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O Vazio que Habita em Mim – Capitulo 22: Rebelião

Tudo parecia normal naquele dia, fizemos todas as nossas tarefas normalmente, como se nada estivesse prestes a acontecer. As aulas, as atividades extra curriculares e todas as tarefas domesticas designadas a cada um (a arrumação dos quartos e os cuidados com a roupa era individualizado) Todas as gangues estavam a postos à espera do sinal.

Ele veio exatamente ao meio dia.

Hora do almoço, primeiro veio a gangue do santo cristo, ele posicionou seus garotos em lugares estratégicos para não perder nenhum detalhe da ação.

Os meninos do Leo trabalhavam ajudando na cozinha, os olhares trocados sinalizavam todas as entradas e saídas do lugar, poucos guardas estavam nos vigiando.

Depois que todos tinham pego suas refeições Santo Cristo iniciou o motim batendo com seus talheres na mesa de forma ritmada. Leo veio em seguida e depois Lucas.

Seguido deles os outros garotos seguiram a ideia, em poucos segundos todos estavam batendo seus talheres junto com eles.

Aquela era a deixa.

Enquanto eles distraiam guardas e monitores eu sai de fininho até a sala da direção onde ficava o circuito interno de câmeras.

De lá eu comandaria toda a operação.

Não sei como João tinha conseguido quatro radio transmissores, um para cada um dos chefões e um para mim.

Eu sai sorrateiramente do refeitório, percorri todo o prédio até o complexo da direção onde a sala dele ficava. Passar por ali me trouxe um sentimento de raiva e impotência, tudo ao mesmo tempo.

Ele teria de pagar pelo que me fez todo esse tempo.

Entrei na sala ao lado e lá estava ele, observando tudo.

— Eu sabia que você viria aqui! — Ele disse se virando em minha direção.

— Acabou…

— Eu digo quando acaba garoto. — Ele disse com um sorriso sádico no rosto.

Adão se levantou e permaneceu parado por um tempo observando meus movimentos.

— Pode avisar seus amigos. Esse é o plano, não é? — Ele sorria, como se esperasse por aquilo há muito tempo.

— Como você sabe? — Perguntei sem entender o que estava acontecendo.

— Seus amigos não são os únicos que tem informantes aqui. Eu quero este lugar, e aqueles dois idiotas tomaram isso de mim.

— O que você quer com tudo isso?

Ele veio ate mim vagarosamente depois de apertar um botão que fez com que todos os alarmes disparassem de uma vez.  Indo até um dos armários ele retirou uma arma.

— Simplesmente o caus. Agora avise seus amigos antes que eu me arrependa.

Eu senti um arrepio percorrer minha espinha, perto dele eu tinha a mesma sensação que Álvaro me trazia, o medo, o ódio, a impotência de reagir — tudo ao mesmo tempo.

Eu precisava revidar, precisava de coragem para fazer o que eu tinha que fazer.

— Tudo acaba aqui… — revidei. — Para nós dois.-” ”>-‘.’ ”>

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