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Segredos De Um crime – Capítulo 8 (Sorria, estão tirando fotos)

Capítulo 8.       (Sorria, estão tirando fotos)

Participações especiais.

Jéssica: Uma mulher desesperada pr encontrar sua amiga Amanda, que está desaparecida.

Thiago: Médico dedicado, que estava de plantão quando Amanda desapareceu do hospital.

Cena 1/ Niterói/ Manhã.

Apartamento de Anderson.

Sentados a mesa, Anderson e Mário tomam café juntos. No fundo a tv ligada no telejornal.

Mário: Eu sempre achei meio exagerado essa loucura que você fala da sua família. Mas depois da entrevista da sua mãe.  Eu não duvido de mais nada.

Anderson: Eu te disse. Aquela família destrói a sanidade de qualquer um. Graças a Deus eu saí de lá a tempo. Era pra eu estar atolado até o pescoço com eles. 

Mário: Mas você não vai fazer nada em relação a isso tudo? É a candidatura do seu pai. 

Anderson: Claro que não. Eduardo não foi um bom pai, um bom marido e muito menos um bom político. Talvez seja bom isso mesmo. 

Anderson olha pra tv e vê Frank dando entrevista na coletiva. 

Anderson: Aumenta o volume da tv por favor.

Mário pega o controle perto da tv e aumento o volume e eles assistem a entrevista.

Frank: Bom, acho que não é segredo pra ninguém essa candidatura. Todos nós já imaginávamos. E que a disputa será direta entre o candidato Eduardo Norton e eu. Claro que as coisas podem mudar. Política é uma loucura. Mas eu acho que não seria uma disputa honesta. Sinto muito a quem apoia o meu concorrente, mas sejamos sinceros. Ele não conseguiu cuidar da própria família. Como que ele vai cuidar do estado?

Os repórteres riem. 

Frank: Bom, acho que por hoje é isso. Lembre-se, Rio de Janeiro merece um candidato que quer melhoria para o povo e não alguém que não tem nem ao menos estrutura familiar. Obrigado.

Frank se levanta e sai da mesa e encontra com Gabriela que o abraça.

Mário desliga a tv. 

Mário: Quem não deve estar nem um pouco feliz com essa declaração é seu pai.

Anderson: Eu acho que eu vou desligar meu celular antes que ele ligue.

O celular de Anderson em cima da mesa toca com o nome de Eduardo no visor.

Mário: Tarde demais.

https://youtu.be/252xw68s2Co

Cena 2/ Niterói/ Manhã

Apartamento de Anderson.

No apartamento, Anderson caminha do quarto para a sala falando ao celular.

Anderson: Eduardo, eu já disse pra você várias vezes, eu não me importo com a sua candidatura. Você nunca foi um homem que fez bem ao outros.

Voz de Eduardo: Você não entende tudo que está em jogo aqui, Andy.

Anderson: Já disse pra não me chamar de Andy. E quer saber. Foda-se você, minha mãe e essa briga de ego de vocês dois. Não me importo e não me perturbe.

A campainha toca, Anderson desliga o celular e abre a porta e vê um mulher com turbante na cabeça.

Anderson: Eu te conheço?

Jéssica: Eu me chamo Jéssica e você não me conhece, mas eu preciso muito da sua ajuda. Você é o Anderson Norton, não é? O que resolve os problemas.

Anderson: Sou eu sim. Pode entrar. Vamos conversar com calma.

Jéssica entra ao apartamento e se senta no sofá e os dois conversam.

Jéssica: Eu vou resumir porque não estamos com tempo. Minha amiga, Amanda, ela estava internada no hospital e desapareceu. Eu preciso encontrá-la.

Anderson: Me desculpe, mas eu não consigo parar de olhar para o seu véu. Você é do Irã?

Jéssica: Não. Eu sou da religião muçulmana. Para praticar a fé você não precisa estar no país de origem. Apenas ter fé. E isso não é um véu, se chama hijab. Mas o que importa aqui é a minha amiga, não meu hijab…

Anderson: Claro, voce tem toda razão. Você tem alguma sugestão do por que ela desapareceu? O que aconteceu com ela.

Jessica: Não sei. Ela havia me contado que havia engravidado de um homem que não podia e uma semana depois eu tive notícias que ela estava no hospital e quando eu fui visitá-la, ela havia desaparecido. 

Anderson: Estranho. 

Jessica: Você pode me ajudar?

Anderson: Claro. Eu vou encontrá-la. 

Cena 3/ Leblon/ Tarde.

Casa dos Norton. 

No escritório, sentado à mesa, Eduardo analise alguns relatórios e Gabriela entra no escritório e coloca uma pasta na mesa.

Eduardo: O que é isso?

Gabriela: Os papéis do divórcio. Eu vou me separar de você.

Eduardo: Claro que não. 

Gabriela: Eu já olhei com o advogado. Eu sei dos meus direitos. Nós vamos fazer a partilha dos bens que tivemos após o casamento. 

Eduardo: Você está me ouvindo? Eu não vou me separar de você. 

Gabriela: Eu não abro mão da casa em Búzios. Eu preciso de um lugar pra relaxar e você nunca gostou de lá mesmo. Você pode ficar com essa casa e o apartamento do centro.

Eduardo levanta e segura o braço de Gabriela.

Eduardo: Você está me ouvindo? Eu não vou me separar de você. Isso vai atrapalhar e muito a minha carreira política.

Gabriela: Eu estou me lixando pra você e sua carreira. Vão os dois pro inferno junto com sua amante 

O celular de Gabriela toca, ela sai do escritório e atende o celular.

Gabriela: Não vou demorar aqui não. Vamos almoçar juntos sim…

Eduardo se aproxima e pega o celular e joga no sofá

Gabriela: Me assustou. 

Eduardo: É muita cara de pau você ligar pro Frank daqui de casa. 

Gabriela: Não se preocupar darling. Eu só vim pegar as minhas coisas. Na verdade algumas roupas. Não vai caber tudo no carro.

Eduardo: Não vai pegar nada. Quer alguma coisa peça seu amante pra te comprar roupas novas.

Gabriela: Isso ele até podia fazer. Mas não queremos nada que possa ser usado pra atrapalhar nossa campanha.

Eduardo: É muita cara de pau. Você tentar me destruir assim. Eu te dei tudo, sua ingrata.

Gabriela: Tudo mesmo. Os piores anos da minha vida por exemplo. Humilhação. Chacota. Tudo de ruim você me deu. Agora é a hora da vingança. Baby.

Eduardo vai pra cima de Gabriela para agredi-la.

Pedro na escada: Não faça isso pai.

Eduardo: Ela está tentando matar minha carreira. Igual ela fez com a Verônica. 

Gabriela: Eu não matei aquela vagabunda. Era você quem estava dentro da casa dela quando todos nós chegamos lá. Ela deve ter descobrindo algo muito ruim sobre você.

Pedro: Parem vocês dois. Chega. Mãe vai pegar sua coisas. Eu não aguento mais vocês. Daqui a pouco sou eu que vou sair de casa pra não ter quer que conviver com vocês.

Gabriela sobe a escada e vai para o quarto. 

Cena 4/ Lagoa Rodrigo de Freitas/ Tarde.

Orla da lagoa.

Na orla, Mag e Bruno caminham juntos conversando.

Mag: Eu realmente fiquei esperando sua ligação ontem a noite.

Bruno: Acabei dormindo sem perceber. Me desculpe.

Mag: Não tem problema. Estamos aqui passeando de novo.

Bruno: Eu vi que você é amiga do Anderson. Filho do candidato Eduardo.

Mag: Sim. Por quê?

Bruno: Você está acompanhando a confusão que está essa história dele? O candidato atacando ele. Esse caso da Verônica Lins. loucura essa história dessa mulher, desaparecer do nada. Você acha que eles mataram ela?

Mag: Não sei Bruno. Não somos tão amigos assim. E também eu não tô nem aí pra essa tal de Verônica. Passei tempo demais me importando com os outros. Quero me importar comigo. 

Bruno: Desculpe. Você tem razão. Eu nem sei porque fui falar isso agora. Sei lá, vi a reportagem na tv e fiquei meio confuso e achei que por você ser amiga deles podia me esclarecer isso.

Mag: Você pode perguntar diretamente pra ele. Eu não sei de nada.

Bruno: Claro que não. Eu não quero saber de Anderson. Quero saber de você.

Bruno a beija e eles continuam caminhando.

Cena 5/ Hospital/ Noite.

Consultório do médico Túlio.

Sentados a mesa um a frente do outro, Túlio e Anderson conversam.

Anderson: É muita incompetência de um hospital desse tamanho deixar uma paciente desaparecer desse jeito. Como que isso pode ter acontecido?

Túlio: Eu fico muito curioso em saber quem contratou você. No prontuário dela, não tinha nome de nenhum familiar. Ela parecia até sozinha no mundo. 

Anderson: Essa não devia ser a sua preocupação. Uma paciente desapareceu sobre os seus cuidados. Você era o médico responsável naquele plantão.

Túlio: Eu sei, e eu me preocupo. Como você acha que está a minha cabeça? Uma jovem com forte depressão. Ela estava sobre medicamentos forte. Eu posso perder o meu diretor de trabalhar como médico. Eu quero ajudar a encontrá-la. É uma meta minha também. Mas nós já fizemos o que podíamos nesse hospital. Queríamos não envolver a polícia nisso, por causa da reputação do hospital. Mas agora é inevitável.

Anderson: Não vou conseguir nada com você. Gostaria de um prontuário da paciente, se possível. 

Túlio: Sinto muito, mas isso é antiético. Não posso revelar prontuários de pacientes.

Anderson: Okay.

Cena 6/ Leblon/ Noite.

Casa dos Norton.

Na sala, Pedro entra em casa e vê Eduardo lendo o jornal.

Pedro: Acho que não é bom você ficar lendo essas coisas. Pelo menos por enquanto. 

Eduardo: Olha aqui. Estão todos falando sobre as declarações daquele filha da mãe. Tudo isso é culpa da sua mãe. 

Pedro: Cadê sua equipe,pai? Você não tem um relações públicas? Alguém que vai a impressão e fala bem de você?

Eduardo: O partido pediu pra eu não agir enquanto eles não tomarem uma decisão.

Pedro: Decisão sobre o que?

Eduardo: Se eles vão revogar minha candidatura. Você tem noção disso. Tudo que eu sonhei na minha carreira, pode ser jogado no lixo por causa das birras da sua mãe. Acho melhor eles não demorarem com essa decisão. Porque se eu começar a agir por conta própria ninguém vai gostar. 

Pedro: Calma pai. Não vai fazer nada. O Anderson tem razão. Sempre que você faz alguma coisa as coisas pioram.

Eduardo: As coisas vão piorar quando sua mãe soltar sobre a Verônica. Ela é louca. Você sabe disso.

Pedro: Ela não vai fazer nada. Pode deixar isso comigo. Eu vou resolver. 

Cena 7/ Copacabana/ Manhã.

Padaria.

Sentados a mesa, Frank e Gabriela tomam café juntos.

Gabriela: Todo lugar agora vai ter alguém tirando foto nossa?

Frank: Você está dentro de uma briga política para concorrer ao governo do Rio de Janeiro. Você achou mesmo que não ia ter gente em cima de você?

Gabriela: Claro que eu sabia. Mas 90% desses fotógrafos foram contratados por você. Eu não sou burra.

Frank: Sim. Porque você era casado com meu rival até pouco tempo. Ainda é porque esse divórcio não saiu ainda. Então precisamos que as pessoas acreditem que estamos apaixonados um pelo outro. Pra que isso dê certo. Então sorria pra mim e vamos comemorar. Histórias de amor sempre conversem os eleitores.

Gabriela: Vamos comemorar o que?

Frank: A repercussão negativa que o Eduardo está tendo. Daqui a pouco eu passo ele não intenções de votos.

Gabriela: Sabe o que pode desmoralizar mais ainda o Eduardo. O Anderson.

Frank: Como assim?

Gabriela: Sorria, estão tirando fotos com o celular lá fora. E eu te explico logo depois.

Os dois com a xícara de café sorriem um para o outro. 

Cena 8/ Flamengo/ Manhã.

Estacionamento.

Dentro do carro parado no estacionamento de um prédio.

Anderson: Não entendi o porquê de nós nos encontramos escondido no estacionamento desse prédio.

Jessica: A cada dois passos que eu dou na rua me param pra ver a moça que usa lenço na cabeça. Isso às vezes incomodada.

Anderson: Ninguém tem nada com sua vida. Pensa assim. Bom, eu tentei coletar o máximo de informações no hospital, mas ninguém quis ajudar. Eles ainda não haviam informado a polícia. Achei estranho então pedi ao Mário para conseguir as imagens da câmera de segurança e não aparece nada. Ela saiu ou foi levada do hospital de uma maneira mágica.

Jéssica: Só isso que você tem a me informar?

Anderson: Não. O Mário conseguiu o prontuário dela e o motivo dela ter ido parar no hospital não tem nada a ver com a gravidez. Ela tentou suicídio. Aqui diz que ela estava com depressão em um dos estágios mais fortes.

Jessica: Isso é mentira. Ela não tinha depressão. Ela era saudável. Queria o filho. Eu não quero saber o motivo dela ter ido para o hospital. Eu quero que encontre a minha amiga. 

Anderson: Aquele hospital é enorme. Você já pensou que ela pode ter cometido suicídio lá dentro e eles ainda não encontraram o corpo dela.

Jéssica: Não fala besteira. Ela não era depressiva. Ela era saudável. Ela não cometeria suicídio. 

Anderson: Eu devo acreditar em um laudo médico ou em uma amiga que provavelmente não cursou nada na área da saúde?

Jéssica: Você tem que acreditar em quem te paga. Ache a Amanda.

Jéssica sai do carro com raiva. Anderson pega o celular e liga para Mário.

Cena 9/ Rio de janeiro/ Tarde.

Casa de Mag e Júlio.

Na sala, Mag entra em casa e vê Júlio sentado no sofá.

Mag: Boa tarde maninho. 

Júlio: Está muito feliz pro meu gosto. 

Mag: Agora a minha felicidade te incomoda?

Júlio: Depende o motivo. 

Mag: Não tem nada a ver com o Anderson, antes que você comece.

Júlio: Isso já me deixa feliz junto com você. Mas eu quero conhecer esse cara. 

Mag: Estamos apenas nos conhecendo. Não tem nada sério ainda. Quando tiver, nós vamos conversar sim. Por enquanto não tem nada.

Júlio: Mais um motivo pra eu conhecer ele. Se for ruim já descartamos de vez.

Mag: Você sempre estraga meus relacionamentos. Quando eu achar que está na hora você vai conhecê-lo. Até lá, fiquei feliz por mim e já está ótimo.

Mag vai para o quarto.

Cena 10/ Hospital/ Tarde.

Consultório de Túlio.

Sentado à mesa lendo uns prontuários, Túlio olha pra porta e vê Anderson em pé. 

Anderson: Sua secretária não estava lá fora.

Túlio: E por isso você invadiu? O que você quer?

Anderson se senta à mesa e entrega uma pasta pra Túlio. 

Anderson: Eu fiquei um pouco confuso com esse prontuário da Amanda, então levei a um outra médico. Um de confiança. E sabe o que ele me revelou? Os cortes no pulso da Amanda estava estranho. Ele já trabalhou com outras vítimas de tentaram suicídio e os cortes feitos no pulso são feitos de fora para dentro e esses foram feitos de dentro para fora. Não acha estranho?

Túlio: Eu não sou especialista em suicidas. Sou apenas o médico que estava de plantão a  três dias atrás quando a Amanda entrou aqui desmaiada.

Anderson: E quem a trouxe?

Túlio: Eu não sei. 

Anderson: Como que um mulher que estava desacordada por tentar suicídio vem a um hospital e ninguém sabe quem a trouxe, ou como ela sumiu?

Túlio: Eu não sei. Eu disse e repito, eu só era o médico de plantão quando ela entrou aqui. Mas você pode ficar despreocupado. Já informamos a polícia e agora isso é responsabilidade deles e não sua. Você já pode parar de investigar isso em nome de sei lá quem.

Anderson: Está bem.

Anderson se levanta e sai do consultório, pega o celular e liga para Mário. 

Anderson: Mário, preciso que você procure uma rede social… sim, só isso.

Cena 11/ Niterói/ Noite.

Apartamento de Anderson. 

Na sala, Jessica sentada observa Mário e Anderson conversando na cozinha.

Jessica: Eu estou aqui esperando. Você me chamou aqui e espero que tenha notícias sobre a minha amiga.

Anderson e Mário se aproximam. 

Mário: Sobre a Amanda não? Sobre você. 

Jessica: Não entendi. 

Anderson: Eu achei muito estranha quando as suas informações sobre a Amanda não batiam com o prontuário médico. Algo de errado estava acontecendo. Então eu investiguei o hospital e o médico. Achei mais estranho ainda quando eu perguntei quem havia levado a Amanda ao hospital, e eu tinha certeza que era você, mas ninguém nunca te viu no hospital. 

Jessica: Como assim?

Mário a entrega o tablet com o perfil da rede social de Amanda.

Anderson: Para uma amiga tão preocupada, devia ter um vestígio seu nas redes sociais dela, você não acha? Não tem uma foto com você. Nenhum comentário seu. Nenhum interação de vocês. Isso porque não existe Jessica. Você é a Amanda. Você fugiu daquele hospital depois de tentar suicídio e me veio pedir ajuda pra encontrar alguém que não dava pra encontrar. Agora eu quero saber o porquê. Pode me explicar, Amanda?

Jessica: Tudo bem, eu confesso. Eu sou a Amanda. Mas a coisas são mais complicadas do que só isso.

Jessica tira o véu, Anderson se senta do lado de Jessica.

Jessica: Eu e o médico Túlio éramos amantes. Ele é noivo de uma herdeira de uma fortuna imensa. Era pra ser só mais um caso sem importância, mas as coisas saíram do controle. Eu me apaixonei e acabei engravidando dele. Ele se recusou a assumir o filho e tentou de tudo pra que eu abortasse. Mas eu neguei e ele tentou me matar e simulou um suicídio. Ele me deixou inconsciente e cortou meus punhos pra isso. 

Anderson: Como você foi parar no hospital?

Jessica: Uma vizinha, havia ouvido a discussão e foi ao meu apartamento assim que o Túlio saiu de lá. Ela me viu desacordada e chamou a ambulância.

Mário: Mas não faz sentido. Porque você procurou a gente com outro nome. Se era só você revelar essa história.

Anderson: Porque a intenção dela não era encontrar a Amanda. E sim que eu tivesse descobrindo a farsa do suicídio. Ela foi parar no hospital e quando ela acordou e viu o Túlio, ela fugiu. Isso ficou nítido. Mas o que eu não entendi foi porque você não foi a polícia. 

Jéssica: Porque a família dele é da polícia. Ele é influente na cidade. Ele ia fazer essas acusações sumirem e realmente me matar. Isso que ia acontecer.

Anderson: Não se preocupe. Eu vou te ajudar. Nós vamos impedir o Túlio de fazer qualquer coisa contra você.

Jéssica: Como?

Anderson: Opinião pública. Você vai dar uma entrevista com essas acusações. Brasil inteiro vai saber dessa história, ele não vai fazer nada, porque vão estar todos de olho nele.

Cena 12/ Copacabana/ Noite.

Apartamento de Gabriela. 

Na sala, Gabriela abre a porta e Pedro entra ao apartamento. 

Pedro: Então é aqui que você está morando?

Gabriela: Por enquanto. Vou morar na casa do governador daqui um tempo.

Pedro: Essa loucura já foi longe demais. Você tem que parar com isso mãe. Você está fazendo nossa família desmoronar. 

Gabriela: Nossa família já desmoronou a muito tempo. E por culpa do seu pai. Não por mim.

Pedro: Eu sei. Mas já está na hora disso acabar. 

Gabriela: Eu só estou começando, Pedro. Eu vou me vingar muito ainda. Seu pai vai me pagar por toda a humilhação que eu passei. Por tudo.

Pedro: Você já se vingou. Não precisa mais disso.

Gabriela: Me separar dele não é vingança. É minha libertação.

Pedro: Você matou a Veronica. Já foi vingança o suficiente.

Gabriela: Eu não matei ela. Se você não se lembra quando eu entrei na casa, era você quem estava com o pássaro de ferro nas mãos.

Flashback

Casa de Verônica.

Pedro vê o corpo de Verônica no chão ensanguentado, e se aproxima do corpo e vê o colar em cima do enfeite de pássaro. Ele pega o enfeite e tira o colar de cima do enfeite.

Pedro: Eu conheço esse colar – Ele percebe de quem é o colar- Não pode ser. 

Pedro coloca o colar no bolso. Gabriela entra na casa e vê Pedro com o enfeite na mão e o corpo de Verônica ensangüentado no chão. Quando Pedro vê Gabriela ele solta o enfeite no chão.

Gabriela: O que você fez?

Dias atuais.

Pedro tira o colar do bolso e mostra Gabriela.

Pedro: Esse é o colar que estava no pássaro de ferro. O seu colar mãe.

Gabriela e Pedro se encaram.

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