Após sair do boteco, Antunes, Sara, Helena e Quirina se dirigiram para a pensão. E lá se encontraram com Romero e Divina que os disse sobre a chegada de Agenor, Tereza e Roberto. Assim que Antunes ficou sabendo, foi ter com os recém chegados.
ANTUNES: Que bom, conhecer meus avós. Sou Antunes filho de Alfredo Fagundes Rodrigues, vugo “coronel Fagundes”.
TEREZA: Nossa! Já és um homem feito! E Alfredo nunca nem mandou notícias.
AGENOR: Ficamos felizes em saber que Alfredo tem um filho adulto. E seu pai e sua mãe onde estão?
ANTUNES: Meu pai está na fazenda, esta aqui é minha mãe .
TEREZA: Leonor! Como você ficou diferente minha nora.
Os demais que ali estavam não entenderam nada, quando Tereza chamou Helena por Leonor.
ROBERTO: A propósito meu primo, onde está meu pai?
ANTUNES: Me desculpa, mas quem é seu pai?
ROBERTO: Perdão me esqueci de me apresentar… Sou Roberto filho de Raul, irmão do tio Alfredo.
ANTUNES: Como é bom nos encontrar familiares que ainda não os conhecemos (cumprimenta Roberto)… Bom, terei o maior prazer em responder todas as perguntas de meus avós e primo. Mas antes preciso me ausentar com minha namorada e Quirina. Em seguida quero assentar com todos nesta mesa, inclusive com seu Romero e dona Divina.
AGENOR: Tá bom meu neto, vamos aguardar.
Romero e Divina conversam entre si.
ROMERO: Antunes já sabe de toda a verdade. A bomba está prestes a explodir.
DIVINA: A anos eu sabia que esta hora ía chegar. E chegou!
Antunes, na área da pensão, coloca Sara e Quirina frente a frente.
QUIRINA: O que o menino Antunes quer dizer pra mim e para a senhorita Sara?
ANTUNES: É algo que irá mudar a vida de vocês duas para sempre, Quirina.
SARA: Então só pode ser coisa boa, né Quirina?
QUIRINA: Tomara, já tive muitas notícias e momentos ruins em minha vida.
ANTUNES: Chega de coisas ruins, né Quirina. Chegou a hora de ter notícias agradáveis e consequentemente momentos memoráveis.
SARA: Então meu amado, fale logo, nós duas estamos ansiosas .
ANTUNES: Bom, eu conheço a história do passado das duas. De Quirina bem mais do que a de Sara. Mas posso dizer que os dois passados, embora pareçam ser distintos, estão ligados e se resumem em um só.
SARA: (deduz algo) Assim está me deixando nervoso. Me diz Antunes: Você conseguiu o que me prometeu?
ANTUNES: Promessa feita não só a você querida, mas também á Quirina.
QUIRINA: Conclui, por favor.
ANTUNES: Depois de conversar com um aqui, com outro ali. Depois de ouvir Sara e Quirina, liguei pontos coincidentes, que por sinal nenhum foi desencontrado… Sara, a sua vinda aqui foi para investigar e descobrir o paradeiro de sua mãe.
QUIRINA: Oh! Ela foi separada da mãe, assim como minha filha foi separada de mim? Minha filha Rosa
ANTUNES: Pois bem a sua investigação, você pode dar por encerrada Sara.
SARA: Como assim? Ela está dizendo que a filha dela se chama Rosa.
ANTUNES: Rosa, só em seus pensamentos. Quirina planejava dar este nome à filha, mas nem teve tempo, pois ao acabar de dar a luz à menina, os feitores de meu pai a tirou da cama e a levou para a nossa fazenda.
QUIRINA: Verdade, eu mal vi o rostinho de minha filha. Não dei nem uma gota de meu leite para ela. Foi arrastada, ainda sentindo as dores do parto e ouvindo a menina chorando, nos braços da parteira. Tudo o que consegui é pedir para Sebastiana cuidar dela para mim.
SARA: Sebastiana?
QUIRINA: Esta escrava tinha um menino que ainda mamava, então pedi a ela que não deixasse minha filha morrer de fome. Aí nunca mais vi e nem tive notícias de Sebastiana.
Nesse momento André chega na pensão.
ANTUNES: Quirina, olha o menino de Sebastiana (chama por André). Está aqui, o filho de Sebastiana, André.
QUIRINA: Então ele sabe onde está minha filha?
Neste momento Sara(Rosa) está chorando de emoção.
ANTUNES: Sabe Quirina, ele cresceu junto de sua filha até aos 12 anos, também foi separado de sua mãe, mas agora depois de muitos anos ele e Rosa se reencontraram.
André e Sara se abraçam chorando.
QUIRINA: Então diga menino André cadê minha Rosa?
ANTUNES: Diga André. Pode dizer.
ANDRÉ: Dona Quirina, sua filha Rosa está bem aqui à sua frente.
QUIRINA: É verdade isto Antunes?
ANTUNES: Sim Quirina, minha promessa está cumprida… Sara esta é a sua mãe. Quirina esta é a sua filha. Podem se abraçar.
Quirina e Sara/Rosa se abraçam emocionadas.
ANTUNES: Que a vida se encarregue de sempre deixa-las juntas. O mal que as separou no passado não terá mais forças no presente.
SARA/ROSA: Minha mãe, como sonhei com este momento.
QUIRINA: Minha filha, nunca pode te ter em meus braços, mas agora a tenho… Obrigado Antunes.
ANTUNES: Não agradeçam, fiz o que devia fazer. Afinal, vocês foram separadas por minha causa. Tudo o que eu quero é que sejam felizes e aproveitem bastante este tempo… Bom, agora vou deixa-las aí juntas e vou resolver outro problema do passado também.
Antunes se ausenta.
Enquanto isso, na fazenda, Raimundo e seus amigos se reuniram para invadir a casa grande. Fagundes está acuado.
RAIMUNDO: Prontos meus amigos. Vamos render o coronel, alguns ficam com ele, enquanto eu, Julio e mais dois vamos até ao último quarto do corredor, é lá que Serena está.
A casa grande é cercada. Raimundo não quis esperar por Antunes e já quis logo resolver a seu jeito. Fagundes já percebeu a ação do grupo e se prepara para atirar, mas é surpreendido por Raimundo e Julio que entraram pelos fundos e o rendeu. Não teve tempo para reação.
FAGUNDES: Eu vou acabar com sua raça Raimundo.
RAIMUNDO: Vai não coronel. O senhor não terá tempo para isso. Não queremos lhe fazer mal, só queremos encontrar minha esposa. Agora vamos arrombar aquele armário e abrir aquela porta secreta.
FAGUNDES: Não façam isso!Malditos.
RAIMUNDO: Vamos filho!… Não deixem ele escapar daí.
Raimundo, Julio e mais dois amigos se dirigiram ao quarto, abriram o armário e lá estava a portinhola secreta. Raimundo usou uma ferramenta resistente e quebrou a tal porta, ao passar por ela, tinha uma escadaria que levava a um porão subterrâneo, desceram pela escada e lá estava Serena e Raul acorrentados, é um local escuro e frio. Pai e filho abriram os grilhões das correntes e soltaram os dois.
SERENA: Que bom que vocês nos encontraram. O coronel é louco.
RAUL: Obrigado por nos salvar. Estou ficando doente aqui neste local sujo e frio.
SERENA: Cadê o coronel?
JULIO: Está rendido lá na sala.
RAUL: Só queria entender por que ele fez isso?
RAIMUNDO: (observando o local) Vejam só quantas ossadas tem por aqui. Muitas pessoas morreram aqui dentro.
SERENA: Vamos, quero sair logo deste lugar.
Todos voltam para a sala onde está o coronel Fagundes.
RAIMUNDO: Eu não disse que Serena estava lá? Coronel maldito.
FAGUNDES: Vocês pagarão caro por esta afronta.
RAUL: Só queria saber, por que você fez isto meu irmão?
FAGUNDES: O culpado disso tudo é você. Não tinha que aparecer aqui. Sumam todos daqui.
Raimundo pega todas as armas da casa, solta Fagundes e se retira com a família e amigos. Deixando o coronel atordoado, confuso.
Raul se dirige para a vila. E logo após Fagundes também o vai sem perspectiva nenhuma, completamente desorientado.
Vejam como se dará a presença de Fagundes na vila, no próximo capitulo.
CONTINUA…