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Segredos Mortais – Capítulo 13

Faltavam exatamente três horas para partimos em direção ao desconhecido, tinha noção do que iríamos enfrentar, mas não sabia se aquilo que nos aguardava era realmente o que estávamos imaginando. Será que seríamos surpreendidos por algo maior do que esperávamos?  Joguei meu colete no chão por cima de minha calça preta, encobrindo a aljava com algumas estacas de titânio banhadas na prata que estava pendurada ao cinto.

Liguei o chuveiro deixando a água escorrer por alguns segundos enquanto encarava meu rosto no espelho. Meus pensamentos estavam como um turbilhão, tudo que havia acontecido começou a passar em minha mente, pensamentos desordenados, o ataque na aldeia… Gabriele ferida… Heitor enfiando sua espada em minha barriga para impedir que meu descontrole ferisse Gabriele; a nova aparência de Daniel, que na verdade era meu tio Joduá e pai de Adele; Malcon nosso aliado; visão de Adele sobre o covil de Zoraky, aquele monstro assassino… E por fim, o que havia acontecido meia hora atrás. Senti um calafrio em meu corpo ao lembrar dos olhos vermelhos e mortais do espectro que se lançou sobre mim, que por um segundo, parecia ganhar vida dentro do redemoinho. Nunca havia visto uma criatura tão sedenta quanto aquela.

Estava difícil de processar os últimos acontecimentos, mas uma parte de mim estava feliz por encontrar um pouco de paz nos braços de um belo anjo.

Agora essa guerra pelo menos fazia mais sentindo. Mas algo me dizia que Daniel não contou a história completa, e que Malcon bloqueou alguma coisa. Posso até acreditar em seu amor por Adele, mas sinto que há mais alguma coisa além disso, e eu vou descobrir o que é.

      O vento forte lá fora fazia com que os galhos das árvores chicoteassem o telhado, tornando o clima ainda mais tenebroso. Um sopro frio entrou pelas gretas do telhado se apossando de meu corpo. Senti meus pelos se eriçarem, e uma voz soou em meus pensamentos, mas não consegui compreender o que ela dizia, era como se o vento estivesse sussurrando. Um ódio sem controle me fez socar o espelho deixando-o em pedaços no chão. O barulho atraiu Kitara, uma híbrida alta, com roupas estilo rep, com seus cabelos vermelhos como sangue que caíam sobre seus ombros, fazendo contraste com seus olhos castanhos como a terra. Ela estava de guarda na minha porta a mando de Daniel. Como se ela fosse capaz de me impedir de alguma coisa. Mas estava tão exausta que ignorei. Mesmo querendo, não podia seguir Gabriele. Como ela disse, minha presença poderia colocar tudo a perder.

     – Lara? – Que barulho é esse? Você está bem? – Perguntou ela derrubando a porta, no impulso.

     – O que você está fazendo? Ficou maluca? – Falei irritada.

     – Só queria saber se está bem. Pensei que…

     – Pensou errado. Estou bem. – Menti. – Apenas esbarrei no espelho e ele caiu no chão. Será que dá para você fechar a porta agora e me deixar tomar um banho? Ou quer lavar minhas costas? – Falei ironizando, mostrando-lhe minhas presas. Ela pegou a porta do chão e saiu de costas, colocando a porta do melhor jeito que pôde. Kitara era uma híbrida rara, era a única de sua linhagem, tinha um coração puro e bom, lutava apenas para se manter viva. Em uma das batalhas Daniel a encontrou quase morta entre seus familiares. Haviam sido vítimas, assim como outras famílias, da brutalidade de Zoraky. Assim como Gabriele, ela também buscava vingança. Deslizei pela parede até sentir o chão duro e frio, encostando minha cabeça sobre os joelhos encolhidos. E em silêncio… chorei. 

Fiquei por mais alguns minutos no chuveiro enquanto pensava no que ia fazer. Não sabia como resolver o que estava acontecendo. Mas sabia por onde começar. “O soro” – Pensei. Precisava saber como estava Heitor. 

     Ao sair do banheiro, encontro Kitara à minha espera encostada na parede com os braços cruzados. Ela me olhou em silêncio, enquanto terminava de fechar meu espartilho carmim que prendia uma blusa branca, que havia ganhado de Gabriele. Uma calça de couro preta completava meu look. Amarrei meus cabelos negros em um rabo de cavalo, enquanto observava seus olhos atentos em mim. 

     – Como você não se queima com isso? – Perguntou ela com olhar curioso, observando a aljava presa em meu cinto com as adagas de titânio banhadas em prata. 

     – Como Daniel diz, somos especiais. – Falei segurando uma das adagas, manuseando-a em círculos. Se a segurar por muito tempo sinto uma ardência, uma espécie de alergia. Quando cheguei aqui, a prata queimava minha pele assim como a dos outros. Mas o treino diário me tornou de certa forma imune, ou melhor dizendo mais resistente. Isso não quer dizer que colocada no lugar certo não possa me matar. Era a primeira vez que conversava com ela, geralmente nos encontrávamos apenas para os treinos e reuniões em volta da fogueira, mesmo assim, ela sempre se mantivera calada, isolada dos outros. 

     – Sei que você perdeu toda sua família quando sua aldeia foi invadida por um dos bandos de Zoraky. Mas por que você vai arriscar entrar nessa guerra sabendo dos riscos que corre? Você é a última guerreira de seu clã…

     – Lara, sabe qual a diferença entre nós e as outras pessoas? – Perguntou caminhando até a janela, se encostando nela. 

     – Não. – Respondi num breve sussurro, parando ao seu lado. Peguei no meu bolso o celular que Daniel havia me dado, esperava por alguma notícia de Gabriele e Din. Mas não havia nada. Já havia se passado quase uma hora e meia. O tempo estava se esgotando. Suspirei apreensiva. Enquanto Kitara continuava…

– Nós estamos vivendo em um pesadelo sem ter escolhido viver nele, e as outras pessoas, buscam viver um pesadelo por não darem valor à vida. O que nos difere, é que eles têm opção e nós não.

– Mas você está tendo uma opção agora. – Falei olhando em seus olhos.

– Opção? Você chama isso de opção? Lara, essa é uma forma de eu honrar minha família, não suportaria conviver com o fato de ficar escondida enquanto vocês são massacrados e muitos de nós híbridos, mortos. Quando Daniel me salvou da morte, passei a vê-lo como minha família, e quando cheguei aqui adotei vocês como meus irmãos. Sei que nunca me aproximei muito. Mas sou assim desde criança. Se tiver que morrer, quero morrer lutando, fazendo o que gosto e o que sei fazer. 

Ela respirou profundamente retirando seu cabelo vermelho caído em seu rosto. Seu semblante parecia seguro e sereno. Eu balancei a cabeça de forma afirmativa entregando a ela a adaga que eu segurava em minha mão.

Ela pegou e a guardou junto com as outras em sua aljava. 

– Obrigada, guardarei para um momento especial. – Disse ela com um sorriso.

Assim que ela saiu, peguei novamente o celular em meu bolso, ansiosa por notícias de Gabriele e Din. O dia já estava amanhecendo, já era para eles terem voltado. O Visor estava vazio. “Sem notícias”, pensei, enquanto batia com o celular contra a testa, andando de um lado para o outro…quando de repente ouvi uma voz invadir meus pensamentos.

– Não se preocupe meu amor, eles já estão voltando. – Escuto um ranger da porta se abrindo, e ao olhar para ela vejo Leiael entrando. Entre os humanos, ele passaria despercebido tranquilamente, mas sua beleza era capaz de despertar a atenção de qualquer mulher.

– Que bom que você veio! – Falei correndo para seus braços. Ele beijou suavemente minha testa. Respirei fundo sentindo seu perfume, enquanto ele me apertava em um abraço.

– Como você sabe que eles já estão voltando? – Perguntei abrindo uma distância entre nós. – Din falou com você? Deu tudo certo? O pai de Gabriele irá lutar conosco? – Disparei a perguntar movida pela ansiedade.

– Hei, calma! Qual pergunta quer que eu responda primeiro? – Disse ele se sentando em uma cadeira de palha que estava próxima à janela.

– A ordem não importa desde que me responda todas elas. – Falei franzindo o cenho, revelando um sorriso em linha reta. Ele abaixou a cabeça balançando, tentando esconder um sorriso. 

– Qual notícia você quer primeiro? A boa ou a ruim? – Disse ele cruzando os braços, encostando-se para trás.  

– Vou ao mais difícil desta vez. Fale a ruim primeiro. – Falei andando de um lado para o outro.

– Acho melhor ouvir a notícia boa, antes. Acredite. Bem… A boa notícia é que Saulon Montês e grande parte dos servos que ele controla aceitaram lutar do nosso lado. Gabriele e Din devem chegar a qualquer momento. Não foi muito difícil convencê-lo. – Disse ele acompanhando meus passos inquietos.

– Dá para você para de andar de um lado para o outro? Vai dar tudo certo. 

– Como você sabe? Por acaso tem o dom de ver o futuro também? –Perguntei impaciente. Ele sorriu.

– Essa é a Lara que eu conheço. 

– O que você quer dizer com isso? Está querendo insinuar o que? Estou irritada, ansiosa…  E essa sua tranquilidade me irrita ainda mais.

– Calma! Não estou querendo insinuar nada, só estou falando o que você é. – Disse ele observando-me.

– E o que eu sou? – Perguntei parando à sua frente.

– O que você é? Hum, deixa eu ver… – Debochou colocando a mão sobre seu queixo. Eu o encarei fuzilando-o, colocando as mãos sobre a cintura.

– Você é a vampira rebelde mais linda que já vi. – Disse ele me derrubando em seu colo. E antes que tentasse falar qualquer coisa, ele me calou com um beijo. Desta vez, não tinha ninguém para atrapalhar.

Por mais que quisesse aproveitar o momento, o clima tenso não permitia. Afastei-me de sua boca, deitando a cabeça sobre seu peito. Tinha uma coisa que eu precisava saber.

– Qual a notícia ruim? – Perguntei receosa. Ele ficou em silêncio por alguns segundos enquanto acariciava meus cabelos.

– Você quer mesmo saber? – Perguntou ele erguendo meu rosto em direção aos seus olhos.

– Sim! Você pode me mostrar o encontro, da mesma forma que Din me mostrou em visão sobre Gabriele na floresta? – Perguntei deixando escapar certa insegurança.

– Posso… Mas não devo. Din te explicou o porquê. Não explicou?

– Sim. Ele disse que como você está muito ligado a mim e não pode interferir. Mas o que isso tem a ver? – Perguntei. 

– Se eu te mostrar alguma coisa por meio de uma visão terei acesso a todas as suas lembranças, e tudo que você sentir eu passarei a sentir. É uma espécie de sintonia Alfa. 

– O que é isso? Sintonia Alfa?

– É um pouco complicado, e não temos muito tempo para isso agora, então vou simplificar. Assim como a palavra Alfa significa de certa forma um ser supremo, em nosso caso, a sintonia Alfa liga os sentimentos. E o sentimento mais forte é o que prevalece. Se você sentir raiva eu sentirei também, se eu sentir amor você também sentirá. É como se ficássemos presos e sob o domínio de nossos sentimentos. De certa forma nos tornaríamos um só. 

– Já nos considero um só. – Falei olhando para ele.

– Eu também, minha linda… Mas não é só isso. Se um de nós morrer, o outro também morrerá. E eu não suporto a ideia de ficar sem você. – Disse ele me abraçando forte.

Arregalei meus olhos, engolindo a saliva que se formou em minha boca.  Achei melhor conter minha ansiedade e esperar eles chegarem, mesmo ele não acreditando, não suportaria colocá-lo em risco muito menos perdê-lo. Nesse caos, ele foi a coisa mais maravilhosa que aconteceu na minha vida. E era ao seu lado que queria passar a eternidade, se possível.

– Mas e a notícia ruim? Quero saber que notícia ruim é essa.

– Infelizmente, o pai de Gabriele fez uma exigência. Ele pediu algo em troca de sua ajuda. 

– E o que ele quer em troca?

– Nada que valha a pena mencionar agora. 

– Tudo bem. – Falei, levantando-me ao ouvir um sussurro lá fora.

– Eles chegaram. – Disse ele saindo porta afora, indo ao encontro de Din. Enquanto Gabriele vinha em minha direção, Din e Leiael se afastaram procurando ficar a sós.

– Que bom que chegou! Estava preocupada. Como foi com seu pai? – Perguntei envolvendo-a em um abraço. E assim que ela se afasta um pouco a observo de cima a baixo.

– Que roupas são essas? – Pergunto, segurando sua mão fazendo-a girar.

– Já que voltei à minha casa, resolvi fazer uma visitinha ao meu guarda-roupa. – Disse ela colocando as mãos sobre sua cintura. Ela estava com um macacão preto, com alguns detalhes vermelhos, no bracelete e na lateral da calça; um corpete vermelho prendia uma blusa branca com mangas largas. Mas o que mais me chamou a atenção foi um cinturão que estava preso em sua cintura com várias adagas ao redor. Ela estava linda, seus cabelos cor de mel se aglomeravam em seu rosto. E um vermelho vinho cobria seus lábios deixando-a com a aparência de uma guerreira medieval.

– Você está… Linda! – Falei observando-a. Ela parecia segura e tranquila, isso confirmava que havia dado tudo certo. Mesmo assim estava curiosa para saber como ela conseguiu convencer seu pai a lutar ao nosso lado.

– Me diga, como foi com seu pai? Onde ele está? Sairemos daqui a alguns minutos. Estávamos apenas esperando vocês.

– Ah, foi tudo bem. No começo ele estava um pouco irredutível, mas com a ajuda de minha mãe ele acabou aceitando.

– Isso é para você! – Disse ela entregando-me um embrulho que segurava em suas mãos.

– O que é isso? – Perguntei apertando o embrulho em minhas mãos, era leve porém macio. Senti minhas bochechas corarem, não me lembrava da última vez que havia ganhado algum presente. Assim que rasguei o pacote, havia dentro dele uma roupa. Um macacão todo preto com uma capa presa nos ombros em forma de morcego. Sorri ao ver esse detalhe.

– É lindo! Bem a minha cara, né? Obrigada. – Falei abraçando-a. Daniel se aproximou de nós com sua armadura e com um semblante sério. Heitor e mais dois híbridos estavam ao seu lado. Aliviada por ver Heitor bem, corri ao seu encontro.

– Como você está? – Seus olhos estavam cinza. O cinza substituiu o azul de antes.

– Estou bem. Tirando o fato de minha cabeça querer explodir, estou me sentindo ótimo. – Disse ele irônico parecendo ser o mesmo Heitor de sempre.

– Sentiu alguma mudança após o soro? – Perguntei curiosa. Ele passou a mão em seu peito nu, me olhando.

– Por enquanto não, ainda continuo o mesmo gostosão. – Disse ele arqueando as sobrancelhas de forma maliciosa.  Realmente era o mesmo Heitor. Se houve alguma mudança em seus genes, descobriríamos em batalha. Só esperava não ter nenhuma surpresa desagradável. Observando nossa conversa Daniel se manifestou.

– Está na hora de partirmos. – Disse ele olhando para nós. Os híbridos foram se aproximando, parando ao nosso lado. Olhando por cima do ombro de Gabriele notei Din e Leiael vindo também.

– Antes de partimos queria agradecer a todos vocês por se arriscarem nessa batalha. Quero que todos saibam que ainda está em tempo de desistir. – Disse ele olhando um a um. Percebendo o silêncio de todos,  ele prosseguiu.

– Não será uma batalha fácil, muitos de nós morrerão, isso é fato. Gostaria que pudéssemos sair ilesos, mas considerando o que vamos enfrentar, as chances se tornam mínimas. Isso quer dizer que vocês precisam colocar em prática tudo que foi ensinado aqui, essa é a maior chance de saírem com vida.  Alguém tem alguma dúvida? – Perguntou Daniel passando a mão sobre sua barba espessa e cerrada. 

– Como matamos as criaturas? – Perguntou Kitara com olhos atentos.

– As únicas formas de matá-los é cravando uma estaca direto em seu coração ou decepando suas cabeças. Enquanto uns suspiravam, outros sussurravam entre si. Era uma tarefa difícil, mas não impossível. 

Gabriele lançou suas mãos para cima fazendo cair sobre nós uma poeira cinza. Os híbridos a reverenciaram agradecendo. 

– Agora podemos ir. – Disse Daniel. 

– Essa Poeira foi consagrada por uma bruxa muito poderosa, ela protegerá vocês. 

– Agradeça a ela por mim. – Disse Daniel olhando para Gabriele que concordou com a cabeça. 

Enquanto seguíamos em direção à saída da aldeia, Kitara se aproxima de Daniel andando ao seu lado.

– Do que exatamente nos protege essa poeira consagrada? – Daniel colocou a mão em seu ombro buscando seus olhos.

      – Se vocês forem contaminados, mordidos… algo assim, a criatura que os atacou, ficará com a visão turva, como um dos elementos da composição da poeira é prata, eles ficarão fracos por alguns minutos, isso lhes dará tempo ou para matá-los ou para aguardar um novo ataque. – Kitara se manteve indiferente às suas palavras. 

Observando Gabriele parada após a entrada da aldeia, apressei os passos, e me aproximando notei que ao seu lado haviam seis <a href="http://www.ford.com.br/pickups/ranger-cabine-dupla" title="Ranger
Cabine Dupla”>Rangers
Cabine Dupla
, estacionadas em fileira, e ao lado, quatro Kawasakis Ninja tunadas. Duas azuis metálicas com desenhos de correntes em volta, e as outras duas eram vermelhas com desenhos de crânios em chamas. Eram fantásticas.

Senti meu rosto se franzir diante da surpresa. Conforme os híbridos se aproximavam, iam tocando nos carros, uns escorregavam por cima deles e outros sentavam-se nas motos. Não eram simples carros, eram verdadeiras máquinas. Eram lindos. 

– O que é isso? – Perguntei a Gabriele, que sorria apontando para os veículos de forma acentuada. Daniel parou ao meu lado batendo palmas. Estava encantado com o que estava diante de nós. 

– Você sempre nos surpreendendo mocinha! Onde conseguiu tantos carros, e essas motos? – Perguntou Daniel se apossando de uma das Kawasakis, a vermelha. 

– Olhe para essas motos. – Disse um dos híbridos sentando na azul, enquanto outro o empurrava brincando. Gabriele sorriu, satisfeita por eles terem gostado. 

– Sabe que meu pai tem muitos contatos, e quando ele quer, sabe ser generoso. – Disse ela entrando no carona de uma das Rangers. Seis homens parados ao lado da porta do motorista aguardavam nosso embarque, não pareciam homens normais, pareciam lutadores de vale tudo. Eles eram enormes e usavam calças e camisetas regatas, tudo preto. Observei um deles me encarar enquanto entrava no carro.

Fomos separados em grupos e partimos em direção ao nosso destino, o inferno.

Enquanto olhava pela janela do carro observando o nascer do sol, sinto a mão de Gabriele tocar a minha. Olhei para ela dando um sorriso. Mas por dentro podia sentir toda a tensão do confronto que estava prestes a começar.  

– Não se preocupe, vai dar tudo certo. Vamos resgatar Adele e pôr um fim a essa guerra. – Ela falou segura, apertando minha mão. Mas eu sabia que ela estava tão preocupada quanto eu. Balancei a cabeça concordando. Mas na verdade, tanto eu quanto ela estávamos mentindo para nós mesmas. Não seria nada fácil enfrentar aquelas criaturas. Podia sentir o cheiro de morte no ar.

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