EPISÓDIO 7
A LUZ NO FIM DO TÚNEL?


CENA 1. INT. PALÁCIO. ALCOVA. NOITE.
Apolo despi Agatha. Ela temerosa, o afasta.
APOLO (Maliciosamente): Vai ser bom, prometo.
Apolo tira a última camada de vestes e enojado, cospe. Agatha chora, constrangida.
APOLO (Assustado): És um homem?
CONTINUAÇÃO DIRETA DO EPISÓDIO ANTERIOR:
APOLO: Como pôdes esconder isso de mim? (TEMPO/Ele pensa) Então era puro oportunismo esse enlace?
Agatha chora, desesperada. Apolo desnorteado, anda de um lado para o outro, inquieto.
APOLO: Não grites! Não chores! Quem deveria está esperneando era eu. Sou a única vítima aqui.
AGATHA: A culpa é minha! Eu insisti nesse enlace. Não deveria.
Agatha constrangida, esconde o rosto com o véu novamente. Apolo arranca o véu, assustando-a.
APOLO: Diga-me o que és? Fale-me! Aparentas ser uma mulher, tens seios, uma pele macia mas tens (TEMPO/Ele respira fundo) Ah acaba com esse desnorteio de minh´alma.
Agatha chorando.
AGATHA (EnvergonhadaGaguejando): Sou hermafrodita!(TEMPO/Ela respira, ofegante) Eu sempre escondi isso. Foi minha maldição. Meu castigo!
Apolo se assenta no chão, abismado.
AGATHA (Gaguejando/Chorando): Minha intenção no dia em que salvaste-me era me livrar desse desgosto. Fostes vós, Apolo. Vós que impediste tal ato. Agora, serás obrigado à manter-se enlaçado à mim.
APOLO: E o que queria que eu fizesse? És uma vida! Não permitiria que morrestes em minha frente, estagnado.
AGATHA: Portanto, compreendas de que não sou perfeita e mantenha esse enlace. Serás rei através de mim. Rei, Apolo. Sabe quantos plebeus se tornaram rei em Atenas antes de vós? Nenhum! És sortudo!
APOLO: E meu reinado será castigado pela falta de descendência. Mas esqueçamos isso. Preciso despertar disposto para a consagração.
Apolo decepcionado, deita. Agatha o toca.
AGATHA: Não darás-me um beijo antes de descansar?
APOLO: Sabe, querida, tenho um conselho para vós. Para de mendigar afeto dos outros. É rídiculo! Principalmente para a futura rainha. Durma bem!
Apolo se vira. Agatha chora em silêncio.

CENA 2. INT. PALÁCIO. ALCOVA DE SRA. MARTINE. NOITE.
A Sra. Martine entra, abrupta. Urias se esconde, porém, ao vê-la, se aproxima.
URIAS: Jurei que estarias festejando à essas tantas.
SRA. MARTINE: Não há motivos para tal.
URIAS: E donde estão os pergaminhos? Achaste-os?
SRA. MARTINE (Furiosa): Não lembre-me desses pergaminhos. O desgraçado do Apolo capturou-o. Infeliz! Dei asas à uma cobra criada.
URIAS: Uma lástima, reconheço. Mas minha parte fiz, não há um jeito de dar-me uma alforria?
SRA. MARTINE (Estranhando): Engraçado é que vós não aparentas surpresa. Não fostes vós que me denunciaste, não é, Urias? Eu espero que não!
Ruídos na porta. Urias se esconde, rapidamente. Sra. Martine abre a porta e se depara com Procópio.
SRA. MARTINE: O que fazes aqui, general? Estou surpresa!
PROCÓPIO: Vim noticiar-lhe que houve uma fuga na masmorra.
Sra. Martine revira os olhos.
PROCÓPIO: Não desejo incomodar o Apolo mas desejo anunciar à vós que Aquiles conseguiu fugir.
Apolo se aproxima, boquiaberto.
APOLO (Surpreso): O Aquiles fez o que?

 

ESPARTA

CENA 3. INT. PALÁCIO. ALCOVA. NOITE.
Aquiles ofegante, se assenta no leito. Heros respira fundo.
AQUILES: Como se sentiu?
HEROS: Bem!
AQUILES: Doeu, não doeu?
HEROS: Ai, confesso, foi terrível.
Ambos riem.
AQUILES: Foi necessário. Todos os valentes passam por isso.
HEROS: Ainda arde um pouco. A tal pederastia não era como eu imaginava.
AQUILES: Nada é.
HEROS: Concordo. Posso dizer-lhe algo?
AQUILES: Sim!
HEROS: Não gostei de vós. Sempre fui doutrinado para a pederastia com um senhor, um general de guerra mas mudaste minha concepção.
AQUILES: Gostas mesmo de confessar coisas, sim?
HEROS: Agradeço-o! Foi incrível! A maneira como fizeste tudo, inteiramente sensível. Outros não teriam tal sensibilidade. Sou grato.
AQUILES: Uma honra, alteza. Agora, diga-me o que mais deixaria vosso pai comfuror.
Heros o olha, desconfiado.
AQUILES: Desejo saber para não aborrecê-lo. Vosso pai foi bondoso por demasiado.
HEROS: Ele é a própria fúria. (TEMPO/Ele sorri) Mas dificilmente demonstrará furor com um estranho, não que sejas um estranho mas sua fraqueza não revelarias.
AQUILES: Soube que o mesmo era o dominador. O que faria com um povo que zomba de sua majestade?
HEROS: Iria abatê-los imediatamente. Quem ousaria? Um ensandeciso, só pode.
AQUILES: Ah! Agora sei como fugi da aparência do mal. Conte-me mais, caso queiras.
HEROS: Que mal há? A noite está apenas começando.
Aquiles sorri.

CENA 4. INT. PALÁCIO. ALCOVA DO REI. NOITE.
Ariadne desinquieta, se mexe no leito. Hermes, incomodado, se levanta.
REI HERMES: O que há contigo?
RAINHA ARIADNE: Nosso filho cresceu, esposo. É um homem! (TEMPO/Ela chora) Não superei!
REI HERMES: Finalmente, não? Amanhã encerraremos esse ciclo, o enlace será de boa serventia para ele.
RAINHA ARIADNE: Sei que sim! Fostes impecável na condução dessa história.
REI HERMES: Adormeça, querida. Descansemos para despertarmos bem dispostos pela manhã.
Hermes beija a testa de Ariadne e deita novamente. Ela o abraça. Ambos dormem, abraçados.

 

ATENAS

CENA 5. INT. PALÁCIO. CORREDOR/ ALCOVA DE SRA. MARTINE. NOITE.
Apolo apreensivo, olha para Procópio.
PROCÓPIO: Perdoe a insolência, senhorio. Os carcereiros anunciaram à pouco. Já faz alguns dias que o individuo fugiu.
APOLO (Desacreditado): Não é possível! Aquiles jamais faria isso. Um defensor da lei, um aristocrata nato.
SRA. MARTINE: E o que fazes aqui? Não devias está à desfrutar do enlace?
Apolo encara Sra. Martine.
APOLO: Não seja cínica, Martine.
PROCÓPIO: Mas, enfim. Já que o incomodei, diga-me o que fazer. Deseja que o busque e o mate?
APOLO: Ai de vós. Desejo o meu irmão. (Corrige) o Aquiles vivo e sóbrio.
PROCÓPIO: Não é viável que mantenha laços com criminosos, senhor.
APOLO: Já sabes o que desejo. Ah e peço que o senhor Dimitri e o já, conhecido, Aristides estejam em minha posse. Tenho uma surpresa à eles!
PROCÓPIO: Providenciarei o que me pediste.
Procópio sai. Apolo olha para Sra. Martine.
APOLO: E vós, arrumes vossas tralhas. Ao findar a cerimônia, não a quero mais aqui.
SRA. MARTINE (Sarcástica): Claro, majestade.
APOLO: Não me subestime, senhora. Posso ser implacável contra os que tramam contra mim.
Apolo se vira e caminha. Sra. Martine revoltada, bate o pé no chão. Apolo se redireciona a ela e sorri.
APOLO: Ah, devo dizer que vossa neta foi magnífica hoje à noite. Ela chegou ao ápice.
Apolo sai, gargalhando. Sra. Martine entra, furiosa e bate a porta. Urias a observa.
URIAS (Preocupado): Então se até vós será obrigada à fugir, o que farei?
SRA. MARTINE: Isso é problema teu. Durma hoje, pois, amanhã a sua cabeça pode rolar. Não durarás muito sem minha presença.
Sra. Martine deita, resmungando. Urias decepcionado coça a cabeça.

CENA 6. INT. PALÁCIO. ALCOVA DE AGATHA. MANHÃ.
Apolo, de pé, se ajeita. Agatha permanece deitada, observando-o.
APOLO: Não vais para a consagração?
AGATHA: Não! Estou demasiadamente infeliz.
APOLO: Uma pena! Sinto-me reluzente nessas vestes.
AGATHA: Jamais será um rei como meu pai.
APOLO: Não ofenda-me! Vossas ofensas são puramente pessoais. Contenha-se, querida. Contenha-se!
Agatha revira os olhos. Apolo sorri e sai. Agatha, decepcionada, chora.
AGATHA: O que foi que eu fiz para merecer isso?

CENA 7. EXT. PRAÇA CENTRAL. MANHÃ.
Apolo ajoelhado, chora emocionado. Procópio levanta a coroa. As pessoas eufóricas aplaudem-no.
PROCÓPIO: Concretizando a vontade do percursor de Atenas, o reverenciado Petrus II que reinou por mais de duas eras, entrego-lhe a coroa que fora dele e pertenceu aos antepassados do mesmo. Prometendo manter a honra e a lealdade ao povo de Atenas como o antecessor. Considere-se rei.
Procópio põe a coroa sobre a cabeça de Apolo. As pessoas aplaudem, sorrindo. Dimitri olha para Leônidas, preocupado. Aristides aplaude, desmotivado. Melina gargalha observando-o.
PROCÓPIO: Com a palavra, o reverendo rei Apolo I.
As pessoas extasiadas, gritam. Apolo reverencia o povo e acena para que ambos se calem. A população calada, o observa.
APOLO: Grato sou! Grato pela luz dos deuses que me iluminaram até aqui. O que devo dizer? o que ambos esperam que lhes diga? Os benefícios do meu governo? Não! Minha primeira decisão é o extermínio de dois patifes.
Todos boquiabertos o observa fixamente. Dimitri rói as unhas. Aristides, apreensivo, escora em Melina. Procópio se aproxima e sussurra no ouvido de Apolo.
APOLO: Está bem! Desejo que o senhor Dimitri e o senhor Aristides me acompanhem até o tribunal.
Dimitri desmaia. Leônidas assustada, tenta despertá-lo. Melina desesperada abraça Aristides, confortando-o. Apolo os observa, altruísta.
APOLO: Caros, cidadãos, voltem às vossas atividades corriqueiras e estejam atentos ao som do clarim. Fiquem bem!
Dimitri desperta, sendo levado por soldados. Aristides, calado, segue escoltado. Melina chora.

 

ESPARTA

CENA 8. INT. PALÁCIO. SALÃO. MANHÃ.
Aquiles entra.
REI HERMES: O grande anfitrião. Como dormiste, senhorio?
AQUILES: Com a boa recepção que deste-me não poderia dormi mal, majestade.
REI HERMES: Grato! Deguste ao meu lado, Aquiles. Pelo visto ficarei só, os preparativos ocuparão Ariadne e Heros.
AQUILES: Majestade, tenho um respeito enorme por ti.
Hermes sorri e degusta.
AQUILES: E é em nome dessa veneração que devo dizer-lhe o que ocorre em Atenas.
REI HERMES: Pelo que vejo tens verdadeiro horror à vossa pátria.
AQUILES: Acredito que vós também terá, majestade.
REI HERMES: Duvido muito. Nada me abate.
AQUILES: Antes de vim, tive uma visão sobre ti. Os atenienses zombam de vossa figura, ó rei. Zombam de ti.
Hermes curioso, para de mastigar.
AQUILES: Há rumores de que és um pobre brutamontes, inclusive, devo dizer que ambos idealizam uma grande estátua para denegri-lo.
Hermes se levanta. Aquiles o observa, sóbrio. Hermes sorri.
REI HERMES: Uma tática barata para convencer-me à ir contra vossos desafetos, Aquiles?
AQUILES: Jamais faria isso, majestade. Se ainda duvidas da minha palavra, leve-me à forca e terás o sangue de um inocente em vossas mãos.
REI HERMES: Terias coragem de jurar pela própria vida em engano? Não! Não acredito!
AQUILES: E por que não mostrar vossa força o quanto antes, meu rei? O povo zomba dia e noite de vós, gritando em alta voz que és um covarde, um brutamontes imbecil.
Hermes bate com força na mesa. Aquiles se assusta.
REI HERMES: 
Ninguém degrine minha figura e saia impune. Ninguém! Ainda hoje Atenas estará em minhas mãos.
Hermes sai. Aquiles abre um sorriso.

CENA 9. INT. PALÁCIO. ALCOVA DE HEROS. MANHÃ.
Heros toca a tíbia, concentrado. Ciro entra, sorrateiramente e fecha a porta. Heros se assusta.
HEROS: O que fazes aqui? Não o tinha impedido?
CIRO: Vim implorar-lhe para que não cases com Anastácia.
HEROS: Uma piada, suponho. Achas que meus sentimentos são manipuláveis, Ciro? Quando achas viável vem e pede-me para que case, noutro pedes para que não case, saia da minha vida, Ciro. Só trazes confusão em minha mente.
Ciro entristecido, abaixa a cabeça.
CIRO: Adquiri uma embarcação. Caso decidas fugi do casamento, estarei à vossa espera no porto até o pôr do sol. Escolha ser feliz, Heros. Ser feliz!
Heros sorri.
HEROS: E achas que vais fazer-me feliz? Que ironia!
CIRO: Só sei que te conheço muito melhor do que essa Anastácia, te conheço tão bem que sei o que te fará feliz.
Ciro sai. Heros, confuso, bate no peito.
HEROS (Pensando): Que ódio! Ranço!

CENA 10. INT. PALÁCIO. ALCOVA DE ANASTÁCIA. MANHÃ.
Anastácia de pé é medida por Damásia. Ariadne as observa, sorridente. Anastácia olha para Damásia, enojada.
ANASTÁCIA: Ao vê-la tão culta não deduzirias que tinhas um filho tão torpe.
DAMÁSIA: Eu não permitirei que ofenda o meu filho dessa maneira.
ANASTÁCIA (Revoltada): E quem és tu, plebéia? Terás que permiti o que eu ditar. Sou a futura rainha.
RAINHA ARIADNE: Mas enquanto és uma simples princesa, respeite a minha presença e ponha-se no seu lugar. A Damásia faz parte da realeza tanto quanto vós.
ANASTÁCIA: Se meu pai estivesse vivo, não me tratarias assim, Ariadne.
RAINHA ARIADNE: Não me faça arrepender do enlace que propus, Anastácia. Peço-lhe que se cale, apenas.
Anastácia vira os olhos, revoltada. Ariadne pisca para Damásia. Ambas sorrem, disfarçadamente.

 

ATENAS

CENA 11.INT. TRIBUNAL. SALA DE REUNIÕES. MANHÃ.
Apolo sentado no trono olha para Dimitri, resguardado.
APOLO: 
Espero que não haja falsidade, nem mentiras.
Procópio olha para Apolo.
PROCÓPIO: Não haverá, majestade. Ambos são conhecedores das regras de Atenas.
APOLO (TEMPO/Ele olha para Dimitri): Desejo que vós, tio, se ainda posso considerá-lo, conte-me detalhadamente o que houve.
DIMITRI: Eu jamais quereria o mal de vossos pais. Uma infâmia!
APOLO: Tio, se ainda deseja se safar dessa situação, seja objetivo e sincero. Não é porque és meu parente que lhe benefeciarei.
DIMITRI: Eu reconheço que vendi vossas terras mas foi vosso pai que me procurou.
FLASHBACK DE DIMITRI:
ÉDIPO: 
Oh Dimitri, não sabes de algum comprador?
DIMITRI (Malicioso): Por que, meu amigo? Tens interesse de abdicar das suas terras?
ÉDIPO: Não! Não é isso. É que desejo vender um terreno, um pedaço apenas. Achas que consigo?
DIMITRI: óbvio! Vossas terras são fertéis. Quem não se interessaria?
VOLTA À CENA:
DIMITRI: 
Contei à Petrus, ele não se importou tanto mas eu desejava vendê-las à todo custo. Eu devia Leônidas, desejava quitá-las.
APOLO: E como Martine se envolveu nessa história?
PROCÓPIO (Confuso): A Imaculada Martine?
Apolo acena positivamente.
DIMITRI: Ela se interessou nas terras, Aristides a seduziu com ideologias de um entretenimento pagão.
ARISTIDES (Enfurecido): Não fales assim da minha arte.
APOLO: Calem-se! Conte-me vossa versão, Aristides, estou curioso para saber.
ARISTIDES: Como todos sabem, eu era o alfaiate real. Todos os trajes reais eram feitos por mim. Todos, inclusive, a túnica de Petrus, luxuosíssima com dracmas no colarinho.
APOLO: Nos poupe desses detalhes insignificantes.
ARISTIDES: Então, num desses encontros disse à senhora Martine sobre minha idéia, ela de imediato estranhou mas concordou, em seguida pressionou Petrus para consegui o local.

FLASHBACK DE ARISTIDES:
REI PETRUS II: 
E o que queres que eu faça, Martine?
SRA. MARTINE: Eu tenho em pergaminho um enunciado de vosso pai. Sabes disso.
REI PETRUS II: Édipo não venderá tudo. O pedaço que ele oferece é pouco, não daria.
ARISTIDES: É. Muito pouco.
SRA. MARTINE: Petrus isso é de vosso interesse. Se o povo ver uma construção da proporção que Tide arquitetou, o respeitará muito mais. Pense em seus benefícios da maneira como penso.

VOLTA À CENA:
ARISTIDES: 
A partir dali firmou-se a idéia e o Dimitri tramou o resto com Martine. Pouco a pouco descobri que Jacinta e Édipo teriam morrido num incêndio e posteriormente que a culpa era de todos nós.
DIMITRI: Não generalize. Os soldados atearam o fogo na vivenda, não fui sólito, jamais fiz nada sozinho e sabes disso.
Apolo chora e se vira, pondo a mão na cabeça. Procópio observa Dimitri e Aristides friamente.
PROCÓPIO: Vós não merecem nem o óbolo de Coronte. Minha sentença está dada. Fazes tu, ó rei, o veredito e o povo será induzido à vossa vontade.
Apolo enxuga as lágrimas e olha para ambos, temerosos. Aristides chora, desesperado. Dimitri, sóbrio, mantém-se firme.
APOLO: Queime-os. Faça uma fogueira e os incinere como fizeram com meus pais.
Aristides arregala os olhos. Dimitri desmaia nos braços do soldado. Apolo sai, cabisbaixo.

CENA 12. INT. PALÁCIO. SALÃO. MEIO-DIA.
Agatha degusta, chorando. Melina entra desesperada. Agatha assustada a observa com furor.
AGATHA: O que houve, Melina? Não se interrompe uma refeição dessa maneira.
MELINA: Alteza, por favor, suplico-lhe. (TEMPO/Ela chora) Não deixe, alteza, não permita que Apolo leve meu pai à forca.
AGATHA: À forca? Por que?
MELINA: O Apolo deve está tentando vingar-me pelo ocorrido mas não quero isso. Eu amo meu pai, Agatha. Não o quero morto!
AGATHA: Eu já tenho meus problemas, Melina, não é por que és minha amiga que irei interferi nas vontades de meu esposo.
MELINA: Perdeste vossos pais à tão pouco, compadeça-te de mim.
AGATHA: Não compare meus pais ao vosso. Ele merece a morte, ele fez diversas atrocidades. É um miliciano.
Melina sai, desanimada. Mirtes se aproxima de Agatha.
MIRTES: Alteza?
AGATHA: O que foi agora?
MIRTES: A sua avó está no jardim à vossa espera.
AGATHA: E o que ela deseja? Não estou bem hoje.
MIRTES: Vá e saberás. É de extrema importância, pelo que sei.
Agatha curiosa, sai.

 

ESPARTA

CENA 13. INT. BATALHÃO. PÁTIO. MEIO-DIA..
Um esquadrão de soldados à postos. Hermes caminha dentre eles. Aquiles os observa, temeroso.
REI HERMES (Gritando): Hoje ainda conquistaremos Atenas e teremos-na sobre nosso comando.
Os soldados marcham. Hermes guia-os. Aquiles ao fundo abre um sorriso.

 

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