CAPÍTULO 3 – O PASSADO DESPERTA
Felipe e Isabela aterrissam em Marrakech, Marrocos, onde a primeira pista do testamento os espera. Ao caminharem pelas ruas da cidade que visitaram anos atrás, memórias enterradas voltam à tona. Enquanto isso, Mariana e Ricardo iniciam sua própria corrida para sabotar os irmãos. Um clima de desconfiança e tensão toma conta, pois os segredos do passado começam a surgir de maneiras inesperadas.
CENA 1 – CHEGADA AO MARROCOS
Felipe e Isabela desembarcam no aeroporto de Marrakech. O calor e o aroma exótico da cidade os atingem de imediato, trazendo lembranças da última viagem com o pai. Enquanto caminham até a área de bagagens, há um silêncio desconfortável entre os dois, ambos imersos em suas próprias lembranças.
FELIPE: (olhando ao redor, com um misto de nostalgia e amargura) Parece que nada mudou… Mas ao mesmo tempo, tudo mudou. Lembra da última vez que estivemos aqui?
ISABELA: (suspirando) Como poderia esquecer? Pai sempre escolhia os destinos mais… incomuns. Eu nunca entendi o que ele via aqui.
FELIPE: (rindo amargamente) Claro que não. Porque ele nunca nos disse. Ele só gostava de nos fazer adivinhar.
Eles pegam as malas e se dirigem para fora do aeroporto, onde um táxi os espera. O motorista, um homem de meia-idade com um sorriso simpático, os saúda.
MOTORISTA: Bem-vindos a Marrakech! Para onde vamos, meus amigos?
Felipe e Isabela trocam um olhar, hesitando por um momento antes de Isabela responder.
ISABELA: (com uma leve insegurança) Medina, por favor. Precisamos começar lá.
CENA 2 – O REENCONTRO COM A CIDADE
O táxi os leva pelas ruas movimentadas de Marrakech, onde cores vibrantes, aromas de especiarias e o som caótico do mercado preenchem o ar. À medida que se aproximam da Medina, as memórias da infância ao lado do pai tornam-se mais intensas. Ao descerem, Felipe e Isabela caminham pelas ruelas estreitas e labirínticas da cidade velha.
FELIPE: (observando o ambiente) É estranho… como tudo aqui parece igual e ao mesmo tempo tão distante. Como se fosse de outro mundo.
ISABELA: (acordando das lembranças) Eu me pergunto se pai já sabia que este lugar seria importante para nós. Se ele já estava planejando isso tudo naquela época.
FELIPE: (rindo de leve) Ele adorava seus mistérios. Não me surpreenderia se tudo já estivesse escrito no testamento naquela época.
Enquanto caminham pela Medina, chegam a um pequeno café onde costumavam ir com o pai. Eles se sentam, e Isabela tira um pequeno mapa que seu pai lhes deixou antes de morrer.
ISABELA: (focada no mapa) A primeira pista está aqui. Ele nos trouxe a este café várias vezes… Sempre ficava em silêncio quando passávamos por aqui.
FELIPE: (curioso) Você acha que ele escondeu algo aqui?
ISABELA: (determinada) Eu tenho certeza.
CENA 3 – MARIANA E RICARDO TRAMAM
Enquanto Felipe e Isabela começam sua busca, Mariana e Ricardo estão em um elegante hotel, planejando seu próximo movimento. Mariana, sempre com uma taça de vinho na mão, observa as notícias sobre a chegada de Felipe e Isabela ao Marrocos. Ricardo, sentado ao lado, revisa documentos que receberam de um informante.
RICARDO: (sorrindo) Eles chegaram. Não perdem tempo, esses dois.
MARIANA: (serena, mas com um brilho de malícia nos olhos) Claro que não. Mas nós também não. Precisamos estar à frente deles em cada movimento.
RICARDO: (pensativo) Acha que eles vão encontrar a primeira pista?
MARIANA: (confiante) Talvez… Mas não importa. Porque quando encontrarem, nós já estaremos um passo à frente. Eles não têm ideia do que está realmente em jogo.
RICARDO: (curioso) E se descobrirem o que escondemos deles?
MARIANA: (fria) Não descobrirão. Nós garantimos isso há anos. E agora é tarde demais.
CENA 4 – A DESCOBERTA
De volta à Medina, Felipe e Isabela estão no café, agora vasculhando o local com cautela. Isabela passa os dedos por uma parede de pedra próxima à mesa onde costumavam se sentar com o pai. De repente, ela para, sentindo uma diferença na textura da parede.
ISABELA: (com excitação) Felipe, aqui! Tem algo aqui.
Felipe se aproxima enquanto Isabela empurra uma pequena pedra que parece fora de lugar. A pedra se move, revelando uma pequena cavidade na parede. Dentro, há um pequeno pergaminho antigo. O coração de ambos acelera ao verem a primeira parte do legado de seu pai.
FELIPE: (com os olhos arregalados) Não acredito… Ele realmente fez isso. Ele escondeu aqui.
Isabela pega o pergaminho, mas antes de abri-lo, olha para Felipe, ambos cientes do que aquele momento significa. Este é apenas o começo da jornada, mas também o início de uma série de revelações que eles mal podem imaginar.
ISABELA: (com um misto de ansiedade e determinação) Vamos abrir.
Felipe acena com a cabeça, e Isabela lentamente desenrola o pergaminho. O texto antigo e desbotado revela um enigma escrito pelo pai, uma pista para o próximo destino.
FELIPE: (lendo em voz alta) “No deserto, onde o vento fala, a próxima verdade será revelada. Quando a areia cobrir o horizonte, lembrem-se de quem vocês realmente são.”
Eles se entreolham, confusos e intrigados. O deserto… a próxima parada está clara, mas o enigma ainda os deixa sem respostas definitivas.
ISABELA: (determinada) O deserto do Saara. É para lá que vamos.
CENA 5 – RICARDO EM AÇÃO
Enquanto isso, Ricardo, já informado por um de seus espiões na Medina, recebe a notícia de que Felipe e Isabela encontraram a primeira pista. Ele fecha o laptop com um sorriso confiante e faz uma ligação para Mariana.
RICARDO: (ao telefone) Eles encontraram a primeira pista. Tudo está indo conforme o planejado.
MARIANA: (do outro lado da linha) Excelente. Continue observando. O próximo movimento é nosso.
FIM DO CAPÍTULO 03