“Você Precisa de Alguém”

 

[CENA 01 – CASA DA LETÍCIA/ Q. DA LETÍCIA/ NOITE]
LETÍCIA – Que loucura?
EDUARDO – Quero te levar para um lugar. Um lugar, onde você verá centenas de estrelas do que por esta janela.
LETÍCIA – Eu não posso sair, Eduardo.
EDUARDO – Quem disse? Porque pra mim, você parece ótima.
LETÍCIA – Preciso pedir para Regina, e mesmo assim não acho que ela permitiria.
EDUARDO – E quem disse que ela precisa saber?
LETÍCIA – Então quer que eu saia escondida com você?!
EDUARDO – Sim, por isso é uma loucura. Então, você aceita fugir por essa noite comigo?

[CENA 02 – CASA DE PEDRO/ Q. DE PEDRO – SALA/ NOITE]
(Pedro está sentado em sua cama, mexendo no notebook, ouvindo algumas músicas. Recebe uma ligação)
PEDRO – Oi, Dácio. Não, estava só ouvindo algumas músicas. Sim, iria te ligar na verdade mais tarde para tratarmos sobre o trabalho. Vou jantar daqui a pouco. Beleza, cara. Então, daqui a pouco te mando mensagem e a gente conversa por vídeo chamada. Valeu. (desliga, volta a ouvir músicas)
[SALA]
(Carla e Miguel estão na sala se beijando, quando Paula vem descendo apressada pela escola)
PAULA – Ops, desculpa não queria atrapalhar nada. Só quero avisar que o Flávio está chegando.
CARLA – Não interrompeu nada, irmã. Alias… (levantando do sofá) … fez muito bem, vou ver se está tudo pronto.
MIGUEL – Vou te ajudar.
PAULA – Ótimo, só não se peguem muito lá dentro. Lembrem-se que haverá um jantar em alguns minutos.
MIGUEL – Prometemos. (Carla e Miguel vão para cozinha, agarrados. Paula caminha até o sofá, pega seu celular e começa a digitar mensagens com Flávio)

[CENA 03 – CASA DA ALICE/ Q. DA ALICE/ NOITE]
(Alice está deitada na cama, Felipe bate na porta e vai entrando)
FELIPE – (caminhando até a cama de Alice) Vamos jantar, filha?
ALICE – Já estou descendo!
FELIPE – Quer conversar?
ALICE – Estou bem, pai. (levanta da cama, e caminha em direção ao banheiro, Felipe senta na cama)
FELIPE – Para as outras pessoas você pode até mostrar não está sentido nada, mas pra mim não filha. A Rute era uma de suas melhores amigas…
ALICE – (saindo do banheiro) Eu não quero falar desse assunto, está bem. Na verdade, quero esquecer isso. Quero me preocupar com a segunda fase do programa apenas.
FELIPE – Alias, esse é um outro assunto que eu gostaria de conversar com você. Eu não permiti que você fosse na gravação deste programa. Alias, sua avó me garantiu que não iria levar você.

Seis dias atrás…

[CENA 04 – CASA DA VERÔNICA/ SALA/ DIA]
(Verônica está descendo as escadas, e ouve Alice descendo atrás dela chorando)
ALICE – (correndo até Verônica e a abraça) O que eu faço vó?
VERÔNICA – O que houve, querida? Por quê este choro?
ALICE – A Thalita. Ela me mandou uma mensagem dizendo que a Rute… a que Rute morreu.
VERÔNICA – Ela é uma de suas amigas?
ALICE – É. A gente havia brigado, eu estava ignorando ela, porque ela estava muito estranha, não queria contar nada pra gente. Precisava de uma lição. Mas, ela se foi. Eu não devia ter feito isso.
VERÔNICA – Não se sinta culpada. Isso não te fará bem, pelo contrário, irá atrapalhar daqui a pouco no programa.
ALICE – Não sei se quero ir à esta gravação.
VERÔNICA – E você vai jogar seu sonho fora? Pensei que tinha te ensinado a não desistir de nada.
ALICE – Mas, uma amiga minha morreu… Preciso está ao seu lado.
VERÔNICA – Você pode está ao lado dela depois da gravação. E se vocês realmente fossem amigas, não teria se desentendido. Escuta, querida… aqui vai uma lição, que eu pensei que você já havia aprendido. Nunca, mais nunca mesmo, deixe que nada ou alguém impeça de você realizar seu sonho. Nunca! (Alice observa Verônica, confusa)

Agora…

[CENA 05 – CASA DA ALICE/ Q. DA ALICE – SALA/ NOITE]
ALICE – Minha vó é a única que me apoia nessa família. Sabia que ela era a única que poderia me ajudar.
FELIPE – Só que você está de castigo. Você precisa entender como o mundo realmente funciona, e não é só de aparências.
ALICE – Quer saber. Não estou afim de ter essa conversa agora. Se o senhor quiser, fique aí falando sozinho. (sai do quarto)
FELIPE – Alice, volte aqui que ainda não terminamos. Alice? (vai atrás de Alice)
[SALA]
ALICE – (descendo as escadas) Eu não estou afim de conversar agora.
FELIPE – (descendo logo atrás dela) Vamos ter que conversar sim. Você e sua avó me enganaram uma vez, e isso não vai acontecer novamente.
ALICE – Eu vou sim participar da segunda fase do programa, e não vai ser o senhor que vai me obrigar.
FELIPE – Vou sim, porque você é minha filha. Deve obediência a mim. (Viviane e Luana saem da cozinha)
VIVIANE – O que está acontecendo aqui?
FELIPE – Nada demais, mamãe. Podemos jantar?
VIVIANE – Sim.
ALICE – Eu perdi o apetite. Não vou jantar com vocês. (sobe em direção ao quarto)
LUANA – Tem certeza, filha. Quiser posso pedir para que preparem algo para você.
ALICE – Não precisa vim bancar de mãe preocupada agora!
VIVIANE – Alice, olha só como você está falando com sua mãe. (Alice havia subido já) O que está acontecendo com essa menina?
FELIPE – Deixa. Amanha, tentarei conversar com ela. Vamos jantar.

[CENA 06 – CASA DA LETÍCIA/ Q. DE LETÍCIA/ NOITE]
(Letícia e Eduardo estão deitados na cama, um de frente para o outro)
LETÍCIA – Desculpa não aceitar fugir com você.
EDUARDO – Sem problema.
LETÍCIA – Você está chateado?
EDUARDO – Não, claro que não. Eu entendo seu receio. Você cresceu dentro desse quarto, talvez o mundo lá fora te assuste um pouco. (ri)
LETÍCIA – Não é isso. No fundo eu tenho uma certa curiosidade de saber como o mundo lá fora. Uma das poucas lembranças que tenho lá de fora, é uma que eu estou em um parquinho com meu pai. Eu estou em um balançado, me pai me empurrando. Peço para que ele me empurre mais forte, para ver o quão alto eu poderia ir. (Eduardo sorri ao ver a cara de alegria de Letícia contando) Eu sei que parece bobo.
EDUARDO – Não, não é bobo. Na verdade, é a primeira vez que você conta algo com seu pai. Você tem mais lembranças dela?
LETÍCIA – Não tenho muitas, além dessa, poucas que na verdade são mais flashbacks.
EDUARDO – Gostava muito dele, né.
LETÍCIA – Muito. Infelizmente não pude conhecer minha mãe. Meu pai acabou me criando. Conheceu a Regina, os dois se casaram, e ela ajudou meu pai.
EDUARDO – De que mesmo ele morreu?
LETÍCIA – Ele era policial. Não sei muita coisa, sei que ele estava em uma operação, levou um tiro de um dos bandidos, e acabou não resistindo.
EDUARDO – Pegaram quem atirou?
LETÍCIA – Não sei. E também como te disse, não sei de muita coisa. (Regina bate na porta)
REGINA – Oi, espero não estar atrapalhando nada.
LETÍCIA – (sentando na cama, junto com Eduardo) Não está atrapalhando, Regina.
REGINA – Vai querer jantar, Eduardo?
EDUARDO – Não, obrigado. Na verdade, estou indo embora.
REGINA – Já?
EDUARDO – Já. Não moro tão perto daqui, e preciso trabalhar cedo amanhã.
REGINA – Então tá. Vou deixar vocês de despedirem. (sai do quarto)
LETÍCIA – Desculpa te segurar por tanto tempo.
EDUARDO – Se eu pudesse, não sai nunca do seu lado. (se aproxima dela e a beija) Mas, as obrigações me chamam. Prometo que amanhã estarei de volta.
LETÍCIA – Ficarei te esperando. (voltam a se beijar)

[CENA 07 – CASA DA CARLA/ SALA/ NOITE]
(Flávio havia chegado, Paula o leva até a cozinha)
PAULA – Gente, esse é o Flávio.
FLÁVIO – Olá.
PAULA – Essa é a minha irmã, Carla.
CARLA – (caminha até ele e o cumprimenta) Finalmente, é um prazer te conhecer, Flávio. Até então só te via por fotos, que a Paula me mostrava.
PAULA – E esse é o Miguel, noivo da minha irmã.
FLÁVIO – (cumprimentando Miguel) Prazer. Também não via a hora de conhecer vocês. Já havia um tempo que estava cobrando a Paula para marcar logo este jantar.
CARLA – Olha só, pelo visto eu não era a única.
PAULA – É melhor iniciarmos logo este jantar, e parar de falar de mim, né.
CARLA – Vou lá chamar o Pedro.
MIGUEL – Quiser eu vou pra você.
CARLA – Tá, pode ser. (Miguel sai da cozinha em direção as escadas. Paula levar Flávio até a mesa, ele se senta, enquanto Carla e Paula preparam a mesa para o jantar)

[CENA 08 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL – SALA/ NOITE]
(Daniel está deitado em sua cama, mexendo no celular em um aplicativo de paquera. Ele conheceu alguém legal dias atrás, e está tentando conversar com ele novamente)

Quatro dias atrás…

[CENA 09 – LANCHONETE/ DIA]
(Thabata e Daniel foram para uma lanchonete após à aula. Thabata estar trocando mensagem com alguém por meio de um aplicativo de paquera. Daniel está tomando sorvete, observando a prima toda sorridente)
DANIEL – Tá enrolando quantos nesse aplicativo aí?
THABATA – Enrolando? Eu? Só uns 2. (ri)
DANIEL – Você não tem medo de conversar com pessoas desconhecidas por meio desses aplicativos? Sabe-se lá quem está do outro lado.
THABATA – Eu sou bem criterioso com os perfis que eu converso. Vejo se tem mais de três fotos, descrição de perfil, não vou conversando com qualquer um não.
DANIEL – Mesmo assim, deve rolar muitos perfis fakes, não?
THABATA – Sim, talvez. Mas até agora, não encontrei ninguém. Alias, recomendo você criar uma conta. Vai encontrar uns caras bem legais.
DANIEL – Nem pensar que vou entrar nesses apps de relacionamentos. Vai que encontro algum conhecido.
THABATA – A probabilidade é pequena, mas você que sabe. (volta a trocar mensagem pelo celular, enquanto Daniel fica pensativo tomando seu sorvete)

Mais tarde…

[CENA 10 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL/ NOITE]
(Daniel baixa o aplicativo, faz o cadastro e começa a procurar por alguém interessante)
DANIEL – Luis23. É bonito, 19 anos, 2km de distância, tem duas fotos. Está à procura de diversão. Vamos tentar, né. (digita uma mensagem para ele, envia e fica no aguardo da resposta) É, enquanto espero este, vamos procurar outro. (após ignorar alguns perfis, dessa vez ele recebe mensagem de outro perfil)
CARINHADOPC – “Oi!”
DANIEL – CarinhadoPC?! (entrando no perfil) Foto de um computador de perfil. Ou é algum fake ou deve ser um daqueles nerds que passam as noites em frente do PC vendo pornô e jogando. (abrindo a mensagem e respondendo) “Se escondendo por detrás de um PC?”
CARINHADOPC – “E você por trás de um gatinho, rs.”
DANIEL – (ri) “Ao menos gatinho é mais atraente que um PC.”
CARINHADOPC – “É, só que eu gosto de computador, o que fica claro pelo nome de usuário, rs.”
DANIEL – “Você deve ser então um desses nerds que passa o dia inteiro em casa jogando e vendo pornôs, aceitei?”
CARINHADOPC – “kkkk” “Mais ou menos” “Você deve gostar de gatos então, acertei?”
DANIEL – “Gosto, tenho um na verdade”
CARINHADOPC – “Como se chama?” (Daniel e o CarinhadoPC ficam trocando mensagens. Daniel ignora a mensagem do Luis33)

Agora…

[CENA 11 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Rita está no banheiro da lanchonete, acaba de realizar um teste de farmácia, e está com ele na mão, aguardando o resultado)
RITA – (sentada no vaso, observando o teste) Anda, anda… (pega a caixa para ler as informações novamente, volta à olha para o teste e o resultado começa a aparecer) Isso… Uma barra apareceu. Anda, aparece a outra. Isso… (um sorriso vai aparecendo em seu rosto, assim que a segunda barra aparece) Duas barras. Estou gravida!

[CENA 12 – CASA DA ANDRÉA/ Q. DA ANDRÉA/ NOITE]
(Andréa está ouvindo algumas músicas em seu quarto, fazendo uma playlist das possíveis músicas que ela irá cantar no programa. Seu primo bate na porta)
DOUGLAS – (entrando) Tem visita para você!
ANDRÉA – Quem é? (Ramon aparece por detrás de Douglas)
RAMON – Oi! (primo de Andréa sai)
ANDRÉA – O que faz aqui? Não devia está tratando dos assuntos de sua banda, com seu novo amiguinho Pedro.
RAMON – A minha banda está bem. E você tem razão. Tenho muito tempo ainda para ensaiar, já você precisa saber quais músicas cantar.
ANDRÉA – Não precisa se preocupar comigo. Estou indo muito bem sem você.
RAMON – Ah é? Então posso saber qual é a música que você vai cantar na segunda fase do programa?
ANDRÉA – Não. Você saberá assim que o programa for ao ar.
RAMON – E para à fase dos duetos? Ou você não quer que eu cante mais contigo nesta fase?
ANDRÉA – (fica pensativa) Realmente estou dentro um pouco de dificuldade para escolher a música desta fase. (Ramon ri) Como é um dueto, a música precisa ser boa para os dois.
RAMON – (sentando na cama) E quais músicas você já selecionou?
ANDRÉA – Ainda nenhuma.
RAMON – Bem, para sua sorte. Tenho uma aqui que acho que você vai gostar. (pega seu celular, levanta da cama e conecta na caixa de som que estava ao lado do PC e coloca a música para tocar)

[CENA DE MÚSICA – VOCÊ PRECISA DE ALGUÉM (JOTA QUEST ft. MARCELO FALCÃO)]

[RAMON]
Se quiser parar pra me dar conselhos 1
Acho bom também parar para me escutar
Não dá mais pra levar desse jeito
Pois, dessa vida, a gente não leva nada

Só não quero mais ficar sozinho
Não, não, não
Eu só não quero mais ficar sozinho

[ANDRÉA]
Se você quiser sentar pra conversar 2
Eu acho que vai demorar um tempo pra isso acontecer
Aonde você quer chegar?
Tô sempre pronto pra resolver com você

Me passe a visão do que vai ser
Do que realmente importa pra você

Porque eu só não quero mais ficar sozinho
(Só não quero mais ficar sozinho)
Só não quero mais ficar sozinho

Você precisa de alguém (precisa de alguém) 3
Pra te levantar (pra te levantar)
É, você precisa de alguém
Pra te levantar (pra te levantar)
Você, você precisa de alguém (precisa de alguém)
Pra te levantar (pra te levantar)
Você precisa de alguém (precisa de alguém)
Pra te levantar (pra te levantar)

[RAMON E ANDRÉA]
Só não quero mais ficar sozinho
(Só não quero mais ficar sozinho)
Que eu só não quero mais ficar sozinho

Precisa de alguém

Você precisa de alguém (precisa de alguém) 4
Pra te levantar (pra te levantar)
Você precisa de alguém (precisa de alguém)
Pra te levantar (pra te levantar)
Você, você precisa de alguém (precisa de alguém)
Pra te levantar (pra te levantar)
Você precisa de alguém (precisa de alguém)
Pra te levantar

1. Da uns passos em direção a Andréa, segura as mãos delas, e a puxa para perto da cama, sorrindo. Andréa finge ainda continuar chateada com ela, mas estava curtindo a música.
2. Se afasta de Ramon, indo para perto do computador novamente. Ramon se aproxima dela novamente, porém ela desvia dele e volta para perto da cama.
3. Andréa está animada, e Ramon percebe que está perdoado. Ambos começam cantar, e dançar um pouco pelo quarto.
4. Ramon volta a segurar novamente as mãos dela, e ficam até o final dançando juntos. Após o fim da música, ambos estão um de frente ao outro, Ramon toma coragem e a beija.

Amanhecendo…

[CENA 13 – EMPRESA/ SALA DE FELIPE/ DIA]
(Felipe está analisando alguns documentos, quando seu celular toca. Ver que é Rita, pensa em não atender, mas acaba atendendo)
FELIPE – Oi.
RITA POR TELEFONE – Precisamos conversar. É importante. Daqui duas horas, no local de sempre. (desliga, Felipe fica olhando para o celular, pensativo)

[CENA 14 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
(Pedro está na sala, mexendo no celular, enquanto espera Ana. A campainha toca, e ele vai atender)
PEDRO – Estou indo, Ana. (abre a porta e ver que não é a Ana) Oi, Flávio. Bom dia.
FLÁVIO – Bom dia, Pedro. A Paula está pronta? Vou deixa-la no trabalho hoje.
PEDRO – Ela daqui a pouco deve estar descendo. (antes que Flávio entrasse, Ana aparece ao lado dele)
ANA – Vamos?
PEDRO – Vamos sim. Só vou pegar minha mochila. (volta para dentro da sala, Flávio olha para Ana, sorri para ela, Ana retribui, por educação, Pedro retorna) Quiser esperar ela, pode entrar.
FLÁVIO – Está bem. É a sua namorada?
PEDRO – Não, é só uma amiga.
FLÁVIO – Que sua tia não me ouça, mas, muito bonita sua amiga. (Pedro não curtiu muito o comentário)
ANA – Obrigada. (começando a desconfiar do jeito que ele estava olhando para ela)
FLÁVIO – Por nada. (pega na mão dela para cumprimenta-la, nesse momento Ana tem uma visão do passado de Flávio. Ele está em um quarto, sem camisa, sentado na cama, e ao lado uma garota de aproximadamente 12 anos, de cabeça baixa, com a aparência triste. Ele toca no ombro da garota, que a faz se retrair, a visão termina nesse momento. Ana puxa sua mão da de Flávio) Calma, só iria me apresentar.
ANA – Melhor irmos, Pedro. Ou vamos nos atrasar. (sai apressada)
FLÁVIO – O que foi que deu nela?
PEDRO – Ela é assim às vezes. Tenho que ir agora, fique à vontade. (sai atrás de Ana, Flávio os observa. Alguns segundos depois, Flávio entra, caminha até o sofá, se senta e fica esperando por Paula. Carla vem saindo da cozinha)
CARLA – Flávio? Você aqui tão cedo?
FLÁVIO – Bom dia! (levantando e indo até ela) Vim buscar sua irmã, vou leva-la para o serviço.
CARLA – Olha, que namorado prestativo.
FLÁVIO – Adorei o jantar de ontem, de verdade. Muito obrigado.
CARLA – Não tem que agradecer. Só o fato de saber que a minha irmã está feliz, é o que importa. E cá entre nós, quando ela não desceu ainda. Gostei de você. Vejo que realmente você gosta da minha irmã e vocês formam um belo casal.
FLÁVIO – Também gostei de te conhecer. Pode deixar, que farei sua irmã feliz. (Paula vem descendo as escadas)
PAULA – Desculpa a demora. (caminha até ele e o beija) Vamos? Bom dia, irmã.
CARLA – Bom dia. Não vai nem tomar café?
PAULA – Não, mas não se preocupa, como qualquer coisa pelo caminho.
FLÁVIO – Pode deixar Carla, farei ela comer alguma coisa.
PAULA – Tchau irmã! (Paula e Flávio vão embora, Carla sobe em direção ao quarto)

[CENA 15 – PRAÇA/ DIA]
(Rita está sentada em um banquinho da praça, se levanta assim que observa Felipe se aproximando)
FELIPE – Não tenho muito tempo. Então seja o que for que você tenha para dizer, seja rápido.
RITA – Não se preocupa. Eu serei.
FELIPE – Então diga.
RITA – (sorriso crescendo no rosto) Parabéns… (passando as mãos em sua barriga) …você será papai novamente! (Felipe fica surpreso)

Continua no Capítulo 23…

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