuar com essa ideia ridícula, eu fico longe de você pra sempre.

Ela entra e bate a porta na cara de Sandro.

SANDRO
Alice! (fala sozinho) Droga! (pausa) Se acha que vou desistir, está muito enganada. Agora vou até o fim. Vou esfregar a cara desses dois na lama.

CENA 17. HOSPITAL. QUARTO WILSON. INT. NOITE.

Sonoplastia: suspense. Wilson dorme. Armando entra sorrateiramente e fecha a porta. Pega uma almofada sobre o sofá e se aproxima do secretário. Wilson acorda e se assusta. Rapidamente Armando põe a almofada sobre o rosto de Wilson, tentando asfixiá-lo. Jô e Régis entram imediatamente e flagram a cena. Armando se assusta e joga a almofada longe. Jô e Armando se encaram. Régis socorre Wilson. A sonoplastia para.


Muito bonito, hein, Armando Alighieri!

ARMANDO
Vai fazer o quê? Colocar no seu jornalzinho que eu tentei matar meu secretário? Mando seu patrão te censurar e acabo com a sua carreira num piscar de olhos.


Não, se depender de mim. A propósito, onde você mandou enterrar a Jéssica mesmo?

Ele levanta a mão pra bater em Jô, mas a delegada o impede.

DELEGADA
Doutor Armando, o senhor está preso em flagrante por tentativa de homicídio e por tentativa de agressão à mulher.

Jô sorri vitoriosa. Armando, furioso, é algemado e levado pela delegada. Régis consegue tranquilizar Wilson.

CENA 18. PENSÃO ZORAIDE. SALA JANTAR. INT. NOITE.

Vicky fala ao celular com Jô. Raul, Germano, Mercedes e Carly estão à sua volta.

VICKY
O Armando preso? Como foi?

RAUL
Aposto que é mais uma das intrigas da Jô pra incriminá-lo. Ele é um homem nobre e honrado, mas ela…

VICKY
Tô passada! Que canalha!

CARLY
Vou correr pra delegacia e salvar meu homem. (sai do cômodo; OS) A Jô me paga! (barulho de porta)

GERMANO
Já vai tarde!

VICKY
Menina, tu é foda! Queria ter o mesmo poder de pegar as pessoas em flagrante… Já sabe. Tá aqui do meu lado… Defendendo o homem nobre e honrado, pra variar.

RAUL
Defendo mesmo.

MERCEDES
Ainda vai se arrepender por isso, Raul. Eu sei do que tô falando. Fui vítima dele.

RAUL
Dele ou do covarde do Franco Novak?

MERCEDES
Nem vou te responder.

VICKY
É, tá discutindo aqui com a Mercedes. Depois me liga. Beijo, beijo. (desliga; aos demais) Doutor Armando foi preso em flagrante. Tentou matar de novo o secretário e quase bateu na Jô. Tudo isso na frente da delegada.

GERMANO
Mas é muito sórdido mesmo.

RAUL
Vou pra delegacia. Vicky, corre pro hospital e não deixa a sua amiga postar uma linha contra o Armando. Temos que abafar o caso.

VICKY
Só que não.

MERCEDES
Seu patrão é sempre assim, Vicky?

Todos vão em direção à porta de saída.

CENA 19. RUA. EXT. NOITE.

Sandro anda pela rua quase deserta, salvo por poucos carros que passam. O celular toca. Ele vê que a ligação é de Jô e atende.

SANDRO
Jô?

JÔ (VO, celular)
Você nem imagina o que acaba de acontecer.

SANDRO
Tirando o fato de minha namorada descobrir nosso plano de vingança e se colocar contra mim, não mesmo.

JÔ (VO, celular)
O Armando acaba de ser preso.

SANDRO
Você tá de brincadeira.

CENA 20. APARTAMENTO GIOCONDA. SALA. INT. DIA.

Lena conversa com Gioconda no sofá.

LENA (chocada)
Preso?

GIOCONDA
Pois é. O porteiro acabou de me falar.

LENA (aliviada)
Graças a Deus!

GIOCONDA
Aconteceu alguma coisa entre vocês dois?

Lena faz suspense. Está com medo. CLOSES alternados entre ela e Gioconda.

Efeito de fim de capítulo: imagem congela; FADE TO BLACK. Sonoplastia: vento.

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo