“Aberração”

 

[CENA 01 – PRAIA/ NOITE]
(Pedro e Alice estão arrumando suas mochilas, para voltarem com o Paulo para casa. Ramon se aproxima de Pedro)
RAMON – Será que seu tio ficou chateado por termos matado aula?
PEDRO – Eu não sei, cara. Porém, pela cara que o Paulo está fazendo, não deve ser coisa boa.
RAMON – Se soubesse que iria gerar problema, nem deveria ter aceitado isso.
ALICE – Relaxa, Ramon. Eu sei como conversar com meu pai, seja o que for, saberei remediar. Finalizem o acampamento sem a gente. Amanhã o ônibus virá buscar vocês.
RAMON – Ficará meio chato agora, já que só estamos aqui por sua causa.
ALICE – Não se preocupa. Que vamos marcar um outro acampamento em comemoração da vitória de vocês no programa.
RAMON – Opa, pode ter certeza que sim.
PEDRO – (colocando sua mochila no ombro) Terminou a sua Alice?
ALICE – Sim. (a coloca no ombro também) Antes deu ir preciso dizer algo para o Marcelo. (se afasta de Pedro, indo até a fogueira)
RAMON – Rolou?
PEDRO – O que?
RAMON – Ora, o que? Vocês dois ficaram a tarde inteiro sumidos, obviamente rolou alguma coisa entre vocês.
PEDRO – Eu não sou de ficar dizendo essas coisas por aí, cara.
RAMON – (sorri) Então rolou!! (Pedro se afasta de Ramon encabulado, em direção a fogueira)

[CENA 02 – CASA DE ALICE/ SALA/ NOITE]
PAULA – (surpresa) Você já sabia?
FELIPE – Acabei de descobrir.
VIVIANE – Que história é essa, Felipe? Como assim o Pedro é o seu filho?
FELIPE – Assim como a senhora ficou surpresa, eu também fiquei, mamãe. Mas, creio que a Paula vai poder nos contar toda essa história. Foi para isso que você veio, não foi?
PAULA – Foi. (todos sentam-se, e focam-se em Paula) Bem, podemos dizer que tudo começou naquela noite em que você e minha irmã se conheceram…

[CENA 03 – ESTRADA/ NOITE]
(após de despedirem do pessoal, Pedro e Alice entram no carro de Paulo e voltam para a casa. Os garotos estão nos bancos de trás, e hora ou outra trocam alguns olhares. Paulo percebe, e isso o incomoda)
PAULO – (tentando atrair a atenção deles) Os garotos disseram que vocês sumiram a tarde inteira. (olha pelo retrovisor, um pouco sério) Posso saber onde vocês estavam?
ALICE – Estava apresentando a praia para o Pedro.
PAULO – E precisou durar a tarde inteira?
ALICE – Meio que eu também apresentei algumas ilhas.
PAULO – Só vocês dois?
PEDRO – Nós e o rapaz da lancha, né Alice?
ALICE – Sim.
PAULO – Ele permaneceu o tempo inteiro?
ALICE – Sim, tio, permaneceu. (começa a ficar incomodada com tantas perguntas. Paulo fica em silêncio, mas continuava olhando para os garotos pelo retrovisor)

[CENA 04 – CASA DA ALICE/ SALA/ NOITE]
(Paula contou toda a história que Carla manteve guardada por anos)
FELIPE – (levanta-se, perplexo) Como a Carla pode esconder isso por esse tempo todo?
PAULA – Minha irmã era muito teimosa. Quando ela colocava algo na cabeça, não tinha ninguém que a fizesse tirar.
FELIPE – Ela sabia esse tempo todo que não eramos irmãos? Poderíamos ter vivido a nossa história. Poderíamos ter criado nossos filhos juntos. (tem vontade de chorar) Poderíamos ter tido a nossa chance de sermos felizes, um ao lado do outro.
VIVIANE – Estou perplexa com tudo isso. Quer dizer que o Pedro é o meu neto!
FELIPE – Sou eu agora quem deixará vocês todos perplexos.
FREDERICO – Como assim?
FELIPE – Pedro e Alice são irmãos!
PAULO – Claro que são. O fato dos dois serem seus filhos, prova isso.
FELIPE – Eu não me expliquei direito. Quero dizer que… a Alice também é filha da Carla. (Paula levanta-se, surpresa)

[CENA 05 – PRAIA/ NOITE]
(embora tenha ficado um clima de curiosidade entre os garotos, a cantoria e o círculo na fogueira se mantêm)
RAMON – (tocando algumas notas aleatórias) É, acho que está ficando tarde já.
ÉSTER – Pior que estou com nenhum pouquinho de sono.
THALITA – São duas.
ANA – Mas temos que acordar cedo amanhã, pessoal. Temos que desmontar as barracas, guardar nossas coisas, para quando o ônibus chegar, esteja tudo pronto.
ANDRÉA – Creio que ainda podemos ficar mais um tempinho, Ramon. Pelo menos para mais uma música.
RAMON – (para de tocar) Bem, dessa vez eu passo. Alguém se oferece para cantar. (Andréa até pensa em pegar o violão, mas não tinha nenhuma música em mente para o momento. Como ninguém se oferecia, Manuela levanta-se, caminha até Ramon e pega o violão)
MANUELA – Eu quero cantar uma música! (volta para perto das meninas, começa a tocar, todos prestam atenção)

[CENA DE MÚSICA – PEÇA FELICIDADE (MELIM)]

Hoje vamos desejar o bem 1
Sem olhar a quem
Acabar com a solidão
No ato de estender a mão
Peça tudo o que você quiser
Acredite na sua fé
Paz, saúde, vigor
Sucesso, alegria, esperança, amor

Aproveite todas sensações 2
Sinta a chuva te molhar
E quando o Sol chegar
Deixa esquentar
Tenha dentro do seu coração
Pureza e verdade
O que você transmitir
Volta com intensidade

Quando não souber o que pedir
Peça felicidade
Quando não souber o que doar
Doe sua metade
E depois vai sentir a energia
E satisfação de ver nascer um novo dia

Aproveite todas sensações 3
Sinta a chuva te molhar
E quando o Sol chegar
Deixa esquentar
Tenha dentro do seu coração
Pureza e verdade
O que você transmitir
Volta com intensidade

Quando não souber o que pedir 4
Peça felicidade
Quando não souber o que doar
Doe sua metade
E depois vai sentir a energia
E satisfação de ver nascer um novo dia

Peça felicidade

1. Manuela começa cantando, e todos se atentam à ela, principalmente Marcelo.
2. Alan levanta novamente, e puxa Ana para dançar. Manuela canta sorrindo, olho para a fogueira.
3. Ana e Alan dançam ao redor do pessoal, Andréa e Ramon se entreolham algumas vezes. Manuela olha para Marcelo, e o ver sorrindo.
4. Manuela encerra a música, todos a observando.

[CENA 06 – CASA DE ALICE/ SALA – ESCRITÓRIO/ NOITE]
FREDERICO – (levanta-se) O que você está falando, Felipe? A Alice é filha da Luana com você! Ela não pode ser filha da Carla.
PAULA – Não brinca com a gente, Felipe.
FELIPE – Não estou brincando. Isso é uma outra longa história, que irei resumir. Luana e Carla entraram em trabalho de parto no mesmo dia. (Paula lembra-se deste dia, e lembra de ter visto Camila junto com Cláudio)
PAULA – Sim, eu lembro. Eu lembro da Camila, que na época namorava com o irmão da Luana, ter ido ao hospital que a Carla entrou.
FELIPE – As duas entraram em trabalho de parto no mesmo dia, e por uma coincidência do acaso, as crianças foram trocadas.
VIVIANE – Trocadas?
FELIPE – A menina que faleceu, na verdade era a filha da Luana.
PAULA – (volta a sentar-se) Meu Deus…
FELIPE – A menina que a Carla teve, foi trocada com esta que faleceu. Tudo não passou de um plano da mãe da Luana.
PAULA – A filha da minha irmã sobreviveu? Ela está viva este tempo todo!
FREDERICO – Você tem certeza disso, Felipe? (Felipe apenas confirma com a cabeça, sério)
VIVIANE – Meu Deus!! Eu não sei o que dizer sobre tudo isso.
FELIPE – E ainda tem mais.
PAULA – Mais?
FELIPE – Desde que Pedro se mudou para cá, ele e Alice se aproximaram bastante. Eu achei que seria bom, achava que os dois eram primos, e um faria bem para o outro. De certa forma eu estava certo, no entanto, eu só não contava que os dois se aproximariam mais do que deviam.
PAULA – Mais do que deviam… (Paulo chega em casa, e logo atrás dele, Pedro e Alice)
PEDRO – (surpreso e feliz ao ver sua tia) Tia?! A senhora acordou! (joga a mochila no chão e corre para abraça-la)
PAULA – (emociona-se) Pedro, querido! Desculpa por eu não está aqui.
PEDRO – Não liga pra isso, eu não fiquei sozinho. (olha para Alice, sorri. Paula também olha para ela, emociona-se)
PAULA – (caminha até Alice) Olhando bem agora… você é bem parecida com a sua mãe.
ALICE – (estranhando o comentário) Tá, obrigada. (caminha até seu pai) Muito bem papai, estamos em casa. Posso saber o que tão importante o senhor quer conversar com a gente? (repara o jeito estranho que Frederico a observava)
FELIPE – Se ninguém aqui se importa, gostaria de ter essa conversa em particular só com vocês.
VIVIANE – Você tem razão. Essa conversa, precisa ser em família. (Pedro estranha o comentário)
FELIPE – Então, vamos para o escritório. (caminha até lá, Pedro abraça novamente sua tia e em seguida segue Alice até o escritório)
PAULO – (caminha até Viviane) Será que alguém pode me atualizar das notícias agora. (Paula caminha até Frederico, sorri)
PAULA – Ela se parece tanto com a Carla, papai.
[ESCRITÓRIO]
(Felipe está sentado, e espera os garotos sentar-se a sua frente. Fica um curto silêncio na sala)
FELIPE – (os observa atentamente) Vocês dois lado a lado…
ALICE – (olha para Pedro, confusa) Confesso que não estou entendendo esse mistério todo, pai.
PEDRO – Muito menos eu.
ALICE – Será que antes não podemos dar uma notícia para o senhor? Já que estamos os três aqui reunidos.
FELIPE – Não. Precisamos longo ter essa conversa.
ALICE – Mas é rápido, depois podemos conversar sobre a fuga da escola. Imagino que seja por isso que o senhor pediu que o tio Paulo fosse até Paraty.
FELIPE – Não. Vocês não tem nem ideia do que estou preste a revelar para vocês.
PEDRO – (preocupa-se) Revelar?
FELIPE – (nervoso, procurando as palavras adequadas) Eu descobri quem é o seu verdadeiro pai, Pedro.
PEDRO – Descobriu?
ALICE – Sério? Que maravilha, Pedro. (segura na mão dele, Felipe não gosta muita do jeito que Alice olhou para ele)
PEDRO – Como você descobriu? Quem ele é?
FELIPE – Eu sou o seu pai, Pedro! (Alice automaticamente solta das mãos de Pedro)
ALICE – Que brincadeira sem graça é essa, papai?! (repara Felipe sério demais)
FELIPE – Não é brincadeira. Eu sou o seu pai Pedro. Vocês são irmãos. (Pedro e Alice se entreolham, assustados)
ALICE – Isso não pode ser verdade, pai. Por favor diga que isso é brincadeira.
FELIPE – Bem que eu gostaria.
PEDRO – (levanta-se, totalmente confuso) Isso é impossível! Você e minha mãe são irmãos.
FELIPE – Não somos irmãos.
PEDRO – Não. (começa a se afastar, olha para Alice) A gente… Não… (sai do escritório correndo, ao chegar na sala, Paula levanta, fica de frente dele, e o ver assustado)
PAULA – Pedro, você está bem?
PEDRO – A senhora sabia de tudo? (Paula confirma com a cabeça) Vocês todos sabiam?! E nunca contaram para mim.
FREDERICO – (levanta, indo em direção ao neto) A gente ficou sabendo disso agora, filho.
PEDRO – (começa a chorar, enfurecido) Mentira! Vocês todos mentiram pra mim. Vocês todos sabiam o quanto era importante eu saber da verdade!
PAULA – (tenta abraça-lo) Eu queria que sua mãe contasse a verdade antes.
PEDRO – (se afasta) Me larga! (sai correndo até a porta da rua, saindo de casa)
PAULA – (indo atrás dele, mas para na porta) Pedro, querido… vem cá. Vamos conversar. (Alice sai correndo do escritório, em direção ao seu quarto. Felipe aparece na sala logo em seguida)
VIVIANE – Pelo a reação dos garotos, a verdade não veio em uma boa hora.
FELIPE – Na verdade, creio que se demorasse mais, alguma algo de pior poderia ter acontecido. (Alice entra em seu quarto, tranca a porta e se joga na cama chorando. Pedro continua correndo pela rua o mais rápido que pode, também chorando)

[CENA 07 – PRAIA/ NOITE]
(alguns garotos foram se deitar, Dácio e Daniel continuam ao redor da fogueira)
DÁCIO – Queria poder ficar mais uma noite nesse lugar.
DANIEL – De preferência só nos dois. (repara que estão sozinhos, e segura na mão dele)
DÁCIO – Alguém pode nos ver!
DANIEL – Concordo. Acho que ficaríamos melhor se fossemos para a barraca.
DÁCIO – Nos não vamos fazer isso aqui. Vai que alguém nos pegar.
DANIEL – Só a gente não fazer barulho. (se aproxima dele)
DÁCIO – Você é muito louco mesmo.
DANIEL – Mas eu sei que você quer também. (o beija rapidamente, Dácio sorri)
DÁCIO – Sem barulhos, ok? (os dois sorriem, Daniel apaga a fogueira e vão para a barraca)

[CENA 08 – RUA – CASA DE ALICE/ Q. DE ALICE/ NOITE]
(Pedro está andando de cabeça baixa, com os olhos fundos de tanto chorar. Alice está sentada em sua cama, no mesmo estado. Os dois começam a cantar)

[CENA DE MÚSICA – CREEP (RADIOHEAD)]

[PEDRO]
When you were here before 1
Couldn’t look you in the eyes
You’re just like an angel
Your skin makes me cry

[ALICE]
You float like a feather 2
In a beautiful world
I wish I was special
You’re so fucking special

[ALICE E PEDRO]
But I’m a creep 3
I’m a weirdo
What the hell am I doing here?
I don’t belong here

[ALICE]
I don’t care if it hurts 4
I wanna have control
I wanna a perfect body
I wanna a perfect soul

[PEDRO]
I want you to notice 5
When I’m not around
You’re so fucking special
I wish I was special

[ALICE E PEDRO]
But I’m a creep 6
I’m a weirdo
What the hell am I doing here?
I don’t belong here

She’s running out the door 7
She’s running out
She run, run, run, run
Run

[PEDRO]
Whatever makes you happy 8

[ALICE]
Whatever you want

[ALICE E PEDRO]
You’re so fucking special
I wish I was special

But I’m a creep 9
I’m a weirdo
What the hell am I doing here?
I don’t belong here
I don’t belong here

1. Pedro caminha pela rua como se já não se importasse com nada. Os carros vem e vão, enquanto ele não sabe mais para onde ir.
2. Alice continua sentada em sua cama, com o mesmo semblante vazio que Pedro.
3. Pedro continua andando, e apesar da movimentação a sua volta, dentro dele tudo permanecia um tremendo vazio.
4. Alice levanta-se da cama, e caminha até o espelho.
5. Pedro senta-se chega à uma praça, senta-se em um banquinho, observa as demais pessoas.
6. Alice senta-se em sua cama, ainda olhando para o reflexo em seu espelho.
7. Pedro levanta-se do banco e começa a correr pela praça, chora. Alice deita-se em sua cama, também chora.
8. Pedro volta para a rua, caminhando lentamente dessa vez. Alice continua deitada, olhando para o teto.
9. Alice vira-se para o lado, abraça seu travesseiro. Enquanto Pedro, continua andando pela rua, perdido por dentro.

[CENA 09 – PENSÃO/ Q. DE EDUARDO/ NOITE]
(Eduardo está tomando água, quando alguém bate em sua porta, já imagina quem seja)
EDUARDO – Oi, Pedro. Entra.
PEDRO – Obrigado por me deixar ficar aqui, Edu.
EDUARDO – Relaxa. Tudo bem?
PEDRO – Preciso apenas dormir. Não se preocupa, posso ficar no chão mesmo.
EDUARDO – Que isso, você pode dormir no colchão do Daniel. Já que ele foi acampar com o Dácio. Pensei que você estivesse com eles também.
PEDRO – Eu estava. No entanto, o mundo me trouxe para a realidade. (senta-se no colchão de Daniel, tira sua camisa)
EDUARDO – (percebendo-o um pouco estranho) Tem certeza que está tudo bem? Se você quiser conversar.
PEDRO – Só preciso dormir, Edu. Obrigado, mesmo assim. (deita-se, vira-se para o outro lado. Eduardo caminha até a pia, guarda seu copo, vai para sua cama, apaga a luz e se deita também. Pedro abre os olhos e fica pensativo)

Amanhecendo…

[CENA 10 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
(Paula está andando de um lado para o outro, ligando ainda para o celular de Pedro, Frederico vem descendo as escadas)
FREDERICO – Bom dia, filha.
PAULA – Bom dia, pai.
FREDERICO – Pedro ainda não atende o celular?
PAULA – Não. Estou começando a ficar preocupada. Onde será que ele passou a noite? Eu deveria tê-lo o impedido.
FREDERICO – Relaxa, talvez ele tenha ido dormir na casa de algum amigo.
PAULA – Quem?
FREDERICO – Não sei. Mas não precisa ficar preocupada, está bem. Eu mais do que ninguém sei o quão responsável o Pedro é, e que ele não seria capaz de nenhuma loucura.
PAULA – Mesmo assim, irei continua ligando. (volta a ligar, Frederico a observa)

[CENA 11 – CASA DE ALICE/ Q. DE ALICE/ DIA]
(Felipe bate na porta do quarto de Alice, entra em seguida)
FELIPE – Filha? Está dormindo ainda. (entra no quarto e o encontra vazio. A cama está bagunçada, vai até o banheiro e também o encontra vazio) Filha? Você está aí! (volta a procurar pelo quarto, caminha até o guarda roupa com receio de que a mesma tenha fugido, mas todas as roupas dela continuam no lugar, preocupa-se) Onde você está Alice? (sai do quarto apressado em seguida)

[CENA 12 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Ivo está limpando o balcão, quando Pedro aparece em sua frente)
IVO – Bom dia, Pedro. Que surpresa você aqui! O pessoal já chegaram da praia?
PEDRO – Não sei, mas com certeza devem está saindo de lá. O fato é que preciso conversar com você.
IVO – Comigo? (o percebe sério)
PEDRO – Pretendia contar logo para o Ramon, mas creio que ele irá demorar um pouco a chegar. Você sendo o empresário da banda, precisa saber da decisão que tomei.
IVO – Que decisão?
PEDRO – Eu vou sair da banda!

Continua no Capítulo 35…

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