“Me Adora”

 

[CENA 01 – ESTÚDIOS SUA CANÇÃO/ NOITE]

[CENA DE MÚSICA – ME ADORA (PITTY)]

Tantas decepções eu já vivi 1
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei
Só não desonre o meu nome

Você que nem me ouve até o fim 2
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora 3
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

Perceba que não tem como saber 4
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome

Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer? 5
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

1. Andréa entra no palco, e se sente nervosa ao ver a quantidade de pessoas na plateia. Caminha até o meio do palco, em frente aos jurados, respira fundo e dar sinal para a banda começa a tocar. Ainda nervosa, ela começa a cantar, meio que paralisada no palco. Ramon que estava ao lado de Lauro, observava tudo pela TV e notava o nervosismo de Andréa.
2. Aos poucos, sentindo-se a vontade no palco, Andréa começa e se movimentar. Ramon, fica preocupado, com medo de que ela cometesse algum erro.
3. Aos poucos Andréa vai se soltando, começa a caminhar pelo palco, e ver que algumas pessoas da plateia estão gostando.
4. Andréa volta para o meio do palco e começa a cantar para os jurados. Ver que Léo está curtindo a música, e isso a deixa mais tranquila e solta no palco.
5. Ramon vendo a animação da Andréa no palco, consegue ficar menos tenso, torcendo para que ela receba bons comentários. Após o fim da música, a plateia bate palma, jurados acompanham.

VALÉRIA – (terminando de bater palmas) Menina… de onde você é?
ANDRÉA – Sou daqui do Rio mesmo.
LÉO – Quantos talento aqui do Rio!
VALÉRIA – Né.
LÉO – A produção nem precisou ir longe atrás de vozes.
VALÉRIA – E como você se chama?
ANDRÉA – Andréa Silva.
VALÉRIA – Quantos anos?
ANDRÉA – 16.
VALÉRIA – Com quantos anos você começou a cantar?
ANDRÉA – Bem, desde os 3 para 4 anos de idade por aí. Tinha já o hábito de ficar no meu quarto ouvindo músicas, interpretando-as…
LÉO – Ou seja, seus primeiros shows foram dentro do quarto.
ANDRÉA – (rindo) Quase isso.
VALÉRIA – Você já esteve em cima de um palco antes? Com uma quantidade de pessoas igual à que estão aqui?
ANDRÉA – Não, quer dizer, não profissionalmente. Mas já fiz alguns shows na escola, em uma lanchonete de um amigo meu, lá rola karaokê para os clientes.
LÉO – Sério?
VALÉRIA – Onde fica essa lanchonete? Pensando em dar uma passadinha por lá, depois daqui!
ANDRÉA – É perto daqui, qualquer coisa depois dou o enderenço.
VALÉRIA – Combinado então.
LÉO – Assim vamos nós dois, Valéria.
ANDRÉA – (olhando para a câmera) Está vendo Ivo, conquiste dois clientes para você. (Ivo que estava assistindo, sorri) Mereço comida de graça por resto da vida.
IGOR – Chegou a hora de votarmos, pessoal.
VALÉRIA – Verdade. (olha para a câmera) E Ivo, quando sairmos daqui vamos dar uma passada aí, viu. (ficando séria) Agora, é hora de avaliarmos sua apresentação. Bem, você cantou muito bem… este é o seu tipo de música favorito ou você canta qualquer uma?
ANDRÉA – Canto qualquer tipo de música, ritmo, porém curto mais esse estilo mesmo, pop-rock…
VALÉRIA – Legal. Bem, você cantou muito bem, nítido como você se sentiu a vontade no palco, como você demostrou o controle sobre a música, no entanto, no início, quando você entrou no palco, né… e começou a cantar, meio que te percebi um pouco nervosa…
LÉO – Normal, não se preocupa.
VALÉRIA – Sim, até nós mesmo que temos alguns anos de carreira já, ainda sentimos um pouco de nervosismo quando subimos ao palco. E o legal disso é que mesmo percebendo um pouco desse nervosismo, você ao longo da música conseguiu controla-lo, e conseguiu fazer um incrível show aqui para nós.
LÉO – Sim, verdade.
VALÉRIA – Então, não podia deixar de dar sim para você. (plateia bate palmas)
ANDRÉA – Obrigada.
LÉO – É isso, Andréa. É normal sentirmos nervosismo antes de entrar no palco, o que não podemos é deixar que esse nervosismo tome conta da gente a apresentação inteira, e foi isso que você fez. Não deixou que ele te atrapalhasse na apresentação. Então, meus parabéns, você cantou muito bem, e meu voto é sim. Quero muito te ver na próxima fase, trazendo esse pop-rock pra gente. (plateia bate palmas)
ANDRÉA – Obrigada.
IGOR – Concordo com o que os meus colegas disseram. Você cantou bem, tem uma boa extensão vocal, o nervosismo não atrapalhou muito na apresentação, ao menos para mim não, então meu voto é sim. (plateia bate palma, os jurados também, Andréa comemora no palco, e agradece todos. Andréa sai do palco, e Lauro caminha até ele falando)
LAURO – É meus amigos, esse primeiro programa de temporada foi tenso.
VALÉRIA – Os próximos serão assim, Lauro? Se for, avisa logo que já trago aquele equipamento de choque, preparado caso eu infarte durante as próximas apresentações.
LAURO – Não sei, surpresa. (olha para a câmera) Ficamos por aqui pessoal, chega de emoções por hoje. Obrigado aos jurados por estarem com a gente mais está temporada, obrigado plateia, tchau a todos e até semana que vem. (começa a tocar a trilha sonora do programa, os créditos começam a subir, o programa se encerra)

Amanhecendo…

[CENA 02 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ COZINHA/ NOITE]
(Carla está tomando seu café, pensando em seu casamento que acontecerá amanhã, Pedro entra na cozinha)
PEDRO – Bom dia.
CARLA – Bom dia, filho. (voltando ao normal) A Carol já está lá fora?
PEDRO – Não, mas deve estar chegando. Ela disse que me mandaria mensagem assim que chegasse. E a senhora? Quando entrei tava pensativa. Nervosa para o casamento amanhã?
CARLA – Não muito. Confesso que estou ansiosa, mas nada demais. Seus amigos realmente virão cantar no casamento?
PEDRO – Sim, eles irão pegar o ônibus hoje à tarde, e chegarão aqui possivelmente amanha pela manhã.
CARLA – Você precisa me lembrar de avisar ao papai para ir busca-los. Não quero que eles se percam aqui.
PEDRO – Está bem.
CARLA – Eu posso saber quais são as músicas que vocês irão cantar para o meu casamento.
PEDRO – Algumas ainda estamos decidindo, porém não posso falar nada. Mas se a senhora quiser sugerir alguma música, para dançar com o Miguel…
CARLA – Não, por enquanto não tenho nenhuma favorita. (fica pensativa)
PEDRO – Tem certeza? Pela cara da senhora, a senhora deve ter lembrado de alguma música.
CARLA – Não lembrei, filho. Mas não se preocupa, qualquer coisa, eu digo à você.
PEDRO – Está bem. (chega uma mensagem em seu celular) A Carol estar lá embaixo, tchau mãe.
CARLA – Tchau, filho. Boa aula. (Pedro sai da cozinha, Carla volta a ficar pensativa, dessa vez, pensa em Felipe)

[CENA 03 – CASA DE ALICE/ Q. DE FELIPE – COZINHA/ DIA]
(Felipe está sentado em sua cama, segurando o convite para o casamento de Miguel e Carla. Pensativo, ele guarda o convite na gaveta da escrivaninha ao lado da cama, pega sua pasta e sai do quarto. Na sala, vai direto para a cozinha)
FELIPE – Bom dia!
VIVIANE – Bom dia, filho.
FELIPE – A Alice já desceu para tomar o café da manhã dela?
VIVIANE – Já. Subiu para pegar os materiais.
FELIPE – Então vou esperar ela no carro. (virá para ir embora)
VIVIANE – Espera, filho… que horas você vai voltar hoje? Lembre-se que Miguel se casa amanhã, garantimos que iriamos estar lá.
FELIPE – Não se preocupa, mãe. Vamos chegar a tempo para ver o casamento. (sai, Viviane nota o filho diferente)

[CENA 04 – COLÉGIO ESTADUAL GUSTAVO AUGUSTO/ PÁTIO – BANHEIRO MASCULINO/ DIA]
(Andréa está sentada em um dos bancos, rodeada por alguns outros colegas comentando sobre a participação dela do programa, Ana e Alan estão em outro banco, observando tudo)
ALAN – Você não vai parabenizará, igual os outros?
ANA – Eu não. Essa aí passa pela gente, e nem oi dar mais.
ALAN – É, depois que o Pedro foi embora, eles se afastaram da gente.
ANA – Esses dois são um bando de falsos, isso sim. Falavam com a gente, só por causa do Pedro, pois sabiam que ele era nosso amigo. E como o Ramon o queria para sua banda, se aproximou da gente.
ALAN – Você não vai mesmo para o casamento da mãe dele?
ANA – Não. Meu pai não conseguiu a folga dele no trabalho, e também não deixa eu ir sozinha.
ALAN – Mesmo ele sabendo que você vai ficar na casa da mãe do Pedro?
ANA – Meu pai às vezes é super protetor demais, mas enfim, também não queria ir mesmo muito. Mesmo assim, já mandei minhas felicitações para a mãe dele, torço que seja muito feliz com o cara que ela escolheu.
ALAN – Então você está sem planos para esse final de semana?
ANA – Por enquanto sim… (olha para ele, se aproximando)
ALAN – Então bem que você poderia ir até minha casa, ver meus ensaios para a seleção daquela escola de dança.
ANA – Adoraria. (sorri, os dois se aproxima, dão um breve beijo, já que estavam na escola, e seguram a mão um do outro)
[BANHEIRO MASCULINO]
(Dácio e Daniel estão em uma das cabines do banheiro, se beijando)
DÁCIO – (interrompendo o beijo) Você disse que seria só alguns segundos, já passamos 15 minutos aqui dentro. (volta a beijá-lo)
DANIEL – (encerrando o beijo) Para mim, esses minutos não passaram de alguns segundos apenas. (volta a beija-lo, segundos depois de beijo, alguém entra no banheiro. Os dois param de se beijar, e ficam em silêncio. O garoto que entra no banheiro não escolhe nenhuma das cabines, faz a necessidade dele em um dos mictórios, em frente as cabines. Segundos depois, ele termina, caminha até a pia, lava as mãos e sai do banheiro. Dentro da cabine, os garotos esperam alguns segundos para terem certeza de que o garoto havia ido embora, e voltam a se beijar)

[CENA 05 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Rita está pensativa em frente ao balcão. Após ter inventado ter perdido a criança no acidente que ela mesma cometeu semanas atrás, Felipe nunca mais a procurou)
RITA – Como vou fazer para ter você novamente!
IVO – (aparecendo de surpresa por detrás dela) Ter quem?
RITA – Que susto, Ivo.
IVO – Quem você gostaria de ter novamente?
RITA – Você anda ouvindo coisa demais.
IVO – Não vai contar, né? (entrega a conta da mesa 07)
RITA – Claro que não.
IVO – Eu ainda vou descobrir quem é este seu namoradinho.
RITA – Boa sorte, querido. (Rita sorri para Ivo, e vai para detrás do balcão, fechar a conta da mesa que Ivo entregou para ela)

[CENA 06 – COLÉGIO ESTADUAL JOÃO BARBOSA (MINAS)/ CORREDORES/ DIA]
(Carol e Pedro estão saindo da sala, ele está com o braço ao redor da cintura dela, ela o mesmo)
CAROL – Sua mãe não desconfia de nada?
PEDRO – Não. O Miguel quer que seja surpresa.
CAROL – Será mesmo, hein.
PEDRO – Não se preocupa, que no nosso terá uma melhor.
CAROL – (saindo de perto dele) Daqui uns longos anos, né amigo. Esqueceu que quero me formar, cursar medicina veterinária, abrir meu consultório…
PEDRO – Claro que será daqui alguns anos…
CAROL – Ah sim.
PEDRO – Também não penso em me casar agora. Quero terminar o ensino médio, me formar em algo…
CAROL – Ainda não decidiu que área seguir? Pensei que fosse fazer agronomia…?
PEDRO – Na verdade é uma das minhas opções. Eu ainda não parei para pensar nisso. Tenho um ano inteiro pela frente ainda.
CAROL – É, só que é bom você começar a pensar agora, porque esse um ano, passa oh… (estala os dedos) …num piscar de olhos.
PEDRO – (volta a se aproximar dela) Você ficando do meu lado, é o que importa. (dar um selinho nela) E pensar que quase te perdia. Aliás, por ciúmes bobo seu.
CAROL – (volta a se afastar dele) O que você quer que eu faça. Você beijou outra garota. Estávamos distante um do outro. Lógico que eu ficaria com ciúmes.
PEDRO – Se você confiasse em mim, não precisaria.
CAROL – Ah, vá Pedro. Vai me dizer que você não ficou balançado?
PEDRO – Posso ter ficado um pouco, porem eu e a Alice nunca daríamos certo. Percebi que ela e eu somos totalmente diferentes.
CAROL – Ué, não dizem que os opostos se atraem.
PEDRO – Só que a Alice caminha em uma direção totalmente oposto à minha. Já você não… (volta a se aproximar dela) … você está no meu caminho até o final.
CAROL – Como será que ela irá reagir ao nos ver juntos amanhã no casamento da sua mãe?
PEDRO – Por mim, tanto faz. Eu não ligo. Você liga?
CAROL – (ri) Não.
PEDRO – Então por que colocamos ela na nossa conversa?!
CAROL – Colocamos? Nem lembro mais!
PEDRO – (ri) Só lembra da música que eu cantei para você naquele dia, né?

Semanas Atrás…

[CENA 07 – CAMPO (MINAS)/ TARDE]
(Pedro está debaixo de uma arvore, com o violão nas mãos, esperando por Carol. Alguns minutos se passam após ele ter dado o recado para um amigo, passar para ela. Pedro, paciente, está tirando algumas gramas, quando ouve passos vindo. Levanta, e sorri ao ver Carol)
PEDRO – Oi.
CAROL – Recebi o seu recado.
PEDRO – Acho que algo ficou mal resolvido depois daquela última conversa.
CAROL – Creio que ficou tudo acertado entre a gente.
PEDRO – Senta, vamos conversar.
CAROL – Não posso demorar, Pedro. Diz logo o que você quer conversar.
PEDRO – Quero que a gente volte a ser como antes. Sinto sua falta. (Carol fica em silêncio e desvia o olhar dele) Eu não sinto nada pela a Alice. Ela na verdade não é como imaginava. É apenas uma garota egoísta, egocêntrica que tem inveja das pessoas.
CAROL – E mesmo assim você à beijou.
PEDRO – Na verdade ela quem me beijou. E mesmo assim, só fiquei com ela porque você terminou comigo.
CAROL – Não tínhamos nada para terminar.
PEDRO – Pode negar o quanto quiser, Carol. Mas tínhamos sim. Estava rolando algo entre a gente.
CAROL – Desculpa então, se eu estava alimentando algo em você, porque da minha parte não estava acontecendo nada.
PEDRO – Ah não? Então vamos ver depois disso. (a surpreende e a beija, segundo depois, ela encerra o beijo e se afasta) Então?
CAROL – Para mim ainda não significa nada.
PEDRO – Então, vamos ver depois deu cantar esse música para você. (pega seu violão e começa a tocar)

[CENA DE MÚSICA – COISA LINDA (TIAGO IORC)]

Linda do jeito que é 1
Da cabeça ao pé
Do jeitinho que for

É, e só de pensar
Sei que já vou estar
Morrendo de amor
De amor

Coisa linda 2
Vou pr’onde você está
Não precisa nem chamar
Coisa linda
Vou pr’onde você está

Linda feito manhã
Feito chá de hortelã
Feito ir para o mar

Linda assim, deitada 3
Com a cara amassada
Enrolando o acordar
O acordar

Coisa linda
Vou pr’onde você está
Não precisa nem chamar
Coisa linda
Vou pr’onde você está

Ah, se a beleza mora no olhar 4
No meu você chegou e resolveu ficar
Pra fazer teu lar
Pra fazer teu lar

Coisa linda 5
Vou pr’onde você está
Vou pr’onde você está

1. Pedro começa a tocar seu violão, sorri e começa a andar envolta de Carol, que persiste em se manter séria.
2. Carol decide evitar Pedro, já que estava começando a se entregar à música, e isso ela não quer demostrar.
3. Pedro continua andando pelo campo, sorrindo e olhando para Carol, que está encostada na arvore, ignorando Pedro. Carol sorri, Pedro percebe, e isso faz ele se aproximar dela. Carol vira-se para ele, e desiste em resistir e acaba se entregando à musica.
4. Pedro se afasta e começa a andar, dançando um pouco. Carol, senta ao lado da árvore e o observa. Pedro, também senta-se ao lado dela, e nenhum momento parou de tocar. Os dois ficam um de frente para o outro, se olhando. Carol fica vermelha, envergonhada, que a faz olhar para o lado.
5. Carol volta a olhar para Pedro, que está terminando a música. Após terminar, coloca o violão ao lado, se aproxima de Carola e a beija. 

Agora…
Mais Tarde…

[CENA 08 – CASA DE MANUELA/ Q. DE MANUELA/ TARDE]
(Manuela está em seu quarto, vendo vídeos aulas. Com os vestibulares chegando, ela estar se preparando, mesmo estando no segundo ano ainda)
MANUELA – (pegando seu celular após receber uma ligação de Thalita) Oi, Thalita.
THALITA AO TELEFONE – Eu e a Éster vamos ao shopping, você quer vim?
MANUELA – Não sei, tô estudando…
THALITA AO TELEFONE – Você deve ser a única adolescente que fica a sexta-feira à tarde em casa, estudando.
MANUELA – Preciso me sair bem nos vestibulares.
THALITA AO TELEFONE – Não sei pra que, você ainda tem o ano que vem inteiro para estudar.
MANUELA – Mesmo assim, preciso ver como eu me saio. Preciso praticar. Algo que eu recomendaria a vocês.
THALITA AO TELEFONE – Pois trate de se arrumar, que em 20 minutos eu e a Éster estaremos aí batendo na sua porta. E esteja pronta. (desliga)
MANUELA – Deixa para próxima, Tha… Alô? Thalita? Essas meninas são malucas mesmo. (ela sorri, pensa em continuar estudando, porém acaba desligando seu computador, e caminha até seu guarda-roupa procurar alguma roupa para sair)

[CENA 09 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ EXTERNO/ TARDE]
(Carla caminha pela área reservada para o casamento, quando é surpreendida por Miguel)
MIGUEL – (por detrás dela, tampando os olhos com as mãos) Adivinha quem é?
CARLA – É você, Miguel!
MIGUEL – Errado. (indo para frente dela, a puxando pela cintura) A resposta certa, é o cara mais feliz do mundo. (a beija)
CARLA – Não devia estar se arrumando para ir pra sua despedida de solteiro.
MIGUEL – Eu não vou ter despedida de solteiro. Vou ficar no meu quarto, descansado, lendo um bom livro, para amanhã, me casar com a mulher mais linda desse mundo.
CARLA – Seu primo vai vim mesmo?
MIGUEL – Vai. Eles vão pegar um avião hoje à noite e amanhã estarão aqui.
CARLA – (se afasta dele) Que bom.
MIGUEL – E sua irmã?
CARLA – Ela vai pegar o ônibus hoje a noite, junto com os amigos do Pedro.
MIGUEL – Então a banda dele vai vim mesmo.
CARLA – Vai.
MIGUEL – Oba, teremos música para casamento. (volta a puxá-la pela cintura) Quero dançar a festa inteira com você. (a beija)

[CENA 10 – CASA DA VERÔNICA/ Q. DE LUANA/ TARDE]
(Luana está em seu quarto, preparando uma pequena mala para viajar para Minas também, já que foi convida por Miguel para seu casamento, Verônica entra no quarto)
VERÔNICA – Então você vai mesmo?
LUANA – Não posso fazer essa desfeita para o Miguel!
VERÔNICA – Ou será que você está indo para este casamento, só porque o Felipe estará lá, e vai aproveitar a ocasião, para conquista-lo novamente.
LUANA – Minha história com o Felipe acabou. O que tínhamos que viver, passou.
VERÔNICA – E a busca para sua filha? Tem algumas semanas já que você não toca neste assunto.
LUANA – Estou esperando o Sérgio. Estamos procurando juntos.
VERÔNICA – Ou vocês já encontraram e não me disseram.
LUANA – Ainda não encontramos nada, mamãe.
VERÔNICA – Engraçado que eu tento falar com a enfermeira, e o número dela só dar fora de área. E até hoje você nunca me disse se você foi atrás dela ou não?
LUANA – Não. Eu joguei fora o endereço dela. E se ela não está atendendo a senhora, porque talvez queira por um fim na parceria de vocês.
VERÔNICA – Não sei não… algo me diz que você está me escondendo alguma coisa. (Luana continua calada, arrumando sua mochila) Está bem, já que você não quer conversar, irei deixa-la sozinha. (sai do quarto, Luana para de arrumar suas roupas na mochila, sentando na cama)
LUANA – Espero que lá eu consiga conversar com a Carla e finalmente descobrir onde a minha filha está enterrada!

[CENA 11 – SHOPPING/ TARDE]
(Manuela, Thalita e Éster estão andando de loja em loja, olhando diversos produtos, porém nenhuma comprou nada até agora. Na saída de uma das lojas, as três esbarram em Alice)
ALICE – Olha só. Quer dizer que vocês estão andando com a esquisita. (Manuela abaixa a cabeça)
THALITA – Ninguém aqui é esquisita, Alice. E não te interessa com quem a gente anda ou deixa de andar.
ALICE – Não mesmo. Não ligo mais para vocês. Vocês até se merecem. O trio das esquisitas.
ÉSTER – Ao menos temos uma a outra. E você? Por que está sozinha? Não tem amigas para carregar seu ego por você.
ALICE – Não preciso de amigas. Principalmente, pessoas falsas como vocês. Deixa eu seguir minha viagem, porque não quero pegar a esquisitice de vocês. (começa a andar)
ÉSTER – Soube que seu pai cortou seus cartões de créditos. Deve ser por isso que você está sem sacolas, queridas. (Alice ignora o que ela disse que continua andando)
THALITA – Não precisa abaixar a cabeça toda vez que ver a Alice, Manuela. Você não está mais sozinha.
ÉSTER – E mesmo assim, Alice não é mais poderosa assim não. Você precisa aprender a enfrenta-la.
THALITA – Isso aí, Éster.
MANUELA – Obrigado, meninas.
ÉSTER – Agora, vamos ignorar que encontramos essa aí e vamos continuar nosso passeio. (Manuela finge um sorriso e volta a caminhar com suas amigas)

Amanhecendo…

[CENA 12 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ Q. DE CARLA/ DIA]
(Carla está dormindo, quando ouve alguém chamando-a)
PAULA – (em cima da cama, tentando acorda-la) Carla?! Dorminhoca? Ei, Carla… acorda, chegou o seu grande dia.
CARLA – (sonolenta) Oi? Paula…
PAULA – Vamos levantar, tem muita coisa para fazer ainda. Cabelo, vestido, maquiagem… (levanta da cama, e abre as janelas)
CARLA – (sentando na cama) Que horas você chegou?
PAULA – Não tem muito tempo. Deixei minhas coisas no quarto e vim direto para cá. Ajudar minha irmã no seu grande dia. (volta para cama, sentando em frente para Carla) Quem diria minha irmã, finalmente esse dia chegou.
CARLA – (pensativa) É… finalmente está data chegou.
PAULA – (reparando que a irmã não está animada) Que noiva estranha você. Qualquer outra mulher já teria levantado da cama, e estaria andando de um lado para o outro se preparando. Você não, ao contrário, tá aí com essa cara. O que foi minha irmã? Você não quer mais casar? (Carla olha para irmã, confusa)

Continua no Capítulo 48…

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo