“Pompéia”

 

[CENA 01 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Alice continua inclinada em direção ao Ivo sobre o balcão)
IVO – Que proposta?
ALICE – Você certamente deve saber que eu estou participando de um programa de música…
IVO – Sim, sei… eu assisti o programa.
ALICE – Então você viu que eu sou uma forte competidora.
IVO – Sim… (ri ao lembrar de sua aposta com sua irmã) … tanto que apostei isso.
ALICE – Como assim?
IVO – Nada demais, você ainda não disse sua proposta.
ALICE – A etapa ao vivo do programa começará em alguns dias, e a produção já me ligou passando todos os detalhes da próxima etapa. Eles me disseram que terá uma fase nova nessa temporada, a fase dos duetos.
IVO – Duetos, olha só, que legal.
ALICE – Pois é, tava pensando que você talvez pudesse ser meu parceiro de dueto. (Ivo fica surpreso) Dentre os requisitos é que a outra pessoa não seja famosa, algo que você não é.
IVO – (saindo de trás do balcão) Olha… confesso que nem sei o que dizer com essa proposta…
ALICE – Só diz sim… Não se preocupa, a música que eu escolhi é super fácil, e eu ficarei com a maioria dos versos, só preciso de alguém que faça a segunda voz.
IVO – Você precisa dessa resposta agora?
ALICE – Sim, preciso logo dar o nome para a produção do programa da pessoa que irá cantar comigo. Mas, se você quiser posso te dar um prazo até amanhã para me dar uma resposta.
IVO – Isso, pode ser então. Amanhã te darei a resposta.
ALICE – Combinado, então. Pense bem hein, aparecer num programa ao vivo, visto pelo Brasil inteiro, cantando ao meu lado, futura ganhadora do programa, imagina só as vantagens que você irá ganhar, sem contar da chance de você divulgar sua lanchonete. (Ivo fica pensativo)
IVO – Irei pensar com calma e amanhã lhe respondo, agora preciso trabalhar, licença. (se afasta dela, em direção à uma mesa que estava o chamando, Alice volta para sua mesa, sorridente)

[CENA 02 – CEMITÉRIO NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA/ DIA]
(Luana continua olhando para Paula, nervosa e sem respostas)
PAULA – Por que você anda colocando flores no túmulo da filha da minha irmã?
LUANA – A Carla me contou sobre a história dela, a perda da filha no parto, da dificuldade dela vim visitar com frequência o tumulo da filha… e isso me sensibilizou bastante, que acabei vindo deixar essas flores por ela.
PAULA – Comecei a perceber que alguém estava deixando essas flores já algumas semanas, eu só não esperava que fosse você.
LUANA – É… mas eu já estou indo também, só vim aqui trocar as flores.
PAULA – (se aproximando do túmulo) Na verdade, a Carla não vem muito visitar o túmulo de sua filha, porque isso não traz boas recordações para ela.
LUANA – Imagino… ao menos ela conseguiu criar um dos filhos, né.
PAULA – Carla daria tudo pelo Pedro. Talvez seja por isso que ela deposita todo o seu amor e carinho nele. Não tem problema, viu… pode continuar vindo deixar flores. Eu também não tenho muito tempo para ficar aqui vindo frequentemente.
LUANA – Obrigada.
PAULA – Então vamos?
LUANA – Vamos. (volta a olhar mais uma vez para o túmulo, e vai embora com Paula)

[CENA 03 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ COZINHA/ DIA]
(Ana sai nervosa da despensa, Alan está atrás dela, querendo saber o que houve lá dentro)
ALAN – (acompanhando ela, assim que ela para próximo a uma mesa) O que aconteceu ali dentro, Ana?
ANA – Eu não posso te contar… não ainda.
ALAN – Então porque você me chamou até aqui? Por que você ficou segurando aquele cadeado, e ficou estranha?
ANA – Você só precisa confiar em mim, e acreditar no que eu vou te falar agora.
ALAN – Tá, o que é?
ANA – Infelizmente, a sua mãe é a culpada pelos os sumiços dos alimentos da cozinha.
ALAN – Não acredito que você está me dizendo isso.
ANA – Me escuta, por favor… eu não tenho como provar concretamente, mas acredita em mim. Conversa com ela, pede para ela confessar… talvez ela deve ter tido algum motivo para fazer isso.
ALAN – Eu esperava essa acusação de qualquer pessoa, menos de você, Ana.
ANA – Desculpa, mas precisa acreditar em mim. Sua mãe é a responsável pelo os sumiços dos alimentos.
ALAN – Tem como provar?
ANA – Não, não tenho.
ALAN – Então não venha acusar minha mãe, sem ter como provar. (vira-se para ir embora, Ana o chama)
ANA – Espera, Alan… (pensa em contar do seu dom) … eu… eu não tenho como provar! (Alan não diz mais nada, apenas olha para ela decepcionado, e vai embora)

Anoitecendo…

[CENA 04 – HOSPITAL/ Q. DE LETÍCIA/ NOITE]
(Cássia e Letícia estão conversando por vídeo chamada)
CÁSSIA POR VÍDEO – Eu tava pensando em chama-lo para ser o meu parceiro de dueto. Ele canta bem, é bonito, vai nos ajudar muito.
LETÍCIA – Você já fez o convite?
CÁSSIA POR VÍDEO – Ainda não. Queria que você conversasse com ele primeiro, talvez corra o risco de não aceitar se eu pedir direto.
LETÍCIA – Pode ser. Quando ele chegar em casa, converso com ele, e falo desta etapa.
CÁSSIA POR VÍDEO – Por favor, Letícia, tente convencê-lo. Não conheço ninguém melhor que ele para cantar comigo. Se não conseguirmos passar nesta fase, adeus programa.
LETÍCIA – Não se preocupa, Cássia. Deixa comigo!
CÁSSIA POR VÍDEO – Olha lá, hein. Estou confiando em você. Vou ficar aguardando a sua ligação.
LETÍCIA – Ok.
CÁSSIA POR VÍDEO – Estou te enviando a música que estou pensando em cantar no dueto. Se puder mostrar para ele, talvez ajude.
LETÍCIA – Está bem. (Cássia desliga a vídeo chamada, Letícia baixa a música e começa a ouvi-la)

[CENA 05 – CASA DA PAULA/ SALA/ NOITE]
(Paula está sentada no sofá, vendo TV, campainha toca, como não estava esperando ninguém, levanta calmamente e vai atender)
PAULA – Já vai. (abre a porta) Oi, Ana!
ANA – Oi, posso entrar?
PAULA – Sim, entra. (Ana e Paula vão para o sofá, as duas sentam uma de frente para a outra, Paula percebe Ana nervosa) Está tudo bem?
ANA – Nem sei como contar isso, mas… não acho uma boa ideia você continuar namorando com o Flávio.
PAULA – Ele fez alguma coisa para você?
ANA – Não, ele não me fez nada… simplesmente, só acho que ele não é o cara certo para você. (Paula continua desconfiada, achando que Ana está escondendo alguma coisa)
PAULA – Eu percebi que você ficou estranha no jantar ontem. O que foi que houve?
ANA – Eu só não estava me sentindo muito bem, desculpa por ter saído daquele jeito ontem.
PAULA – Por que eu tenho a leve sensação de que você está tentando me dizer algo e não consegue?
ANA – (pensa em contar sobre a visão que teve de Flávio) Às vezes, acontece certas coisas comigo que eu não consigo explicar… são certas sensações que eu sinto assim que eu toco em alguma coisa ou em alguém…
PAULA – Sensações…?
ANA – É difícil explicar, nem eu mesmo consigo entender isso, mas ontem à noite eu toquei no Flávio e senti uma dessas sensações…
PAULA – O que você sentiu?
ANA – Que o Flávio não é uma boa pessoa. (Paula levanta do sofá, aflita, com medo de que suas dúvidas sejam verdadeiras) Eu não quero estragar o seu namoro, sei que você deve gostar muito dele, mas, ele não é um bom homem.
PAULA – Eu venho suspeitando disso já algum tempo.
ANA – Então, você acredita em mim?
PAULA – Não sei se acredito ou não, Ana… Preciso de uma prova mais concreta antes de fazer qualquer coisa.
ANA – Isso, infelizmente não tenho. (Ana levanta também) O que eu posso garantir com toda certeza, Paula, é que ele não é bom. Você precisa prestar atenção nele daqui para frente.
PAULA – É o que eu estou fazendo de uns dias para cá. Mesmo assim, obrigado por me alertar. Acho que eu precisava desse alerta, para ficar mais atentada nele.
ANA – Queria também que você não contasse nada para o papai!
PAULA – Pode ficar tranquila, não irei contar nada para ele.
ANA – Então eu vou indo. Toma cuidado, viu.
PAULA – Pode deixar. E obrigada novamente. Eu acompanho você até a porta. (Paula leva Ana até fora de casa, as duas se despedem, Ana vai embora, Paula fecha a porta e volta para a sala, senta-se no sofá, pensativa)

[CENA 06 – LANCHONETE DO IVO/ COZINHA/ NOITE]
(Ivo aproveita que a movimentação da lanchonete diminuiu, e vai até a cozinha conversar com alguém dos seus amigos)
IVO – (entrando na cozinha, olhando para cima, esperando que alguém apareça, Fábio aparece por detrás dele, Ivo se assusta) Você e esse seu hábito de aparecer por detrás de mim.
FÁBIO – Desculpa.
IVO – Cadê o pessoal?
FÁBIO – Por aí… pensou na proposta da irmã do Pedro?
IVO – Irmã?
FÁBIO – Prima, desculpa… é que esse parentesco deles às vezes me confunde. Mas então, pensou na proposta da prima do Pedro?
IVO – Estou pensando. O que vocês acham?
FÁBIO – Bem, é uma proposta boa. Você pode aproveitar a boa audiência do programa e divulgar a lanchonete.
IVO – Isso é o que está mais pesando. Porém, tem o lado da música. Tem algum tempo que não canto para uma grande quantidade de gente.
FÁBIO – Ah, não… não vem com essa agora de que você está com vergonha de aparecer na TV.
IVO – Não é vergonha, é medo talvez… tem muito tempo que cantei para uma plateia, depois do acidente, nunca mais fiz shows.
FÁBIO – Isso não é um show, não confunda as coisa. É apenas uma participação, para ajudar a prima de Pedro. Aliás, lembro-me que você fez uma aposta com sua irmã. Esqueceu?
IVO – Não.
FÁBIO – Então?! Você não quer que ela perca, né? Para isso, ela precisa passar nessa fase. Custa nada você ajuda-la.
IVO – (pensativo) É… isso pode me ajudar com o Pedro também, se ele ver o programa.
FÁBIO – Ele vai ver, não se preocupa.
IVO – Já que vocês são os sabe tudo, consegue está em todos os lugares…
FÁBIO – Mais ou menos…
IVO – Tem alguma notícia do Pedro? Ele está bem? Sabe quando ele volta?
FÁBIO – Quantas perguntas, calma tá… Pedro está bem, estar seguindo o percurso da vida dele normalmente. E não se preocupa, em breve ele estará de volta. E ele vai precisar muito dos amigos dele ao seu lado, quando voltar.
IVO – Vai acontecer alguma coisa com ele?
FÁBIO – Não com ele diretamente, mas o que vai acontecer vai afeta-lo muito.
IVO – E você não vai me contar certamente!
FÁBIO – Exato, agora para de enrolação, pega logo seu telefone e liga para a Alice. (desaparece logo em seguida, Ivo pega seu celular e liga para casa de Alice)

[CENA 07 – CASA DE ALICE/ SALA/ NOITE]
(Alice estava deitada no sofá, olhando para o teto já que não podia fazer nada em casa, telefone toca nesse momento, ela atende rapidamente)
ALICE – Alô. Oi, Ivo. Já tem a minha resposta?! Sim… (comemora em cima do sofá) … que maravilha, você fez a escolha certa. Preciso de alguns dados seu. (pega uma caneta e um bloquinho que estava ao lado do telefone na mesa) Tá, não se preocupa que amanhã vou passar aí e mostrarei a música que iremos cantar. Eu te enviaria agora, porém, confiscaram tudo o que é meu. Amanhã a gente conversa mais, também não posso ficar falando muito no telefone, se minha avó me pegar, vai contar para o meu pai. Só preciso de algumas informações suas para enviar para a produção do programa, pode ser. Nome completo? (começa a anotar e pegar as informações de Ivo)

Amanhecendo…

[CENA 08 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Ana está procurando por Alan, os dois não se falaram mais depois do ultimo encontra. Ana o encontra sentado em um dos bancos do pátio e decide ir até ele, ao vê-la, Alan se levanta e vai para dentro da escola, Ana fica triste, e senta-se em outro banco, de cabeça baixa. Andréa e Ramon estão sentados em outro banco, e observam tudo)
ANDRÉA – Impressão minha ou aqueles dois brigaram?
RAMON – Tá parecendo mesmo, depois da encarada que ele deu nela!
ANDRÉA – Quer saber, também não quero me envolver naquilo ali não. Vamos procurar outra pessoa para nos ajudar com os passos de dança.
RAMON – Posso saber quem?
ANDRÉA – Ué, meu primo.
RAMON – Ele dança?
ANDRÉA – Sim. Confesso que não é o melhor dançarino, mas sabe alguns passos. Ele vai poder nos ajudar com a coreografia.
RAMON – E porque você não disse que ele dançava antes? A gente até já podia ter criado a coreografia.
ANDRÉA – Porque você tinha esperança de convencer o Alan para nos ajudar. Sem contar que o Alan é bem melhor que meu primo, tinha esperança também dele em nos ajudar.
RAMON – Andréa, precisamos só de alguém que nos ajude com a coreografia, tanto faz ser o Alan, seu primo, um dançarino profissional, só precisamos desta coreografia pronta até o programa começar.
ANDRÉA – (percebendo-o ansioso) Calma, parece que você está mais ansioso do que eu, que sou a participante do programa.
RAMON – Desculpa, sabe que eu sofro de ansiedade. E afinal, você quer ou não arrebentar naquele programa?
ANDRÉA – Quero.
RAMON – Então para isso, precisamos de uma coreografia ótima e muitos ensaios.

[CENA 09 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Alice entra na lanchonete do Ivo animada, e vai diretamente até ele)
ALICE – Oi!
IVO – Oi. Não devia estar na escola?
ALICE – Sai um pouco mais cedo, para que possamos ensaiar a música.
IVO – Não posso agora, pessoal estão começando a chegar, preciso atendê-los.
ALICE – Será rápido. (coloca sua mochila sobre o balcão e caminha até a máquina de karaokê, seleciona uma música, dá play e começa a cantar)

[CENA DE MÚSICA – POMPEII (BASTILLE)]

[ALICE]
I was left to my own devices 1
Many days fell away with nothing to show
And the walls kept tumbling down
In the city that we love
Grey clouds roll over the hills
Bringing darkness from above

[IVO]
But if you close your eyes 2
Does it almost feel like
Nothing changed at all?

[ALICE E IVO]
And if you close your eyes 3
Does it almost feel like
You’ve been here before?

[ALICE]
How am I gonna be an optimist about this?
How am I gonna be an optimist about this?

[IVO]
We were caught up and lost in all of our vices 4
In your pose as the dust settles around us
And the walls kept tumbling down
In the city that we love
Grey clouds roll over the hills
Bringing darkness from above

[ALICE]
But if you close your eyes
Does it almost feel like
Nothing changed at all?

[ALICE E IVO]
And if you close your eyes 5
Does it almost feel like
You’ve been here before?

[IVO]
How am I gonna be an optimist about this?
How am I gonna be an optimist about this?

[ALICE]
Oh where do we begin? 6
The rubble or our sins?
Oh where do we begin?
The rubble or our sins?

[IVO]
And the walls kept tumbling down
In the city that we love
Grey clouds roll over the hills
Bringing darkness from above

[ALICE E IVO]
But if you close your eyes 7
Does it almost feel like
Nothing changed at all?
And if you close your eyes
Does it almost feel like
You’ve been here before?

[IVO]
How am I gonna be an optimist about this?
How am I gonna be an optimist about this?

[ALICE]
If you close your eyes 8
Does it almost feel like
Nothing changed at all?

1. Alice dar play na música, começa a caminhar pela a lanchonete, olhando para Ivo. Ivo, continuava no balcão, negando com a cabeça para Alice, dizendo que não iria cantar. Ela não liga, e continua cantando.
2. Ivo por começar a curtir a música e conhecê-la, acaba se rendendo, vai até a máquina de karaokê, pega o outro microfone e começa a cantar.
3. Ivo e Alice começam a andar pela lanchonete, porém em sentidos opostos. Rita, que estava na cozinha, vai até o balcão e observa o irmão cantando com a filha de Felipe.
4. Ivo decide subir até o palco, coloca o microfone no suporte e continua cantando lá de cima. Alice, continua em baixo, andando pela lanchonete.
5. Ivo retira o microfone do suporte e volta para o palco, indo em direção à Alice.
6. Alice e Ivo cantam frente um ao outro, ambos animados. Rita curte ver os dois cantando, e acaba de ter uma ideia de como conseguirá se aproximar de Felipe novamente.
7. Ivo se afasta de Alice, caminha em direção à máquina de karaokê, Alice vai em sentido oposto.
8. Alice vai em direção Ivo, de acordo que a musica vai se encerrando, os dois terminam a música próximo um do outro

IVO – Nossa, isso foi incrível.
ALICE – Creio que encontrei o meu parceiro de dueto.
IVO – Iremos cantar está música?
ALICE – Não. Será outra, essa só foi um teste para saber como anda seu inglês.
IVO – Será em inglês?
ALICE – Sim. Eu só canto músicas estrangeiras. E não se preocupa, você vai conseguir cantá-la. Agora preciso ir, meu pai logo aparece em frente a escola, ele não pode saber que eu sai mais cedo. Mais tarde te envio a música que iremos cantar, tchau, Ivo. (sai apressada da lanchonete)
IVO – Tchau. (vai até o balcão, sorrindo)

Mais Tarde…

[CENA 10 – CASA DE ANDRÉA/ Q. DE ANDRÉA/ TARDE]
(Andréa, Ramon estão se alongando, esperando o primo dela chegar. Segundos de alongamento, Douglas entra no quarto animado)
DOUGLAS – Fizeram bem em ter me chamado para ajudar vocês. Passos de danças é comigo mesmo.
RAMON – Pois é. Temos a música, precisamos dos passos.
DOUGLAS – Posso ouvir a música.
ANDRÉA – Vou coloca-la. (caminha até a caixa de som, conecta seu celular e coloca a música para tocar. Douglas ao perceber que a música é animada, começa a fazer alguns passos na frente deles, Andréa e Ramon observam-no)

[CENA 11 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(Daniel e Dácio entram na lanchonete do Ivo, Dácio tenta manter distância dele, para que não levante suspeitas, já que Ivo o conhece)
DANIEL – Essa é tal lanchonete dos karaokê.
DÁCIO – É. Vamos tentar manter um pouco de distância, o dono daqui me conhece, não quero que ele desconfie de nada.
DANIEL – Está bem certinho, fica tranquilo, aqui sou só seu amigo.
DÁCIO – (os dois não escolhem nenhuma mesa ainda, Dácio vai em direção ao karaokê, Daniel o segue) Já que você disse que canta, quero ver mesmo se é verdade.
DANIEL – Sabia que você não me traria a um lugar desse só para tomarmos um sorvete.
DÁCIO – (procurando alguma música) Na verdade, estou curioso também para te ouvir cantar.
DANIEL – Vai lá então, manda a música que eu canto. (alguns segundos de procura, Dácio escolha uma, mostra para Daniel e ele topa canta-la) Pensei que fosse escolher uma mais difícil. (ri, pega o microfone e vai em direção ao palco, Dácio vai para o balcão e observa-o cantar)

[CENA DE MÚSICA – CAKE BY THE OCEAN (DNCE)]

Oh, no 1
See you walking ’round like it’s a funeral
Not so serious, girl, why those feet cold?
We’re just getting started, don’t you tiptoe
Tiptoe, ah

Waste time with a masterpiece
Don’t waste time with a masterpiece
You should be rolling with me
You should be rolling with me, ah

You’re a real-life fantasy 2
You’re a real-life fantasy
But you’re moving so carefully
Let’s start living dangerously

Talk to me, baby
I’m going blind from this sweet-sweet craving, whoa-oh
Let’s lose our minds and go fucking crazy
I-I-I-I-I keep on hoping
We’ll eat cake by the ocean

Walk for me, baby 3
I’ll be Diddy and you’ll be Naomi, whoa-oh
Let’s lose our minds and go fucking crazy
I-I-I-I-I keep on hoping
We’ll eat cake by the ocean

God damn 4
See you licking frosting from your own hands
Want another taste, I’m begging, yes, ma’am
I’m tired of all this candy on the dry land
Dry land, oh

Waste time with a masterpiece
Don’t waste time with a masterpiece
You should be rolling with me
You should be rolling with me, ah

You’re a real-life fantasy
You’re a real-life fantasy
But you’re moving so carefully
Let’s start living dangerously

Talk to me, baby 5
I’m going blind from this sweet-sweet craving, whoa-oh
Let’s lose our minds and go fucking crazy
I-I-I-I-I keep on hoping
We’ll eat cake by the ocean

Walk for me, baby
I’ll be Diddy and you’ll be Naomi, whoa-oh
Let’s lose our minds and go fucking crazy
I-I-I-I-I keep on hoping
We’ll eat cake by the ocean

(Ooh a-ha) 6
I-I-I-I-I keep on hoping
We’ll eat cake by the ocean
(Ooh a-ha)
I-I-I-I-I keep on hoping
We’ll eat cake by the ocean

You’re fucking delicious
Talk to me, girl

Talk to me, baby
I’m going blind from this sweet-sweet craving, whoa-oh
Let’s lose our minds and go fucking crazy
I-I-I-I-I keep on hoping
We’ll eat cake by the ocean

Walk for me, baby 7
I’ll be Diddy and you’ll be Naomi, whoa-oh
Let’s lose our minds and go fucking crazy
I-I-I-I-I keep on hoping
We’ll eat cake by the ocean

Red Velvet, vanilla, chocolate in my life
Funfetti, I’m ready, I need it every night
Red Velvet, vanilla, chocolate in my life
I-I-I-I-I keep on hoping
We’ll eat cake by the ocean

1. Daniel vai subindo para o palco, já seguindo o ritmo da música. Chegando nele, começa a cantar olhando para Dácio.
2. Ivo sai da cozinha, ao escutar uma voz nova em sua lanchonete. Vai até Rita que estava no balcão, ainda não reconhece Dácio.
3. Daniel percebendo que estava olhando demais para Dácio, decide dançar um pouco em cima do palco. Dácio rir ao ver ele dançando.
4. Dácio começa a gravar, se afasta do balcão, se aproximando do palco. Ivo o ver gravando, aí sim o reconhece.
5. Daniel percebe Dácio o gravado, ele desce do palco, se aproxima dele e o incentiva à dançar. Dácio envergonhado, se afasta dele, ainda continua gravando.
6. Daniel começa a dançar em volta de algumas mesas na lanchonete, embora tenha parado de perseguir Dácio incentivando-o para dançar, ainda continua olhando para ele. Dácio repara que Ivo estava observando os dois, ele com medo de que esteja desconfiado de alguma coisa, para de grava e caminha em direção à mesa.
7. Daniel percebe que Dácio ficou preocupado com alguma coisa, ele para de dançar pela lanchonete, volta para o palco e encerra a música.

[CENA 12 – CASA DE MANUELA/ SALA/ TARDE]
(Manuela havia convidado Tiago para ir até a casa dela, os dois estão se beijando em cima do sofá, o clima começa a esquentar e Tiago tenta tirar a blusa de Manuela)
MANUELA – (segurando as mãos dele, encerrando o beijo) Não, a gente só ia ficar.
TIAGO – É o que estamos fazendo? (volta a beija-la, e tenta mais uma vez tirar a blusa dela)
MANUELA – (impedindo-o, encerra o beijo, conseguindo sair debaixo dele) Melhor darmos um tempo. Você está muito empolgado.
TIAGO – Qual é… vamos aproveitar que estamos sozinho. (levanta, se aproxima dela, puxando-a pela cintura e beijando-a no pescoço)
MANUELA – Minha mãe pode chegar a qualquer momento.
TIAGO – Então vamos lá para casa hoje à noite. Vamos poder ficar sozinhos, e aproveitar.
MANUELA – Eu não sei… (sai de perto dele) … melhor irmos com calma.
TIAGO – (tentando controlar a empolgação) Está bem. Você tem razão, estamos indo com pressa ao pote. (senta no sofá, coloca a almofada sobre as pernas)
MANUELA – Você ficou chateado?
TIAGO – Não, que é isso… estou querendo ir rápido, você tem razão. Vamos no seu tempo… (Manuela senta-se ao lado dele, e os dois ficam em silêncio. Celular de Tiago toca) Alô. Não estou em casa, cara. Estou na casa de uma amiga. Tá, estou indo. (desliga e levanta-se do sofá) Tenho que ir. Combinei com um amigo de fazermos um trabalho lá em casa, havia esquecido. Ele está lá me esperando.
MANUELA – Tá.
TIAGO – A gente se fala mais tarde. (beija a bochecha dela e vai embora, Manuela fica pensativa no sofá, levanta e vai em direção ao seu quarto. Nele, ela tranca a porta, tira a roupa, ficando apenas de sutiã e calcinha, caminha até o espelho e começa a analisar seu corpo, em sua cabeça começa a ver coisas onde não tem, ver manchas onde não existe)
MANUELA – Seu corpo é feio, Manuela! (Manuela não tinha um corpo feio, porém na cabeça dela, a imagem que era estava vendo em seu reflexo era de uma garota feia, que jamais iria atrair um homem para cama, Manuela começa a chorar)

Continua no Capítulo 53…

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