“RG”

 

[CENA 01 – CASA DE FLÁVIO/ SALA/ NOITE]
(Paula continua vendo as cenas, e fica horrorizada com o que ver Flávio fazendo com sua sobrinha. Laura está em frente dela, chorando)
PAULA – (desliga a filmadora) Não se preocupa, viu?! Ele não vai fazer mais isso com você. E isso vai ficar comigo está bem. (Laura confirma com a cabeça, e sobe para o quarto, Paula levanta e guarda a filmadora em sua bolsa, Flávio volta para a sala)
FLÁVIO – Pronto, bacia recarregada. (observa-a se preparando ir embora) Ué, já vai?
PAULA – É… Lembrei que tenho algo importante para fazer.
FLÁVIO – Mas e o nosso filme… (coloca a pipoca em cima da mesa da sala, e caminha até ela) …pensei que fosse dormir aqui comigo.
PAULA – (desviando dele) Não vou poder. De verdade, tenho que ir. (sai apressada até a porta)
FLÁVIO – Não vai nem me dar um beijo?
PAULA – Outro dia… (sai do quarto sem dizer mais nada)
FLÁVIO – (confuso) O que será que deu nela? (volta para o sofá, pega a bacia de pipoca e continua vendo o filme) Mais tarde eu vou na Laura! (sorri, comendo a pipoca)

Amanhecendo…

[CENA 02 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Ana está no pátio da escola, esperando encontrar Alan por lá, para que os dois pudessem conversar. Dácio, aparece ao lado de surpresa)
DÁCIO – Oi!
ANA – (assuntando-se com ele ao seu lado) Que susto, Dácio!
DÁCIO – Desculpa, não foi a minha intenção. Tudo bem?
ANA – Sim. Quer dizer, mais ou menos…
DÁCIO – Estava ali sentado, e percebi que algo estava te perturbando. Meio que a gente se afastou ultimamente depois que Pedro foi embora, mas quero que saiba, que depois do Pedro, você foi a única pessoa que quis ser meu amigo. Então, saiba que pode contar comigo sempre, viu. Quiser desabafar…
ANA – É o Alan… a gente brigou, ele não olha mais para a minha cara, não quer falar comigo…
DÁCIO – O que houve?
ANA – A mãe dele foi acusada de roubar alguns pacotes de alimento da despensa da escola.
DÁCIO – Mas ela é culpada? A direção tem como provar essa acusação?
ANA – Não. Só que eu sei que ela é a culpada.
DÁCIO – Como?
ANA – Não posso contar como eu sei disso, Dácio. O fato é que eu acusei a mãe dele também, sem ter como provar e o Alan ficou com raiva de mim.
DÁCIO – Nesse caso, você tem que compreender que ele tem motivo por ter ficado com raiva. Afinal, você acusou a mãe dele de roubo.
ANA – Eu entendo isso, só que já passaram muitos dias. Eu quero voltar a conversar com ele, sabe. Pedir desculpas, e ajuda-lo nesse assunto. Algo me diz que se a mãe dele fez isso, é porque ela teve algum motivo forte. Só que como eu vou conversar com ele, se não tenho como provar nada.
DÁCIO – (pensativo) Talvez tenha…
ANA – Como assim, Dácio?
DÁCIO – Bem, dentro da escola não tem câmeras que possa ter registrado esses desvios, porém na rua…
ANA – Claro, por quê eu não pensei nisso antes. O comércio aqui em frente tem câmera.
DÁCIO – Podemos ir lá depois da aula, e ver se ele nos fornece essas imagens.
ANA – Sim. (o abraça) Obrigado, Dácio. Você é um gênio.

[CENA 03 – CASA DE FLÁVIO/ SALA/ DIA]
(Flávio vem descendo as escadas, em direção à cozinha, e se surpreende ao ver sua irmã na sala)
FLÁVIO – Ué… bom dia, irmã. Você ainda por aqui?
IRMÃ DE FLÁVIO – (séria, levanta do sofá, e vai em direção ao Flávio) Precisava conversar com você!
FLÁVIO – Nossa, você tá séria… algum problema?
IRMÃ DE FLÁVIO – (fica de frente para ele, e lhe dar um tapa na cara. A irá começa a subir em seu corpo, começa a chorar, e a bater nele) Seu mostro, desgraçado… eu confiei em você…
FLÁVIO – (tentando se defender dos tapas) Ei, ei… o que é isso. Tá maluca?! (vai para o outro lado da sala, a irmã dele o segue)
IRMÃ DE FLÁVIO – (ainda batendo nele) Como pode fazer isso com minha menina. (Flávio fica sério, ainda fugindo dos tapas dela)
FLÁVIO – Do que você está falando?
IRMÃ DE FLÁVIO – A vontade que eu tenho é de te encher de pancada, seu mostro, miserável… a menina era sua sobrinha. Ela só tem 12 anos, seu desgraçado.
FLÁVIO – (começando a ficar furioso, a segura pelos braços) Se acalma… que eu não sei do que você está falando, está bem! Eu não fiz nada com a Laura. Seja o que for que ela tenha dito, é invenção da cabeça dela.
IRMÃ DE FLÁVIO – (sai dos braços dele) Ela não me disse nada. Eu vi no vídeo que a Paula me mostrou.
FLÁVIO – A Paula? (Paula sai da cozinha)
PAULA – Mostrei este vídeo. (exibindo o vídeo no celular)
FLÁVIO – (pegando o celular dela, vendo-o) Como você conseguiu isso?
PAULA – A Laura filmou, e mostrou para mim. Você é um doente, fazer isso com uma criança.
IRMÃ DE FLÁVIO – A cadeia é pouco para você!
FLÁVIO – (apagando o vídeo) Vocês são loucas, isso sim.
PAULA – Pode apagar. O vídeo já está com a polícia. Aliás, é para lá onde você vai.
FLÁVIO – E nosso o casamento?
PAULA – Eu jamais me casaria com um ser nojento como você. (polícias entram na casa)
FLÁVIO – (aos ver, sai correndo para cozinha, no entanto, dois outros polícias aparecem de lá) Vocês não podem fazer isso… Isso é mentira. (dois polícias se aproximam dele, e o prende) Você vai deixar seu irmão ir para cadeia?
IRMÃ DE FLÁVIO – Você tem sorte, que os polícias estão aqui. Porque a única vontade que eu tenho agora, é de encher essa sua cara de tapas. (os polícias o levam, antes que apanhasse novamente. Assim que eles vão embora, a irmã de Flávio começa a chorar, Paula a consola)
PAULA – (abraçando-a) Acabou. Laura está segura agora!

[CENA 04 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ REFEITÓRIO/ DIA]
(Ramon está em uma mesa, comendo uma maça, com o fone do ouvido, Andréa senta-se a frente dele)
ANDRÉA – Tá chateado comigo?
RAMON – (retirando o fone) Disse alguma coisa?
ANDRÉA – Quero saber se você está chateado comigo? Quase não falou comigo hoje.
RAMON – Não. Estou de boa. (coloca o fone novamente, e volta a comer sua maça, olhando para o outro lado)
ANDRÉA – Sabe que eu preciso focar no programa… não posso ficar perdendo tempo com os assuntos do colégio. Eu preciso ganhar Sua Canção! (Ramon continua olhando para o lado, como se não estivesse ouvindo Andréa) Ramon? Você está me ouvindo, Ramon? (batendo na mesa)
RAMON – (retirando o fone) Oi?
ANDRÉA – Você ouviu o que eu disse?
RAMON – Não. Estava ouvindo uma música.
ANDRÉA – Quer saber… vá plantar bananeira! (levanta da mesa, chateada, Ramon que tá nem aí, coloca o fone novamente, e volta a olhar para o lado e a comer sua maça. Em outra mesa um pouco longe de Ramon, está Thabatta e Daniel)
THABATTA – Mas que filho da mãe. Ah, mas se ele estivesse aqui, eu mesma iria tirar satisfação com ele.
DANIEL – Não duvido, mas talvez isso só o incentivasse a postar o vídeo!
THABATTA – Também, primo, você foi muito inocente em ter deixado com que ele filmasse.
DANIEL – Eu sei, eu sei… eu confiei nele, porque ele me garantiu que iria apagar. Mas, aconteceu… (repara que tem um garoto, na mesa atrás de Thabatta, com o corpo um pouco inclinado para trás, desconfia que seja esse o garoto que está enviando informações dele para seu ex) Ao menos terminei com o Dácio… (dar sinal para Thabatta, para entrar na história também)
THABATTA – (recebendo o sinal, olha para trás, e repara no garoto tentando ouvir a conversa deles) Que pena… Vocês combinavam.
DANIEL – Mas vai ser bom assim… Agora vida que segue, né. Focar nos estudos, provas finais, fim de ano. (olha para o rapaz, que havia inclinado para frente, mexendo no celular)

[CENA 05 – DELEGACIA/ CELA/ DIA]
(um polícia vem levando Flávio até uma cela que tem alguns outros caras. Tira as algemas do pulso dela, abre a cela, o coloca lá dentro, volta a fechar a cela)
FLÁVIO – Cara, o que estão fazendo comigo é uma injustiça. Eu não fiz nada…
POLÍCIAL – Você gosta de mexer com menor, né! (falando alto, e saindo) Um pedófilo aí para vocês se divertirem. Ele abusava da sobrinha de apenas 12 anos… (alguns caras começam a criar um círculo ao redor de Flávio)
FLÁVIO – Calma, eu não fiz nada. Se vocês fizerem alguma coisa comigo, vou chamar os polícias.
CARA 01 – E você acha que eles irão vir salvar você?!
CARA 02 – (o empurrando) Monstros como você são colocados aqui para receberem uma lição da gente.
FLÁVIO – Se eu sou um monstro, vocês todos também são. Se não, não estariam aqui.
CARA 01 – Só que ninguém aqui abusou de criança. (dar um soco na cara dele, que o joga nas grade. Flávio levanta, e leva outro, em segundos, começa a levar socos e chutes dos outros caras. Após apanhar o bastante dos caras, Flávio é deixado no chão da cela, machucado) Agora, vamos ver se você gosta de ser abusado da mesma forma que você abusava sua sobrinha! (se afasta dele, e um outro cara musculoso aparece em frente de Flávio)
FLÁVIO – Por favor… (se afastando do cara, dolorido) … não faz isso. Eu te imploro, não faz isso. (o cara abaixa a calça, se ajoelha, e puxa Flávio pelas pernas, ele até tenta fugir, mas como estava machucado, não tem muito sucesso. Flávio começa a se debater, a gritar, pedir ajuda, mas é zombado pelos os outros presidiários. O cara com uma certa luta consegue tirar a bermuda de Flávio, o coloca de bruços, fica em cima dele e faz o serviço)

[CENA 06 – COMÉRCIO/ DIA]
(após à aula, Dácio e Ana vão até o comércio em frente ao Colégio Estadual Oliveira Santos, ambos estão falando com o gerente, que após contarem o motivo de quererem o acesso as imagens, o mesmo acaba cedendo)
GERENTE – Vocês precisam apenas me dizer qual o período das imagens.
DÁCIO – Você tem uma data mais ou menos que possa ter acontecido, Ana?
ANA – Não. Por favor, poderia mostrar as imagens de dois meses atrás.
GERENTE – Sim, vai demorar só um pouquinho. (um tempo depois de pesquisa) Seria bom se vocês me fornecessem uma data… Por que se não vocês terão que olhar dia por dia, até encontrar o que vocês procuram.
ANA – Verifica a segunda semana do mês, por favor.
GERENTE – Está bem. (coloca as imagens do primeiro dia)
DÁCIO – Avança! (as imagens são avançadas, aparece Ana e Alan saindo juntos. As imagens são avançadas, após avançar até o fim do dia, é mostrado a mãe de Alan saindo sozinha) Parece que esse dia foi normal. Ver o dia seguinte. (é mostrado o dia seguinte em frente da escola, e parece ser um outro dia normal, alunos entram e saem, Ana e Alan saem juntos novamente, e no fim do dia a mãe de Alan está saindo sozinha) Parece que esse dia foi normal também. Continua avançando para o dia seguinte.
ANA – (alguns segundos após as imagens estarem avançando, ver a mãe de Alan voltando para a escola, com uma sacola vazia nas mãos. Ela reconhece está sacola, pois é a mesma que ela viu na visão que teve dias atrás) Espera…
DÁCIO – (desconfiado) Por que a mãe do Alan está voltando para a escola, sendo que o expediente já acabou? Diminui um pouco a velocidade, por favor… (são mostrado cenas da mãe de Alan entrando na escola, e minutos depois ela saindo com uma sacola um pouco cheia nas mãos) Ela tinha entrado e essa sacola não estava vazia?
ANA – É ela. Agora tenho como provar.
DÁCIO – Mais ou menos, Ana. Apesar dessas imagens estarem mostrando ela trazendo algo nesta sacola, não podemos afirmar que realmente seja os alimentos da escola.
ANA – Eu tenho certeza, Dácio. Ela foi até a despensa da escola, pegou os pacotes, colocou na sacola e foi embora. (lembra de sua visão, no momento que contava os acontecimentos)
DÁCIO – Poderia nos passar essas imagens?
GERENTE – Sim, tem algum pen drive com vocês?
DÁCIO – Tenho sim, só um momento. (retira sua mochila da costa, abre um bolso pequeno da frente e retira um pen drive de lá) Aqui está! (entrega para o gerente, que começa a passar as imagens)

Anoitecendo…

[CENA 07 – CASA DE PEDRO/ SALA/ NOITE]
(Paula está sentada no sofá, conversando com sua irmã pelo celular)
PAULA – Você precisava ver, Carla… a cara de medo que a menina fazia quando ficava ao lado dele. Sabe-se lá a quanto tempo aquele mostro vem fazendo isso com ela. Espero que ele fique o resto da sua vida preso.
CARLA AO TELEFONE – Sem contar que a sobrinha dele pode não ser a única.
PAULA – Será que ele abusou de mais outras garotas? Ah, não… não quero nem imaginar isso. Chega, vamos mudar de assunto, não quero mais falar sobre isso. E você, como estar?
CARLA AO TELEFONE – O médico deu meu parecer final. O aneurisma é inoperável.
PAULA – Meu Deus, Carla! O papai, sabe?
CARLA AO TELEFONE – Não, nem ele e nem o Pedro. Só você e o Miguel estão sabendo.
PAULA – Mas ele corre risco de…
CARLA AO TELEFONE – Sim. O médico não deu um prazo para que ele possa estourar, porém há chances sim.
PAULA – Minha irmã, você precisa contar a verdade para o Pedro e para o Felipe, antes que seja tarde.
CARLA AO TELEFONE – Eu venho pensando isso ultimamente, só que eu tenho medo de que o Pedro não consiga me perdoar.
PAULA – O Pedro vai te perdoar. Você não pode é ficar guardando esse segredo mais. Conta a verdade, quando ainda tem tempo! (Carla fica pensativa no outro lado da linha)

[CENA 08 – CADEIA/ NOITE]
(Flávio está sentado no canto da cela, machucado, com a camisa rasgada, e olhos vermelhos, mistura de raiva e choro. Os outros caras estão fazendo outra atividade na cela)
FLÁVIO – Eu vou sair daqui e você vai me pagar Paula. Você vai me pagar!

[CENA 09 – CASA DE LUANA/ SALA – Q. DE LUANA/ NOITE]
(Luana está andando de um lado para o outro, ansiosa, campainha toca)
LUANA – (indo atender) Que bom que você veio.
SÉRGIO – (entrando em casa) Vim o mais rápido que pude. O que houve?
LUANA – Eu não sei o que fazer, Sérgio. Vamos para o meu quarto, lá é melhor para conversarmos. (segura na mão dele e os dois sobem para o quarto)
[Q. DE LUANA]
SÉRGIO – (sentado na cama, observando Luana andando de um lado para o outro) Seja o que for, tá te incomodando mesmo, hein!
LUANA – Eu fui até a casa da Carla ontem, estava disposta a contar toda a verdade para a irmã dela, porém, depois que cheguei lá, não tive mais coragem. E se eu estragar a vida dessas famílias? A vida do Felipe, da Alice… já que irei separa-los…
SÉRGIO – Olha… (levanta, caminha até ela, a segura pelo braço, que a faz parar de andar) … você está nervosa, está bem! Se continuar assim, mais bobagens vai ficar passando pela sua cabeça. O que você quer fazer?
LUANA – Eu não sei, simplesmente, não sei.
SÉRGIO – Sabe o que você está precisando? De um descanso, precisa respirar ar puro, em alguma fazenda.
LUANA – Que fazenda, Sérgio… (se afasta de perto dele) … eu lá tenho tempo para viajar pra alguma fazenda.
SÉRGIO – Você precisa relaxar, Luana. Depois que descobriu que a Carla ficou com a sua filha, e você a dela, você ficou com essas paranoias. Aposto como você não tá dormindo direito.
LUANA – Claro que estou!
SÉRGIO – Então você ganhou essas olheiras aí por dormir demais, foi?! Vai por mim, você precisa passar um tempo no campo, longe dessa agitação da cidade. (volta a se aproximar dela) Viaja comigo para a fazenda dos meus pais?!
LUANA – (envergonhada) Eu te chamei aqui para me ajudar, não para me convencer a levar para a fazenda da sua família.
SÉRGIO – Ué, é justamente o que estou fazendo. Vai por mim, você precisa um pouco de paz, cuidado que estresse demais faz a gente envelhecer rápido.
LUANA – (pensativa) E meu trabalho?
SÉRGIO – Pede umas férias! (se aproximando dela)
LUANA – Eu não sei…
SÉRGIO – Quer saber, você está muito indecisa. Acho que isso vai ajudar você se decidir. (a surpreende e a beija)

[CENA 10 – CASA DE ALICE/ ESTÚDIO/ NOITE]
(Felipe chega mais cedo em casa, pois prometeu para Alice que iria ajuda-la a finalizar a melodia para sua música, Alice está na sala de som, irá cantar sua música com uma melodia pré-produzida por Felipe)
FELIPE – Quando estiver pronta, filha! (Alice se prepara, e dá sinal para Felipe colocar a música para tocar. Felipe dá play, Alice começa a ouvir o ritmo, e a curti. De acordo que Alice ia cantando, Felipe ia fazendo alguns ajustes no ritmo)

[CENA 11 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ Q. DE PEDRO/ NOITE]
(Pedro está terminando de trocar de roupa, assim que veste sua camisa, Carla bate na porta do quarto)
CARLA – (entrando) Filho, posso entrar?
PEDRO – Claro, mãe. (termina de vestir sua camisa, e vai para frente do espelho, pentear o cabelo)
CARLA – Está bonito assim por algum motivo especial?
PEDRO – (ri) Não, só me arrumando mesmo.
CARLA – A Carol vai jantar com a gente, né?
PEDRO – Vai sim.
CARLA – (ficando séria) Bem, antes de irmos jantar eu queria conversar algo com você!
PEDRO – (termina de pentear o cabelo, fica de frente para sua mãe) A senhora ficou séria, algum problema?
CARLA – (tensa) Eu menti para você, filho.
PEDRO – Como assim?
CARLA – Eu não disse toda a verdade sobre seu pai para você! Tem algo que você precisa saber dele.

[CENA 12 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Manuela, Tiago, Éster, Thalita e outros dois garotos, estão comendo uma pizza, ambos se divertindo)
THALITA – A pizza está terminando, e estamos aqui esperando vocês dois se decidirem qual música irão cantar para a gente.
MANUELA – É que o Tiago quer cantar uma internacional, eu já quero uma nacional.
THALITA – Isso porque ele e a Alice sempre cantavam internacional… (Manuela fica sem jeito, e se afasta um pouco de Tiago)
ÉSTER – Muito obrigado por nos lembrar dela, Thalita.
THALITA – Foi mal!
TIAGO – E mesmo assim, eu não tenho mais nada com a Alice. Então, vamos cantar uma nacional. (olha para Manuela, sorri)
ÉSTER – Nacional ou não, só queremos ouvir vocês. Anda, vão longo! (Tiago e Manuela sorriem, levanta, e vão até a máquina de karaokê, após selecionarem uma música, colocam para tocar e vão até o palco)

[CENA DE MÚSICA – RG (LUAN SANTANA part. ANITTA)]

[TIAGO]
Eu sei quantos passos você dá da porta até o carro 1
Sei que rádio você ouve enquanto vai pro seu trabalho
E quando chega, dá oi pro seu Durval
Que dá um sorriso e te entrega o jornal (e te entrega o jornal)

[MANUELA]
Grande coisa, eu sei muito mais do que você imagina 2
Sei que ama o pão de queijo que eles vendem ali na esquina
E quando tá bravo, você coça o nariz
Se o timão perde, põe culpa no juiz

[TIAGO]
E ainda, se achar que eu não sei muito de você 3
Eu posso até falar seu RG
Com quantos elogios você vai ficar vermelha

[MANUELA]
E ainda que você duvide do amor 4
Olha na janela quem chegou
Na forma de um presente preparada
Pra você desembrulhar

[TIAGO]
Ôôôô ô, ôôôô ôô
Ôôôô ô, ôôôô ôô
Ôôôô ô, ôôôô ôô

[MANUELA]
Grande coisa, eu sei muito mais do que você imagina 5
Eu sei que ama o pão de queijo que eles vendem ali na esquina
Quando tá bravo, você coça o nariz
Se o timão perde, põe culpa no juiz

[TIAGO]
E ainda, se achar que eu não sei muito de você 6
Eu posso até falar seu RG
Com quantos elogios você vai ficar vermelha

[MANUELA]
E ainda que você duvide do amor
Olha na janela quem chegou
Na forma de um presente preparada
Pra você desembrulhar

[TIAGO E MANUELA]
E ainda, se achar que eu não sei muito de você 7
Eu posso até falar seu RG
Com quantos elogios vai ficar vermelha

E ainda que você duvide do amor
Olha na janela quem chegou
Na forma de um presente preparada
Pra você desembrulhar

Ôôôô ô, ôôôô ôô
Ôôôô ô, ôôôô ôô
Ôôôô ô, ôôôô ôô

1. Tiago e Manuela sobem para o palco, ficam de frente um para outro, um pouco distante um do outro. Seus amigos os observam curtindo a música.
2. Manuela se aproxima dele, segurando sua mão, ambos sorriem.
3. Tiago se afasta de Manuela, e os dois trocam de posição no palco.
4. Ambos colocam o microfone no suporte que estava no palco, e cantam olhando para o pessoal da lanchonete.
5. Manuela olha para Tiago, e sorri. Ele faz o mesmo, tira o microfone do suporte e se aproxima dela.
6. Manuela retira o microfone do suporte dela, e se aproxima de Tiago. Ambos, ficam próximos um do outro.
7. Os dois voltam a se separar, seguram a mão um do outro e encerram a música olhando para o pessoal da lanchonete.

[CENA 13 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL – SALA/ NOITE]
(Daniel está deitado na cama, trocando mensagens com Dácio. Segundos depois, seu pai bate na porta)
SAMUEL – Filho, tem um amigo seu lá em baixo.
DANIEL – Amigo? Quem é?
SAMUEL – Não conheço. Só disse que era um amigo seu.
DANIEL – Estranho, não lembro de ter combinado nada com ninguém. Estou indo pai. (Samuel sai do quarto, Daniel digita uma mensagem para Dácio, levanta da cama e sai do quarto. Chegando na sala, ver alguém sentado no sofá, por estar de costa, ele não sabe quem é ainda, porém acha familiar) Queria falar comigo… (ficando surpreso ao ver Henrique) …você?
HENRIQUE – (levanta, sorrindo) Olá, Daniel! Quanto tempo, não?!

Contínua no Capítulo 59…

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