“Vou Deixar”

 

[CENA 01 – CASA DE PEDRO/ SALA/ NOITE]
(Pedro continua olhando para Miguel, caminha até o outro lado do sofá)
PEDRO – Você vai embora e quer que eu vá morar na casa do Felipe?
MIGUEL – (caminhando até o outro lado também) Felipe é seu tio. É da sua família também.
PEDRO – Mesmo assim eu não quero. Eu não quero deixar a casa da minha mãe.
MIGUEL – Ou é isso ou você terá que voltar para Minas e morar junto com seu avô.
PEDRO – Eu não posso voltar. Logo agora que estou perto de encontrar meu pai, a banda…
MIGUEL – Eu sinto muito Pedro, mas as únicas opções que eu vejo são essas. A Paula continua no hospital, sem previsão de quando sairá do coma. O único parente que você tem aqui é o Felipe.
PEDRO – Eu não tenho nada contra o Felipe, de verdade. Eu o achei um cara bacana das poucas vezes que a gente conversou, mas não vou morar na casa dele. Não vou deixar a casa da minha mãe sozinha.
MIGUEL – Eu peço apenas que você pense. Eu vou para São Paulo com minha irmã depois de amanhã, e as opções que você tem são essas.
PEDRO – O vovô sabe?
MIGUEL – Irei contar para ele.
PEDRO – Pois conte logo, antes que eu fale com ele. (sobe para o quarto, Miguel vendo que naquele estado não teria jantar nenhum, senta-se no sofá e faz uma ligação)
MIGUEL – Oi, irmã…

[CENA 02 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ NOITE]
(Júlio continua olhando para Larissa, que levanta das pernas de seu cliente)
LARISSA – O que você está fazendo aqui?
JÚLIO – Imaginei que você viria para cá, após a nossa conversa.
LARISSA – Quero que você vá embora. Não temos mais nada para conversar. (Nathaniel aparece ao lado dela)
NATHANIEL – Esse rapaz está te incomodando, Larissa?
LARISSA – Não, Nathan. Ele já está de saída.
JÚLIO – Eu não vou embora, antes de falar com você.
LARISSA – Eu já disse que não tenho nada para falar com você.
JÚLIO – Tem sim. Temos um contrato assinado, você não poderá sair assim, como quiser.
LARISSA – Pois bem, se você não quer sair. Eu saio. (pega na mão do cliente, o puxa em direção aos quartos)
JÚLIO – (indo em direção a ela, um pouco exaltado) Você vai ter que conversar comigo, Larissa.
NATHANIEL – (entra na frente dele, o impedindo de segui-la) É melhor você ir embora. Não sei se você percebeu, mas ela está atendendo um cliente agora.
JÚLIO – Esse atendimento não irá durar a noite toda.
NATHANIEL – Talvez sim, talvez não. (Salete aparece ao lado de Nathaniel)
SALETE – O que está acontecendo aqui?
NATHANIEL – Nada, querida. Apenas estava mostrando a saída para este cliente.
JÚLIO – Digam para a Larissa que ela terá que falar comigo. Temos um contrato, e ela sabe o quanto me deve. (vai embora)
SALETE – Acho que terei que pedir para os seguranças não permitirem a entrada desse cara aqui.
NATHANIEL – Eu também acho. (volta para o balcão, Salete caminha pelo salão)

[CENA 03 – CASA DE FELIPE/ COZINHA/ NOITE]
(Karina vem entrando na cozinha, senta-se ao lado de Paulo)
VIVIANE – Era o Miguel?
KARINA – Sim. Ele ligou para avisar que não virá jantar com a gente. Acabou contando para o Pedro da sua decisão, e parece que ele ficou meio chateado.
ALICE – Não teria sido melhor ele ter contado aqui, com a gente? Assim poderíamos tê-lo ajudado.
KARINA – Meu irmão acha que seria melhor assim, só entre eles.
PAULO – Será que esse Pedro vai aceitar?
FELIPE – Se ele for tão teimoso quanto a mãe, tenho minhas dúvidas. Mas, eu iria gostar se ele viesse para cá.
ALICE – Eu também.
FELIPE – Mas, não podemos obrigá-lo a vim pra cá. Independentemente da decisão que ele tomar, não o iremos deixá-lo sozinho. Assim como não deixamos ninguém dessa família sozinho. (sorri)
VIVIANE – Isso mesmo, filho. Bem, vou pedir para que sirvam o jantar. (levanta da mesa, em direção a cozinha)

Amanhecendo…

[CENA 04 – CASA DE DÁCIO/ Q. DE DÁCIO/ DIA]
(Dácio e Daniel estão dormindo ainda. Os dois estão de conchinha, Horácio entra no quarto)
HORÁCIO – Filho? Você não acordou ainda? (se espanta com a cena que ver) O que significa isso?
DÁCIO – (acorda surpreso ao ver seu pai em frente da sua cama, e Daniel ao seu lado) Pai?
HORÁCIO – O que é isso, Dácio? Quem é este garoto? Por que vocês dois estão dormindo juntos?
DÁCIO – Calma, pai. Eu posso explicar. (senta-se na cama, nervoso. Daniel também acorda, assustado)
HORÁCIO – Eu quero sim uma explicação e é agora!

[CENA 05 – CASA DE PEDRO/ COZINHA/ DIA]
(Miguel está tomando seu café da manhã sozinho, Pedro entra na cozinha)
MIGUEL – Bom dia!
PEDRO – (senta-se à mesa um pouco sério) Bom dia.
MIGUEL – Eu contei para o seu avô. Ele também não gostou um pouco da notícia, mas acabou entendo meu lado.
PEDRO – Eu falei com ele ontem a noite. Ele me contou.
MIGUEL – Eu não quero te forçar a nada, Pedro. Prometi para sua mãe que iria cuidar de você, mas infelizmente agora não consigo. Tá difícil pra mim conseguir superar a morte dela. Eu vejo você e seu avô seguindo em frente, como se ela não tivesse nos deixado, me faz mostrar o quanto eu sou fraco.
PEDRO – Você não é fraco, Miguel.
MIGUEL – Sou. Eu não tô conseguindo seguir em frente. Não quando tudo que eu olho, me faz lembrar da sua mãe. Por isso, eu preciso ir. Preciso sair da cidade, preciso me ocupar com algo, preciso preencher este vazio aqui. Mas eu não vou me sentir bem, indo embora sem saber como você vai ficar. Eu entendo se você não quiser ir morar com o Felipe. Então, qualquer que seja a sua escolha, preciso saber se irá ficar bem.
PEDRO – Eu ainda não decidi.
MIGUEL – Sem problema. Pode pensar com calma, só lembra-se que amanhã estou indo embora.
PEDRO – Pode deixar, hoje mesmo darei uma resposta. (começa a se servir, os dois ficam em silêncio)

[CENA 06 – CASA DE DÁCIO/ SALA/ DIA]
(Horácio e Dácio foram para a sala conversar. Dácio está nervoso, vendo o pai sério)
HORÁCIO – Estou esperando, Dácio!
DÁCIO – Daniel é o meu amigo.
HORÁCIO – Daniel? Por acaso ele não é aquele garoto que aquele pai estava procurando naquele dia, é?
DÁCIO – É. Ele fugiu de casa e veio pedir minha ajuda.
HORÁCIO – E por que você não ligou para o pai dele? Você não viu o estado que ele estava naquele dia.
DÁCIO – A relação dos dois não está muito boa, pai. Por isso que o Daniel fugiu de casa.
HORÁCIO – E você o deixou dormir com você?
DÁCIO – (criando coragem para contar a verdade) Na verdade, a gente bem mais que dormiu junto.
HORÁCIO – Como assim?
DÁCIO – (respira fundo) Daniel e eu estamos tendo algo! Algo íntimo…
HORÁCIO – Íntimo?
DÁCIO – Acho que chegou a hora do senhor saber a verdade sobre mim. Eu gosto do Daniel! E somos bem mais que amigos.
HORÁCIO – Que história é essa, Dácio?
DÁCIO – Eu e Daniel somos namorados!
HORÁCIO –Chega de gracinha Dácio. O que está acontecendo?
DÁCIO – Não é piada, pai.
HORÁCIO – Não, não é verdade isso. Por isso você nunca me apresentou uma namorada? Pra mim parecia normal, porque você passava o dia em casa na frente do computador, com sua prima.
DÁCIO – Eu tinha medo de me assumir, por justamente não saber como o senhor reagiria. (Horácio começa a andar pela sala) Mas eu sou assim, pai. Eu e o Daniel gostamos muito um do outro, e seria muito bom se tivéssemos o seu apoio.
HORÁCIO – Não. Eu não vou apoiar isso. Não vou concordar com isso que vocês estão fazendo. Quero que esse garoto vá embora daqui.
DÁCIO – Ele não tem para onde ir, pai.
HORÁCIO – Eu quero que ele vá embora. Você gostar de homem ou mulher, não importa para mim. Você é meu filho, é a única coisa que eu mais amo nessa vida. Mas aquele garoto terá que ir embora daqui.
DÁCIO – Ele não tem para onde ir.
HORÁCIO – Sinto muito, mas é muita coisa pra mim aceitar de uma só vez. Ele vai ter que ir embora. E quando eu voltar, não quero mais o encontrar aqui. (caminha até a porta, saindo. Dácio fica alguns segundos na sala, pensativo)

[CENA 07 – CASA DELLE ROSE/ Q. DE LARISSA/ DIA]
(Nathaniel bate na porta do quarto de Larissa, entra e encontra Larissa acordada, sentada na cama)
NATHANIEL – Esperava te encontrar dormindo!
LARISSA – Eu mal consegui dormir.
NATHANIEL – Deixa eu adivinhar. Aquele babaca está te atormentando!
LARISSA – Como eu vou conseguir me livrar dele, com essa multa absurda. Onde vou conseguir esse dinheiro?
NATHANIEL – Não se preocupa. A Salete não disse que iria conversar com um amigo dela advogado? Pois então, é só esperar agora.
LARISSA – Mas e se ela não conseguir? E se o advogado não conseguir resolver? Eu preciso encontrar uma forma de conseguir esse dinheiro, Nathan. Preciso pensar em uma forma de conseguir me livrar do Júlio.
NATHANIEL – Bem, talvez tenha um jeito de você conseguir o dinheiro.
LARISSA – Como?
NATHANIEL – (pega o celular, faz uma pesquisa rápida e entrega para Larissa) As inscrições para este programa de música ainda estão abertas.
LARISSA – Sua Canção?
NATHANIEL – É. É um programa que descobre vozes pelo país. A voz vencedora leva para casa, 350 mil reais.
LARISSA – (surpresa) 350? Isso pra mim é o suficiente para pagar a multa e ficar com um bom dinheiro ainda.
NATHANIEL – É. O problema talvez seria o tempo. As inscrições vão até Março, e o programa mesmo só começa lá para Outubro.
LARISSA – Ah, não Nathan. É muito tempo. Preciso me livrar do Júlio agora. (entrega o celular para Nathaniel)
NATHANIEL – É. Essa foi a única solução que eu pensei no momento. Mas não se preocupa. Vamos aguardar a Salete conversar com o amigo dela, e dependendo do que ele disser, vamos pensar em uma outra solução. (segura nas mãos dela) Lembre-se, você não está sozinha. (sorri, assim como Larissa)

[CENA 08 – CASA DE DÁCIO/ Q. DE DÁCIO/ DIA]
(Dácio entra em seu quarto, sério. Daniel levanta da cama, assim que ele entra)
DANIEL – Então? Como foi a conversa com o seu pai?
DÁCIO – Eu contei a verdade pra ele. Eu me assumi.
DANIEL – E?
DÁCIO – Ele aceitou de boa. Disse que não ligava se eu gostasse de homem ou de mulher.
DANIEL – Quem dera todos os pais fossem assim.
DÁCIO – Contei que estamos tendo algo, mas… infelizmente ele quer que você vá embora.
DANIEL – Ué, ele aceita a orientação do filho, mas não aceita que ele namore?
DÁCIO – Talvez ele precise de um tempo, sei lá. Mas ele quer que você não esteja mais aqui, quando ele voltar.
DANIEL – De boa. (caminha até sua mochila, começa a arruma-la) O combinado mesmo era ficar aqui até amanhecer, depois eu iria procurar um lugar para ficar.
DÁCIO – Eu ainda não pensei em um lugar que você possa ir.
DANIEL – Eu me viro, Dácio. Não se preocupa.
DÁCIO – Está chateado com alguma coisa?
DANIEL – Não. Estou acostumado já com a rejeição. (coloca sua mochila nas costas) Você me leva até a porta?
DÁCIO – Eu ia preparar algo pra gente comer.
DANIEL – Não precisa, de verdade.
DÁCIO – (se aproxima dele) Eu vou conversar com o meu pai, está bem. Eu vou convencê-lo a deixar você passar um tempo aqui.
DANIEL – Eu agradeço, mas acho que seu pai não irá me aceitar.
DÁCIO – (brinca) Se ele não aceitar, então terei que fugir com você!
DANIEL – Sério? Você teria coragem mesmo de fugir comigo?! (Dácio o encara por alguns segundos)
DÁCIO – Eu disse que não queria te perder, não disse! (se aproxima dele e o beija)

Mais Tarde…

[CENA 09 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(Pedro chamou Ramon para conversar, e pela cara dele, ainda não tomou uma decisão)
RAMON – Rapaz, pela sua cara o assunto deve ser sério!
PEDRO – Eu tenho que tomar uma decisão, cara. E essa decisão pode influenciar o destino da banda.
RAMON – (preocupa-se) Você não vai embora novamente, vai?
PEDRO – Talvez.
RAMON – Você não pode ir embora, Pedro! Logo agora que começamos o programa.
PEDRO – Eu sei, eu sei. Eu não quero ir, ainda mais que também tem o assunto do meu pai para resolver.
RAMON – Então?
PEDRO – Miguel vai voltar para São Paulo com a irmã dele. Ele não está conseguindo seguir a vida dele aqui, por isso precisa ir embora. Eu por ser de menor, não posso ficar naquela casa sozinho, e como a minha tia ainda está no hospital, minhas opções são ou voltar para Minas e morar com o meu avô, ou passar um tempo na casa do meu outro tio.
RAMON – Outro tio?
PEDRO – Sim. O pai de Alice.
RAMON – Alice? Aquela que estava competindo no programa junto com a Andréa e que ganhou?
PEDRO – Ela mesma.
RAMON – Ué, e qual é o problema?
PEDRO – Meu problema nem é em morar com esse meu tio, acho ele um cara bacana. Eu só não quero ter que conviver com a filha dele.
RAMON – O que ela fez pra você?
PEDRO – Digamos que ela não é bem a garota que eu imaginava que fosse, sem contar que ela era afim de mim ou é ainda, não sei.
RAMON – Não vejo problema nenhum nisso. Pra falar verdade, Alice é muito gata. Quem dera eu tivesse uma prima assim afim de mim.
PEDRO – Você não está entendendo a situação, Ramon.
RAMON – Eu entendi sim, e olha… você não pode ir embora. Não pode deixar a banda, justo agora. Se você não quer olhar todo dia para a cara de sua prima, apenas ignora ela. Você precisa de um responsável que cuide de você, certo? (Pedro confirma com a cabeça) Pois, pronto! Você passa um tempo na casa desse seu tio, evita contato com essa sua prima, e foca-se apenas na banda e na busca pelo seu pai.
PEDRO – Não sei se será fácil assim, manter distância dela, sendo que estamos morando embaixo do mesmo teto.
RAMON – Se você quiser, pode passar o dia comigo e voltar pra casa só à noite. Quiser, pode até dormir na minha casa se quiser.
PEDRO – (pensativo) Pode ser. E realmente, apesar deu não gostar muito dessa ideia, essa talvez seja a única solução para eu continuar no Rio. Está decidido então. Eu irei morar na casa do Felipe!

[CENA 10 – CASA DE OTÁVIO/ SALA/ TARDE]
(Otávio está na sala, sentado à frente de seu piano, tocando algumas notas aleatórias, campainha toca)
OTÁVIO – (procurando seu bastão, levanta-se, em direção a porta) Já vai! (a abre, e Saulo está à sua frente) Pois não? (Saulo não responde, mas continua observando Otávio)

[CENA 11 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(Ramon chamou o pessoal da banda, para ensaiarem na lanchonete do Ivo. Em poucos minutos o pessoal chegou e se organizaram no palco, estão prontos para cantar)

[CENA DE MÚSICA – VOU DEIXAR (SKANK)]

Vou deixar a vida me levar 1
Pra onde ela quiser
Estou no meu lugar
Você já sabe onde é

Não conte o tempo por nós dois
Pois a qualquer hora
Posso estar de volta
Depois que a noite terminar

Vou deixar a vida me levar 2
Pra onde ela quiser
Seguir a direção
De uma estrela qualquer

Não quero hora pra voltar
Não!
Conheço bem a solidão
Me solta!
E deixa a sorte me buscar

Nananã! 3
Eu já estou na sua estrada
Sozinho não enxergo nada
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou esquecer de mim
E você se puder
Não me esqueça

Vou deixar o coração bater
Na madrugada sem fim
Deixar o sol te ver
Ajoelhada por mim
Sim!

Não tenho hora pra voltar 4
Não!
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar

Eu já estou na sua estrada
Sozinho não enxergo nada
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou esquecer de mim
E você se puder
Não me esqueça

Não, não, não quero hora 5
Pra voltar, não
Conheço bem a solidão
Me solta!
E deixa a sorte me buscar
Não, não, não tenho hora
Pra voltar, não
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar

1. Os garotos começam a tocar, animados. Pedro começa a cantar, pessoal da lanchonete se animam.
2. Pedro aparenta está feliz cantando a música, mesmo após a decisão que tomou minutos atrás.
3. Pedro olha para Ramon e sorri. Alice entra na lanchonete, vendo o shows dos garotos, caminha até o palco.
4. Alice passar por Ivo, que estava atendendo uma mesa, sorri para ele e continua em direção ao palco.
5. Em frente ao palco, Pedro a ver, mas nem isso tira a felicidade dele cantando. Assim que encerra a música, comemora com seus colegas de banda, coloca seu baixo ao lado e desce do palco, em direção à Alice. Os dois ficam frente a frente, se encaram.

Contínua no Capítulo 18…

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo