“Não Olhe Pra Trás”

 

Anoitecendo…

[CENA 01 – CASA DE PEDRO/ COZINHA/ NOITE]
(Carla e Paula continuam a conversam de hoje à tarde, agora que estão sozinhas, tem mais privacidade)
CARLA – Você fez o teste que eu comprei?
PAULA – Ainda não. Não tenho coragem, e se der positivo.
CARLA – Ué, aí você vai até o Flávio, e vocês dois conversam.
PAULA – Eu não posso estar grávida, não estou preparada para ser mãe.
CARLA – Eu também não estava, mas veja agora… o Pedro é tudo para mim. Faria tudo por ele.
PAULA – Você é uma boa mãe, Carla. Eu tenho certeza que serei uma péssima.
CARLA – (ri) Você não sabe. Quando se é mãe, é despertado em você instintos que até então você desconhecia.
PAULA – Só que eu não estou pronta ainda para ser mãe!
CARLA – Bem, você só saberá se fizer o teste que eu comprei para você.
PAULA – Seja o que Deus quiser então! (sai da mesa e vai em direção à sala, minutos depois retorna com o teste em mãos)
CARLA – (curiosa) Então, qual foi o resultado? (Paula olha para irmã, apreensiva)

[CENA 02 – CASA DE LETÍCIA/ Q. DE LETÍCIA – SALA/ NOITE]
(Dácio entra no quarto de Letícia, porém não a encontra)
DÁCIO – Letícia? (caminha até o banheiro e também o encontra vazio) Letícia? (sai do quarto) Letícia? (desce as escadas em direção à sala, onde estava Cassia vendo TV) Você viu a Letícia?
CÁSSIA – Mamãe a levou para o hospital.
DÁCIO – Para o hospital? O que aconteceu?
CÁSSIA – Nada demais, só a Letícia com mais uma das crises dela. Logo as duas vão entrar pela aquela porta.
DÁCIO – Se a Regina levou a Letícia até o hospital, porque não é nada demais. Alguma coisa séria deve ter acontecido. (pega seu celular, ligando para Regina, indo em direção a cozinha, segundos depois retorna para a sala, guardando o celular no bolso)
CÁSSIA – Então, quando elas voltam?
DÁCIO – A doença dela piorou. Ela terá que ficar internada, em observação.
CÁSSIA – Mas por pouco tempo, né? Ela irá voltar para casa em breve!
DÁCIO – De acordo com a Regina, não há previsão para as duas retornarem.
CÁSSIA – E meu programa? Em algumas semanas ele começará, logo serão as fases ao vivo, a Letícia tem que voltar pra casa.
DÁCIO – Será que você poderia ao menos ficar alguns segundos sem pensar na troca desse programa. A Letícia piorou, talvez ela nem volte mais para casa. (sobe para o quarto com raiva, Cássia fica sentada no sofá, pensativa)

[CENA 03 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Pedro está com Ramon no palco, preparando os equipamentos da banda para tocarem em alguns minutos. Andréa, Ana e Alan estão sentados em uma mesa, próxima ao palco, Ana recebe uma mensagem de Dácio)
ANA – Gente o Dácio não vai poder vim. Ele vai para o hospital ver a prima dele que foi internada.
ALAN – Será que a doença dela piorou?
ANA – Provavelmente sim.
ANDRÉA – O que a prima dele tem?
ANA – Dácio não nos disse ao certo, só falou que ela tem um tipo de câncer raro. (Pedro e Ramon se aproxima da mesa)
PEDRO – Dácio ainda não chegou?
ANA – Ele acabou de me mandar mensagem, dizendo que não vai poder vim porque a prima dele foi internada.
PEDRO – Nossa. Vou mandar mensagem para ele quando chegar em casa. Prima dele é super gente boa, canta bem, é triste o que ela está passando.
IVO – (se aproximando da mesa) Vejo que o pessoal está todo reunido hoje. Estão comemorando alguma coisa?
RAMON – Quase isso…
PEDRO – É mais para uma despedida, Ivo.
IVO – Quem vai embora?
PEDRO – Eu.
IVO – (ficando sério) Como assim? Você decidiu entrar ir com a sua mãe para Minas?
PEDRO – Decidi. Ela precisa de mim, mas do que ninguém. Não posso deixa-la nesse momento.
IVO – Mas e a banda, nosso acordo?
PEDRO – Bem, você devia se alegrar por ter um a menos a comer gratuitamente, mas é isso, Ivo… acho que nosso acordo termina hoje.
IVO – Você pensou bem, Pedro? Tem certeza que é isso que você quer? Imagina a fama, o sucesso que você terá se ficar aqui, ficar na banda do Ramon.
PEDRO – Eu não entrei para a banda dele buscando sucesso, fama, entrei porque gosto de cantar, e como eles estavam precisando de um vocalista.
IVO – Sim, mas você era você que traria o sucesso para a minha banda.
PEDRO – (confuso) Como assim?
IVO – (percebendo que falou mais do que devia) Espera… eu posso conversar com a sua mãe?
PEDRO – Não tem mais o que conversar, Ivo. Está decidido!
IVO – Não, tem algo errado. Não pode acabar isso. (sai da mesa deles, em direção a cozinha)
ANDRÉA – Foi impressão minha ou o Ivo se incomodou com a decisão do Pedro?
RAMON – Também reparei a persistência dele em te fazer mudar de ideia.
PEDRO – Sinto muito mas ele e nem ninguém me fará mudar de idea.
[COZINHA]
IVO – Cadê vocês?! Aparecem agora mesmo, ou vou até o outro lado socar a cara de cada um de vocês.
FÁBIO – (aparecendo atrás dele) Quero ver você conseguir!
IVO – Sem piadas, Fábio. Vocês me garantiram que o Pedro iriam trazer o sucesso da nossa banda novamente, e acabo de saber que ele vai embora com a mãe dele.
FÁBIO – Sim, sei disso.
IVO – Você sabia disso e não me contou?
FÁBIO – Não, porque sabia que você iria ficar desse jeito.
IVO – Mas é claro. Se o Pedro vai embora, não tem como ele trazer o sucesso da nossa banda.
FÁBIO – Deixa de ser apressado, Ivo. Só porque o garoto vai voltar para a casa do avô dele, não significa que ele um dia volte para cá.
IVO – Então não será em definitivo?
FÁBIO – Nada nessa vida é definitivo, tudo é passageiro. Relaxa, esse não é o fim da história ainda. (desaparece, Ivo, um pouco mais calmo, sai da cozinha)

[CENA 04 – CASA DE PEDRO/ COZINHA/ NOITE]
PAULA – (sentando à mesa, aliviada) Negativo!
CARLA – Certeza?
PAULA – Sim, apareceu só um palito.
CARLA – Então não tem com o que se preocupar.
PAULA – Ainda bem, sinceramente eu não me via sendo mãe, Carla. Não agora.
CARLA – Agora relaxa, tá. Passou, você não está grávida, certamente o que te fez passar mal foi alguma coisa que você comeu.
PAULA – Também… ou pode ter sido alguns embrulhos que venho sentindo no estômago, desde que vi uma coisa.
CARLA – O que você viu?
PAULA – (receosa de contar) Não sei se é coisa da minha cabeça, mas… tem algo estranho na relação do Flávio com a sobrinha dele.
CARLA – Como assim algo estranho?
PAULA – Eu não sei, mas eu vi fazendo uns carinhos estranho nela, enfim… não quero pensar besteira, talvez sejam coisas da minha cabeça.
CARLA – Carinhos estranhos como, Paula?
PAULA – É besteira minha irmã. Não quero te encher com isso. Cadê o Pedro, ele não vai descer hoje?
CARLA – Ele saiu com os amigos. Estão se despindo dele.
PAULA – Você vai então, mesmo após o aneurisma ter crescido?
CARLA – Vou. Já liguei para o papai, vamos Quinta. Será só o tempo de solicitar a transferência de escola do Pedro, arrumar algumas coisas, do Miguel arrumar as coisas dele também.
PAULA – Então vocês vão se casar lá mesmo?
CARLA – Vamos. Mudaremos nosso casamento da igreja, para um casamento no campo. Ele tá cheio de ideias para este novo casamento.
PAULA – Felipe vai?
CARLA – Acredito que sim.
PAULA – Ai, ai minha irmã. Realmente não sei mesmo como você está conseguindo viver cada dia, nesse emaranhado de mentiras.
CARLA – Confesso que também não entendo como consigo, simplesmente estou aqui. E vou manter isso, até o máximo que eu puder.

[CENA 05 – CASA DE MANUELA/ Q. DE MANUELA/ NOITE]
(Manuela está deitada em sua cama, chorando e novamente as vozes que atormentavam a cabeça dela voltaram. Do nada ela começa a se bater e se machucar, Sara entra no quarto nesse momento)
SARA – Meu Deus, o que significa isso filha? (caminha até, segurando sua mãos) O que você tá fazendo?
MANUELA – Eu me odeio! Odeio meu corpo, minha vida… quero por um fim a isso tudo, mãe. (a abraça)
SARA – O que está acontecendo com você, filha? Se abre comigo? (Manuela se desespera em chora, abraçada com a mãe, que está confusa fazendo carinho na cabeça dela)

[CENA 06 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Pedro está no palco, com o pessoal da banda, se preparam para cantar)

[CENA DE MÚSICA – ZADE (OUTROEU)]

Levei um susto que me fez um bem 1
Ganhei o mundo sem tirar o pé do chão
Me deu sua mão

Pra ser um vulto tem de ser alguém
Alguém no mundo tem de ter um outro alguém
Que faça bem a todos nós

Não tive custo pois só me fez bem 2
Ganhei o mundo e tirei meu pé do chão
Me deu sua mão

Pra ser tumulto tem de ter alguém
Alguém no mundo tem de ser um outro alguém
Que faça bem a todos nós

Ahh, se pudesse ter 3
Mais um dia assim com vocês eu teria

Ahh, se pudesse ter
Mais um dia assim com vocês eu teria

Diz que sente o que eu senti 4
Diz que vê o que eu vi
Você é a verdade que não me doeu
Aquela ami que enfim zade já bateu
A sua coragem me fortaleceu
Você é o encaixe, à parte, em mim maior

  1. Pedro começa a tocar, seus amigos estão o observando da mesa, assim como Ivo o observa do balcão.
  2. Pedro canta olhando para seus amigos, olha para o pessoal da banda, sorrindo. Fábio aparece ao lado de Ivo, toca no ombro do amigo, que o faz sorri.
  3. Pedro olha para Ramon, e o ver feliz, emocionado, aponta para seus amigos sentados à mesa.
  4. Pedro olha para Ivo, e o ver se divertindo também. Volta a olhar para Ramon, e finaliza a música olhando para seus amigos da mesa.

[CENA 07 – HOSPITAL/ NOITE]
(Regina está sentado na recepção, quando ver Dácio levanta, caminha até ele)
REGINA – O que está fazendo aqui, Dácio?
DÁCIO – Vim ver a Letícia. Como ela está?
REGINA – O médico deu uma medicação para ela, que fez um pouco as dores e o sangramento passar. Agora ela está dormindo.
DÁCIO – O que aconteceu?
REGINA – Ele disse que o câncer dela progrediu. Ela a chamou de guerreira, por ter resistido esse tempo todo.
DÁCIO – As chances dela não voltar aumentaram, não foi? (Regina confirma com a cabeça, Dácio chora) Sabe que isso a culpa sua, né.
REGINA – Minha? Do que você está falando garoto? Sempre cuidei que Letícia como se fosse a minha própria filha.
DÁCIO – Se cuidasse mesmo teria levado ela para um hospital, e procurado uma cura.
REGINA – Não há uma cura para…
DÁCIO – (interrompendo-a) Ah sim. Eu e o Eduardo levamos alguns exames para um médico especialista na área, e ele garantiu que de acordo com os resultados, a Letícia tem uma chance de cura.
REGINA – Vocês fizeram o que?
DÁCIO – Mas agora que a doença dela se complicou, talvez a única chance de cura que ela tinha não exista mais.
REGINA – Não acredito que vocês estavam aprontando isso pelas minhas costas. Tenho certeza que isso foi ideia desse Eduardo, não foi?
DÁCIO – Foi de nos dois. Preciso avisar à ela o que está acontecendo com ela.
REGINA – Nem pensar. Não quero esse garoto aqui.
DÁCIO – Você não manda em mim. (se afasta dela, pega seu celular e ligar para Eduardo)

[CENA 08 – CASA DE MANUELA/ Q. DE MANUELA/ NOITE]
(Com Manuela mais calma, Sara tenta mais uma vez entender o que está acontecendo com a filha)
SARA – Será que agora você pode me explicar porque você estava se machucando daquela hora? (Manuela continua em silêncio) O que está acontecendo, filha? Primeiro você toma produtos de limpeza, começa a se agredir… (lembra que dias atrás havia visto manchas no corpo dela) … Essa não foi a primeira vez, né? (Manuela nega com a cabeça) Se abre comigo, filha. Deixa eu te ajudar… (Manuela abaixa a cabeça, pensa em contar a verdade, mas tem receio do que sua mãe pode fazer)
MANUELA – Eu sou feia, mãe!
SARA – De novo isso?
MANUELA – Todo mundo do meu colégio me chama de esquisita, estranha… Tem uma garota lá, que vive me humilhando, me chamando de feia, dizendo que não entende como alguém poderia ter me gerado por 9 meses, e eu ter saído desse jeito.
SARA – Quem essa garota pensa que é? Você linda, e não devia ligar para o que ela ou qualquer pessoa diga à você.
MANUELA – Eu não aguento mais as humilhações, eu quero sair daquele colégio, eu quero estudar em casa, que ir para outra cidade, só quero sair daquele colégio.
SARA – E suas amigas, filha?
MANUELA – Eu não tenho amigas, mãe. Eu menti. Eu não tenho ninguém, todos zombam de mim, ninguém fala comigo lá.
SARA – Que tipo de colégio é esse que permite isso? Eu pago caro pra você estudar lá, para que você possa aprender em um lugar seguro, com pessoas do bem…
MANUELA – Lá ninguém gosta de mim, sou a estranha de lá.
SARA – Amanhã mesmo vou conversar com o diretor de lá. Quero saber o que ele tem feito que não ver isso?
MANUELA – Não, mamãe. Por favor, se a senhora for lá, todos vão saber e só vai piorar as coisas.
SARA – Eu não vou deixar que você continue sendo humilhada, filha. Sou sua mãe, vou cuidar de você sim. Quem é a garota? Qual é o nome dela?
MANUELA – O pai dela bilionário, mãe. Ele pode acabar com a nossa família.
SARA – Eu não tenho medo dessa gente, filha. E você também não devia ter. Me diz, qual é o nome dela?
MANUELA – Alice.
SARA – Alice. As outras garotas que foram te visitar no hospital, também estão no meio? (Manuela confirma com a cabeça) Quero o nome de todos que têm humilhado você, filha. Amanhã irei resolver isso!

[CENA 09 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Pedro continua no palco, dessa vez Andréa subiu para cantar com ele)

[CENA DE MÚSICA – NÃO OLHE PRA TRÁS (CAPITAL INICIAL part. LENINE)]

[ANDRÉA]
Nem tudo é como você quer 1
Nem tudo pode ser perfeito
Pode ser fácil se você
Ver o mundo de outro jeito

Se o que é errado ficou certo
As coisas são como elas são
Sua inteligência ficou cega
De tanta informação

[ANDRÉA E PEDRO]
Se não faz sentido, discorde comigo 2
Não é nada demais
São águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe pra trás

[PEDRO]
Você quer encontrar a solução 3
Sem ter nenhum problema
Insistir e se preocupar demais
Cada escolha é um dilema

Como sempre estou
Mais do seu lado que você
Siga em frente em linha reta
E não procure o que perder

[ANDREÁ E PEDRO]
Se não faz sentido, discorde comigo 4
Não é nada demais
São águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe pra trás

[PEDRO]
Como sempre estou
Mais do seu lado que você
Siga em frente em linha reta
E não procure o que perder

[ANDRÉA E PEDRO]
Se não faz sentido, discorde comigo 5
Não é nada demais
São águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe pra trás

Se não faz sentido, discorde comigo
Não é nada demais
São águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe pra trás

1. Andréa começa cantando olhando para o pessoal da lanchonete, Pedro presta atenção nela, com o microfone fora do suporte.
2. Andréa retira o microfone do suporte, e se aproxima de Pedro. Ele, fazendo a mesma coisa, se aproximam e trocam de posição.
3. Pedro olha para Ramon, volta a olhar para Andréa e volta a olhar para o pessoal da lanchonete. Andréa e Pedro voltam a se aproximar um do outro, dessa vez ficam alguns segundos cantando.
4. Ivo que estava atendo a mesa de Ana e Alan, decide parar um pouco por lá, e curtir a música, igual o pessoal da lanchonete.
5. Pedro e Andréa voltam para a posição inicial que estavam, trocam olhares algumas vezes, mas terminam a música olhando para a plateia.

[CENA 10 – HOSPITAL/ NOITE]
(Regina está sentada em uma das poltronas, Dácio está em pé, encostado em uma das paredes, mexendo no celular, Eduardo aparece o ver e vai em sua direção)
EDUARDO – Vim o mais rápido que pude. Como ela está?
DÁCIO – Descansando. Só que o câncer dela progrediu. (Regina se aproxima deles)
EDUARDO – Eu quero vê-la, Dácio.
REGINA – Não pode. Ela está descansando, assim como o Dácio disse. E mesmo assim, só é liberado a entrada da família. E você não é da família.
EDUARDO – Mas eu sou o namorado dela.
REGINA – Por falar nisso, precisamos conversar. (encara Eduardo, ele sem medo, fica de frente para ela, encarando-a também) Quero saber quem autorizou vocês à irem atrás de uma cura para Letícia?!

[CENA 11 – CASA DE ALICE/ SALA/ NOITE]
(Viviane está na sala, mexendo em seu celular, quando a campainha toca, a emprega vai atender)
SARA – Boa noite, aqui é a casa da família dos Almeidas?
EMPREGADA – Sim, quem gostaria?
SARA – Me chamo Sara. O sr. Felipe se encontra?
EMPREGADA – Ele está na empresa. Deve chegar mais tarde.
SARA – A filha dele se encontra? É que a minha filha estuda com ela, e devido ela ter faltado as aulas alguns dias, queria saber se tem algum trabalho de algum professor?
EMPREGADA – A filha dele se encontra, vou chama-la. (permite Sara entrar)
VIVIANE – (levantando do sofá, indo até a Sara) Boa noite, você quer falar com a minha neta?
SARA – Isso. Na verdade, queria falar com o seu filho, mas já que ele não está, pode ser com a senhora também.
VIVIANE – Comigo? Sobre o que seria?
SARA – Sua neta anda humilhando a filha. E eu quero saber o porquê dela tá fazendo isso?

[CENA 12 – CASA DE VERÔNICA/ Q. DE VERÔNICA/ NOITE]
(Luana está deitada na cama, com o número da enfermeira que fez a troca de sua filha discado no celular. Ela observa o aparelho por alguns segundos, pensa em colocar para chamar, mas bate um receio, desliga e coloca ao lado. Alguns segundos olhando para o teto, pega o celular novamente, coloca no número, e coloca para chamar. O número chama algumas vezes, até que a voz de uma mulher sai do outro lado da linha)
MULHER – Alô? (Luana fica sem reação)

Continua no Capítulo 44…

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo