CENA 1. CAMPO DE FLORES. EXT. DIA

Continuação imediata da cena do capítulo anterior, com Daniela falando para Alexandre ir para o castelo.

DANIELA  – Sim. Isso mesmo, ele precisa de cuidados especiais. No castelo ele poderá ser cuidado em tempo integral pelo Dr. Fernando.

Alice tem uma reação estranha.

ALICE  – NÃO! Ele não pode ir para lá!

Todos ficam espantados com a reação da rainha.

AUGUSTO  – Meu amor, o que é isso?

ALICE  – É… é… o nosso castelo está cheio. Não…

DANIELA  – (corta) Ora, faça-me o favor. O castelo tem inúmeros quartos desativados. Eu já pensava que você era mesquinha mas nunca pensei que era a esse ponto.

AUGUSTO  – Francamente, Alice. Você acha mesmo que vou deixar esse rapaz sem cuidados?

ALICE  – Mas…

AUGUSTO  – (corta) Está decidido. Ele vai para o castelo. Acho que já podemos ir agora. Podemos?

DANIELA  – Podemos.

MARIA  – Vamos juntos?

DANIELA  – Acho que não é muito apropriado para a recuperação do Alexandre ficar muita gente em volta.

Daniela e Maria se encaram. Maria resolve ficar por cima.

MARIA  – Tudo bem, mas preciso me despedir dele antes. Com licença.

E tasca um beijão de cinema em Alexandre.

 

CENA 2. COZINHA DO CASTELO. INT. DIA

Alfredo continuava contando as fofocas para Fátima.

ALFREDO  – Eu ouvi dizer que essa rainha ronca mais que uma porca.

FÁTIMA  – Não! É mesmo? Esse castelo vai virar de cabeça para baixo.

ALFREDO  – Eu não vou tolerar essa metidinha francesa crescer pra cima da minha rainha Alice.

FÁTIMA  – A nossa rainha já não é uma flor de pessoa, mas essa aí é difícil de engolir.

ALFREDO  – Por favor. Não insulte a soberana do reino.

Fátima revira os olhos e neste momento ouve-se um sino tocando.

FÁTIMA  – Está te chamando, querido.

ALFREDO  – Eu não sou obrigado a servir pessoas de fora.

FÁTIMA  – Acho melhor ir, não vai querer que o rei se zangue com você.

Alfredo faz uma careta e vai para o quarto atender Carlota.

 

CENA 3. QUARTO DE CARLOTA E ROGÉRIO. INT. DIA

Alfredo chega ao quarto.

ALFREDO  – Chamou, senhora?

CARLOTA  – Rainha você quis dizer, não é?

ALFREDO  – (falso) Desculpe, majestade. Eu sou um idiota.

CARLOTA  – Que bom que reconhece.

ALFREDO  – Hum… mas então… o que deseja?

CARLOTA  – Estou com fome. Quero alguma coisa para comer. Sofisticada, por favor.

ROGÉRIO  – E eu quero um suco de morango com pistache. Não posso passar um dia sem meu suco.

ALFREDO  – Vou providenciar.

Quando sai, revira os olhos e mostra língua.

 

CENA 4. CASTELO. ENTRADA

A carruagem chega com Alexandre, Daniela, Augusto, Alice e Dr. Fernando.

Eles instalam Alexandre em um quarto no primeiro andar do castelo, para não precisar subir escadas.

FERNANDO – Ele precisa descansar. Não pode sofrer emoções fortes. Vou ficar de prontidão e vou elaborar o horário da medicação. Agora vamos todos.

DANIELA  – Eu vou só trocar umas palavrinhas com ele, doutor.

Todos saem. Ficam só Daniela e Alexandre. Ele, que não havia falado até então, resolveu começar o assunto.

ALEXANDRE  – Eu… eu agradeço muito o cuidado que vocês tiveram comigo, eu…

DANIELA  – Shhhhhh (cala a boca dele com o dedo). Você não pode fazer muito esforço.

Silêncio. Daniela não aguenta e pergunta.

DANIELA  – Você vai se casar mesmo com aquela Maria?

ALEXANDRE  – Eu… tenho que casar com ela.

DANIELA  – Mas você a ama?

Outro silêncio. Os dois se olham. A química daquele olhar era incrível. Tudo estava favorecendo para o que aconteceria a seguir. Alexandre e Daniela se beijam com ternura.

 

CENA 5

Anoitece e amanhece em Veseli.

 

CENA 6. POVOADO. FACHADA DA CASA DE ODETE. DIA

No dia seguinte a todos os acontecimentos, Odete estava apreensiva. Tinha ficado combinado que a carruagem real viria apanhá-la para ela ir visitar o filho no castelo, mas estava atrasada.

Com meia hora de atraso, a carruagem chegou.

ODETE  – Finalmente!

Odete vê Maria do outro lado da rua. Apesar de não gostar dela, imaginou que ela deveria querer ir também visitar o noivo.

ODETE  – Maria, a carruagem está indo agora para visitar o castelo. Você quer ir também visitar Alexandre?

MARIA  – Hoje não, obrigada.

ODETE  – Não?

MARIA  – É… eu tenho roupas para lavar.

Odete acha estranho, mas decide não falar nada.

ODETE  – Tudo bem. Até mais.

Quando a carruagem vira a esquina, Maria vai correndo até a casa de Odete. Pula a janela.

MARIA  – Hoje eu descubro seu segredo, sogrinha. Se for o que eu estou imaginando…

Ela vai direto para o quarto de Odete.

MARIA  – Vamos ver, vamos ver…

Revira tudo. Tudo mesmo, mas não encontra nada.

MARIA  – Droga, essa era a minha chance. Vou embora antes que ela volte.

Quando estava saindo, percebe uma coisa diferente. Dentro do guarda-roupa, havia algo parecido com…

MARIA  – Um fundo falso! Peguei você.

Ela abre. O que estava lá ela não poderia imaginar nem nos melhores sonhos. Dentro do fundo falso tinha um baú. Dentro desse baú havia o maior tesouro que Maria viu em toda a sua vida. Estava abarrotado de moedas de ouro, joias de rubis, diamantes, esmeraldas e pedras preciosas. Uma verdadeira fortuna!

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo