“Eu Não Me Importo”

 

[CENA 01 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO/ NOITE]
(Lauro continua fazendo suspense ao divulgar o resultado do pessoal de casa, Andréa continua de olhos fechados, torcendo para que seja ela e continue no programa)
LAURO – Com 52% do votos, quem soma mais 3 pontos na pontuação e vai para a semifinal é… Andréa Rodrigues! (Andréa não acredita que ela conseguiu os 3 pontos do pessoal de casa, e se emociona. Lauro vai até ela e a abraça) Parabéns, garota!
ANDRÉA – Obrigada. (enquanto Andréa é parabenizada por Karina, Lauro encerrava o programa)
LAURO – E a primeira noite de batalhas fica por aqui, obrigado a todos que nos acompanharam o programa e semana que vem, teremos a ultima semana de batalhas. É minha gente, as semifinais estão chegando. Boa noite! (acena para a câmera, para os jurados e plateia, programa se encerra)

Amanhecendo…

[CENA 02 – CASA DE ANA/ COZINHA/ DIA]
(Junior está tomando café da manhã, Ana entra na cozinha)
ANA – Bom dia, pai. (senta-se e começa a se servir)
JUNIOR – Bom dia. Confesso que levei um susto quando acordei hoje pela manhã e encontrei o garoto dormindo no sofá.
ANA – (lembra-se de Alan) Eu posso explicar.
JUNIOR – É uma explicação que eu quero mesmo. O Alan dormiu aqui?
ANA – Dormiu. Ele saiu de casa após ter discutido com a mãe dele.
JUNIOR – Aí ele veio dormir aqui.
ANA – Sou a única amiga que ele tem na cidade.
JUNIOR – Só que eu pensei que vocês estavam brigados?
ANA – Estávamos, mas ficamos de bem ontem.
JUNIOR – Que bom.
ANA – Se o senhor quiser, vou acorda-lo agora… (levanta, indo em direção a sala)
JUNIOR – Não, não precisa. Deixa o garoto dormir. Se ele veio ontem tarde da noite, porque certamente a conversa que ele teve com a mãe, foi séria.
ANA – Obrigada, pai. (volta a sentar-se)
JUNIOR – Na próxima, me chame pelo menos.
ANA – Tá! (envergonha-se)

[CENA 03 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ COZINHA/ DIA]
(Frederico e Carla estão tomando café, Pedro entra na cozinha)
CARLA – Bom dia, filho!
PEDRO – Bom dia, família.
FREDERICO – Bom dia.
CARLA – Como foi o programa ontem?
PEDRO – Bom. Minha amiga passou para a semifinal.
CARLA – E sua prima?
PEDRO – Também. Na verdade, o único que perdeu alguma coisa ontem fui eu.
FREDERICO – Como assim?
PEDRO – Durante o programa eu e a Carol apostávamos qual participante iria para a semifinal, e na última batalha, apostamos o dobro ou nada e acabei perdendo.
CARLA – Quem você torceu?
PEDRO – Torci para Karina, a Carol torceu pela Andréa.
FREDERICO – Mas essa Andréa não é a sua amiga? Você não está torcendo para ela?
PEDRO – Estou, mas a Carol quem escolhia primeiro, e ela acabou apostando na Andréa.
CARLA – Então você perdeu não por ter torcido para a voz errada, mas por ter sido o segundo.
PEDRO – Quase isso, eu no fundo também estava confiante de que a Karina fosse ganhar. Andréa foi mal na primeira música, melhorou apenas no dueto.
FREDERICO – Ao menos ela conseguiu passar e ir para a semifinal.
PEDRO – É, espero que ao menos, ela não cometa o mesmo erro da noite passada, e escolha as músicas que realmente se encaixe com ela.

[CENA 04 – CASA DE ANDRÉA/ Q. DE ANDRÉA/ DIA]
(Andréa está em frente ao espelho, e lembra do momento em que Lauro diz o nome dela, anunciando que ganhou os 3 pontos do pessoal de casa. Com o fim da lembrança ela sorri, pega seu celular, pensa em mandar uma mensagem para Ramon, mas seu orgulho a impede)
ANDRÉA – Não, não vou mandar nada. (guarda o celular e volta olhar para o espelho) Ele quem devia ter mandado algo, pelo menos me parabenizando por ter passado para a semifinal. Se ele não mandou, é porque minhas conquistas não são importantes para ele. (fica triste e sai do quarto)

[CENA 05 – CASA DE MANUELA/ COZINHA/ DIA]
(Sara entra na cozinha e encontra Manuela tomando o café, e com um livro nas mãos)
SARA – Bom dia, filha… será que você não tem nem tempo para tomar o café sossegada?
MANUELA – Eu não posso, mãe. Tenho uma prova nesse final de semana. Preciso saber se consigo uma boa posição nesse vestibular. Ano que vem é meu último ano no Ensino Médio, preciso ver meus horizontes.
SARA – Filha, você é muito inteligente, não precisa ficar se matando em estudar. Eu acredito em você, no seu potencial.
MANUELA – A senhora fala isso porque é minha mãe, mas a concorrência lá fora é grande, se eu não me destacar.
SARA – Você deveria pegar menos pesado com você mesma e começar a acreditar na pessoa incrível que você é, filha. (Manuela não diz mais nada, continua tomando seu café e lendo seu livro. Sara caminha até sua filha, beija sua testa e sai da cozinha em seguida)

Mais Tarde…

[CENA 06 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(Dácio está sentado em uma mesa, trocando mensagens com Daniel, Eduardo senta-se de surpresa na frente dele)
EDUARDO – Que bom que você veio.
DÁCIO – (guardando o celular) Depois da mensagem que você me mandou, dizendo que tinha um assunto importante pra falar comigo sobre a Letícia, vim na hora. É alguma coisa sobe a doença dela? Você voltou a falar com o pai médico do seu amigo?
EDUARDO – Não, não é sobre a doença da Letícia. Não procuro o médico tem um tempo já.
DÁCIO – Então sobre o que você me chamou até aqui?
EDUARDO – Eu descobri a verdade, Dácio.
DÁCIO – Que verdade você está falando?
EDUARDO – Sobre o programa, Sua Canção. (Dácio começa a ficar nervoso) Ontem assistindo o programa com um amigo, ele abriu meus olhos para algo que eu estava desconfiado, mas não sabia o porquê!
DÁCIO – Eu não estou entende aonde você quer chegar, Eduardo?
EDUARDO – Eu sei que não é a Cássia quem está cantando no programa. É a Letícia que canta, e ela dubla, não é Dácio? (Dácio fica sem saber o que dizer) Eu sei que é, esse teu silêncio entrega tudo. A questão agora é a seguinte. Já que não é a Cássia quem canta, e sim a Letícia, gostaria de saber como ela está conseguindo usar a voz da Letícia e nunca foi descoberta pela produção do programa? E algo me diz que tem dedo seu nisso! (Dácio fica sem reação)

[CENA 07 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ QUADRA/ TARDE]
(Ana e Alan estão sentados nas arquibancadas)
ANA – Uma hora você terá que voltar para casa. Não pode fugir direto da sua mãe.
ALAN – Eu não vou fugir direto. Só preciso criar coragem para enfrenta-la. Quero que ela se entregue. Que ela pare se ficar mudando de cidade em cidade, eu cansei disso.
ANA – Se você quiser eu posso ir com você. Pelo menos te apoiar nesse momento.
ALAN – Não, não precisa. Você já me ajudou muito me deixando dormir na sua casa. Preciso conversar com minha mãe sozinho. Ela precisa se entregar, procurar um tratamento para esse vício dela.
ANA – (pensativa) Você não tem medo?
ALAN – Medo de que?
ANA – Sei lá… se sua mãe procurar um tratamento, e se necessário ficar internada, com quem você irá ficar?
ALAN – Não tinha pensado nisso.
ANA – (fica de frente para ele) Saiba que a minha casa vai estar sempre aberta para você. Pode sempre contar comigo.
ALAN – E pensar que eu achava que você não gostasse de mim. Desculpa…
ANA – Não precisa… (os dois se encaram por alguns segundos, Alan se aproxima dela e a beija)
ALAN – (encerrando o beijo, segundos depois) Acho que agora depois desse beijo, tenho coragem suficiente para enfrenta-la. (os dois riem)

[CENA 08 – CASA DE SAMUEL/ SALA/ TARDE]
(Daniel está deitado no sofá, esperando Dácio responder sua mensagem. Pela demora, desconfia que já esteja conversando com seu amigo, campainha toca)
DANIEL – (levanta e caminha até a porta) Quem é? (ninguém responde, abre a porta e se surpreende) Henrique! O que faz aqui?
HENRIQUE – Sei que seu pai não está em casa, então vim te convidar para darmos um passeio. Melhor do que ficar em casa sem fazer nada. (Daniel continua parado em frente a Henrique, sem reação) Então, vai sair comigo ou vai ficar aí parado me olhando?

[CENA 09 – CADEIA/ TARDE]
(os presos estão tomando banho de sol, Flávio está sentado em uma das mesas sozinho, pensando em como sairia daquela cadeia e em como se vingaria de Paula)

[CENA 10 – CASA DE PEDRO/ SALA/ TARDE]
(Paula chega do trabalho, caminha até o sofá e se deita nele, olha para o teto e pensa em Flávio)
PAULA – (levanta, após pensar nele) Não, Paula. Você tem que parar de pensar nesse mostro. Ele está preso e vai passar um bom tempo na cadeia. (caminha em direção à escada) Você precisa recomeçar sua vida. Acho que preciso passar um tempo no sítio do papai. (sobe para o quarto)

[CENA 11 – CASA DE LUANA/ SALA/ TARDE]
(Luana está andando de um lado para o outro da sala, um pouco ansiosa, campainha toca)
LUANA – (indo atender a porta) Ele chegou. Estou indo. (abre a porta e permite Sérgio entrar)
SÉRGIO – Creio que você me chamou aqui porque já chegou a uma conclusão. (os dois vão para a sala, e ficam um de frente para o outro)
LUANA – Cheguei.
SÉRGIO – Eu meio que já sei o que você decidiu, mas vamos lá… quero ouvir de você. (ri)
LUANA – Você tem razão… preciso de umas férias.
SÉRGIO – (se aproxima dela, sorrindo) Férias tipo de 1 ano?
LUANA – (se afastando dele) Não, não… no máximo alguns meses apenas.
SÉRGIO – (continua se aproximando dela) Depois que você conhecer a tranquilidade do campo, a paz que tem lá, duvido que queira voltar para cá novamente.
LUANA – (se afasta, até esbarrar na parede e não ter mais como fugir) Acho meio difícil eu gostar mais do campo, do que a cidade.
SÉRGIO – É o que veremos. (chega próximo dela e a beija, Verônica que vem descendo as escadas, ao ver o casal se beijando, para de andar, se esconde e observa-os)
LUANA – (encerrando o beijo e saindo de perto dele) Se você acha que seus beijos irão me convencer a mudar de ideia e morar com você, tenha certeza que isso não vai acontecer.
SÉRGIO – Isso é o que veremos. (volta a se aproximar dela)
LUANA – (o impede de se aproximar com as mãos) Melhor não. Te chamei aqui apenas para dizer que aceitei viajar com você. E mesmo assim, minha mãe está em casa, pode pegar a gente.
SÉRGIO – Você tem razão. Teremos muito tempo para fazer isso e outras coisas lá na fazenda. (Luana ri) E também não quero receber nenhuma bronca de sua mãe.
LUANA – Eu também não, então é melhor você ir. (os dois caminham até a porta, Verônica sobe mais as escadas, evitando de ser vista)
SÉRGIO – Quando você quer viajar.
LUANA – Preciso pedir férias do meu trabalho, certamente daqui algumas semanas. Eu te aviso.
SÉRGIO – Ficarei aguardando. (a beija, porém dura breve) Até mais então!
LUANA – Tchau. (Sérgio vai embora, Luana o observa por um tempo, entra em casa e vai para sala, Verônica desce as escadas e entra na sala também)
VERÔNICA – Quer dizer que o casal vai fazer uma viagem de férias?
LUANA – A senhora estava ouvindo a nossa conversa?
VERÔNICA – Eu peguei só o finalzinho. (encarando-a) Quando você iria me dizer que iria viajar com esse rapaz?

[CENA 12 – CASA DE SAMUKA/ ESTÚDIO DE SAMUKA/ TARDE]
(Samuka está fazendo alguns ajustes em alguns equipamentos, Mônica entra no estúdio e o surpreende)
MÔNICA – Olha só quem chegou na cidade?!
SAMUKA – Amor! (levanta, caminha até ela e a beija) Por que não disse que chegaria hoje. Iria te buscar na rodoviária.
MÔNICA – Queria te fazer uma surpresa. O que estava fazendo?
SAMUKA – Só verificando alguns equipamentos.
MÔNICA – Bacana, mas agora que eu cheguei iremos fazer outra coisa.
SAMUKA – (a puxa pela cintura) Ah é, e o que seria?
MÔNICA – Cantarmos! (sorri e se afasta dele) O que você estava pensando, seu pervertido?
SAMUKA – Eu estava pensando a mesma coisa. Tanto, que tenho uma música pronta para nós. (caminha até o aparelho de som, dá play em uma música)

[CENA DE MÚSICA – I DON’T CARE (ED SHEERAN feat. Justin Bieber]

[MÔNICA]
I’m at a party I don’t wanna be at 1
And I don’t ever wear a suit and tie
Wondering if I can sneak out the back
Nobody’s even looking at me in my eyes
And then you take my hand
Finish my drink, say: Shall we dance? Hell yeah!
Y’know I love you, did I ever tell you?
You make it better like that

Don’t think I fit in at this party
Everyone’s got so much to say, yeah
I always feel like I’m nobody
Who wants to fit in anyway?

[SAMUKA E MÔNICA]
Coz I don’t care 2
When I’m with my baby, yeah
All the bad things disappear
And you making me feel that maybe I am somebody
I can deal with the bad nights
When I’m with my baby, yeah (ooh, ooh, ooh)

Coz I don’t care
As long as you just hold me near
You can take me anywhere
And you making me feel like I’m loved by somebody
I can deal with the bad nights
When I’m with my baby, yeah (ooh, ooh, ooh)

[SAMUKA]
We at a party we don’t wanna be at 3
Trying to talk, but we can’t hear ourselves
Read your lips, I’d rather kiss ‘em right back
With all these people all around, I’m crippled with anxiety
But I’m told it’s where I’m supposed to be
You know what?
It’s kind of crazy coz I really don’t mind
When you make it better like that

Don’t think we fit in at this party
Everyone’s got so much to say, oh, yeah, yeah
When we walked in, I said: I’m sorry
But now I think that we should stay

[SAMUKA E MÔNICA]
Coz I don’t care 4
When I’m with my baby, yeah
All the bad things disappear
And you making me feel that maybe I am somebody
I can deal with the bad nights
When I’m with my baby, yeah (ooh, ooh, ooh)
Oh, yeah, yeah, yeah

Coz I don’t care
As long as you just hold me near
You can take me anywhere
And you making me feel like I’m loved by somebody
I can deal with the bad nights
When I’m with my baby, yeah (ooh, ooh, ooh) (no)

[MÔNICA]
I don’t like nobody but you 5
It’s like you’re the only one here
I don’t like nobody but you
Baby, I don’t care

I don’t like nobody but you
I hate everyone here
I don’t like nobody but you
Baby, yeah

[SAMUKA E MÔNICA]
Coz I don’t care (don’t care) 6
When I’m with my baby, yeah (oh, yeah)
All the bad things disappear (disappear)
And you making me feel that maybe I am somebody (maybe I’m somebody)
I can deal with the bad nights (with the bad nights)
When I’m with my baby, yeah (ooh, ooh, ooh) (oh, yeah, yeah, yeah)

Coz I don’t care
As long as you just hold me near (me near)
You can take me anywhere (anywhere, anywhere)
And you making me feel like I’m loved by somebody (loved by somebody, yeah)
I can deal with the bad nights
When I’m with my baby, yeah (ooh, ooh, ooh)

1. Ao ouvir o ritmo da música, e a reconhecendo, Mônica começa a andar pelo estúdio, começa a cantar.
2. Samuka a segue, e os dois começam a rodar pelo estúdio, dançando.
3. Dessa vez Samuka decide cantar parado, Mônica o observar por alguns segundos, se aproxima dele e o chama novamente para dançar.
4. Os dois voltam a andar pelo o estúdio, dessa vez próximo um do outro.
5. Mônica se afasta de Samuka, ele volta a observa-la parado e sorrindo.
6. Samuka e Mônica terminam a música um em cada canto do estúdio.

[CENA 13 – CASA DE MANUELA/ SALA/ TARDE]
(Manuela está sentada no chão da sala, rodeada de livros, campainha toca)
MANUELA – Quem será? (coloca o lápis no livro que estava estudando, o fecha, levanta do chão e caminha até a porta) Seja quem for, vou despachar agora mesmo. (abre a porta e se surpreende ao ver Tiago)
TIAGO – Já que você não está respondendo minhas mensagens, tive que vim aqui. (a surpreende e a beija)

Contínua no Capítulo 63…

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