Wei Xian encerrou as atividades daquele dia, após a conversa que teve com Alex ficou pensativo o resto da tarde. Alex o alegrava, com ele se sentia bem e como se não carregasse mais o fardo de tantos anos nas costas. Algumas vezes vinha um sentimento de culpa por pensar em Alex e na possibilidade de lhe dar uma chance.

Quando entrou no carro para se direcionar para casa, observava através da janela a vida passar rápido e se perdeu nos pensamentos. Durante aqueles anos tudo que fazia era trabalhar loucamente para ocupar sua cabeça e nunca deixar a dor ganhar espaço em seu coração. Ele afogou todos os sentimentos no fundo, de sua alma, para viver somente para a filha e a empresa. Em momentos mais difíceis que acreditava não suportar a dor bebia até apagar, ficar em torpor isolado em seu quarto o fazia esquecer.

Quando chegou ao Brasil não fazia ideia de tudo mudaria, Wang estava vivo, tão próximo que poderia sair do canto escuro empoeirado para dar lugar ao amor que nunca morreu. Decepção foi que recebeu em troca, não era mais dele e a cada momentos juntos era um afastamento ainda maior. Wei Xian só podia é assistir perder seu amor novamente. Cheng estava certo, não adianta ficar lamentando pelo passado mesmo que este ainda estivesse ali atormentando.

Wei Xian decidiu enquanto olhava as conversas no WhatsApp trocadas com Alex, decidiu se dar essa oportunidade. Então, enviou uma mensagem para Alex.

“Não vai para casa hoje…”

Não demorou muito e a resposta veio com um emoji de sorriso e outro de coração confirmando o pedido. Xian sorriu olhando a tela do seu smartphone em seguida suspirou. Seu coração palpitava agitado e um leve arrepio subiu a nuca. Fechou os olhos e encostou a cabeça no banco esvaziando a mente de qualquer lembrança que tinha de Wang. Soltou o ar do peito e murmurou em mandarim:

— Zaijian Wang… (Adeus Wang)

✽ • ✽

Alex olhava a tela do aparelho sorrindo por aquele pedido, Ning e MianMian estavam agitados a sua frente falando sem parar do dia que tiveram de brincadeiras. Beth preparava a refeição já que aquela tarde recebeu uma mensagem de Xian que o casal Jiang e Huaisang iriam jantar com ele essa noite.

Alex ajudou Beth indo à cozinha enquanto ela colocava as crianças para o banho e se prepararem para receber os pais. Xian foi o primeiro a chegar, já que Cheng e Huaisang foram ao hospital buscar Qing. Entrando em casa sentiu o aroma vindo da cozinha, chegou a dar água na boca e foi até a porta deparando com Alex mexendo em uma panela. Sorriu surpreendido e comento em português com o rapaz.

— Alex cozinhando? — Entrou enquanto desabotoava as mangas de sua blusa social e em seguida afrouxava o nó da gravata. — Quantas habilidades Alex tem?

Alex ao ver Xian entrar na cozinha esboçou um sorriso divertido com a pronúncia do português que o outro lhe questionava. Era fofo! Pensou ao se afastar do fogão dizendo em seguida:

— Na verdade, só fiz o pirão de peixe, não pode parar de mexer porque embola a farinha. – Olhou para a porta se certificando estarem sozinhos e puxou Xian para mais perto dele lhe dando um suave beijo nos lábios ao se afastar sussurrou no ouvido do outro: – Apresentarei mais habilidades quando estivermos a sós. – Se afastou voltando para o fogão. – A tia foi por “os menores” para o banho, estou cuidando das panelas para não queimar nada.

Xian se arrepiou com o beijo e com o sussurro que o fez estreitar os olhos para Alex, porém com um leve sorriso. Ao ouvir as explicações de Alex, concordou e disse:

— Muito bem, vou tomar um banho e me preparar. – Se virou para sair da cozinha murmurando. – Vou quero conhecer todas as habilidades… – Olhando por cima do ombro sorriu deixando o lugar.

Alex ficou estático e ainda com sorriso nos lábios falou consigo:

— Gozei… – Levou a mão sobre os lábios. – Meu pai amado, hoje você não me escapa… – Voltou a olhar as panelas sentindo o aroma do molho para a corvina que assava no forno.

✽ • ✽

Durante o jantar, Cheng, Qing e Hauisang conversavam apreciando a culinária brasileira, Xian concordava enquanto dava atenção a agitação de MianMian e Ning que não parava de falar de quanto foi divertido o dia deles.

— Irmão Alex levou para brincarmos no play e ensinou a brincadeira do taco. – Ning contava ao pai como era a brincadeira. – Vamos pai, depois vou te ensinar.

— Claro, quero conhecer sim.

Qing sorriu e olhava vez ou outra para Xian analisando a sua postura.

— Irmão Alex virou o jogo de fase para eu não perder para Ning. – MianMian falava vitoriosa.

— Não é justo, dois contra um. – Ning resmungou com ela.

— O irmão Alex virou o jogo para você, para de reclamar Ning. – Deu língua para o outro.

— Chata.

— Ayiooo, os dois nem comecem… – Cheng cortou a implicância dos dois.

— Quem é esse Alex? – Huaisang questionou Xian.

— É o sobrinho da Beth, ele vem vez ou outra visitá-la. – Xian estava bebendo um gole de vinho.

— Quero conhecê-lo Xian, ficar com Ning e conseguir que se comportar é algo que merece meus agradecimentos. – Qing bebeu um gole do vinho e olhou para Cheng piscando em busca de incentivo para provocar Xian.

Xian olhou para todos eles e concordou, se levantou e saiu da mesa de jantar indo à cozinha. Após alguns poucos minutos voltou sendo seguido por Alex.

— Este é Alex. – Apresentou-o em inglês para os demais. – Podem falar com ele em inglês, além é famializado com o idioma do que mandarim.

— Olá Alex, as crianças não param de falar de você. – Huaisang sorrindo foi o primeiro a falar com o rapaz.

— Crianças são assim, se divertem e depois ficam falando sem parar. – Alex olhou para Xian.

— Obrigada Alex por ter cuidado de meu filho. – Qing o cumprimentou agradecendo. – Espero que não tenha sido muito trabalho.

— Dra. Qing pode ficar tranquila, estou acostumado, tenho um monte de primo e geralmente quando a família se reúne sobra para mim domar as ferinhas. – Sorriu por fim.

— Xian, foi o Alex que te levou para conhecer o Rio de Janeiro? – Cheng olhou a dupla em pé e notou o leve rubro na face de Xian.

Xian inspirou baixo e olhou para Alex.

— É, ele conhece bem a cidade. – Respondeu voltando-se para Alex. – Vou deixar você terminar sua janta com a Beth.

Alex entendeu e concordou, falando com todo em seguida.

— Foi divertido ficar com as crianças, vou voltar para fazer companhia a tia, boa janta a todos. – Curvou leve a cabeça se virando sem antes dar uma olhada em Xian.

Xian esboçou um leve sorriso agradecendo a ele, sentando-se depois na cadeira quando notou os três amigos fitando com expressão de que entenderam bem o que estava rolando ali.

— O que?

— Hmmm… – Qing foi a primeira a se manifesta. – Viu isso Cheng, ele ainda pergunta: o que?

Huaisang sorriu no canto dos lábios comentando enquanto provava um pedaço do peixe assado.

— Ele ainda quer disfarçar. – Apontou para Cheng. – Viu a troca de olhares?

— É, sumiu a tarde toda naquele dia… – Cheng estreitou os olhos. – Diz logo, estão juntos?

Xian olhava todos com expressão séria, chegou a rolar os olhos e pegou sua taça de vinho tomando um longo gole após ouvir as suposições um tanto assertivas de seus três amigos.

— Eu fico feliz. – Qing falou em seguida. – Eu não aguento mais ver você triste Xian, desde essa semana vem se mostrando mais animado. – Olhava para o amigo com certo carinho. – Se Alex é responsável, tem meu respeito.

Cheng concordou e disse em seguida:

— É melhor coisa que você faz, seguir em frente com sua vida…

Huaisang aproveitou para cutucar a ferida, afinal sabia que no fundo os sentimentos de Xian eram muito fortes por Wang.

— Então, quer dizer que desistiu de Wang?

Xian abriu ligeiramente os olhos chegando a ofegar baixo, virou o rosto para Huaisang porém foi Qing que falou:

— O que tem haver? Se ele quer estar com uma pessoa que faz bem a ele, não tem que fazer lembrar do passado, certo? – Estreitou os olhos para o outro o repreendendo. – Come o peixe assado Huaisang, está saboroso. – Virou o rosto para Xian e sorriu. – De boca cheia evita de falar besteira.

— Qing, está tudo bem… – Finalmente Xian resolveu responder. – Eu e Alex não temos nada, no momento estamos nos conhecendo, afinal somos de nacionalidades diferentes e ainda estamos em fase de choque cultural… Confesso que sim, ele tem me alegrado esses últimos dias, falar com ele me deixa menos tenso e despreocupado. – Virou o rosto para Huaisang. – Quanto ao passado, ainda está aqui, porém com uma diferença… – Ofegou baixo e finalizou. – Estou cansado de chorar, eu quero voltar a sorrir e atualmente é Alex que me faz bem.

Huaisang sorriu por fim e concordou, falando depois se justificando ao amigo.

— Não quis te questionar por mal, mas só te lembrar que substituir um amor por outro é como faca de dois cumes, pode dar certo como também não pode… – Olhou para a porta da cozinha completando. – Se ele estiver ciente e ainda assim ariscar, ao menos que nenhum dos lados se arrependam do que acontecer na frente. No mais, se “pega” com o brasileiro porque ele é bonito. – Se abanou com leque com sorriso sem vergonha a face.

— Concordo, muito bonito o rapaz… – Qing comentou.

— Ei, estou aqui… – Cheng resmungou olhando sua esposa sorrir divertindo-se.

MianMian e Ning olhavam os pais conversarem e a menina olhou para Xian com brilho nos olhos falando em seguida.

— Eu aprovo você namorar com irmão Alex, baba…

Xian olhou para a filha e sorriu sem jeito.

— MianMian, nós não estamos namorando.

— Baba, pode namorar, eu deixo.

— Eu gosto do irmão Alex, se o tio Wei namorar com ele, vamos poder brincar sempre. – Ning se meteu na conversa.

— Olha só os dois enxeridos palpitando na vida amorosa de adultos… – Huaisang gargalhou. – Gostei da audácia.

Cheng e Qing sorriram e fizeram sinal para Ning não comentar mais nada. O jantar seguiu com assuntos relacionados ao passeio pela cidade do Rio, Cheng, Qing e Huaisang concordaram em marcar um fim de semana para saírem com Xian intimando-o a levar Alex junto.

✽ • ✽

Xian se despediu dos amigos e ao fechar a porta virou-se deparando com Alex que estava encostado no batente da entrada da cozinha

— Acho que virei o assunto de boa parte das conversas de seus amigos, não entendo mandarim, mas entendo meu nome sendo repetido várias vezes. – O sorriso suave do rapaz atraiu Xian.

— Intimaram-nos a levá-los para conhecer a cidade no fim de semana. – Xian se aproximou de Alex e olhou para a cozinha. – Sua tia, vai estranhar você tão tarde aqui…

— Dei uma desculpa, disse que vou dormir na casa de um amigo no Vidigal. – Olhou para Xian. – Eu posso ir, é perto daqui…

Xian pegou a carteira e tirou algumas notas e um pedaço de papel dobrou e deu a Alex, este recebeu sentindo um volume extra entre o papel dobrado junto com o dinheiro. Guardo no bolso da calça jeans.

— Obrigado por cuidar das crianças. – Sorriu breve quando viu Beth se aproximar. – Beth estava tudo muito bom, obrigado pela comida que preparou. – Juntou as mãos em forma de prece e curvou a ela.

— Que isso sr. Wei, não precisa agradecer, afinal é o meu trabalho. – Beth sorriu sem jeito. – Eu fico contente que tenham gostado.

— Eu vou me deitar, boa noite. – Curvou leve a cabeça, deixando tia e sobrinho.

— Boa noite sr. Wei.

Tão logo a dupla se viu sozinhos, Beth esboçou um bocejo dizendo com semblante preocupada.

— Acho melhor você dormir no meu quarto, subir o Vidigal a essa hora é perigoso.

— Eu já falei com o Bil tia, vai me esperar na entrada do morro. – Alex pegou a mochila e deu um beijo na testa dela. – Quando eu chegar lá te mando mensagem, ok?

Alex se despediu e ao sair da cobertura tirou o papel do bolso e sorriu ao abri-lo e ver que era uma chave. Pegou seu smartphone e saiu pela porta de serviço sentando-se no degrau da escada, enviou uma mensagem a Xian.

“Avisa quando posso entrar”

“Sim”

Alguns minutos se passaram, quando veio a permissão. Alex voltou e abriu a porta olhando que estava tudo escuro, passou pela cozinha e foi direto para o corredor e finalmente abriu a porta do quarto de Xian. Ele estava de pé perto da Janela olhando-o de lá com leve sorriso.

Alex fechou a porta e colocou a mochila sobre uma cadeira caminhou até Xian dizendo em tom provocativo.

— Parecemos dois adolescentes fazendo merda escondido dos pais… – Olhava para Xian de cima abaixo. – Eu quero fazer muitas hoje…

Xian sorriu alto com a observação, isso o excitou quando o outro o puxou para passar o braço pela sua cintura.

— Eu acho que sim, mas qual a graça de não ter um pouco de aventura…?

— Sem riscos, sem graça… – Alex segurou-o pela cintura e puxou-o pelo queixo com a outra mão, lhe beijando.

A troca de beijos começou tímida e se tornando intensa com os toques que ambos faziam em seus corpos. Xian ofegou quando os lábios se separaram, abraçado a Alex murmurou:

— Eu ando sem jeito, faz tanto tempo.

— Sr. Wei. – Alex olhava-o com brilho desejoso. – Se isso é sem jeito, quero ver quando for o com jeito hahahaha. – Voltou a beijá-lo intensamente.

Ambos trocavam carícias enquanto se livravam de suas roupas, Xian algumas vezes se mostrava um pouco relutante e tímido aos toques de Alex.

— Está tudo bem sr. Wei, sem pressa. – Alex acariciava deslizando a mão por todo o dorso de Xian, afagando desde o pescoço até as costas. – Quando te vi nu naquele dia, ficou louco…

Xian se arrepiava com cada toque e suspirou sentindo um arrepio subir a nuca, sua voz soou baixa quando o repreendeu:

— Abusado, se aproveitou…

— Hahahaha… Sim, passei o olho em tudo… – Mordeu a ponta dos lábios quando puxou o cos da bermuda de Xian. – Tudo.

Ambos sorriram e voltaram a se beijarem dessa vez com desejo, Xian já estava excitado e Alex não perdeu tempo, o puxou para o banheiro. Terminaram de se despirem, dentro do box sob as águas da ducha se tocaram, beijaram e acariciavam-se.

A “brincadeira” provocativa se encerrou no banheiro e continuou na cama, ambos sussurravam para não serem ouvidos, mas era impossível conter os gemidos. Os corpos se misturavam entre lençóis, carícias ousadas e beijos luxuriosos trocados.

Xian estava zonzo e não queria mais pensar em nada somente se entregar a Alex, no entanto no auge das carícias seu peito ficou apertado e uma angústia tomou todo seu coração.

Alex estava se preparando pegou uma camisinha e gel, quando olhou para Xian que estava deitado com o rosto virado não o encarando. Estranhou o fato dele ter fechado os olhos e ficado tenso.

Colocando de lado o gel e a camisinha, sorriu se deitando ao lado de Xian e enlaçou sua cintura nua, fazendo por sua perna sobre a dele. Xian somente se deixou levar, quando sentiu os beijos carinhosos em seu queixo, lábios e depois bochecha.

— Sr. Wei, relaxa como eu disse antes, tudo ao seu tempo… – Alex olhava-o com leve brilho. – Abra os olhos e veja que sou sincero no que digo.

Xian inspirou e expirou tentando tirar aquela angústia do peito, envergonhado abriu ligeiramente os olhos e seu pomo de adão subiu e desceu tentando empurrar a angústia para longe de si.

— Desculpa…

— Xiiii, nada de pedir desculpa… – Alex voltou a beijá-lo carinhosamente.

Ajeitou o corpo ao lado de Xian e estendeu o braço para que este se deitasse sobre seu peito. A mão livre afagava entre as pernas de Xian, tocando seu pênis.

— Relaxa…

Xian se ajeitou ao lado dele, afastou a perna e gemeu baixo com a carícia que recebia.

— Sr. Wei, faz tempo que não sente algo bom assim, certo?

Xian suspirou e olhou para Alex concordando com leve aceno de cabeça, voltou a suspirar chateado por está agindo daquela forma. Não era nenhum virgem inexperiente, então por que não conseguia relaxar e deixar o outro lhe ter? Estreitou os olhos e murmurou.

— Sou um idiota.

Alex sorriu baixinho e sussurrou ao pé de ouvido de Xian.

— Somos idiotas… – Alex se afastou tirando o braço debaixo de Xian e voltou a beijar seu corpo enquanto tocava seu pênis com movimentos de vai e vem.

— Ann… – Xian gemeu e fechou os olhos para sentir o contato. – Ahhh…

Nesse instante sentiu os lábios de Alex sugar seu pênis, a carícia era intensa e seus gemidos tomaram o quarto, alarmado cobriu os lábios com uma das mãos e a outra segurava a cabeça de Alex.

Alguns minutos depois Xian chegou ao seu auge e não conseguiu mais se segurar. Tentou puxar Alex para parar antes, porém este continuou até que Xian gozasse.

Xian gemia e ofegando mordeu o ponta do travesseiro para não gemer alto quando gozou nos lábios de Alex.

Satisfeito, Alex sorriu lambeu os lábios e se deitou ao lado de Xian que ainda tinha o corpo tremulo depois de gozar. Acariciando seu corpo olhava-o com carinho.

— Relaxou?

Xian sorriu e acenou confirmando com a cabeça ao se virar para abraçar Alex, beijando seus lábios em seguida. Este retribuiu enquanto afagava as costas de Xian. Quando afastou os lábios sorriram um ao outro.

— E você? – Xian desceu a mão entre as pernas de Alex segurando seu pênis se arrepiou com a espessura firme. – Precisa relaxar…

Alex aproximou os lábios do ouvido de Xian e murmurou em um tom rouco excitado.

— Se eu tentar me aliviar, vou querer te foder, então melhor irmos devagar… – Alex gemeu baixinho com o movimento da mão de Xian. – Se continuar assim, não vou me controlar.

Xian se arrepiou e receoso parou o que fazia, olhou-o e resmungou consigo.

— Podemos tentar de novo…

— Sr. Wei quanto tempo faz que você não transa, anos? – Alex não o esperou responder. – Temos outras formas de prazer.

Nesse instante, Alex ergueu o corpo e fez Xian deitar-se, montando sob ele, sorrindo pegou ao lado da cama o gel e a camisinha.

Xian se arrepiou e ofegou começando em sua mente a recitar:

“Eu vou conseguir, só relaxar…”

Nesse instante sentiu a mão de Alex afagar seu pênis para ficar novamente ereto, tão logo conseguiu colocou a camisinha passando um pouco do gel. Xian abriu os olhos surpreso e inclinou o corpo.

Alex sorriu e empurrou novamente para deitar-se, roçando seu corpo ao de Xian se sentou sobre ele e murmurou provocativo.

— Só curta e eu faço o resto.

Xian mal podia crer, mas estava acontecendo, Alex estava se encaixando nele. Gemeu ao sentir o aperto em seu pênis e ofegou quando lentamente o outro se sentava nele. Os movimentos lentos do quadril de Alex facilitavam a penetração e este gemeu ao sentir todo dentro dele.

A expressão de desejo era encantadora para Xian, estendeu a mão e tocou o peito de Alex, este se inclinou para beijar seus lábios, ambos se acariciavam enquanto moviam-se. Alex foi intensificando o movimento, rebolou sob Xian tirando um gemido alto do outro.

Xian ofegava quando agarrou o pênis de Alex, tocando enquanto o outro movia-se cada vez mais rápido sob ele. Não tardou muito para ambos gozarem.

Em meio a penumbra da madrugada, somente as respirações ofegantes de ambos ecoavam pelo quarto, eles sorriram e Xian falou ao outro finalmente recuperando o fôlego.

— Eu nunca fui ativo com outro homem… – Ofegou. – Minha nossa.

Alex sorriu comentando:

— Sempre tem uma primeira vez… – Inclinou-se para olhá-lo, deitando-se de lado. – Não tenho problema algum em trocar.

Xian virou o rosto e olhou-o sorrindo em seguida, deitou-se de lado.

— Você é maluco.

— Hahahahaha… Talvez, ou é você que está me deixando doido.

Xian corou e suspirou se aproximando de Alex que o recebeu em seus braços.

— Xiexie Alex.

— Foi um xingamento ou elogio? – Sorriu.

— Obrigado Alex, foi o que disse em mandarim.

— Ok, mas não precisa agradecer, foi divertido. – Alex beijou a testa de Xian e falou em seguida. – Podemos brincar assim se quiser até quando você quiser trocar.

— Ok… – Xian fechou os olhos, estava cansado e bocejou. – Esse negócio de rebolar não deu para me segurar, queria ficar mais tempo.

— Ahhh que safado, gostou de ser ativo hen… hahahahaha…

— A maneira que você fez, minha nossa não deu para segurar. – Xian riu e resmungou. – Achei interessante. – Se levantou e olhou-o. – Eu vou chegar atrasado pela manhã, preciso de um banho e ir dormir.

— Eu acordo você, não vai se atrasar. – Se levantando seguiu Xian para o banheiro.

Pouco tempo depois, ambos trocaram os lençóis da cama e se deitaram abraçados. Na manhã seguinte Alex despertou com seu celular vibrando sem parar, olhou para o lado e Xian ainda dormia, afastou o braço e pegou o aparelho olhando a quantidade de mensagens e chamadas perdidas de sua tia, resmungou baixo e abriu para ver, no mesmo instante que Xian murmurou virando-se e notando que Alex não estava deitado ao seu lado. Ergueu a cabeça e o viu sentando olhando as mensagens no seu telefone.

— Já amanheceu? – Sentou-se ao lado de Alex e encostou no ombro dele estranhando o olhar preocupado. – Aconteceu algo?

— Minha tia mandou um monte de mensagem, ela acha que estou no Vidigal e está tendo operação da polícia lá, começou ainda pouco… – Olhou para Xian. — Vou dizer a ela que não se preocupe…

— Alex, não… – Xian se levantou e foi ao guarda-roupa pegar uma roupa para vestir. – Diga a verdade. – Começou a se vestir com uma blusa e bermuda.

Alex sorriu e ficou pensativo voltando a falar.

— Tem certeza, posso dizer que estava em outro lugar e…

— Quero você frequentado a minha casa sem precisar mentir. – Apontou para as roupas do rapaz. – Manda a mensagem e se vista, vamos falar com ela.

— Ok, se Sr. Wei mandou, eu obedeço…

Xian estreitou os olhos e resmungou:

— Nós transamos e você ainda me chama formalmente… – Rolou os olhos. – Pode me chamar de Xian.

— Hahahaha. – Alex terminou de vestir sua calça e logo em seguida colocou a blusa. Caminhou até Xian e o envolveu pela cintura beijando seus lábios. – Acho sexy lhe chamar de Sr. Wei.

Xian retribuiu o beijo um tanto sério e negou com a cabeça ao ouvir que era sexy chamá-lo formalmente.

— Vamos falar com sua tia antes que ela passe mal de preocupação.

Alex se afastou e ao abrir o WhatsApp mandou um áudio a tia.

“— Tia, estou bem eu não fui para o Vidigal, na verdade eu nem sai do prédio.”

Poucos segundos depois ele recebeu o áudio dela de volta.

“— Como assim garoto? Aonde você dormiu Alex?”

Nesse instante, Xian e Alex entraram na cozinha e o rapaz foi até a tia sorrindo.

— Bom dia tia, eu dormi aqui na cobertura. – Olhou para Xian e sorriu.

Beth olhou para ambos e abriu os olhos com a suposição assertiva do que estava acontecendo, logo depois levou a mão aos olhos e suspirou.

— Minha nossa senhora, o que esse menino aprontou? – Olhou para Xian e sem jeito foi se desculpando. – Sr. Wei eu nem sei o que falar…

— Beth, não precisa falar nada, acho que tanto eu quanto Alex somos adultos o suficiente para enganar você sobre o que está acontecendo entre nós.

— Sr. Wei é uma situação estranha, Alex é pobre, nós somos pobres e não é que quero ser contra, mas a vida é…

— Tia eu e Sr. Wei sabemos disso, ninguém aqui quer fazer as coisas erradas, por isso que estamos contando a você.

— Beth, a minha família e a família Jiang vieram do interior, não éramos ricos e foi o sonho de nossos pais e claro a tecnologia que criaram para os carros elétricos que nos possibilitou ser o que somos hoje. – Sorriu a ela. – Para te falar a verdade eu tenho muito mais facilidade de ficar perto de pessoas como minha família que vieram de raízes mais humildes do que dos ricos da alta sociedade. Na China nos chamam de novos emergentes, a cúpula rica do país não gosta muito de nós “novos” ricos. – Fez uma cara de desdém para isso. – Dizem que não temos sangue nobre. – Deu de ombros. – Além do mais desde que cheguei no Brasil tanto você quanto Alex tem sido as melhores pessoas em minha vida.

Alex sorriu a Xian e olhou para a tia dizendo:

— Não se preocupa tia, estamos de boa.

— Espero que sim, obrigado sr. Wei por suas palavras, você é um ótimo patrão.

— Prefiro que me chame de amigo Beth, afinal é o que tem sido para mim e minha filha todos esses meses.

Beth sorriu e suspirou demonstrando alívio dizendo:

— E a operação no morro do Vidigal? Está complicado as coisas lá, tiro para todo lado… – Andou pela cozinha. – Vou passar um café.

— Vou mandar mensagem para o Bil, como que está as coisas lá. – Alex abriu a tela de seu aparelho.

— É sempre assim? – Xian demonstrou curiosidade com misto de preocupação.

Ambos, tia e sobrinho falaram de como é dentro das favelas do Rio quando acontece operações e o tráfego da região. Depois do café da manhã, Xian foi para a empresa.

Na hora do almoço junto com Huaisang e Cheng que conversavam sobre as documentações e papeladas para resolverem na parte da tarde recebeu mensagens de Alex, sorriu e começou a responder quando de repente Huaisang soltou no meio da conversa.

— Sr. Han chegou atrasado hoje…

(…)

Continua…

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo