“Garota em Chamas”

 

[CENA 01 – GRAVADORA DE JÚLIO/ DIA]
JÚLIO – Vendi sua música? (nervoso) Como assim? De onde você tirou isso?
LARRISSA – (caminha até ele, com o contrato de venda nas mãos) Então o que significa esse contrato?
JÚLIO – (pega o contrato da mão dela) Ah, você tá falando disso?
LARISSA – Sim. Estou falando desse contrato de venda, onde a minha música foi vendida para uma tal de Kathyelle.
JÚLIO – (se afasta dela, caminha até o outro lado da mesa) Eu ia contar pra você. Ia contar hoje justamente.
LARISSA – Então é verdade? Você realmente vendeu a minha música?
JÚLIO – Infelizmente tive que fazer isso! Senta, por favor… garanto que vou te contar tudo.
LARISSA – (furiosa) Eu quem compus essa música, Júlio! Você não tinha esse direito de vende-la. Ela pertencia a mim!
JÚLIO – Na verdade… Ela pertencia a mim. Pertencia a gravadora.
LARISSA – Do que você está falando?
JÚLIO – Está no seu contrato. Qualquer obra artística que você crie, os direitos autorais são da gravadora.
LARISSA – Isso não existe. Você não pode fazer isso.
JÚLIO – Posso sim! Porque está no seu contrato. E você o assinou. Então, suas músicas pertencem a mim. E mesmo assim, veja pelo o lado bom. Entrou uma boa grana para os cofres da gravadora, o que será benéfico tanto para mim, quanto para você. Quanto mais dinheiro, melhor!
LARISSA – Você me disse que estava adaptando-a para ficar melhor pra mim?
JÚLIO – A música era boa, só que não era muito o seu estilo. Ela é perfeita para a Kathyelle.
LARISSA – Eu quero a minha música!
JÚLIO – Ela não é mais sua, Larissa. Ela foi registrada agora como sendo da Kathyelle.
LARISSA – Registrada? Você me enganou, Júlio! Você me traiu, agiu pelas minhas costas.
JÚLIO – Você verá que eu fiz a coisa certa. Com o dinheiro que entrou, a gravadora poderá…
LARISSA – (interrompendo-o) Eu não quero saber desse dinheiro. (caminha até a mesa dele, e pega uma cópia da letra da música) Eu vou levar a minha música comigo.
JÚLIO – Você pode levá-la, a vontade. Como eu disse a música está registrada como se fosse da Kathyelle. Oficialmente, a letra é dela.
LARISSA – (olha para ele por alguns segundos, decepcionada e furiosa) Estou fora. (caminha em direção à porta)
JÚLIO – Você não pode ir embora.
LARISSA – Só não posso como estou indo!
JÚLIO – Você não pode ir embora sem pagar a quantia da rescisão do contrato!
LARISSA – (para de andar, volta a olhar para ele) Quantia da rescisão do contrato?
JÚLIO – Tem uma outra clausula em seu contrato, que em caso de rescisão, você terá que pagar uma multa… (pega um pedaço de papel e escreve um valor) …neste valor! (oferece para Larissa, que se aproxima dele e pega o papel)
LARISSA – (assustada com o valor) Isso é um absurdo? Eu não tenho como pagar isso?
JÚLIO – Por isso que eu disse que você não pode sair!
LARISSA – Você é um desgraçado mesmo! Por que eu não suspeitei que estava caindo numa armadilha.
JÚLIO – Eu não tenho culpa se você não quis ler o contrato!
LARISSA – (tem vontade de chorar, mas acaba segurando) A minha vontade é de quebrar essa sua cara! (Júlio se assusta, récua um pouco) Porém, tenho certeza que se eu fizer isso, você vai me dizer que tem alguma outra clausula nesse bendito contrato que me prejudicaria ainda mais.
JÚLIO – (com medo) Eu fosse você, não arriscaria.
LARISSA – Não vou me sujar com um verme igual você. (volta a caminhar em direção à saída)
JÚLIO – (levanta-se, um pouco mais corajoso) Lembre-se, se quiser ir fique à vontade, mas você terá que me pagar uma boa quantia. (senta-se, pensativo)

[CENA 02 – CASA DE DÁCIO/ SALA – COZINHA/ DIA]
(Salete continua sorrindo para Dácio, ele está surpreso com sua mãe a sua frente)
SALETE – (pensa em abraçá-lo, mas acaba voltando atrás) Daniel me disse que você havia mudado de casa. Então, vim aqui para resolvermos a nossa última conversa.
DÁCIO – (olha para a entrada da cozinha, repara que seu pai continuava lá, empurra sua mãe para fora de casa, fecha a porta) Você não devia ter vindo aqui. Meu pai está em casa.
SALETE – Eu não tenho medo dele. E é bom que ele esteja, assim poderemos conversar os três juntos e colocaremos os pratos limpos na mesa.
DÁCIO – Não. Melhor, não. É melhor você ir embora, conversaremos depois. Eu também estava pensando em conversar com você.
SALETE – (sorri) Sério?
DÁCIO – Sim. Mas você precisa ir agora. Se meu pai te pega aqui, talvez nossa conversa não se realize novamente.
SALETE – Está bem. Vou está te esperando, meu filho! (Dácio não responde, apenas dá um leve sorriso. Salete vai embora, Dácio volta para dentro de casa, direto para cozinha)
[COZINHA]
HORÁCIO – Quem era?
DÁCIO – Vendedor.
HORÁCIO – Tão cedo assim?
DÁCIO – Pois é, mas já disse que ninguém estava interessado no que ele estava vendendo.
HORÁCIO – Bem, você vai me dar o endereço então?
DÁCIO – Endereço? Que endereço?
HORÁCIO – Como que endereço? O endereço onde aquela mulher está. Você não foi até a casa dela?
DÁCIO – Sim, fui. Só que como eu disse para o senhor. Foi por acaso que fui parar lá.
HORÁCIO – Você não tinha dito que foi um amigo seu que te indicou o local?
DÁCIO – Foi… mas, por engano acabei apagando algumas conversas do meu celular. E apaguei essa do meu amigo.
HORÁCIO – (desconfiado) Então você não sabe onde ela mora?
DÁCIO – Não. Infelizmente, não decorei o local.
HORÁCIO – Sem problema. Importa que agora você sabe quem realmente ela é, e que deve procurá-la novamente.
DÁCIO – Sim.
HORÁCIO – Ótimo. Agora eu vou indo, tenho que andar em algumas empresas procurando emprego. (levanta) Até mais, filho.
DÁCIO – Até. (Horácio vai embora, Dácio assim que fica sozinho, relaxa)

[CENA 03 – CASA DE SAMUEL/ SALA – RUA/ DIA]
(Samuel entra em sua casa, e ao ver o estado decadente do pai, fica com pena dele)
DANIEL – O senhor está bem?
SAMUEL – Sim. Na verdade, não. Fiquei preocupado esses dias todos com o seu sumiço. Por que você não me ligou? Não avisou que estava bem? Onde você passou esse tempo todo?
DANIEL – Estou na casa de uma amiga. Ela que me convenceu a ficar com você.
SAMUEL – Deus abençoe esta sua amiga. Volta pra casa, filho. Eu vou poder te ajudar com essa sua doença. (Daniel acaba de perceber, que mesmo descuidado, seu pai continuava o mesmo) Nesses últimos dias, andei pesquisando algumas clínicas, alguns psicólogos, que garantem a cura gay.
DANIEL – Cura gay? Não acredito nisso.
SAMUEL – Sim. Se você voltar, hoje mesmo marco uma consulta pra você. Em pouco tempo você poderá voltar a ser normal novamente.
DANIEL – O senhor continua o mesmo. Eu não devia ter vindo aqui.
SAMUEL – Espera, filho… por favor, não vá. Tenta compreender o meu lado, é difícil pra mim ter que aceitar que meu filho é… é gay. Pra mim, isso não é normal. E abominável.
DANIEL – Eu sou abominável agora?
SAMUEL – Não. Mas o que você tem sim!
DANIEL – Eu não tenho nada, pai! O senhor precisa aceitar o jeito que eu sou. Se o senhor não for capaz disso, então não posso mais voltar pra casa. (caminha em direção à porta, Samuel o segue)
SAMUEL – Por favor, filho, não vá.
DANIEL – Minha amiga achou que você talvez teria mudado, com o meu sumiço. Mas ela estava errada, eu sim sabia que o senhor não poderia mudar. (abre a porta e vai embora, Samuel vai atrás dele, mas ao sair na rua, Daniel havia corrido e estava um pouco longe. Samuel não querendo perder o filho novamente, volta para dentro de casa, pega a chave de seu carro e sai de casa novamente)

[CENA 04 – PIZZARIA/ DIA]
(Pedro está indo bem no atendimento em seu novo emprego, embora Laila não parasse de observá-lo da cozinha. Eduardo entra na pizzaria, direto para o balcão)
PEDRO – Mais uma entrega finalizada? Que rápido você, hein!
EDUARDO – Pois é. Essas foram todas no bairro, por isso a rapidez. (percebe Laila olhando para eles)
PEDRO – Bem, duas dessas aqui não são deste bairro. (empurra na direção dele algumas caixas de pizzas)
EDUARDO – Como está indo no primeiro dia de emprego?
PEDRO – Estou gostando. Embora, a Laila não para de me observar.
EDUARDO – Você percebeu, né?
PEDRO – Sim. A cada 20 minutos, ela aparece por aqui perguntando como estão as coisas.
EDUARDO – Relaxa, quando ela perceber que você é bom. Ela sairá um pouco do seu pé. Bem, deixa eu fazer essas entregas. (coloca as caixas de pizza na mochila e sai do balcão em direção à saída. Um cliente chama por Pedro, e ele vai atendê-lo)

[CENA 05 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ DIA]
(Salete chega ao cabaré sorrindo, encontra Nathaniel limpando o salão)
NATHANIEL – Olha só, pelo o sorriso a conversa foi bom com o filho.
SALETE – Não conversamos ainda, mas ele disse que quer conversar comigo! Meu filho quer conversar comigo, Nathan!
NATHANIEL – E isso é bom, né?
SALETE – Claro que é. Ele vai me perdoar, eu vou ter meu filho de volta. (Larissa entra no salão, chorando. Nathaniel a observa, solta o esfregão, e caminha até Larissa)
NATHANIEL – Larissa? O que houve, querida?
LARISSA – (o abraçando) Eu fui encanada. O Júlio me enganou.
SALETE – O Júlio? O que ele fez?
LARISSA – Ele me roubou. Ele roubou minhas músicas. (continua chorando, enquanto Nathaniel e Salete se entre olham, sem entender o que estava acontecendo)

[CENA 06 – CASA DE ALICE/ SALA/ DIA]
(Karina vem descendo as escadas, e se surpreende ao encontrar seu irmão na sala)
KARINA – Miguel! Que surpresa, meu irmão.
MIGUEL – Estava muito sozinho naquela casa. Então, vim ver minha família.
KARINA – Pedro não passou o dia em casa?
MIGUEL – Ele saiu para o primeiro dia de trabalho. (os dois caminham em direção ao sofá) Ele conseguiu um emprego de meio período numa pizzaria.
KARINA – Ele está reconstruindo a vida dele.
MIGUEL – Por favor, não começa Karina.
KARINA – Está bem, não vou tocar nesse assunto. Vamos aproveitar então que você veio me visitar, e que tal fazermos uma programação só de irmãos.
MIGUEL – Programação?
KARINA – É. Topa?
MIGUEL – Tá, onde você quer ir?
KARINA – Sei lá, vamos dar uma volta. (sorri, levanta do sofá, logo em seguida Miguel) Hoje, passaremos o dia juntos! (os dois saem de casa)

Mais Tarde…

[CENA 07 – CASA DE DÁCIO/ Q. DE DÁCIO/ TARDE]
(Dácio está com seu notebook na mesa em seu quarto, Pedro está sentado na cama, olhando para ele mexer)
DÁCIO – (digitando algo no computador) E você acha que Miguel ficou decepcionado?
PEDRO – Olha, eu meio que percebi que ele ficou sim um pouco incomodado, deu não ter pedido a ajuda dele. Só que, o pai é meu sabe. Eu que preciso ir atrás dele. Gosto muito do Miguel, de verdade, mas sei lá…
DÁCIO – Ele quer ajudar apenas, precisa compreender isso.
PEDRO – Eu compreendo, de verdade. Mas, vamos parar de falar nisso… (levanta da cama, e caminha em direção a Dácio) …como está indo aí?
DÁCIO – Bem, escaneie a foto que você trouxe, e fiz o upload dela em um site com um banco de imagens enorme. Se o cara que está na foto tiver tirado uma outra e postado na internet, a partir dessa que você me deu será comparada com centenas de outras, e em questão de tempo várias fotos dele vão aparecer.
PEDRO – Com isso poderemos saber quem é o cara?
DÁCIO – Sim. Se ele tiver algum perfil em alguma rede social, poderemos sim. (Pedro sorri, olhando para o monitor do notebook de Dácio)

[CENA 08 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ TARDE]
(Nathaniel está arrumando as mesas, junto com algumas meninas. Salete levou Larissa para descansar um pouco no quarto, pois a mesma estava muito nervosa. Daniel entra no salão, decepcionado mais uma vez)
NATHANIEL – (caminha até ele) Pelo visto a visita com o seu pai não foi tão bom assim.
DANIEL – Não foi mesmo. Meu pai nunca vai mudar, Nathan. Vai continua o mesmo preconceituoso de sempre. Acredita que ele pensou em uma cura gay pra mim?
NATHANIEL – Sério?
DANIEL – E essa não é a primeira vez, que ele tenta me deixar “normal”. Antes deu fugir de casa, ele levou algumas garotas para eu conhecer, acreditando que elas iriam me deixar hetero novamente.
NATHANIEL – Desculpa, eu não conheço o seu pai, mas depois dessas, eu faria questão de não voltar mais pra casa.
DANIEL – E não vou. Não volto mais para aquela casa nunca. (Samuel aparece no salão nesse momento)
NATHANIEL – (o observando entrar) Desculpa, amigo. Mas a casa só funciona à noite. (Daniel vira-se e se surpreende com seu pai)
SAMUEL – (surpreso ao descobrir onde o filho estava esse tempo todo) Então era neste lugar que você estava?

[CENA 09 – CASA DE DÁCIO/ Q. DE DÁCIO/ TARDE]
(Pedro voltou para a cama, após demorar um tempinho para a tal busca pelas imagens de seu suposto pai aparecerem)
PEDRO – A pizzaria é legal, gostei do primeiro dia de trabalho. O Eduardo também, é um cara legal.
DÁCIO – Eduardo é mesmo. E você acha que o dinheiro que você receberá de lá, conseguirá manter as despesas de sua casa?
PEDRO – Eu e Miguel daremos conta juntos. Ao menos, espero que ele comece a procurar um emprego. (o notebook de Dácio dá sinal que a busca finalizou)
DÁCIO – Oh, parece que foi encontrado algumas imagens. (Pedro levanta rapidamente, fica ao lado de Dácio)
PEDRO – Tem outras fotos desse cara?
DÁCIO – Tem. Inclusive, tem bastante. (mostra para Dácio a dezena de fotos que apareceram)
PEDRO – E por estas fotos dá para saber o nome dele? Onde ele mora? Se tem família?
DÁCIO – Calma, vamos com calma. Com a foto dá para acessar uma rede social dele. (entra no perfil dele) Oh, parece que ele ainda mora no Rio. O nome dele é Mauro dos Santos Carvalho, professor universitário pela UFRJ, e pelo que consta aqui está solteiro.
PEDRO – (feliz) Não tem o endereço?
DÁCIO – Nessa rede social não. Mas, com essas outras informações que descobrimos, me dá só um minuto que eu encontro já, já. (começa a digitar algo, Pedro volta para cama, sorrindo)
PEDRO – Mauro! Será que você é o meu pai? (Pedro só não imagina que Mauro é o tio de Andréa)

[CENA 10 – CASA DE OTÁVIO/ SALA – COZINHA/ TARDE]
(Silvana está lavando as louças e assim que enxaguava um prato, sente-se tonta. Desliga a torneira, coloca o prato em cima da pia, tenta caminhar até a mesa, mas acaba desmaiando. Otávio vem em direção do seu quarto para sala)
OTÁVIO – Mãe? (fica ao lado do piano, tentando ouvir algo) A senhora está aí? (continua andando em direção à cozinha) Mãe? (entra na cozinha, caminha até a mesa, e está bem próximo de Silvana desmaiada no chão) Mãe!

[CENA 11 – CASA DA ALICE/ ESTÚDIO/ TARDE]
(Alice está em seu estúdio, olhando para a sua agenda de shows, sorri. Em seguida levanta da cadeira, prepara uma música, vai até a sala de som, coloca os fones e prepara-se para cantar)

[CENA DE MÚSICA – GIRL ON FIRE (ALICIA KEYS)]

She’s just a girl, and she’s on fire 1
Hotter than a fantasy
Lonely like a highway
She’s living in a world, and it’s on fire
Feeling the catastrophe, but she knows she can fly away

Oh, she got both feet on the ground
And she’s burning it down
Oh, she got her head in the clouds
And she’s not backing down

This girl is on fire 2
This girl is on fire
She’s walking on fire
This girl is on fire

Looks like a girl, but she’s a flame 3
So bright, she can burn your eyes
Better look the other way
You can try, but you’ll never forget her name
She’s on top of the world
Hottest of the hottest girls, say

Oh, we got our feet on the ground
And we’re burning it down
Oh, got our head in the clouds
And we’re not coming down

This girl is on fire
This girl is on fire
She’s walking on fire
This girl is on fire

Everybody stands as she goes by 4
Cause they can see the flame that’s in her eyes
Watch her when she’s lighting up the night
Nobody knows that she’s a lonely girl
And it’s a lonely world
But she gon’ let it burn, baby, burn, baby

This girl is on fire
This girl is on fire
She’s walking on fire
This girl is on fire

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh

She’s just a girl, and she’s on fire

1. Alice começa a cantar focando-se em seu microfone a sua frente.
2. Ao longo da música, ela foca-se para o espelho da sala de som, feliz.
3. Paulo entra no estúdio, Alice o percebe e foca-se sua atenção à ele. Paulo senta-se na cadeira e observa Alice cantar.
4. Alice encerra a música, feliz, focando-se em seu tio, que a aplaude de pé.

[CENA 12 – CASA DE MANUELA/ SALA/ TARDE]
(Manuela está na sala, lendo um livro. Sua mãe chega em casa, e caminha até ela)
SARA – Oi, filha!
MANUELA – Oi, mãe! Chegou cedo.
SARA – É que pedi para sair um pouco mais cedo, para poder resolver o seu assunto da transferência de escola.
MANUELA – (fecha o livro) A senhora conseguiu?
SARA – Consegui! Você vai passar seu último ano, em um colégio novo. (Manuela sorri)

Continua no Capítulo 15…

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