“Irmão Mais Velho”

 

Amanhecendo…

[CENA 01 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DAS MENINAS/ DIA]
(após aquela noite, Carla está em sua cama pensando no beijo que o Miguel lhe deu. Ela sorrir, passa a mão em sua barriga, e finalmente acha que pode ter encontrado um “pai” para seus filhos)

[CENA 02 – CASA DO MIGUEL (SÃO PAULO)/ COZINHA/ DIA]
(Miguel entra na cozinha)
MIGUEL – (contente) Bom dia família.
KARINA – Bom dia irmão.
LUCAS – Bom dia. Acordou alegre hoje, pelo visto à noite foi boa?
MIGUEL – E foi cunhado, mas não adianta começarem com o interrogatório que eu não vou contar nada, e também já estou indo para faculdade.
KARINA – Já?
MIGUEL – Já, tenho uma prova agora e ainda tenho que dar uma revisada no assunto. Conseguiram alguma pista de quem é estar roubando a empresa?
KARINA – Não. Quem está fazendo isso ou descobriu que o Felipe iria vir investigar e deixou tudo na mesma, ou sabe esconder bem seus roubos.
MIGUEL – Mas vocês não desistiram não né?
KARINA – Não. Vamos pegar essa pessoa, ela não vai se esconder por muito tempo.
MIGUEL – Bem, eu vou indo, bom dia para vocês.

[CENA 03 – HOSPITAL/ DIA]
(Felipe e Paulo continuam no hospital. Ambos estão dormindo na cadeira, quando Felipe acorda primeiro)
FELIPE – (se levanta e vai até o irmão) Paulo? Paulo? Paulo, acorda. É bom você ir para casa, você tem aula daqui a pouco.
PAULO – Você não vai para empresa?
FELIPE – Hoje não. Vou ficar do lado da mamãe, esperar o médico dar alta para ela.
PAULO – Eu queria ir ver ela antes de ir. (os dois se levantam, mas antes de saírem da recepção, encontram Frederico)
PAULO – Fred? O que está fazendo aqui?
FREDERICO – Oi meninos, vim saber como está à mãe de vocês?
FELIPE – E o senhor conhece minha mãe de onde?
PAULO – Mamãe e o Fred fizeram faculdade juntos.
FREDERICO – Você deve ser o Felipe?
FELIPE – Sou eu, como sabe meu nome?
FREDERICO – Sua mãe fala muito de você.
FELIPE – Eu não conheço nenhum amigo de faculdade dela.
PAULO – Ele foi ao seu casamento, como você tinha saído cedo, não deve ter visto ele.
FELIPE – E quem o convidou?
FREDERICO – Sua mãe, a gente tinha acabado de se reencontrar, e seu casamento foi o momento oportuno para gente se ver.
FELIPE – Eu gostaria de conversar com você depois Frederico…
PAULO – Fred, mas legal.
FELIPE – Fred. Você deve saber de muitas histórias sobre a mamãe.
FREDERICO – E posso contar todas que você quiser saber.
FELIPE – Mas agora a gente tem que ir ver ela.
FREDERICO – Como é que ele está?
FELIPE – Está bem. Hoje mesmo, ela deve voltar para casa.
FREDERICO – Eu queria vê-la, isso se vocês permitirem?
FELIPE – Melhor outra hora, quando ela estiver em casa, a gente te convida, e você aproveita e conta os segredos da mamãe.
FREDERICO – Ok então.
PAULO – Vamos Felipe.
FREDERICO – Até rapazes. (Felipe e Paulo caminham até a recepção, e Frederico os observa, focando em Felipe)

[CENA 04 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DAS MENINAS/ DIA]
(Diego invade o quarto da Paula)
DIEGO – Quero falar com você!
CARLA – Devia bater na porta primeiro, a madrinha não te ensinou isso?
DIEGO – Você não está pensando em usar aquele cara como pai de seus filhos?
CARLA – Fala sério Diego, de novo esse assunto.
DIEGO – Eu sou o pai dessas crianças, não vou permitir que você coloque outro em meu lugar.
CARLA – Meus filhos não tem pai. Vai ser simplesmente eu e eles.
DIEGO – Então você vai parar de sair com aquele cara?
CARLA – Não.
DIEGO – Mas você disse…
CARLA – Uma coisa não tem nada haver com outra, Diego.
DIEGO – Pra mim tem.
CARLA – Agora só o que faltava, você me impedir com quem eu devo sair.
DIEGO – Eu te amo, Carla. (se aproxima dela) E não vou permitir que um alguém roube você de mim.
CARLA – Primeiro, eu não sou sua. Segundo, a gente já teve essa conversa, o que eu sinto por você é um sentimento de primo, e nada mais.
DIEGO – Eu não sinto isso.
CARLA – Só lamento Diego, mas você não pode mandar nos meus sentimentos. (se afasta dele)
DIEGO – Se você continuar saindo com aquele cara…
CARLA – O que você vai fazer? Anda Diego, termina.
DIEGO – Você que sabe, Carla. Eu não vou perder você para ninguém. (sai do quarto com raiva, e esbarra com a Paula no corredor)
PAULA – (entrando no quarto) O que foi que aconteceu? Por que o Diego saiu aqui que nem um furacão, passando por cima de quem vinha pela sua frente.
CARLA – Nada, Paula.
PAULA – Vamos, a Rosário está chamando para tomar café.

[CENA 05 – CASA DO JUNIOR/ COZINHA/ DIA]
JOANA – (ao telefone com o irmão) Você chegou hoje? Você não avisou nem nada. Não, eu não moro mais no apartamento da Camila. Não, ela mora lá sim, só eu que sai. Acredito que não, vocês sempre se gostaram, não vai ter problema nenhum você ir para lá. Você ainda sabe onde é? Então tá certo. Você vai direto pra lá? Ok, então a gente se ver lá. Tá bom então, tchau.
HILDA – Quem era filha?
JOANA – Meu irmão, ele veio passar uns dias aqui comigo.
HILDA – Bem filha, não é querendo ser uma sogra má, mas, uma boca à mais para dentro desta casa, será meio difícil sustentar.
JOANA – Eu sei. Não precisa se preocupar, eu vou resolver isso.
HILDA – Iria adorar receber seu irmão aqui, mas não dar filha, infelizmente.
JOANA – Entendo, sem problema. Bom eu tô indo receber ele lá no apartamento da Camila. A senhora avisa para o Junior quando ele chegar.
HILDA – Pode deixar filha, vai lá receber seu irmão.

[CENA 06 – CASA DO FELIPE/ COZINHA/ DIA]
(Luana está na cozinha tomando café, quando ver Paulo chegando em casa)
LUANA – O Felipe não veio com você?
PAULO – (entrando na cozinha) Não, ele vai ficar esperando a mamãe ter alta.
LUANA – Paulo, eu queria te pedir…
PAULO – Não se preocupa Luana, eu não vou contar nada agora. Por causa do ocorrido, vou te dar um tempo para você mesmo contar para o Felipe. Agora se você não contar, você já sabe…
LUANA – Eu vou contar, Paulo. Só estou esperando o momento certo.
PAULO – O momento é agora, antes que algo trágico aconteça. (sobe para o quarto)

[CENA 07 – HOSPITAL/ DIA]
FELIPE – (entrando no quarto) Pronta para volta casa?
VIVIANE – Oi meu filho. Você não foi para empresa?
FELIPE – Não. Hoje tirei o dia para passar com à senhora.
VIVIANE – Não precisa se preocupar comigo, filho. Não ver, eu estou ótima.
FELIPE – Se estivesse ótima, não teria passado à noite em um hospital.
VIVIANE – Mas você deve ter vários assuntos para resolver na empresa, inclusive o que você foi fazer em São Paulo? Algum problema?
FELIPE – Nenhum que tenha que ser resolvido dentro de um hospital. Vamos?
VIVIANE – (sorrindo) Vamos. (Felipe ajuda sua mãe a se levantar, e juntos saem do quarto)

[CENA 08 – APARTAMENTO DA CAMILA/ LADO DE FORA DO APARTENTO/ DIA]
(o irmão da Joana chega, mas fica do lado de fora, já que Camila havia saído. Graças a sua irmã, que chega pouco tempo depois dele ter chegado, não deixou ele em pé, plantado na porta)
JOANA – Meu irmão, saudades. (se abraçam) Você chegou agora?
GUSTAVO – Também estava irmã. Mais ou menos, tem um tempinho que cheguei.
JOANA – E não entrou ainda por que?
GUSTAVO – Parece que a Camila não está. Toquei a campainha, bati na porta, e nada.
JOANA – Será que ela saiu?
GUSTAVO – Bem fácil.
JOANA – Estanho, a Camila não era de sair cedo.
GUSTAVO – E agora? Esperamos…
JOANA – Não sabemos que horas ela vai chegar, melhor você ir para onde estou morando.
GUSTAVO – É bom, assim conheço esse cara aí, que você está namorando.
JOANA – Relaxa, não se preocupa, você e o Junior vão se dar muito bem.

Mais Tarde…

[CENA 09 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DAS MENINAS/ TARDE]
(Carla está terminando de se arrumar para um outro encontro com Miguel. Paula e Roberta também estão no quarto, ambas contente)
PAULA – Então vocês vão sair novamente hoje?
CARLA – Vamos.
PAULA – Eu não disse Roberta, que esses dois só precisavam de um empurrãozinho.
ROBERTA – Então vocês estão namorando?
CARLA – Eu não diria que estamos namorando, só foi um beijo.
ROBERTA – Só um beijo?
CARLA – Só.
PAULA – Deixa quieto, Roberta, o empurrão já foi dado, só esperar essa bola de neve, ir crescendo, ir crescendo, até finalmente eles se assumirem em público.
CARLA – Vai sonhando irmãzinha. Só foi um beijo, entre eu e Miguel,  não haverá nada. (seu celular toca)
PAULA – Quer apostar como é ele?
CARLA – Oi. Não, pode falar! Não esqueci. Às 8, você vai passar aqui. Então tá. Dessa vez estou sabendo, então vou estar pronta horas antes. Tá bom, tchau.
PAULA – Não estou dizendo.
ROBERTA – Confirmando o encontro.
CARLA – Só vamos sair um pouco. Não é um encontro. Agora se vocês me dão licença, tenho que terminar de me arrumar, que daqui a pouco ele aparece aí. (Diego que estava detrás da porta ouvindo a conversa, vai para seu quarto com raiva)
DIEGO – Você não vai sair de novo com esse cara. Eu não vou permitir. (pega seu celular e digita uma mensagem)

[CENA 10 – CASA DO FELIPE/ Q. DE VIVIANE/ TARDE]
FELIPE – A senhora não precisa de mais nada?
VIVIANE – Não meu filho, estou satisfeita com essa atenção que eu estou recebendo. Talvez eu precise passar mais noites em hospitais para receber a atenção de meus filhos.
FELIPE – Nem diga isso mamãe, de agora em diante, não vamos deixar qualquer assunto, passa na frente da nossa família.
VIVIANE – É bom ouvir isso meu filho.
FELIPE – Bem, vou levar isso aqui para cozinha, tomar um banho e daqui a pouco volto para ver como à senhora está.
VIVIANE – Eu estou bem aqui meu filho, vou ficar aqui lendo meu livro.
FELIPE – Mesmo assim, daqui a pouco volto. (Felipe beija a testa de sua mãe, pega a bandeja que trouxe para ela e sai do quarto. Viviane começa ler seu livro, mas tempo depois, a empregada bate na porta de seu quarto)
EMPREGADA – Licença, tem uma visita lá em baixo querendo falar com a senhora. Deixo subir?
VIVIANE – Quem é?
EMPREGADA – Disse apenas que é um amigo da senhora.
VIVIANE – Sei quem deve ser. Não se preocupa, estou descendo.
EMPREGA – A senhora precisa de ajuda para descer.
VIVIANE – Não, não. Não será necessário querida. (Viviane desce e vai falar com Frederico)
FREDERICO – Vejo que você já está melhor?
VIVIANE – Estou sim, só foi à pressão que baixou. O que veio fazer aqui?
FREDERICO – Eu vim saber como você estava, e vim ver meu filho?
VIVIANE – Eu já te pedi um tempo, Frederico…
FREDERICO – Eu o vi hoje no hospital. É um belo rapaz, você cuidou muito bem dele.
VIVIANE – Felipe realmente é um menino de ouro.
FREDERICO – Eu sei que você ainda precisa se recuperar, por isso eu vou dar o tempo que você pediu.
VIVIANE – Eu agradeço.
FREDERICO – Mas será pouco tempo, Felipe precisa saber que o pai está vivo. (Felipe ouve a última parte da conversa, e aparece na escada)
FELIPE – Que história essa mamãe?

Continua no Capítulo 39…

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo