—Que brincadeira de mau gosto é essa? —perguntou Darlan.

—Não é nenhuma brincadeira, é a mais pura verdade. Somos filho do mesmo pai. —respondeu Inácio.

—Não é possível que meu pai passou esses anos todos escondendo de mim que tem um filho.

Luana aparece e percebe o clima tenso que estava acontecendo pelos semblantes dos quatro jovens.

—O que está acontecendo?

—Ele acabou de me dizer que é meu irmão. —respondeu Darlan.

—Darlan e Inácio, por favor vão para o escritório e espere por mim e por Rafael.

Inácio e Darlan se encaravam. Anahí e Florzinha estavam apreensivas.

—E vocês duas não falem para ninguém do que aconteceu aqui, entenderam?

As duas irmãs ficam em silêncio e Inácio passar pelo irmão e entra na sala e depois Darlan o segue. Luana segue em direção a roda de viola e fala algo próximo ao ouvido de Rafael que demonstra surpresa.

 

Alguns minutos depois no escritório estava Darlan, Inácio, Rafael e Luana.

—Não consigo entender o porquê do meu pai ter escondido você durante esses anos.

—Você vai ter que fazer essa pergunta a ele, Darlan. —disse Rafael.

—É injusto o que ele fez com você, Inácio. —fica de frente para o irmão. —Nosso pai vai ter que me explicar o motivo dele não ter falado sobre você. Se eu soubesse desde o início que éramos irmãos eu teria te tratado diferente.

—E por acaso se eu fosse um peão eu merecia ser destratado?

—Não é que…

—Você me tratou muito mal, Darlan, não sou a mim como também a Tânia.

Rafael e Luana se olham.

—Me desculpa, Inácio, eu cheguei muito cansado da viagem…

—Pois saiba que aqui nesta fazenda todos se tratam com devido respeito seja da família ou um peão.

—Mais uma vez peço desculpas, Inácio.

—Tudo bem dessa vez deixo passar. Eu desde criança ficava imaginando como você é. Quando perguntava por você e pedia para que trouxesse você para cá, ele sempre arrumava uma desculpa para não te trazer. —sua face demonstra tristeza.

—O que importa é que estou aqui, Inácio. Estamos juntos e frente a frente.

—Vocês são muito parecidos. —falou Luana.

—Acha mesmo, tia? —perguntou Inácio.

—Sim, acho. Os dois tem os olhos azuis iguais do pai. Concorda comigo, Rafael?

Rafael parecia distante em seus pensamentos e é despertado por Luana.

—O quê?

—Acha os dois parecidos?

—Você acha?

—Sim, vamos deixar os dois conversarem a vontade.

—Vamos. Com licença.

Luana e Rafael saem.

—Posso te dá um abraço? —perguntou Darlan.

—Sim, é claro que pode.

Darlan abraça Inácio e a face dele demonstra fingimento e sorri sádico.

—Eu esperei tanto por esse abraço. —falou Inácio emocionado.

Os irmãos desfazem o abraço.

—E nosso pai.

—O que tem ele? —perguntou Darlan.

—Eu não quero que fiquem um de mal com outro por causa disso. O problema não é com você. Nós dois somos inocentes nesta estória.

—Inácio, eu conheço nosso pai. E o que vai adiantar se brigarmos? Você existe e eu já descobrir e nada pode mudar isso. Temos que pensar no futuro e esquecer essas mágoas do passado.

 

Na sala do casarão estava Luana e Rafael parados em frente a escada.

—Darlan aceitou essa estória muito rápido demais para o meu gosto. —falou Rafael.

—Acha que ele pode está fingindo?

—Pode ser. Me pareceu meio dissimulado, eu não quero fazer um julgamento precipitado, afinal é como dizem: não se deve julgar o livro pela capa.

—Concordo com você, amor. O que faremos agora?

—Não sei. Não quero me envolver nesta confusão que o Anderson arrumou.

—Nem eu.

—Amanhã a gente pensa nisso. Agora vou voltar lá pra roda.

—Espera, antes de ir me responda uma pergunta.

—Diga.

—Por que quando eu te perguntei se achava que os dois parecidos você não respondeu?

—Os dois tem os olhos azuis, mas não acho parecidos, aliás, o Darlan é bem diferente do Anderson.

—Ele pode ter puxado a família da Verônica.

—É pode ser.

Rafael se afasta e Luana fica em silêncio e pensativa.

 

Pela manhã na mansão da família Gouveia estava Marcela no jardim pintando um quadro até que Anderson se aproxima.

—Bom dia, sogra.

—Bom dia, genro.

—Por acaso viu o Darlan?

—O Darlan viajou.

—Pra onde?

—Não sei, ele só me disse que era viagem de negócios.

Anderson fica intrigado com a viagem repentina de Darlan.

—Anderson, faz alguns dias que o Darlan vem me fazendo perguntas sobre o seu passado, sobre sua vida em Corumbá e isso me atiçou uma curiosidade.

—Qual?

—Por que você não retornou à fazenda?

—Sogra, há motivos pessoais que é melhor deixar como estão. Não quero falar sobre esse assunto.

—Tem a ver com seu irmão Rafael? Se desentenderam?

Anderson demonstra está desconfortável com aquele interrogatório da sogra.

—Me desculpe, genro, já deu para perceber que esse assunto te incomoda e não vou ficar te enchendo de perguntas e sendo inconveniente.

—É melhor assim, sogra. Cada um cuidando da sua própria vida. —saiu irritado.

Marcela observa Anderson saindo.

 

De tarde no restaurante Almirante do pantanal, estava Inácio conversando com sua mãe na cozinha.

—Mãe tem algo para te contar que você não vai acreditar.

—O quê? —se afastou do fogão.

—O Darlan ele está lá na fazenda.

—Como? —espantou-se a ribeirinha.

—Isso mesmo que você ouviu.

—Seu pai também veio?

—Não. Ele veio sozinho e disse que estava curioso para conhecer a fazenda.

—Por essa eu não esperava. E ele veio já sabendo de você? O Anderson contou a ele?

—Não, eu mesmo o contei que somos irmãos.

—E como foi a reação dele?

—Surpreso, mas depois demonstrou aceitar bem o fato do nosso pai ter me escondido dele.

—E você, meu amor, como está se sentido com tudo isso?

—Um misto de um monte de coisa, mãe. Por um lado estou feliz porque finalmente conheci o meu irmão, porém por outro lado me sinto triste.

—Já sei o porquê. —acarinhou o rosto do filho. —Você queria que seu pai tivesse vindo com ele e apresentado você, não é?

—É. —respira fundo, cruza os braços e olha para baixo. —Por que tem que ser assim, mãe? Tudo poderia ter sido tão simples.

—Concordo com você. Por isso nunca quis esconder a verdade. E ele te tratou bem?

Inácio ficou em silêncio.

—Inácio?

—Ele achava que eu era um peão e me distratou.

—Ora, ora, parece que esse não nega as origens, hein? Puxou a arrogância da granfina.

—Depois que soube que somos irmãos me pediu desculpas.

—Filho, não quero que se machuque. Eu sei o quanto você esperou por esse momento de conhecer o seu irmão, mas desconfie dele.

—Ele é meu irmão, mãe.

—Seu irmão, porém, não foi criado com você e não te conhece. Você não sabe qual é o verdadeiro motivo dele ter vindo pra cá.

 

No casarão da fazenda estava Darlan no quarto e em frente à janela e pensava consigo mesmo:

Aquela índia não sai da minha cabeça, estou viciado nela. Anahí é uma Toriba e que sorte eu tenho! Ela vai me levar até a nascente, eu tenho que seduzi-la, fazer com que confie em mim totalmente e aí então o ouro será meu, todo meu.sorrir sádico.

Ele segue em direção ao espelho.

O pai me surpreendeu em ter escondido um bastardo esses anos todos.riu.Era por isso que ele vinha para cá, mas preciso descobrir quem é a amante dele e aí vai ter que me dá a sua parte da fazenda.se olha no espelho, passa a mão nos cabelos, abre um sorriso vitorioso e sai.

 

Darlan caminhava pelo corredor e uma porta entre aberta de um quarto o chama atenção, ele olha pela brecha e ver o quarto vazio e escuta um barulho de água caindo no chão vindo do banheiro ao lado. A porta do banheiro estava entre aberta e Darlan espia pela brecha e se surpreende ao ver Anahí nua de costas para ele e tomando banho de chuveiro.

 

 

 

 

 

 

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