“Proposta”

 

[CENA 01 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DA CARLA/ NOITE]
(Carla e Paula estão no quarto, ainda continuam conversando sobre o pai)
PAULA – Eu também quero voltar para o Rio. Ele é meu pai também, Carla!
CARLA – Não vamos brigar Paula, você vai ficar aqui com minha madrinha. Eu também não vou demorar muito, se a copia dessa carta ainda está em casa.
PAULA – Você não está me enganando? E se você vai para procurar nosso pai?
CARLA – Confia em mim. A gente vai procurá-lo juntas.

[CENA 02 – BOATE/ NOITE]
(Cláudio deixa Luana na boate, em seguida sai com seus amigos. Sérgio, Adriano e Roberto também estão nessa mesma boate. Luana começa a beber, se animar e novamente esbarra com Sérgio. Ele sabe quem é ela, mas ela não lembra dele, por causa do efeito da bebida. Ela puxa ele pra pista e os dois ficam novamente. Porém, dessa vez a relação deles não ficou só na boate. Sérgio leva Luana para seu apartamento, sem que os meninos percebessem)

Amanhecendo…

[CENA 03 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
(Sérgio leva Luana para fora do apartamento, tentando não acordar ninguém)
LUANA – Tem certeza que ninguém descobriu a gente aqui?
SÉRGIO – Tenho! Os rapazes devem está dormindo ainda, eles não costumam acordar essa hora!
LUANA – Vamos nos ver ainda? (fica em frente a ele)
SÉRGIO – Realmente você não sabe quem eu sou?
LUANA – Deveria? (o beija)
SÉRGIO – Melhor você ir, se o pessoal acorda e te pega aqui, vão ficar pegando no meu pé.
LUANA – Então tá! (se beijam de novo) Tchau.
SÉRGIO – Tchau! (fecha à porta e quando se vira, se depara com Adriano)
ADRIANO – Pensou que ia esconder da gente?
SÉRGIO – (assustado) O que faz aí?
ADRIANO – Estava vendo você se despedir de sua “namorada”? Seria esse o nome?
SÉRGIO – Ela não é minha namorada. (caminha para à cozinha, Adriano vai logo atrás)
ADRIANO – Não é? Cara, você dormiu com a noiva do Felipe, nosso amigo…
SÉRGIO – Eles não são noivos, quer dizer acho que não.
ADRIANO – Eu só sei, que está na hora de você contar a real para o Felipe!
SÉRGIO – Eu não sei. Quer saber, estou cansado, vou voltar a dormir, quando acordar, decido o que faço. Bom dia.
ADRIANO – Bom dia. (Sérgio vai para o quarto meio chateado)

[CENA 04 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ DIA]
(Camila levanta primeiro que as outras. Caminha até o sofá, e se deita. Logo depois, campainha toca, ela vendo que as meninas não ouviram decide abrir a porta)
CAMILA – Quem é? (ninguém responde e ela abre mesmo assim)
BIANCA – Olá filha! Estava com saudades da mamãe?
CAMILA – O que você está fazendo aqui?
BIANCA – Não vai convidar sua mãe para entrar?
CAMILA – Você não entra aqui. (empurra à porta e Bianca a impede de fechar)
BIANCA – Que é isso filhinha, você não vai virar as costa logo agora para sua mãe, né?
CAMILA – (gritando) Sai daqui, me deixa em paz.
BIANCA – Olha aqui… (empurra à porta com força e entra dentro de casa) …sua garota chata. Eu sou sua mãe, você tem que me respeitar.
CAMILA – Você não é minha mãe, minha mãe morreu.
BIANCA – Eu sou sua mãe sim. Você queira ou não. Continua a mesma de sempre né? Mal criada, desobediente, só que agora estou aqui, para te educar como devia.
ADRIANA – O que é que está acontecendo aqui? (aparece na sala)
JOANA – Camila. (corre até ela, que já estava chorando)
BIANCA – Bom dia meninas.
CAMILA – (chorando) Mandem ela embora daqui. Eu não quero ela aqui.
ADRIANA – Você não ouviu, você não é bem vinda aqui.
BIANCA – Eu acho que vocês não sabem quem eu sou ainda. Sou a mãe dessa ingrata que fez tudo por ela, e agora, que já está grandinha pensa que não precisa mais de mim.
CAMILA – (grita) Eu não preciso de você. Nunca precisei, quero você longe daqui, longe da minha vida. Volta para o inferno que você estava.
BIANCA – Olha aqui sua moleca… (levanta a mão para bater nela, mas Adriana entra no meio e segura a mão dela)
ADRIANA – Não ouse tocar na minha amiga. Aqui ela não está sozinha.
BIANCA – Você me deve garota e eu vou cobrar.
ADRIANA – Agora, se você quiser ir pro bem, à porta da rua é a serventia da casa.
BIANCA – Eu vou, mas não pense que vai se livrar assim de mim viu garota. (ela vai embora)
JOANA – Você está bem? (levando ela até o sofá)
CAMILA – Não quero essa mulher aqui de novo.
ADRIANA – Não se preocupa amiga, estamos aqui. Você não está sozinha.

[CENA 05 – CASA DO FREDERICO/ COZINHA/ DIA]
(Beatriz está na cozinha tomando o café da manha sozinha)
THOMAS – (entrando na cozinha) Bom dia minha irmã.
BEATRIZ – Bom Dia.
THOMAS – Suponho que o Frederico ainda esteja deitado?!
BEATRIZ – O Frederico está muito cansado. Ele tem muitos assuntos para resolver e isso o deixa muito exausto.
THOMAS – Sei! Eu, ao contrario de uns e outros, que gostam de dormir até tarde, já estou indo para empresa.
BEATRIZ – Não começa pegar no pé do Frederico meu irmão. Ele não está nem aqui para se defender.
THOMAS – Quero saber quando você vai abrir seus olhos e perceber quem realmente é seu marido.
BEATRIZ – Eu nunca entendi essa sua implicância com o Frederico?
THOMAS – Eu adoraria ficar aqui e ter essa conversar, mas tenho que trabalhar minha irmã. Tchau. (dar um beijo no rosto de Beatriz e sai logo em seguida)

[CENA 06 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO) / COZINHA/ DIA]
(Rosário está terminando de arrumar a mesa, quando Carla e Paula entram na cozinha)
ROSÁRIO – Que bom que vocês já desceram! Tem café na garrafa, os pães tão aqui em cima, na sacola, a manteiga tá na geladeira, leite em cima do fogão. Podem se servirem, que hoje não vai dar pra ficar com vocês, vão chegar uns fornecedores lá no comércio e tenho que está lá.
CARLA – Pode ir madrinha, a gente se virá aqui.
ROSÁRIO – Ok. Ah, já ia me esquecendo, Paula, estou quase conseguindo uma vaga num cursinho bem aqui perto, só preciso de uns documento seus.
PAULA – De quais?
ROSÁRIO – Depois falamos sobre isso, é que estou realmente atrasada! Tchau meninas, preciso correr. (sai apressada da cozinha)
CARLA – Tchau.
PAULA – Você sabe onde está a outra carta? (as duas se sentam e começam se servir)
CARLA – Não. A única dica que sei, foi a que a mamãe escreveu na carta.
PAULA – Que está no lugar onde só você e ela saberiam!
CARLA – Isso. Nossa, já ia me esquecendo!
PAULA – O que?
CARLA – De ligar para as meninas, elas devem está achando que esqueci delas.
PAULA – Será que elas vão atender agora?
CARLA – Espero que sim. (corre pra sala fazer a ligação) Alô, Joana?
JOANA – Olha só quem finalmente decidiu ligar? Tinha esquecido da gente era?
CARLA – Nada, já tinha ligado antes, só que ninguém atendeu.
JOANA – Nem te conto como as coisas estão aqui, Carla!
CARLA – O que houve? Está tudo bem?
JOANA – A Camila, você precisa ver como ela esta. Nervosa, espantada, nunca tinha visto ela dessa maneira.
CARLA – Mas porque?
JOANA – Tudo por causa da mãe dela, é uma longa historia e não sei se é bom contar pelo telefone.
CARLA – Se for o assunto que estou pensando, acho que já sei.
JOANA – Como assim? Você já sabia?
CARLA – Já!
JOANA – Quer dizer que só nos não sabíamos?
CARLA – Talvez. Eu conheço a Camila mais tempo que vocês. A confiança que temos uma na outra grande.
JOANA – Eu sei, só que pensei que a gente éramos amiga.
CARLA – Olha o ciúmes, Joana. É serio, queria está aí apoiando ela.
JOANA – Ela está passando os dias deitada no quarto, perdeu duas aulas na faculdade e não sei o que eu faço mais.
CARLA – Tentem distrair ela e não deixem que essa mulher vá aí procura-la.
JOANA – O pior é que ela já veio aqui. E tiveram uma discussão feia. Mas, mudando de assunto, como estão aí? Já se adaptaram?
CARLA – Paula ainda está se adaptando, mas vamos chegar lá. Bem, vou ter que desligar, o telefone é da minha madrinha e não quero que a conta venha alta aqui. Mas outro dia ligo de novo e espero que vocês me atendam viu.
JOANA – Ver se não demora pra ligar, ta? Beijos. Tchau.

[CENA 07 – CASA DA LUANA/ SALA/ DIA]
(Luana chega em casa e diferente da ultima vez, ela tenta não fazer muito barulho. Ela sobe as escadas com calma, mas mesmo assim, ela é flagrada por sua mãe)
VERÔNICA – Isso são horas de chegar? (saindo da cozinha)
LUANA – Anda, dar logo o seu sermão que eu quero ir para o meu quarto dormir!
VERÔNICA – Eu não vou dar sermão nenhum. Quero que você suba para seu quarto, tome um banho, se arrume e desça, que a gente vai para casa do Felipe.
LUANA – Fazer?
VERÔNICA – Esqueceu que não mostramos o resultado do teste ainda? Vamos até lá resolver de vez essa situação. Até tudo estiver acertado, não vamos parar de ir lá.
LUANA – Então boa sorte. (sobe para o quarto)
VERÔNICA – Hoje esse noivado continua ou não me chamo Verônica.

[CENA 08 – LANCHONETE/ DIA]
(Joana entra na lanchonete e logo é atendida por Junior)
JUNIOR – (sério) Já escolheu o que vai pedir?
JOANA – Na verdade eu queria conversar.
JUNIOR – Pois acho que você veio ao lugar errado. Eu não sou psicólogo e isso é uma lanchonete. Já que não vai pedir nada, com licença. (sai deixando ela sozinha constrangida na mesa)

[CENA 09 – CASA DO FELIPE/ Q. DA VIVIANE/ DIA]
(Viviane pensa em Frederico e nem repara Paulo entrando em seu quarto, com outra bandeja de café da manha para ela)
PAULO – Eu posso saber por que a senhora não desceu para tomar seu café da manha?
VIVIANE – Estava sem fome filho.
PAULO – Mas a senhora tem que comer alguma coisa, por mais pouca que seja. (coloca à bandeja sobre ela) Posso sabe em que a senhora estava pensando, que nem me percebeu entrando em seu quarto?
VIVIANE – Estava pensando naquela mulher que veio aqui ontem. Teve algo que ela me disse, que não saí da minha cabeça.
PAULO – O que foi que ela disse?
VIVIANE – É melhor dizer quando seu irmão chegar. Esse assunto também é do interesse dele.

[CENA 10 – PRAÇA/ DIA]
(Bianca se encontra num banquinho de uma praça, comendo um cachorro quente)
BIANCA – É Bianca, essa sua vidinha de miséria logo vai acabar, graças a seu potinho de ouro, que vai te tirar dessa ruína. Só preciso convencê-la. E acho que já sei como!

[CENA 11 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ DIA]
(Joana chega em casa, triste com o fora que levou do Junior)
ADRIANA – Posso saber onde a mocinha estava?
JOANA – Como se você se preocupasse onde eu vou ou com quem estou?
ADRIANA – Então você estava com alguém? Me conta tudo, é gatinho?
JOANA – Ah vai sonhando que vou te dizer.
ADRIANA – É sério? Então tá, deixa que descubro sozinha.
JOANA – Mudando de assunto, a Carla ligou!
ADRIANA – Lembrou da gente foi? Quando ela ligou?
JOANA – Um pouco mais cedo! Conversamos pouco, mas ela disse que está tudo bem com ela e a Paula. Já estão instaladas na casa da madrinha dela e estão se adaptando em São Paulo!
ADRIANA – Ela pelo menos disse quando vai ligar de novo?
JOANA – Não disse. Mas de qualquer forma, ela está bem e lembrou da gente. (vai para o quarto, deixando a Adriana sozinha na sala)

Anoitecendo…

[CENA 12 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA – COZINHA/ NOITE]
(Sérgio estava lendo um livro e de repente começa a pensar em Luana. Roberto entra na sala e ver o amigo viajando nas nuvens)
ROBERTO – Pensando nela?
SÉRGIO – O quê? (cai na real) Não viaja, Roberto. (fecha o livro, joga em cima do sofá e vai para cozinha)
ROBERTO – Eu viajando! (seguindo ele) Estou com meus dois pés bem colados no chão amigo, agora já você…
SÉRGIO – (irritado) Qual é, Roberto? Vocês agora vão ficar toda hora pegando no meu pé por causa disso?
ROBERTO – Calma cara.  Parei por aqui.
SÉRGIO – Assim espero. Convenceram o Felipe? Ele vai fazer o show amanha?
ROBERTO – Não. Eu e o Adriano ligamos para ele, tentamos de tudo, mas ele realmente está convencido em seguir a carreira do pai.
SÉRGIO – O que faremos agora? Precisamos de um vocalista.
ROBERTO – Infelizmente, o jeito é cancelar. Não acredito cara. O primeiro show da banda, e desistimos dele assim tão fácil.
SÉRGIO – Também não precisa ficar assim. Essa banda é mais do Felipe do que nossa. Era o sonho dele, se ele quis desistir, o problema é dele.
ROBERTO – Uau, você falando assim, parece até que tá com raiva dele.
SÉRGIO – Só estou sendo sincero. Se o Felipe realmente amasse essa banda, como ele tanto dizia, não jogaria tudo fora assim tão fácil. (sai da cozinha, deixando Roberto sozinho)

[CENA 13 – CASA DA LUANA/ SALA/ NOITE]
(Verônica desce as escadas e é elogiada por seu filho que está na sala com Vitoria e Fernanda)
CLÁUDIO – Nossa, que musa é essa?
VERÔNICA – Obrigada, filho!
VITORIA – Arrumou um namorado foi tia?
VERÔNICA – Não querida. Vou jantar na casa do Felipe hoje. Vamos comemorar o retorno do noivado da Luana!
CLÁUDIO – Eles voltaram, não estava sabendo disso?
VERÔNICA – Voltaram, esses dois se amam, não aguentam ficar muito tempo separados.
FERNANDA – E onde está a Luana?
VERÔNICA – Ainda lá em cima, ela tem que está linda pra hoje.
VITORIA – A senhora me parece tão feliz com retorno desse noivado?
VERÔNICA – Que mãe não fica feliz ao ver sua filha feliz, construindo sua própria família com quem ama.
FERNANDA – E que envelope é esse em suas mãos tia?
VERÔNICA – É um documento que irá garantir minha felicidade essa noite. (Luana vem descendo as escadas)
LUANA – (nada animada) Está bem para senhora?
VERÔNICA – É… só que está faltando um sorrisinho em seu rosto não?
VITORIA – Verdade Luana, ao contrário de sua mãe, você perece está bem triste com esse noivado. O que foi? Não quer mais casar?
VERÔNICA – Não diga bobagens menina. Luana está morrendo de felicidade por dentro, é que ela não gosta de expor sua felicidade, para não provocar inveja para outras pessoas que queriam está em seu lugar.
VITORIA – Imagino.
LUANA – Será que podemos ir?
VERÔNICA – Vamos filha, já perdermos muito tempo. (Verônica e Luana caminham até à porta e vão embora)
FERNANDA – É estamos sozinhos. Então vamos comer?
CLÁUDIO – O pior é que eu tinha uns planos de sair com um pessoal… (olhando para o celular) …só que não deu muito certo.
VITORIA – E porque você não sai com a Fernanda? Ela me disse que tinha um filme bom em cartaz e queria assistir. Ela até me convidou pra ir, mas estou com uma dor de cabeça e infelizmente não posso acompanhá-la. Porque você não a acompanha até o cinema?
CLÁUDIO – Se você quiser minha companhia durante um filme todo, eu aceito. (Fernanda não sabe o que dizer, gagueja alguma coisa, mas Vitoria é quem responde)
VITORIA – Ela aceita sim, né Fernanda?
FERNANDA – Claro, quer dizer… se não atrapalha seus planos?
CLÁUDIO – Meus planos já foram atrapalhados. Vai ser bom pegar um cineminha, ainda mais com minha prima. E eu também não estou afim de ficar em casa. Então, você vai se arrumar ou vai assim mesmo?
VITORIA – Ela vai se arrumar. Vou com ela pra ela andar mais rápido, você aguarde aí. Vamos Fernanda. (a puxa pelo braço, levando escada à cima)
FERNANDA – Porque você fez isso sua louca? (dar um leve tapa no ombro de sua irmã)
VITORIA – Aí! Você devia me agradecer, em vez de ficar me agredindo. Se não fizesse nada, você nunca iria chegar no nosso primo. Agora aproveita, que planejei isso e ver se pega ele. (Fernanda finge não gosta do que sua irmã fez, mas no fundo, ela gostou sim)

[CENA 14 – APARTAMENTO DA CAMILA/ Q. DA ADRIANA – COZINHA/ NOITE]
(Joana vai até o quarto da Adriana e repara que ela está no banho. Ela aproveita e pega o celular da amiga que estava em cima da cama. Procura o contato do Junior, o anota em seu braço e põe o celular no mesmo lugar. Sai do quarto, já na cozinha, digita o número em seu celular e liga para o rapaz)
JUNIOR – Não conheço esse número. Alô! Quem fala?
JOANA – Oi, aqui é a Joana, a garota da lanchonete de hoje de manha.
JUNIOR – O que você quer? Como conseguiu meu número?
JOANA – Queria conversar com você. Será que a gente podia se encontrar na pracinha, que fica bem perto da lanchonete?
JUNIOR – Estou ocupado agora, não posso ir. (desliga o celular. Ela retorna a ligação novamente e ele tem um receio de atender, mas acaba atendendo)
JOANA – Por favor, só quero conversar com você. Aí depois prometo que não vou mais te procurar. (ele não responde nada por um tempo) Você topa? Alô? Está aí ainda?
JUNIOR – Te encontro lá daqui meia hora.
JOANA – (contente) Ok. Então te encontro lá, daqui meia hora. Tchau! Não acredito, consegui, consegui!!! Vamos ver se dar certo agora Joana. (contém a felicidade um pouco e vai para seu quarto se arrumar)

[CENA 15 – CINEMA/ NOITE]
CLÁUDIO – Chegamos. E parece que o filme já começou.
FERNANDA – Precisamos encontrar um lugar para a gente sentar?
CLÁUDIO – Claro, acho que ali está bom pra gente. (ele pega na mão dela e a leva pela escuridão do cinema, até duas poltronas no meio) Esses lugares estão bom?
FERNANDA – Estão. (diz baixinho) Com você qualquer lugar fica bom.
CLÁUDIO – O que você disse?
FERNANDA – Você quer mais pipoca?
CLÁUDIO – Quero sim. Qual é o nome desse filme mesmo?
FERNANDA – Vou ser sincera, não me lembro. (rir)
CLÁUDIO – Ah cabecinha de vento. Meu refri está acabando. Vou comprar mais, você quer outro ou mais pipoca?
FERNANDA – Não, esse aqui dar o filme todo!
CLÁUDIO – Certeza?
FERNANDA – Tenho.
CLÁUDIO – Então tá. Vou lá, guarda o meu lugar viu, não demoro. (Cláudio vai pegar outro refri, e sozinha, Fernanda não esconde a felicidade que está sentido)

[CENA 16 – PRAÇA/ NOITE]
(na praça, Joana espera Junior. Como o rapaz está demorando, pensa que ele deu um bolo nela, então decide ir embora, mas antes que se levantasse para ir, Junior aparece)
JOANA – Você demorou. Pensei que não ia vir?
JUNIOR – Pois é, mas eu vim. Então, o que você quer?
JOANA – Queria conversar com você.
JUNIOR – Sobre o quê?
JOANA – Senta? (Junior senta, um pouco afastado dela e olha para frente) Como que você está?
JUNIOR – Bem. (uma longa pausa ocorre, Joana olha para o céu, ver a lua cheia, clara, linda)
JOANA – A lua está linda hoje né?
JUNIOR – Se você me tirou de casa para nada, sinceramente vou embora. (se levanta para ir embora)
JOANA – Espera. (segura em sua mão) Eu preciso fazer uma coisa antes.
JUNIOR – O que? (os dois ficam de frente um ao outro, Joana o encara por um tempo, toma coragem e o beija)

[CENA 17 – CASA DO FELIPE/ SALA/ NOITE]
(Felipe chega em casa e logo repara que tem visitas)
VERÔNICA – Que bom que você chegou. Assim podemos terminar aquele assunto.
LUANA – Mamãe, a senhora não ver que ele chegou agora, deve está cansando, precisando de um banho…
FELIPE – Não, posso resolver isso antes.
VERÔNICA – Viu filha. Então, aqui está o teste. Nem abrimos, porque queremos que você o abra. (entrega para ele. Em silêncio, abre o envelope e ver o resultado)
PAULO – Então, qual o resultado irmão?
FELIPE – Positivo!
VERÔNICA – Eu sabia, conheço minha filha e ela está grávida, e você vai ter que assumir. (ele guarda o resultado no envelope, sem dizer nada) Ainda desconfia da gente, Felipe? Não vai dizer nada?
FELIPE – Será que podíamos conversar a sós lá no escritório, Luana?
VERÔNICA – Como assim a sós? Temos que resolver isso em família, aqui na frente de todo mundo.
LUANA – Mamãe! Isso é um assunto meu e do Felipe, temos que resolver isso sozinhos!
FELIPE – Eu vou está te esperando. (ele vai até o escritório e deixa a porta aberta)
VERÔNICA – Ver lá o que vocês vão conversar, não estraga tudo.
LUANA – Pode deixar, vou fazer tudo como a senhora planejou. (ela sai e antes que Verônica fosse atrás para ouvir a conversar, Paulo a impede)
PAULO – A senhora não ouviu? Eles precisam conversar sozinhos!

[CENA 18 – PRAÇA/ NOITE]
(após roubar um beijo de Junior, o mesmo empurra Joana e se afasta dela)
JUNIOR – O que é isso? Tá maluca?
JOANA – Desculpa, é que eu… eu queria… Desculpa. Não queria ter feito isso.
JUNIOR – Você é maluca igual aquela sua amiga. Pensa que quer fazer o mesmo que ela? Está enganada. Isso não vai acontecer. (sai deixando-a sozinha)
JOANA – Espera… Eu não sou igual a ela, por favor! (vendo que já era tarde, volta à se sentar no banco) E agora, fiz tudo errado. Sua burra, burra.

[CENA 19 – CINEMA/ NOITE]
(Cláudio volta com sua bebida)
FERNANDA – Você demorou hein! A fila tava grande?
CLÁUDIO – Nem tanto assim, na verdade, demorei porque encontrei uma garota na fila, aí começamos a conversar, começou a rolar um clima e marcamos para irmos em uma boate aqui perto. Você não se importar né, prima?
FERNANDA – (decepcionada, mas fingi) Não, sem problemas. Eu pego um táxi depois.
CLÁUDIO – Valeu prima, prometo que marcamos um outro dia, para assistirmos esse filme.
FERNANDA – Não precisa, vai lá, não é bom deixar a menina esperando.
CLÁUDIO – Estou indo, bom resto do filme pra você! (dar um beijo na bochecha dela e sai)
FERNANDA – É… sozinha de novo.

[CENA 20 – CASA DO FELIPE/ SALA – ESCRITÓRIO/ NOITE]
(Verônica está andando de um lado para o outro na sala, curiosa querendo saber o que tanto Luana e Felipe conversam)
VERÔNICA – O que será que eles tanto conversam lá dentro?
PAULO – Bem, não faz nem 5 minutos que eles entraram.
VERÔNICA – Pra mim, parece que são horas.
[NO ESCRITÓRIO]
LUANA – Pronto, agora podemos conversar sem ninguém se intrometendo.
FELIPE – Assim espero.
LUANA – Eu não estou querendo obrigar nem nada, mas…
FELIPE – Quanto você quer para me dar essa criança?

Contínua no Capítulo 09…

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