“Herdeira”

 

[CENA 01 – APARTAMENTO DA CAMILA/ FRENTE DO APARTAMENTO/ TARDE]
(Junior e Joana param em frente ao apartamento)
JUNIOR – Pronto, entregue. (ele a beija, mas ela não retribui) O que foi? Você passou o dia inteiro quieta, não disse quase nada. Está tudo bem?
JOANA – Estou, não é nada, apenas um mal estar. Acho que foi alguma coisa que eu comi ontem.
JUNIOR – Certeza?
JOANA – Tenho, agora quero me deitar um pouco.
JUNIOR – Qualquer coisa me liga. (dar outro beijo, mas novamente ela não retribui) Tchau.
JOANA – Tchau! (Joana entra e Junior sai achando a namorada estranha)

[CENA 02 – CASA DO FELIPE/ JARDIM/ TARDE]
(a festa continua mesmo depois dos noivos terem ido direto para a lua de mel. Adriano e Roberto vendo que não tinham mais nada para fazer ali, decidem ir embora)
ADRIANO – É cara, acho que essa festa aqui já deu pra nós.
ROBERTO – Também acho.
ADRIANO – Vamos então?
ROBERTO – Vamos. (os dois caminham no meio do pessoal até a saída. Viviane que estava na beira da piscina, acaba esbarrando em Frederico)
FREDERICO – Oi!
VIVIANE – O que você está fazendo aqui?
FREDERICO – Eu vim ver casamento do meu filho.
VIVIANE – Felipe não é seu filho.
FREDERICO – Então é o Paulo?
VIVIANE – É melhor você sair daqui.
PAULO – (aparecendo atrás dele) Fred, você aqui?
FREDERICO – Oi, como vai? (cumprimentam com as mãos)
PAULO – Bem, estou atrapalhando alguma coisa?
VIVIANE – Não, nada. O Frederico, já estava indo embora.
PAULO – Já?
FREDERICO – É, ainda tenho alguns assuntos pra resolver, vim só parabenizar os recém-casados, mas como eles já foram. Tchau Viviane. (Frederico caminha até a saída, mas ver Carla logo a frente, então ele se esconde)
VERÔNICA – (esbarrando nele) Você aqui de novo?
FREDERICO – Eu já estou de saída, não precisa se preocupar.
VERÔNICA – Deixe essa família em paz e esquece o que houve no passado.
FREDERICO – Desculpa, mas você não manda em mim. (vai para outro lugar, tentando não ser visto por Carla, que vai se aproximando de Viviane. Verônica também vai em direção à Viviane)
VERÔNICA – O que vocês conversavam?
VIVIANE – Nada, já mandei ele embora.
VERÔNICA – É bom mesmo, porque se ele continuar vindo aqui, você sabe que segredos podem ser revelados.
VIVIANE – Pode deixar, não vou permitir a entrada dele novamente. (ela repara mais um problema) Mas essa agora. (Viviane olha Bianca se aproximando)
ROBERTO – Espera cara! (ele ver Carla se aproximando de Viviane)
ADRIANO – O que foi?
ROBERTO – Espera, vamos esperar mais um pouco. (continua observando Carla)
(do outro lado do jardim)
FREDERICO – (surpreso) Não pode ser. Minha filha?! Mas o que ela está fazendo aqui?
VIVIANE – Você de novo?
VERÔNICA – O que essa mulher faz aqui de novo?
BIANCA – Sou a dona desta casa e dessa vez, trago provas. Está é minha filha com o Fernando. (apresenta Camila)
VIVIANE – Essa casa não é dela!
BIANCA – Verdade. Ela não é completamente a dona desta casa, mas tem uma parte.
VERÔNICA – Olha aqui, eu venho planejando essa festa há anos, não vai ser uma mulherzinha que nem você, que vai estragar tudo.
VIVIANE – Ninguém vai estragar nada aqui.
BIANCA – Então, vocês preferem ter essa conversa aqui ou vamos para um lugar mais discreto.
VIVIANE – Você não ver que estamos comemorando o casamento do meu filho?
BIANCA – Que ótimo. Ficamos para a festa então.
CAMILA – Não vamos ficar pra festa nenhuma. Viemos aqui para resolver logo esse assunto e você sumir da minha vida.
BIANCA – Eu não vou embora agora, cheguei até aqui e só vou sair quando conseguir o que eu quero.
VIVIANE – E o que você quer?
VERÔNICA – Óbvio que quer dinheiro!
BIANCA – Ser dona desta casa!
VIVIANE – Sinto muito, mas essa casa já tem uma dona.
VERÔNICA – Viviane, os convidados estão reparando na movimentação aqui. Não é melhor vocês conversarem lá dentro?
BIANCA – Acho uma boa ideia, porque daqui não saio.
VERÔNICA – Vai com ela, eu cuido daqui.
VIVIANE – Me acompanhem. (Viviane, Bianca e Camila vão até o escritório. Carla fica na beira da piscina junto com Verônica)
FREDERICO – O que será que está acontecendo? O que a Carla está fazendo aqui? (ainda observando Carla)

[CENA 03 – APARTAMENTO DA CAMILA/ Q. DA JOANA/ TARDE]
(Joana sai do banheiro nervosa e com um teste de farmácia nas mãos)
JOANA – Ah, meu Deus. (olha para o teste de farmácia que comprou) Deu positivo. Estou grávida.

[CENA 04 – LUA DE MEL – Q. DE HOTEL/ TARDE]
FELIPE – Chegamos. (Felipe e Luana chegam ao hotel. Felipe entra sozinho, deixando Luana fora, que tinha esperanças dele a pegar nos braços)
LUANA – É normal o noivo entrar com a noiva segurando-a nos braços até o quarto… mas entendo que esse casamento é só de faixada. (entra sozinha então) Eu vou te conquistar Felipe, pode apostar nisso. (Felipe não responde e começa tirar a roupa do casamento) Aqui é bonito, né? (indo até o quarto. Felipe depois de tirar o terno, vai até o quarto, pega umas cobertas, travesseiros e volta para a sala)
LUANA – O que você está fazendo?
FELIPE – Estou arrumando minha cama.
LUANA – Você vai dormir no sofá?
FELIPE – Você pode ficar com a cama. Precisa descansar bem.
LUANA – Queria dormir com você?
FELIPE – Eu disse, você não vai receber nenhum afeto meu, Luana. Se você quiser tomar banho primeiro, pode ir, não tenho presa.
LUANA – (triste) Pode ir primeiro, vou demorar um pouco, tirar essa roupa toda.
FELIPE – Então eu vou. (ele termina de arrumar, seu sofá (cama) e deixa Luana sozinha na sala, sem dar nenhum beijo ou carinho nela)

[CENA 05 – CASA DO FELIPE/ SALA/ TARDE]
(Paulo está procurando sua mãe, ele encontra Miguel descendo as escadas)
PAULO – Viu minha mãe, Miguel?
MIGUEL – Não, faz um tempo que não a vejo.
PAULO – Será que ela foi para o quarto?
MIGUEL – Quer que te ajude a procurar?
PAULO – Não precisa. Vou ver se ela está no quarto.
[FORA DA CASA]
ADRIANO – Vamos embora logo cara, o que você está esperando?
ROBERTO – Calma, estou esperando se a vejo novamente. (procurando por Carla)
ADRIANO– Ela quem?
ROBERTO – Quando eu a ver, te apresento. Agora se puder esperar mais um pouquinho, só um pouquinho.
ADRIANO – Fazer o que, né.
(Verônica ver Frederico escondido e vai tirar satisfação com ele)
VERÔNICA – Pensei que você já tinha indo embora?
FREDERICO – Quero saber o que está acontecendo. O que aquela mulher quer com a Viviane?
VERÔNICA – Não é do seu interesse, agora se você não ir embora, vou mandar os seguranças te levar daqui a força.
FREDERICO – Não precisa, já estou indo. Mas que alguma coisa está acontecendo está. E se você não quer me contar, vou saber da própria boca dela. (vai embora)
[NO ESCRITÓRIO]
BIANCA – Como Fernando está morto, tenho certeza que será impossível, fazer um teste de paternidade com minha filha. Mas vocês provavelmente tiveram filhos?
VIVIANE – Tivemos. Dois rapazes.
BIANCA – Pois bem, exijo um teste de DNA entre minha filha e um de seus filhos.
VIVIANE – E quem você pensa que é pra está exigindo alguma coisa aqui?
BIANCA – Tenho prova de que ele é pai dessa menina, estou lutando pelos os direitos dela.
VIVIANE – Mas me parece que ela não está muito interessada nessa historia, não é verdade menina?
CAMILA – Pra falar a verdade não estou mesmo. Vivi minha vida inteira sem pai, de que iria adiantar agora, descobrir que ele é meu pai, se está morto.
VIVIANE – Viu, até sua própria filha sabe que não vale a pena insistir nessa história.
BIANCA – Ela quer sim. Porque ela sabe, se não fizer o que estou pedido, ela não vai se livrar de mim tão fácil.
VIVIANE – Só que isso não depende só dela, depende dos meus filhos, se querem fazer parte dessa palhaçada.
BIANCA – Você como mãe deles, saberá convencê-los.
VIVIANE – Estou vendo que você só vai deixar minha família em paz, quando fizer o que você está pedido?
BIANCA – Pode apostar que, sim.
VIVIANE – Muito bem, amanha voltem aqui, que iremos resolver esse assunto. Hoje não sei se vocês perceberam mais está acontecendo uma festa de casamento do meu filho mais velho, lá fora. Então não tem como eu resolver isso agora.
BIANCA – Pode ser. Amanha a gente volta e espero que você não esteja nos enrolando.
VIVIANE – Pode apostar que não.
BIANCA – Então vamos embora e pode ter certeza que a próxima vez que voltarmos, é definitivo.
VIVIANE – Acompanho vocês até a saída.
BIANCA – Não precisa, já conheço essa casa como se fosse minha… (Bianca se levanta e vai saindo como se estivesse em casa)
[FORA DA CASA]
(Bianca, Camila e Carla esperam o taxi e não muito longe, estão sendo observadas por Frederico)
FREDERICO – Minha filha. Está tão linda… tão mulher. Nem parece a mesma garotinha deste à ultima vez que eu à vi. Como será que anda a Cintia, a pequena Paula?
CAMILA – Então amanha encontrarei a você aqui. E espero que seja o ultimo dia que você existirá na minha vida. (o táxi chega)
BIANCA – Meu taxi, vocês esperam outro, não esperam? Ah e se não for pedir muito filha, poderia me emprestar dinheiro pra pagar a viaje? (Camila pensa em não dar, mas acaba dando)
CARLA – Não acredito que você vai dar mais dinheiro para ela?
BIANCA – Obrigada, não se preocupa, que você receberá muito mais que essa merreca.
CARLA – Se é merreca, então porque você aceitou?
BIANCA – Tchau, meninas. (finge que não ouviu) Amanha nos encontramos novamente. (Bianca entra no táxi e vai embora. Frederico ver Carla e Camila sozinhas e pensa em ir lá)
FREDERICO – Elas estão sozinhas, será que devo ir lá? Será que ela lembra de mim?
CARLA – Não acredito que essa mulher é sua mãe? Você não se parece nem um pouco com ela.
CAMILA – Pra mim essa mulher já morreu, Carla. Quero logo me ver longe dela, pra ver se tenho algum sossego nesta vida. Pior que sobrou pouco dinheiro pro taxi agora.
CARLA – Claro, você deu quase tudo para ela.
CAMILA – A gente pega um taxi, pede pra deixar perto do apartamento e vamos caminhando depois.
ROBERTO – Oi! (se aproximando delas)
CARLA – Oi!
ROBERTO – Está lembrado de mim? (olhando para Carla)
CARLA – Não, deveria?
ROBERTO – Eu tinha certeza que não lembraria, tem uns meses já que a gente se esbarrou.
CARLA – E eu posso saber onde nos conhecemos?
ROBERTO – Numa balada!
CARLA – Numa balada?!
ROBERTO – Pois, é. Você não estava sozinha, você estava com outras amigas.
CARLA – Eu ainda não lembro de você.
ADRIANO – Vocês moram todas juntas?
CARLA – Mais ou menos, estou passando apenas uns dias na casa dela.
CARLA – Passando uns dias?
CARLA – É porque não moro aqui. O papo está bom, mais temos que ir. Vamos ter que andar um pouquinho até chegar em casa.
ROBERTO – Se vocês quiserem, ajudamos com o taxi. Onde vocês estão indo?
CAMILA – Não obrigada, vamos caminhando mesmo.
ROBERTO – É sério, será problema nenhum. Quem sabe não estamos indo para o mesmo caminho?
CARLA – Só que não vamos diretamente pra casa, ainda vamos passar em outro lugar não é verdade Camila?
CAMILA – É verdade, por isso não vamos poder aceitar o convite de vocês.
ROBERTO – Que pena.
CARLA – Pois é, então, temos que ir. Tchau pra vocês. (ela e Camila saem de fininho e quando se afastam deles, apressam os passos)
ADRIANO – Agora você vai me dizer de onde conhece essas garotas?
ROBERTO – No caminho de casa te explico.

Anoitecendo…

[CENA 06 – LUA DE MEL/ Q. DE HOTEL/ NOITE]
LUANA – Então? (entra na sala, só de camisola, sedutora e sexy… mas Felipe não olha) Você vai realmente querer dormir no sofá? (se insinuando para ele, mas ele não nota)
FELIPE – Vamos dormir que amanha a gente volta cedo para o Rio. (ele fecha o livro que estava lendo, arruma seu sofá/cama e se deita) Boa Noite! (Luana fica triste, entra no quarto e fecha à porta)

[CENA 07 – PRAÇA/ NOITE]
(Junior e Joana estão caminhando pela praça. Junior repara que Joana ainda continua preocupada com alguma coisa)
JUNIOR – O que foi Joana? Eu não estou aguentando te ver mais assim. Você passou o dia todo triste. O que está acontecendo?
JOANA – Tenho que te contar uma coisa.
JUNIOR – O que? Você está me deixando preocupado?
JOANA – Calma.
JUNIOR – Então fala?
JOANA – Esses últimos dias, andei tendo uns enjoos, um mal estar e me veio uma duvida na cabeça. E hoje cedo, fui até à farmácia comprei um teste e ele me tirou essa dúvida.
JUNIOR – Que teste foi esse?
JOANA – Eu estou grávida, Junior!
JUNIOR – Sério? (ela confirma com a cabeça, ele se emociona) Eu não acredito.
JOANA – Eu sei que seu emprego talvez não dê de sustentar uma família, ainda estudo, mas podemos dar um jeito de ficar com essa criança.
JUNIOR – Claro que vamos ficar com ela. É o nosso filho. No começo pode ser difícil, mas vamos dar um jeito, vamos ter a nossa casa… E vamos sim cuidar do nosso filho.
JOANA – (sugere) Ou filha!
JUNIOR – (rindo) Ou filha, não importa, ele ou ela (passa a mão na barriga dela) vai vir e vai ser recebido com muito amor.
JOANA – Te amo! (os dois se beijam)
JUNIOR – Nem acredito, vou ser pai.
JOANA – Você será um pai maravilhoso.
JUNIOR – E você será uma mãe linda. Obrigada por está realizando esse sonho comigo. Sempre quis construir uma família.
JOANA – E eu sempre quis que você fizesse parte dela.

Amanhecendo…

[CENA 08 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
(Felipe e Luana chegam da lua de mel)
MIGUEL – (surpreso) Já voltaram?
FELIPE – Já, não tenho tempo a perder. Tenho uma reunião daqui a pouco na empresa.
MIGUEL – Se eu fosse você, aproveitaria mais com a sua mulher, do que com a empresa.
FELIPE – Obrigado pelo conselho primo, mas alguém precisa colocar dinheiro nessa casa, ainda mais com duas pessoas vindo para cá. (sobe para o quarto, enquanto Luana entra na sala)
MIGUEL – E a lua de mel Luana, foi boa?
LUANA – (fingindo está alegre) Foi sim, o ruim que durou pouco.
MIGUEL – Percebi. Quer ajuda? (pegando uma mochila que ela vem trazendo)
LUANA – Obrigada.
MIGUEL – O Felipe, como marido deveria saber que uma mulher grávida não deve fazer muito esforço, se não faz mal para a criança.
LUANA – Ele sabe, mas ainda esta no começa da gestação, não faz perigo algum.
MIGUEL – Eu sei, mas se você fosse minha mulher, não deixaria você fazer esforço algum. (sobe para o quarto, Luana logo atrás)
LUANA – (diz baixinho) Você seria um bom marido, então.

[CENA 09 – APARTAMENTO DA CAMILA/ COZINHA/ DIA]
CARLA – Bom dia. (entrando na cozinha)
CAMILA – Bom dia.
CARLA – Pronta pra hoje?
CAMILA – Preciso está, né.
CARLA – Eu não vou poder te acompanhar hoje, preciso ligar pra minha madrinha e perguntar se ela sabe alguma outra informação sobre meu pai, algum endereço que talvez tenha ouvido da minha mãe. Alguma pista que posso me ajudar.
CAMILA – Claro, você tem os seus problemas, não é preciso que você se preocupe com os meus.
CARLA – Se aquela mulher fazer qualquer coisa com você, pode me dizer, que eu mesmo tiro satisfação com ela.
CAMILA – Não precisa. Eu não tenho medo dela, posso me defender se ela me fizer alguma coisa.
JOANA – Bom dia. (entrando na cozinha, toda contente)
CARLA – Bom dia.
CAMILA – Bom dia. Que cara de felicidade é esta?
JOANA – Vocês nem sabem da novidade?
CAMILA – Qual?
JOANA – Eu estou grávida!
CAMILA – Sabia, estava desconfiada já. Esses últimos dias, você tendo esses enjoos, e mal estar… tudo indicava gravidez.
JOANA – Xii, não vai nem me dar os parabéns?
CAMILA – Claro que vou. Que tipo de amiga eu séria? Parabéns amiga, o Junior já sabe pelo menos?
CARLA – Parabéns, amiga. (a abraça)
JOANA – Obrigada! Sabe, ele foi o primeiro a saber.
CAMILA – Pra você ver Carla, depois que arrumou o namorado, agora ele é o primeiro que sabe das novidades, as amigas sempre são as ultimas.
JOANA – Também não é assim né, Camila. Foi com ele que eu fiz e não com vocês.
CARLA – Não vão discutir né, meninas.
CAMILA – Não é discussão, é só pra você saber, o que as amigas fazem depois que arrumam namorados.
JOANA – Acostuma-se Carla, é sempre assim.
CAMILA – Tudo brincadeira.
JOANA – Bem, mas o que vocês estavam falando antes deu chegar?
CARLA – Nada demais. Só como o dia da gente vai se longo hoje.
JOANA – Por quê?
CAMILA – Uma longa história. À noite a gente te conta tudo, prometemos. Você quer aproveitar à carona?
CARLA – Quero sim. Tchau Joana.
CAMILA – Tchau. Não tenho hora pra voltar viu!
JOANA – Ok, não se preocupa, qualquer coisa almoço na casa da sogra.
CAMILA – Tá ok, tchau. (Carla e Camila saem, Joana fica sozinha na cozinha, tomando uma grande quantidade de café da manhã)

[CENA 10 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
(Viviane e Felipe estão descendo para a sala)
VIVIANE – Porque você não aproveitou mais com sua mulher, filho?
FELIPE – Eu já disse mamãe, não posso!
VIVIANE – Pelo menos vocês não presenciaram o que aconteceu ontem aqui, após vocês terem indo.
FELIPE – O que aconteceu?
VIVIANE – Aquela mulher que diz ter dito um caso com o seu pai. Veio aqui ontem e trouxe uma jovem dizendo que ela é filha dele, exigindo os direitos da menina.
FELIPE – Quem essa mulher pensa que é?
VIVIANE – Eu não sei.
FELIPE – Ela pelo menos tem alguma prova do que está dizendo?
VIVIANE – Ela tem um monte de bilhete, cartas, dizendo que foi o Fernando que escreveu para ela. Dizendo que iria casar com ela, que os dois seriam felizes juntos e outras bobagens.
FELIPE – Mas a senhora leu esses bilhetes? Pelo menos viu se realmente foi escrito pelo papai?
VIVIANE – Não vi. Não quis perder meu tempo.
FELIPE – Mas o papai está morto, não tem como saber se essa moça é a filha ou não dele?
VIVIANE – Pior que tem, ela quer fazer um teste de DNA com vocês, que são filhos dele.
FELIPE – Essa mulher deve está de brincadeira.
VIVIANE – Não, filho. Ela disse que viria aqui hoje, para resolvermos este assunto. A garota disse que não tem nenhum problema, agora depende de vocês, se querem se submeter a isso?
FELIPE – Elas só podem está tirando uma da nossa cara. (campainha)
VIVIANE – Devem ser elas.
FELIPE – É bom mesmo, deixa que eu resolvo essa história.
VIVIANE – Olha lá o que você vai dizer filho. A mulher parece determinada e faria tudo pra ter o que ela quer. Prometeu até fazer um escândalo ontem na festa.
FELIPE – Por dinheiro as pessoas são capazes de fazer qualquer coisa, mas deixa comigo mamãe, sei o que vou fazer. (caminha até à porta e a abre)
BIANCA – (vai entrando sem pedir permissão) Olá, bom dia! Família toda reunida, que bom. Assim podemos resolver tudo isso de uma vez.

Continua no Capítulo 19…

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