CENA 1. PLENÁRIO DO CONSELHO. INT. DIA

Continuação imediata da cena do capítulo anterior, com o mensageiro contando a chegada da família Real francesa a Veseli.

AUGUSTO  – Como assim em apuros?

MENSAGEIRO  – Eu não sei direito… recebi a mensagem pela metade, mas…

ARMANDO  – (corta) Ora, faça-me o favor. Quando estiver com a mensagem completa, volte aqui e conte-nos. Agora voltemos à cerimônia.

AUGUSTO  – Não! A família Real francesa é convidada da nossa para passar uma temporada aqui no reino. Não posso destratá-los dessa maneira.

ARMANDO  – Mas esse incompetente mensageiro nem trouxe a notícia completa, como vamos interromper uma Assembleia-Geral por causa disso?

AUGUSTO  – Desculpe, Armando, mas se o senhor não gosta de tratar bem uma visita, eu gosto. Então, eu sugiro que marquemos outro dia para essa Assembleia.

A cabeça de Armando pensa rapidamente. Ele tem uma ideia. Augusto já estava saindo quando ele o chama de volta.

ARMANDO  – Espere um momento! Eu tenho a solução para isso.

Alice ficou interessada.

ALICE  – E qual seria?

ARMANDO  – Vamos proceder a parte burocrática agora. Vossa Majestade assina o termo de abdicação agora e na próxima semana faremos a cerimônia de coroação.

Neste momento outro mensageiro aparece no Plenário.

MENSAGEIRO  – Majestade! Majestade! O grande ladrão Robin está de volta ao reino! Ele surpreendeu a família Real francesa quando eles estavam chegando e os renderam! O que fazemos?

AUGUSTO  – Minha Nossa!

Uma confusão se instala no plenário. Vários senadores cochicham entre si e olham para Augusto esperando alguma reação do rei. Ele fica um pouco confuso também.

AUGUSTO  – Bem… deixa eu assinar isso logo e depois vemos o que faremos.

Augusto assina o termo. Armando e os outros membros do Conselho olham ansiosamente.

AUGUSTO  – Agora posso ir?

ARMANDO  – (com sorriso no rosto) Perfeitamente, majestade.

AUGUSTO  – Mais uma coisa: eu preciso de sua autorização para levar o exército de Veseli para conter esse ladrão.

ARMANDO  – Infelizmente não posso atender seu pedido, majestade. Hoje é o dia de folga de meus homens. Vossa Majestade precisará de usar sua guarda pessoal para isso.

AUGUSTO  – (tentando esconder a raiva) Tudo bem, Armando. O senhor fez muito pela nossa família hoje. Posso cuidar disso sozinho. Passar bem. Vamos, Daniela e Alice.

 

CENA 2. CASA DE ALEXANDRE. INT. DIA

Patrício foi visitar o amigo Alexandre para saber como havia sido a conversa com Maria. Ficou boquiaberto com o que ouviu.

PATRÍCIO  – Então você desonrou Maria de verdade! Agora não tem como escapar do casamento.

ALEXANDRE  – É, mas a postura dela não era de quem não sabia o que estava fazendo. Eu sou muito mais puro que ela.

PATRÍCIO  – Eu estou impressionado que ela não fez um escândalo.

ALEXANDRE  – Se ela não fez isso com certeza está planejando alguma coisa.

PATRÍCIO  – Disso não tenho dúvidas.

Odete entra em casa apressada, com uma expressão de medo no rosto.

ODETE  – Meu filho, meu filho! Robin está de volta.

ALEXANDRE  – O quê?

ODETE  – Isso mesmo, e parece que ele está com Guilhermina.

PATRÍCIO  – (desesperado) Não! E como ela está? Está bem?

ODETE  – Eu… eu não sei. Ouvi isso e vim correndo contar pra vocês.

PATRÍCIO  – Precisamos fazer alguma coisa, Alexandre.

ODETE  – Cuidado, meu filho, ele é um bandido perigoso.

ALEXANDRE  – Pode ficar tranquila, mãe. Esse bandido só impõe medo no povoado porque sabe que todos estão indefesos. Mas hoje ele vai ter uma surpresa.

Alexandre vai ao seu quarto e pega um revólver, que está escondido.

ODETE  – Meu Deus! Onde você arrumou isso?

ALEXANDRE  – Não se espante, mãe. Isso é necessário para a nossa proteção. E para momentos como esse. Vou dar uma lição naquele bandido.

PATRÍCIO  – Vamos, Alexandre, não podemos perder tempo.

ALEXANDRE  – Vamos.

Eles saem em direção ao campo de flores, deixando Odete morrendo de preocupação.

 

CENA 3. CASTELO. INT. DIA

A família real veselina chega ao castelo. Augusto está espumando de raiva.

AUGUSTO  – (batendo na mesa) Por que aquele idiota do Armando não podia liberar alguns homens do exército pra me ajudar?

ALICE  – Acalme-se, meu bem. Essa raiva toda não vai fazer bem pra sua pele.

AUGUSTO  – E eu estou preocupado com a minha pele?! Preciso ir pra lá agora.

DANIELA  – Eu vou com você, papai.

AUGUSTO  – De maneira nenhuma! Você tem que ficar aqui e…

DANIELA  – (corta, gritando) Eu não estou acreditando que você fez eu assumir um reino e não posso nem sair do castelo pra espairecer!

AUGUSTO  – Nossa! Tudo bem, vamos. Mas vamos logo.

DANIELA  – Preciso só trocar essa roupa. Vou botar as calças, elas são muito mais confortáveis.

ALICE  – Não acredito que vai receber a família real francesa assim, de calças! Por favor, não seja mais ridícula do que já é.

AUGUSTO  – Alice, por favor…

DANIELA  – Eu vou do jeito que eu quiser.

AUGUSTO  – Minha filha, eu tenho que concordar com sua madrasta. Não é de bom tom…

DANIELA  – Sério? A família real está SEQUESTRADA e vocês estão preocupados com que roupa eu vou estar vestida.

AUGUSTO  – Mas é que…

DANIELA  – Mas é que nada! Você acha que eu não soube o tempo todo do plano de vocês? Se esse príncipe Rogério estiver disposto mesmo a ser meu noivo tem que gostar de mim do jeito que eu sou.

ALICE  – Então você está disposta a se casar? Acho ótimo.

DANIELA  – Eu não me importo com sua opinião.

ALICE  – É uma ogra mesmo, não me conformo até agora de você ter deixado o reino com essa selvagem.

AUGUSTO  – Ela vai aprender a ser uma rainha, meu amor. Mas isso é assunto pra outra hora. Agora temos que sair. Se quiser ir tem que ser com essa roupa mesmo, Daniela.

DANIELA  – Está bem, está bem! Vamos logo.

ALICE  – E eu vou ficar aqui sozinha?

AUGUSTO  – É perigoso, meu amor. Fique aqui. Alfredo vai lhe preparar um ótimo banho de sais.

ALICE  – Não quero banho de sais! Não vou ficar parecendo uma covarde para a rainha Carlota. Eu vou e não se fala mais nisso.

 

CENA 5. CAMPO DE FLORES. EXT. DIA

Robin estava tocando o terror na família Real francesa. Logo que a carruagem real chegou em Veseli, Robin rendeu todos e os roubou. Mas seu plano de ser uma ação rápida não deu certo. Guilhermina, que estava colhendo flores no campo, viu que alguma coisa estava errada e começou a gritar. Robin se enfureceu e resolver fazer ela de refém, junto com a família real francesa.

ROBIN  – Eu poderia matar todos vocês aqui e agora!

Rogério estava em completo terror.

ROGÉRIO  – Por favor, não me mate! Eu sou um príncipe! Vim pra esse reino para conhecer a minha noiva.

ROBIN  – Ela terá que proteger ela mesma e você se algum ladrão aparecer.

ROGÉRIO  – Eu tenho um exército à minha disposição, ok?

ROBIN  – Cadê? Não estou vendo nenhum aqui. (E ri alto, ri muito)

Guilhermina vê Alexandre chegando e começa a gritar. Alexandre encontra a carruagem e vai correndo até ela.

ALEXANDRE  – (gritando) Robin! É melhor parar! O seu terror tem fim agora! Vamos lutar de igual pra igual. Venha! Eu te desafio para um duelo! (mostra a sua arma de fogo)

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