PARTES DE MIM

 

NOVELA DE:

RAMON SILVA

ESCRITA POR:

RAMON SILVA

PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO

ALFREDO

 

GLÓRIA

 

MARTA

 

SOL

 

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:

 

ÁLLAN, ENFERMEIRA, MÉDICO, FIGURAÇÃO.

 

CENA 01. HOSPITAL. QUARTO. INT. DIA.

Sol ali com os dois filhos nos braços. Glória e Alfredo entram. Uma enfermeira está ali.

GLÓRIA        —  Licença nova mamãe…

SOL               —  Entre, mãe! Venha ver os seus netos!

GLÓRIA        —  Posso pegar?

SOL               —  Claro!

Sol passa um dos gêmeos para a avó.

GLÓRIA        —  (Se derrete) Oh meu Deus… Olha que coisinha mais linda!

SOL               —  (P/Alfredo) E você Alfredo? Não vai querer segurar seus filhos não?

ALFREDO     —  Não sei, isso vai depender de você.

SOL               —  (Não entende) Como assim?

ALFREDO     —  Você vai dar na minha cara de novo?

SOL               —  Não, inclusive eu queria até te pedir desculpas pelo que eu fiz… Eu não deveria ter feito aquilo com você.

ALFREDO     —  Também acho!

SOL               —  Eu fiz o que fiz porque estava muito nervosa e você irritante não parava de fazer a “respiração do cachorrinho”.

ALFREDO     —  Você sabe muito bem que eu/

SOL               —  (Corta) Eu sei! Você estava querendo me ajudar. Agora para com isso e pega seu filho.

Ela passa um dos gêmeos pra ele.

SOL               —  Só toma cuidado porque criança assim novinha é molinha demais!

GLÓRIA        —  Homem não tem jeito mesmo pra isso, né?

SOL               —  E a Marta? Eu pensei que ela viria ver as crianças.

GLÓRIA        —  Ela estava comigo até agora pouco, mas ela precisou ir embora porque tinha uma consulta marcada.

SOL               —  Ah tá.

Todos ficam ali babando na criança.

CORTA PARA:

 

CENA 02. PARQUE FLORESTAL EM SP. EXT. DIA.

Parque movimentadíssimo. Marta caminhando muito triste quando arremata.

MARTA        —  (P/si) Como é que pode o meu sonho ir por água abaixo assim?

Ela se senta em um banco.

CORTA PARA:

 

CENA 03. CONSULTÓRIO MÉDICO. INT. DIA.

Cena flashback.

Médico ali sentado com Marta.

MÉDICO       —  Então, Marta… Eu tenho aqui em mãos o resultado dos seus exames.

MARTA        —  Mas e então, doutor? O senhor conseguiu descobrir por que eu não estou conseguindo engravidar?

MÉDICO       —  Descobrir! E o diagnóstico é que você não pode engravidar!

MARTA        —  (Reage forte) Como é que é?

CORTA PARA:

 

CENA 04. PARQUE FLORESTAL EM SP. EXT. DIA.

Marta ali triste. Lágrimas estão escorrendo pelo seu rosto.

MARTA        —  (P/si) O que eu mais desejava ser… Agora eu não mais poder ser…. A minha vida está acabada!

Állan se aproxima.

ÁLLAN          —  (Se preocupa) O que aconteceu, Marta?

MARTA        —  (Chorando) O que aconteceu? O que aconteceu foi que eu descobrir que eu não posso ter filhos!

ÁLLAN          —  Mas como assim? Me explica essa história direito!

MARTA        —  O médico disse que eu não posso ter filhos! Qual parte você não entendeu?

ÁLLAN          —  Mas ele explicou o porquê?

MARTA        —  Sim! Mas eu acho que não engravidei porque você não conseguiu fazer o seu serviço direito!

ÁLLAN          —  Ih… Que papo torto é esse agora, hein?

MARTA        —  É isso mesmo que você ouviu, Állan! Eu acho que você foi um fracote e por isso eu não engravidei!

ÁLLAN          —  Que fracote o que, mulher? Eu garanto que sou o melhor que você já conheceu!

MARTA        —  Não adianta ficar aí agora enchendo-se de ego não que você é fraco e assunto encerrado! (Se levanta) Sabe o que eu vou fazer agora? Arranjar um homem que consiga executar o seu papel.

Ela vai andando com Állan arrematando.

ÁLLAN          —  Vai sua maluca! (P/si) Onde já se viu uma coisa dessas? Ela tem problema pra engravidar e a culpa é minha?!

Ele fica ali indignado.

CORTA PARA:

 

CENA 05. MANSÃO MORAES. JARDIM. EXT. DIA.

Marta vem caminhando da rua e entra no jardim arrematando.

MARTA        —  (P/si) Fracote! E ainda não gostou quando disse a verdade na cara dele. Agora tenho que iniciar a minha caçada novamente, mas desta vez, por um homem másculo e que me engravide mesmo! Eu não posso desistir assim… A Sol e o Alfredo aí com os filhos deles e eu sem ser mãe!? Não! Isso não pode acontecer. Eu não vou aguentar ver a felicidade alheia daqueles dois todos os dias.

Ela entra na casa.

CORTA PARA:

 

CENA 06. CIDADE DE SÃO PAULO. EXT. ANOITECER.

Takes descontínuos do anoitecer em 1999.

CORTA PARA:

 

CENA 07. HOSPITAL. QUARTO. INT. NOITE.

Sol ali deitada. Alfredo sentado na cama.

ALFREDO     —  Poxa, ainda não acredito que nem você e nem os nossos filhos vão para casa ficar hoje comigo.

SOL               —  Relaxa, meu amor. Amanhã nós três vamos para casa.

ALFREDO     —  Tomara, né, meu amor? E você, tá feliz?

SOL               —  Muito! Tô radiante! Ver o rostinho dos nossos filhos me deixou com alto estima lá em cima.

ALFREDO     —  Também, é um sonho se tornando realidade, né!

SOL               —  Verdade. Eu sempre fui como aquelas mulheres da década de 50, sempre sonhei em me casar, ter filhos, ter uma casinha só minha pra cuidar.

ALFREDO     —  Bom… Os filhos você já conseguiu, mas o resto ainda não.

SOL               —  Mas sabe qual é o lado bom disso tudo?

ALFREDO     —  Não! Qual é o lado bom?

SOL               —  É que vamos conseguir isso juntos! Batalhando por nossos filhos e tornando os nossos sonhos em realidade.

ALFREDO     —  Se Deus quiser meu amor… Se Deus quiser.

CORTA PARA:

 

CENA 08. MANSÃO MORAES. COZINHA. INT. NOITE.

Glória ali sentada a mesa. Marta no fogão.

MARTA        —  Que bom que a Sol e as crianças estão bem!

GLÓRIA        —  É… Eu confesso que fiquei aflitíssima, mas no fim, graças a Deus deu tudo certo.

MARTA        —  É isso aí. E como é que tá a nova vovó da área?

GLÓRIA        —  Feliz pelos meus netos! Mas ao mesmo tempo eu fico pensando no Sil.

MARTA        —  Eu tenho certeza que ele está olhando por nós lá de cima feliz com essa realização da filha.

GLÓRIA        —  É… O Sil sempre apoiou a Sol em tudo! Dava até raiva! Poderia ser alguma coisa de errado que ele apoiava ela e passava a mão na cabeça.

MARTA        —  Então tá explicado porque a Sol ficou inconsolável.

GLÓRIA        —  É… Mas agora as coisas estão mudando nesta casa. E com a chegada dessas crianças, vai ser só alegria! Xô tristeza! Xô!

Glória vai para a sala. Fecha em Marta ali maligna. Instantes. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 09. MANSÃO MORAES. QUARTINHO DE EMPREGADA. INT. NOITE.

Marta entra e pega o exame e o olha. Ela joga o papel para o ar.

MARTA        —  (P/si) Não é possível! Segundo esse papel aqui eu nunca vou ser mãe! Não! Isso não pode acontecer! Então não importe com qual homem… Eu nunca vou conseguir ser mãe! (Chora) Ai meu Deus! Eu nunca vou conseguir realizar o meu sonho!

Ela se levanta, vai até a janela, se volta para a CAM, mas não olha pra mesma e arremata.

MARTA        —  (P/si) Ainda tem um jeito de realizar o meu sonho! Será que eu seria capaz de fazer isso? Mas é claro que sim! Afinal de contas eu sou a Marta, meu amor! Eu não desisto de nada assim não! Comigo é persistência até alcançar o objetivo principal! Mesmo que para isso, eu tenha que passar feito um trator por cima de alguém… Mas se tiver que passar, eu passo!

Ela fica ali sorrindo malignamente. Instantes. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 10. RUA. HOSPITAL. FACHADA. EXT. NOITE.

Dois seguranças ali na fachada do hospital. Marta ali do outro lado da rua a observar o movimento.

MARTA        —  (P/si) Será que a tal enfermeira já saiu?

Ela fica observando, quando uma mulher sai do hospital. (Mesma enfermeira da cena 01).

MARTA        —  (P/si) Acho que é essa aí!

Ela vai seguindo a mulher, quando a aborda colocando a mão sobre seu ombro. A enfermeira se assusta.

ENFERMEIRA    — Ai, que isso, meu Deus?! Pode levar tudo, mas pelo amor de Deus! Não me mate!

MARTA        —  Que isso, mulher? Eu não sou nenhuma ladra não!

ENFERMEIRA    — Desculpa. É que no mundo em que vivemos hoje já temos que andar por aí ligados.

MARTA        —  Verdade. Mas vamos ao que interessa. Eu estou aqui para te fazer uma pergunta. Você trabalha na neonatal?

ENFERMEIRA    — Sim, por que a pergunta?

MARTA        —  Porque eu queria saber como estão os filhos da Solange Moraes.

ENFERMEIRA    — Você vai ter que ser mais específica!

MARTA        —  A que ganhou os gêmeos hoje!

ENFERMEIRA    — Ah sim, mas o que você quer saber exatamente?

MARTA        —  Na verdade eu queria te fazer uma proposta!

ENFERMEIRA    — (Não entende) Como assim?

Fecha em Marta sorrindo. Instantes. Suspense. Tensão.

CORTA PARA:

 

INTERVALO COMERCIAL

 

CENA 11. RUA DO HOSPITAL. EXT. NOITE.

Continuação imediata da cena anterior.

ENFERMEIRA    — Como assim você quer me fazer uma proposta? Posso saber do que se trata?

MARTA        —  Sim! Eu estou querendo pegar os gêmeos! (pega ela pelo braço) Mas você não se atreva a contar isso a ninguém!

ENFERMEIRA    — E o que te faz pensar que eu faço esse tipo de serviço sujo?

MARTA        —  É só olhar bem pra tua cara que fica evidente que você adora dinheiro e seria capaz de fazer qualquer coisa para ganhá-lo.

ENFERMEIRA    — E o que eu teria que fazer caso aceitasse essa proposta absurda?

MARTA        —  É o seguinte: você teria que dá um jeito de….

Marta continua a falar fora de áudio. Instantes. Suspense. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 12. CIDADE DE SÃO PAULO. EXT. NOITE.

Takes descontínuos da cidade em 1999. O passar de algumas horas.

CORTA PARA:

 

CENA 13. MANSÃO MORAES. QUARTINHO DE EMPREGADA. INT. NOITE.

Uma mala sobre a cama. Marta apressada colocando tudo quanto é roupa na mala.

MARTA        —  (P/si) Eu tenho que sair sem que ninguém perceba! Rápido, Marta! Rápido!

Ela termina e fecha a mala com muito sacrifício de tão cheia.

MARTA        —  (P/si) Agora, o mais importante, o dinheiro!

Ela abre o guarda roupa e pega um paninho com um volume bem “gordinho”. Coloca o dinheiro num bolso qualquer da mala.

MARTA        —  (P/si) Pronto! Agora sim eu posso partir.

Ela sai do quarto com a mala.

CORTA PARA:

 

CENA 14. MANSÃO MORAES. COZINHA. INT. NOITE.

Ela vem do quarto com a mala, Glória vem da sala de hobby.

MARTA        —  (P/si) Acho que não esqueci nada não!

GLÓRIA        —  Que isso, Marta? Que mala é essa? Será que você pode me explicar o que está acontecendo aqui?

Fecha em Marta ali paralisada. Instantes. Suspense. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 15. HOSPITAL. INCUBADORA NEONATAL. INT. NOITE.

Local vazio. Enfermeira entra e vai até a incubadora dos gêmeos.

ENFERMEIRA    — (P/si) Agora entendi porque essa mulher quer tanto vocês! Olha só pra vocês, uma gracinha! Um mais lindo do que o outro! (Olha p/relógio) Cadê ela, hein? Se ficar mais tarde, não vai dar pra fazer o que ela quer.

CAM mostra os bebês dormindo lindamente. Instantes. Fofura.

CORTA PARA:

 

CENA 16. MANSÃO MORAES. COZINHA. INT. NOITE.

Continuação imediata da cena 14. Clima de tensão no ar.

GLÓRIA        —  Anda, Marta! Eu estou à espera de uma resposta! Por que você está de mala e cuia?

MARTA        —  Sabe o que é que é dona Glória? É que eu não posso mais ficar trabalhando aqui.

GLÓRIA        —  E por que não?

MARTA        —  Porque eu recebi uma ligação do meu irmão. Ele disse que papai está nas últimas e que quer me ver.

GLÓRIA        —  E por que você não me comunicou antes, mulher? Nós poderíamos ter dado um jeito.

MARTA        —  É que foi tudo tão de pressa! O meu irmão ligou pra mim logo depois do jantar. A minha única reação foi sair rapidamente e ir a rodoviária comprar uma passagem para Joinville.

GLÓRIA        —  Então nesse caso eu só posso desejar boa sorte e melhoras pro seu pai!

MARTA        —  Obrigado, dona Glo! Agora deixa eu ir lá.

Ela vai saindo quando Glória arremata.

GLÓRIA        —  E olha… Se você quiser voltar… O seu emprego estará aqui a sua espera!

MARTA        —  Obrigado dona Glo… ria.

GLÓRIA        —  Dessa vez eu vou relevar o “Glo”.

Ela sai e Glória vai para a geladeira tirar um copo d’água.

CORTA PARA:

 

CENA 17. HOSPITAL. FUNDOS. EXT. NOITE.

Marta ali sem a mala. A enfermeira abre a porta dos fundos grilada com um jaleco nas mãos.

ENFERMEIRA    — Nossa! Finalmente, hein! Por que você demorou tanto?

MARTA        —  É que a véia me pegou no flagra!

ENFERMEIRA    — Mas e aí? Conseguiu enganar ela?

MARTA        —  Claro! Agora vamos agir antes que dê erro!

A Enfermeira passa a Marta o jaleco. Ela o veste.

ENFERMEIRA    — Mas por que você quer fazer isso mesmo?

MARTA        —  Como pra quê? Eu sempre quis ser mãe! Como eu fiz exames recentemente e descobrir que eu não posso e a Sol teve… Então porque não pegar os dela!?

ENFERMEIRA    — Ah, tá! Agora vamos!

As duas entram no hospital. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 18. HOSPITAL. CORREDOR. INT. NOITE.

Atenção Edição: Ligar no áudio com a cena anterior.

Duas pessoas passam ali. As duas vêm caminhando e olhando para os lados… Entram na incubadora neonatal. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 19. HOSPITAL. INCUBADORA NEONATAL. INT. NOITE.

Atenção Edição: Ligar no áudio com a cena anterior.

As duas entram ali.

ENFERMEIRA    — Fica de olho aí enquanto eu pego um aqui.

A Enfermeira abre à incubadora e tira um bebê e o passa a Marta e depois pega o outro.

MARTA        —  Nossa! Se eu soubesse que era tão fácil assim, eu mesma teria feito isso!

ENFERMEIRA    — Você nunca conseguiria entrar aqui se não fosse por mim!

MARTA        —  Tá, mas vamos discutir isso fora daqui!

As duas saem olhando para todos os lados. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 20. HOSPITAL. CORREDOR. INT. NOITE.

Atenção Edição: Ligar no áudio com a cena anterior.

As duas saem da sala de incubadoras griladas, com o corredor vazio elas vão andando a passos largos. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 21. HOSPITAL. FUNDOS. EXT. AMANHECENDO.

Atenção Edição: Ligar no áudio com a cena anterior.

As duas saem com as crianças.

MARTA        —  Foi mais fácil do que eu imaginava!

ENFERMEIRA    — Agora segura ele aqui!

Marta o pega. A enfermeira tira seu jaleco e o coloca em sua bolsa.

ENFERMEIRA    — Pronto! Agora me dá os dois aqui e faça o mesmo!

Marta passa as crianças a Enfermeira e faz o mesmo. Coloca o jaleco na bolsa da enfermeira e pega uma criança.

ENFERMEIRA    — E agora, o que a gente faz?

MARTA        —  Vamos que tem um táxi a nossa espera na rua de trás.

As duas vão andando griladas. Instantes. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 22. RUA. TÁXI. INT. AMANHECENDO.

Atenção Edição: Ligar no áudio com a cena anterior.

As duas ali no banco de trás com os bebês. Marta passa a enfermeira um saquinho com um volume vantajoso.

MARTA        —  Aqui está o combinado!

ENFERMEIRA    — Posso confiar, né?

MARTA        —  Claro! Você acha que eu ia te enganar?

CAM mostra o motorista olhando tudo pelo retrovisor central.

MARTA        —  Nem acredito que os meus bebês agora estão comigo! Finalmente meu sonho de ser mãe se tornou realidade!

CAM mostra o motorista desconfiado olhando tudo pelo retrovisor central. Instantes. Tensão.

CORTA PARA:

 

CENA 23. RODOVIÁRIA DO TIETÊ. FACHADA. EXT. AMANHECENDO.

Atenção Edição: Ligar no áudio com a cena anterior.

Rodoviária cheia. O táxi se aproxima e para. O motorista salta e ajuda as duas saltarem com as crianças. Marta o paga.

MARTA        —  Aqui está! Muito obrigado!

Ele tira a mala de Marta do porta mala e a deixa ali. Ele entra no carro e se afasta.

ENFERMEIRA    — Pronta?

MARTA        —  Eu já nasci pronta, meu amor! Vamos!

As duas entram na rodoviária.

CORTA PARA:

 

CENA 24. RODOVIÁRIA DO TIETÊ. INT. AMANHECENDO.

Rodoviária cheia. As duas ali com as crianças nos braços. A mala de Marta está ali.

ENFERMEIRA    — Você tem ideia de pra onde vai?

MARTA        —  Estou indo pra casa de uma amiga minha no Rio.

FUNCIONÁRIA  — (OFF) Atenção senhores passageiros do ônibus 5462, com destino ao Rio de Janeiro, embarque imediato.

MARTA        —  É o meu!

ENFERMEIRA    — Eu te ajudo!

As duas vão caminhando em direção ao ônibus. Chegando lá, a enfermeira dá a mala ao homem que a coloca no bagageiro. Ela entrega a criança a Marta que sobe no ônibus.

ENFERMEIRA    — Tchau! E boa sorte lá, hein!

MARTA        —  Obrigado!

Ela fica ali olhando. Marta se senta a uma poltrona na janela. O ônibus dá a partida e se afasta da rodoviária. A enfermeira ali olhando o ônibus se afastar. Instantes.

CORTA PARA:

 

CENA 25. ESTRADA. ÔNIBUS. INT. AMANHECENDO.

Marta ali com os seus dois “filhos” nos braços. Ela sorrir malignamente e vitoriosa. Instantes. Suspense. Tensão.

CORTA PARA:

 

FIM DO 3º CAPÍTULO

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