Terror Story – Season 1
“Quem Matou Elena Cooper?”

Uma Série de: Eduardo Moretti

*****

Episódio 13 – “Justiça
(Final de Temporada)

Eu nunca pensei que fosse morrer jovem, ainda mais de maneira tão violenta e tão de repente. Eu sonhava em me formar e com o baile de formatura no qual eu usaria um vestido lindo e ganhasse ao lado de Brando o título de Rei e Rainha do baile. – Mas esses não eram apenas os meus únicos sonhos… Eu também sonhava ir para a faculdade de Medicina, e me torna uma grande e respeitada cirurgiã. Me casar com o Brandon, ter filhos com ele e ser a melhor mãe do mundo! – Eu sempre fui muito sonhadora, desde pequena. E o meu maior sonho era ser feliz! E eu fui muito feliz em apenas dezessete anos de vida. Fiz tudo o que quis, amei e fui amada pelo Brandon e pelo Tyler, fui também odiada pela Peyton que nunca soube lidar direito com os seus sentimentos, por isso vivia metendo os pés pelas mãos. Hoje vejo o arrependimento dela e todo o seu esforço pra se tornar uma pessoa melhor, e consigo visualizar a amiga que ela deveria ter sido comigo e com os outros desde o começo, mas não o foi. Por fraqueza, orgulho, medo… Peyton Martinez no fundo não é uma má pessoa, ela só precisa aprender com as lições da vida e as duras penas, sofrendo muito, ela aprendeu. Por isso eu a perdoou e torço para que ela e o Brandon sejam felizes juntos. O Tyler e a Erin são outro casal pelo qual eu torci desde o começo, eles são tão opostos e ao mesmo tempo tem tanta coisa em comum, o medo de se arriscar, o amor pela família, a fidelidade aos amigos, além da paixão pela música e a fé que os une. Já o Andrew e a Alicia, meus meio-irmãos, se encontraram na dor. Ele com a minha perda, e ela com a automutilação, se escondendo da vida e de si mesma. Como eu fico feliz de ver que eles se encontraram e que um ajudou o outro a crescer e a vencer os seus limites e barreiras. E por último tem o Jimmy, garoto de coração bom, puro e sensível que merece ser muito feliz depois de tudo pelo que ele passou, mas pelo menos ele experimentou o que é amar e ser amado de verdade, e hoje em dia ele já sabe que é possível, é real, e que o Amor bater de novo na sua porta é só uma questão de tempo.

Eu sinceramente espero que todos sejam felizes, e que eu agora possa descansar em paz, com a justiça sendo feita. Mas não tenho raiva de quem tirou minha vida, eu já perdoei. Depois é como dizem: “Pior do que morrer é o que morre dentro de nós enquanto ainda vivemos”, e enquanto eu estive viva, eu vivi a vida intensamente, sem me arrepender de nada, e fui muito feliz. Afinal, é isso que importa. Obrigado a todos, por tudo. Beijos…

Elena Cooper

*****

Na casa dos Cooper, Paul Myers preparava um belo churrasco em família para comemorar a sua inocência sobre ter abusado de Elena na infância. – Andrew e Alicia o ajudavam, enquanto a prefeita prepara uma bela salada de acompanhamento, quando ouviu a campainha tocando.

– Eu atendo. – gritou a prefeita indo até a porta. – Charlie… Detetive Ross, oficial Malone? Aconteceu alguma coisa? – perguntou confusa.

– Sim senhora prefeita. Nós trazemos novidades do caso Elena Cooper. – disse sério. – Nós podemos entrar?

– Claro. – disse voltando a si. – Mas que cabeça a minha, deixar vocês esperando ai na porta. Entrem e fique a vontade, por favor. – disse simpática.

– Obrigada. – disse Hollie forçando um sorriso.

– E então o que vocês têm de novo sobre o caso? Agora que o assassino da minha filha foi preso depois de tê-la violentado meses antes, eu pensei que o caso tivesse encerrado, não?

– Ainda não senhora prefeita falta montar o quebra cabeças do dia em que a Elena foi morta e é justamente isso que nós viemos fazer aqui. – explicou a oficial Malone.

– Mas eu não entendo…

– Logo todos irão entender, chame o Paul, senhora Adison, por favor.

– Quer fazer o favor de chamar logo o seu marido Adison! – disse Charlie já alterado.

– Eu ouvi dizer meu nome? – disse Paul aparecendo na porta da cozinha, vestindo um avental e com uma faca na mão. – Ah, eu não sabia que tínhamos visitas. Me desculpem o traje pessoal. Como vai detetive, oficial, Charlie… Eu estou fazendo um belo churrasco e tem pra todo mundo, hein?

– O assunto aqui é sério, Paul. Da pra você parar de fazer piadinha pelo menos uma vez na vida? – disse Charlie o repreendendo.

– Nós viemos até aqui concluir o caso da Elena, e dizer que ao contrário do que todos nós pensávamos e que já foi esclarecido hoje mais cedo na delegacia, o professor Michael Moore apesar de ter violentado ela e perseguido os jovens com a intenção de matá-los, pois temia que algum deles soubesse do que ele havia feito, ele é inocente na morte da Elena. O professor Moore não é o assassino. – concluiu o detetive.

Nesse momento, Andrew e Alicia apareceram na sala e ouviram tudo.

– O que? Mas como assim ele não é o assassino da minha filha? – perguntou a prefeita nervosa. – Ele a violentou, e depois saiu por ai fantasiado de morte, perseguindo os alunos. Ele esta negando, só pode. Será que vocês não percebem isso? – disse desesperada e começando a chorar. – Eu não agüento mais esse pesadelo, vai começar tudo de novo.

– Se acalme querida, vai ficar tudo bem. Eu estou aqui com você. – disse Paul abraçando a esposa.

– Mas vocês já descobriram quem é o assassino da minha filha? – perguntou Charlie curioso.

– Nós já vamos chegar lá, senhor Edwards. – disse Hollie.

Todos se olharam apreensivos, até que o detetive continuou:

– Senhor Myers, eu vejo que você gosta de preparar um bom churrasco. Essa faca, por exemplo, que o senhor tem em mãos, trata-se de uma faca de corte profissional.

– Sim é de uma belíssima coleção que eu tenho. Eu trouxe da minha última viagem no Brasil. Pode parecer que não, mas eles têm produtos excelentes lá. – disse sorrindo satisfeito. – Mas o que isso tem a ver com todo o contexto aqui?

– Senhor Myers, será que você podia nos mostrar sua coleção de facas? Nós ficamos curiosos agora.

– Um momento! – disse a prefeita já impaciente. – Mas que palhaçada é essa? Então você vem até a minha casa dizer que o professor Moore não é o assassino da minha filha, mas que tem um quebra cabeças a ser montado aqui e depois fica querendo ver a coleção de facas do Paul? Me desculpem, mas se vocês não têm nada pra fazer aqui, eu peço que se retirem. – disse exaltada.

– Nós temos sim o que fazer aqui, senhora prefeita. E acredite tudo isso faz parte do quebra cabeças. Então eu peço a senhora que colabore e tenha paciência. – disse o detetive Ross taxativo.

– Tudo bem amor, vamos acabar logo com isso. Me acompanhem até a cozinha, por favor. Elas ficam em cima da bancada.

Todos foram até a ampla cozinha deles, e lá Paul pode mostrar sua coleção de facas com muito orgulho.

– Bom como vocês podem ver essa é a minha humilde coleção… Temos a faca de vegetais, a de costeletas, para filés, tem também a de salmão, essa pequena para descascar, a espátula, a faca para pães… Peraê… Esta faltando uma aqui que eu não estou encontrando. – disse sério e procurando pela que faltava dentro das gavetas. – Meu amor, por acaso você não misturou ela com as outras não?

– E como eu poderia? Você morre de ciúmes dessa coleção. Não me deixa nem chegar perto dessas facas.

– Por acaso a faca que esta faltando é essa aqui… A faca do chefe? – perguntou Hollie tirando a tal faca que estava dentro de um saco plástico do bolso do seu casaco.

– É essa mesma. Essa é a minha faca? – perguntou Paul confuso.

– Sim. Nós descobrimos pelas suas iniciais gravadas no cabo, assim como todo o resto da coleção também estão como eu estou vendo aqui. – concluiu Ross. – Essa é a arma do crime que o assassino usou para matar a Elena.

– Seu miserável desgraçado! Eu sabia que era você. – disse Charlie partindo pra cima dele, mas o detetive e a oficial interviram. – Se acalme senhor Edwards. Ou então eu irei pedir que se retire. Nós ainda não concluímos aqui.

– Eu não matei a Elena, eu juro! Eu… Eu a tinha como uma filha, apesar dela nunca ter gostado de mim ou aceitado o meu casamento com a Adison. – se justificou Paul.

– Quem matou a Elena segundo a autópsia usou primeiro um taco de baseiboll chegando covardemente por trás dela, e a golpeando na parte de trás próxima a nuca. A pessoa com certeza estava muito nervosa e pensou que o golpe foi forte o suficiente a ponto de matar a vítima. Em seguida ela arrastou o corpo de Elena Cooper até a margem do rio Village para jogá-lo na água, mas antes que pudesse fazer isso, a vítima acordou e começou a lutar pela vida. Travou-se então uma luta corporal que deixou várias lacerações pelos braços e rosto de Elena. O assassino então num gesto desesperado pegou a faca que também havia levado consigo e conseguindo imobilizar a vítima cortou grosseiramente os pulsos de Elena, talvez para que todos pensassem que ela havia se matado, como concluiu a primeira perícia. E finalmente, ele arrastou o corpo de Elena que já estava fraca pela pancada na cabeça e perdendo muito sangue pelos pulsos cortados até o rio e a deixou lá sangrando até a morte. Só que ele acabou esquecendo ou deixando cair à faca no rio, e ontem a noite ela foi encontrada por um pescador local.

– Andrew você joga baseiboll nas horas vagas, correto? – perguntou Hollie se aproximando dele que estava nervoso. – Você poderia, por favor, pegar o taco com o qual você joga pra gente dar uma olhada?

– Eu não posso oficial Malone. – disse inquieto.

– E porque você não pode? É simples basta ir até o seu quarto.

– Acontece que eu não sei onde esta o meu taco, oficial Malone. Eu acho que perdi ele, talvez. – disse olhando para Alicia que olhava para ele horrorizada.

– E desde quando você deu falta dele, você se lembra?

– Foram uns dias depois que a Elena foi assassinada. Eu já estava a alguns dias trancado dentro de casa, triste e deprimido, sem saber o que fazer. Então eu resolvi ir treinar um pouco, mas quando cheguei no quarto e olhei no armário, o taco não estava lá. – explicou Andrew.

– E você não procurou saber o que tinha acontecido com ele, se alguém o tinha pegado ou visto? – perguntou o detetive.

– Não. Com tudo o que tinha acontecido com a Elena, eu estava sem cabeça pra treinar mesmo, então acabei deixando pra lá e abandonei o baseiboll.

– Certamente ele também deve ter se perdido na floresta ou então no rio Village como a faca que por sorte agora foi encontrada. E assim o quebra cabeças do assassinato brutal de Elena Cooper se completa. E o assassino mora aqui nessa casa. A Elena dormiu suas últimas noites ao lado de um inimigo que com certeza vinha já planejando a sua morte e ela nem desconfiava. – conclui Ross.

– Aqui? – disse a prefeita surpresa.

– Deve haver algum engano nessa história detetive, todos aqui amavam a Elena e jamais seríamos capazes de matá-la. – disse Paul, o padrasto de Elena.

– Cala essa boca e deixa o detetive terminar, seu babaca. – gritou Charlie já emocionado.

– Hollie, por favor, as algemas. – pediu Ross.

O detetive pegou as algemas e depois caminhou sério na direção de Paul, Adison e Andrew que estavam em pé parados perto da escada. Todos estavam visivelmente nervosos e aflitos, enquanto Charlie abraçou Alicia que chorava angustiada. – Ross então parou bem no meio deles e revelou:

– Prefeita Adison Cooper, a senhora está presa pelo assassinato de sua filha, Elena Cooper. A senhora tem o direito de permanecer calada, tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal. – Adison ficou inerte e calada. Suas lágrimas secaram na mesma hora e ela já não ouvia e nem via mais nada na sua frente, parecia estar vivendo outra realidade ou até mesmo fugindo dela.

Todos ficaram surpresos e parecendo não acreditar naquilo que eles acabaram de ouvir, até que Andrew ficou fora de si.

– Mãe! – exclamou Andrew desesperado querendo impedir a mãe de ser algemada, mas Paul seu pai o deteve, trazendo Andrew para perto dele e o abraçando bem forte. – Como você pode fazer isso com a Elena, mãe? – perguntou ainda perplexo.

– Eu vou matar você sua desgraçada! – disse Charlie perdendo a cabeça e indo na direção da ex-mulher, mas Hollie o segurou.

– Pra trás… Tente se acalmar agora mesmo senhor Edwards, ou então eu terei de prender o senhor também. – disse apontando o revólver para ele. – O assunto aqui é grave e nós não precisamos de mais nenhuma tragédia.

Charlie se sentiu um pouco zonzo e fraco, e caiu de joelhos no chão.

– Como você pode fazer isso com a nossa filha, Adison? O que foi que a Elena te fez pra merecer isso? Fala! – gritou ele. – Você nos deve uma explicação.

A prefeita até então inerte olhou para o ex-marido de joelhos no chão e começou a chorar.

– Nada Charlie. Agora eu sei que a Elena não fez nada de errado e nem o Paul, mas eu pensei que eles haviam feito e foi demais pra mim… Eu acabei perdendo a cabeça e matei a nossa filha, meu Deus do céu! – disse olhando para cima. – Me perdoa Charlie, por favor, me perdoa!

– Senhora Cooper então a senhora confessa ter matado a sua própria filha? – perguntou Hollie.

– Sim, eu confesso. Mas eu agi por impulso, eu queria consertar um erro que na verdade nunca foi cometido… Eu já não agüentava mais conviver com essa culpa, quando eu soube dias atrás então da inocência do Paul, eu quase me matei também.

– Você fala de um erro meu e da Elena, o que você quer dizer com isso? Eu não estou entendendo nada, cada vez eu fico mais confuso. – disse Paul passando as mãos pelo cabelo.

– Diz logo o que levou você a matar a nossa filha, sua vadia desgraçada! – gritou Charlie.

– Eu vou contar, eu vou dizer tudo… Há cinco meses atrás eu notei que a Elena estava estranha e diferente comigo, a gene quase não conversava mais e por mais que eu tentasse me aproximar dela, ela sempre se afastava. Um dia quando ela saiu para o colégio, eu encontrei o diário dela em cima da cama, e mesmo sabendo que estava agindo errado, eu decidi pegá-lo e ler pra tentar descobrir alguma coisa que ela pudesse estar escondendo de mim, já que ela não se desgrudava dele. Eu menti detetive quando disse que não sabia do diário dela, eu sempre soube. – disse Adison respirando fundo e depois prosseguiu. – E eu acabei descobrindo tudo o que ela escrevia quando era criança sobre o abuso e fiquei perplexa, no começo até me culpei por não ter percebido nada, afinal que tipo de mãe não percebe dentro da própria casa que a sua filhinha de apenas oito anos esta sendo abusada pelo seu novo marido. Eu chorei, fiquei mal, mas não tive coragem de chegar nela e perguntar sobre tudo aquilo. Então eu passei a ignorar o Paul durante um tempo, até que um dia, eu ouvi uma conversa da Elena e da Peyton no telefone, onde a Elena desesperada pedia a Peyton que não contasse a ninguém sobre o estrupo e que ela estava grávida. Elas não disseram nenhum nome, então eu pensei que o Paul tinha estrupado ela e que o filho que ela carregava era dele. Eu fiquei fora de mim e desde então eu só pensava num jeito daquela história sórdida e suja não viesse à tona, e acabasse com o nome da nossa família. Eu só ficava pensando no que fazer, e na barriga dela crescendo. Aos poucos eu fui voltando ao normal com o Paul porque eu o amo demais e não queria que ele fosse preso. Depois eu comecei a pensar que a Elena poderia ser culpada e ter provocado ele, o seduzido, se lá… Na noite da festa da casa da Peyton eu ouvi as duas brigando e falando no telefone, então eu pensei que pudesse ser sobre o estrupo e a gravidez, já que a Elena dizia que ela não podia ter feito aquilo com ela, a expondo diante de todo mundo. Eu apenas conclui que era sobre o estrupo e tudo mais, e assim que a Elena saiu de casa, eu peguei o taco de baseiboll do Andrew e a faca do Paul e sai atrás dela determinada a acabar com tôo aquele pesadelo. Eu fiquei cega de ciúmes e de raiva, e não podia permitir que aquela criança fruto de um estrupo do meu marido com a minha própria filha nascesse e que tudo fosse descoberto, causando um grande escândalo. E a única maneira de fazer isso, de acabar com tudo, seria calando para sempre à boca de Elena e a existência desse bebê.

– Então você sempre soube de tudo, da gravidez dela… E porque não me contou que sou o pai dela e saberia o que fazer? – perguntou Charlie indignado.

– Eu não me orgulho disso Charlie, mas como já disse… Eu me deixe levar e agi por impulso, ciúmes, raiva, medo do escândalo, do que as pessoas poderiam dizer e também por amar demais o Paul. Mas eu estou muito arrependida do que fiz, se eu pudesse voltar atrás… Meu Deus! No fundo eu me senti traída pela minha própria filha. E agora que eu sei que o Paul nunca encostou nela, que tudo não passou de um grande mal entendido, o meu peso e a minha dor só aumentam e eu estou pronta pra pagar pelo que eu fiz.

Todos ficaram calados e horrorizados diante das fortes afirmações da prefeita Adison Cooper de ter matado a própria filha.

– Oficial Malone, pode algemar a senhora Cooper e conduzi-lá até o veículo, por favor. – disse Ross sério.

– Com todo prazer, detetive. – disse Hollie satisfeita.

– Um momento detetive… Como o senhor soube que eu era a assassina? – perguntou Adison curiosa.

– A Peyton me contou tudo. Ela estava na floresta, tinha ido falar com a Elena como a senhora sabe e antes que fosse embora, ela ouviu a senhora chegando e ficou a espreita para ver quem era e acabou testemunhando tudo. Ela só não disse nada antes porque teve medo e depois também começaram as ameaças. Depois eu fui só juntando o quebra cabeças, com as iniciais da faca e mais o fato da prefeita estar acordada tarde da noite e ter ouvido a notícia do rádio sobre a morte da filha na noite em que a Elena foi assassinada. A rádio local noticiou sim, o crime. Mas só horas depois quando já estava quase amanhecendo, eu chequei tudo. Agora chega de conversa e vamos pra delegacia. Eu tenho que pegar o seu depoimento de como tudo aconteceu ainda hoje.

Hollie então foi conduzindo a prefeita até o carro, mas antes ela parou perto do filho que estava em estado de choque.

– Eu te amo, Andrew. Me perdoa filho, por favor. – disse chorando. – Eu amo vocês.

A prefeita foi levada algemada até o carro da polícia, enquanto Charlie, Alicia, Andrew e Paul acompanhavam tudo da varanda. – E a poucos metros dali, Tyler, Peyton e Brandon também assistiam a tudo perplexos.

– Então foi mesmo senhora Cooper? Quem diria… – comentou Brandon surpreso.

– A própria mãe matar a filha. Esse é definitivamente um escândalo que vai marcar para sempre a história de Village Falls. – disse Tyler pasmo.

– Pois eu já não me surpreendo com mais nada. O ser humano é capaz de tudo. Como um animal irracional quando se sente ameaçado. – concluiu Peyton. – Pelo menos agora a justiça foi feita e a prefeita vai pagar pelo que fez.

O carro da polícia seguiu para a delegacia de Village Falls, enquanto Charlie foi embora cabisbaixo, deixando a filha Alicia na varanda dos Cooper consolando Andrew seu namorado. – Paul entrou para dentro de casa e se trancou no quarto. Brandon, Tyler e Alicia depois de tudo acabado também foram embora.

*****

Brandon e Tyler foram a pé, caminhando juntos até suas casas. Os dois fizeram quase todo o percurso calados, até que Tyler resolveu esclarecer um assunto.

– É… Eu não sei por onde começar, mas eu queria muito falar com você Brandon. – disse Tyler parando de andar. – E eu sei que já virou clichê isso, mas é sobre a Elena.

– Bom vamos lá cara, porque você não começa do começo?

– Ta legal. Bom acho que depois de tudo o que nós passamos e com todos os segredos e mistérios que foram revelados ultimamente aqui em Village Falls, principalmente os relacionados a Elena, eu também me sinto no dever de ser honesto com você, apesar de não ser mais nenhum segredo o que eu vou te contar, mas trata-se de fazer o que é certo e deixar que finalmente a alma da Elena descanse em paz.

– Escuta Tyler se é sobre o filho que a Elena estava esperando, eu já sei de tudo. A Peyton me contou e na boa cara, esta tudo bem. Tudo o que mais quero agora é paz e com todo mundo. Nós já passamos por muitas coisa como você mesmo disse, e agora que tiramos vários pesos das costas, eu só quero é me formar, ficar de boa com todo mundo e ser feliz. – disse Brandon sincero.

– Sim e é o que eu também quero, mas antes eu precisa te falar isso, porque eu menti pra você. Eu e a Elena dormimos sim juntos uma única vez, mas pra ela não significou nada, além de fazer pirraça por vocês terem brigado logo após o fim do jogo do time de futebol do colégio nas nacionais, onde vocês perderam. Ela estava com raiva e também disse que foi te apoiar e você nem quis saber, que estava de gracinha com a Melanie e que achou que vocês dormiriam juntos, enfim… Mas depois ela acabou se arrependendo e muito, e me fez jurar que nunca falaria nada pra você. Que ela te amava mais que tudo na vida, que você era o homem com quem ela sempre sonhou em se casar.

– Eu também amava muito ela, a Elena era uma garota muito especial. E já que estamos sendo sinceros um com o outro, eu espero que ela também ouça isso… Eu não dormi com a Melanie. E eu te perdoou Elena Cooper. – disse emocionado olhando para o céu.

– Ela esta te ouvindo, pode ter certeza. Eu também te peço perdão por alguma coisa que eu tenha feito Elena. Descanse em paz você e o nosso filho. – disse chorando.

Brandon estendeu a mão para Tyler que aceitou o cumprimento e depois eles se abraçaram emocionados.

– Amigos? – perguntou Tyler.

– Amigos. – disse Brandon sorrindo e depois eles voltaram a caminhar. – Mas vem cá cara, que história é essa de você virar pastor? – perguntou rindo.

– Já estão dizendo isso na pacata cidade de Village Falls é?

– Pois é… Sabe como é cidade pequena cara, as pessoas não perdoam.

– Bom, essa de pastor quem sabe um dia, mas por enquanto eu só vou ser mesmo é batizado na igreja do pastor Griffin. E eu quero todos vocês lá nesse dia.

– Conta comigo cara.

*****

Na delegacia de Village Falls, depois de chorar muito e ficar calada e pensativa, a prefeita Cooper finalmente daria o seu depoimento sobre filicídio e a noite do crime, em que matou sua própria filha.

– E então senhora prefeita, nós estamos prontos. Pode começar. – disse o detetive Ross sério, enquanto Hollie se sentava e uma moça sentada de gente para um computador digitava tudo o que era falado.

Adison continuou olhando pro nada, depois respirou fundo e começou a falar:

– Naquela noite eu não conseguia dormir com o barulho da tempestade. Chovia forte e relampeja, e desde pequena eu morro de medo de raios. O Paul estava assistindo um jogo na TV, o Andrew e a Elena ainda não haviam chegado em casa, e eu ficava me revirando na cama de um lado pro outro, até que de repente eu não ouvi mais o barulho da TV, só o silêncio seguido do barulho da porta batendo. Alguém tinha chegado então eu me levantei na mesma hora e fui até o topo da escada pra ver quem era e só vi a Elena passando pela sala lá embaixo, indo até a cozinha.

*Flashback

Elena chegou em casa toda encharcada e chorando muito. Antes de ir para o seu quarto, ela foi até a cozinha, pegou um copo no armário e abriu a geladeira servindo-se da jarra de água. – Só agora ela se dera conta de como estava morrendo de sede, sua boca e garganta estavam secas de tanto ela chorar. Quando fechou a porta geladeira, Elena levou o maior susto deixando o copo cair no chão, que se espatifou em pedacinhos, quando ela se deparou com o seu padrasto parado bem atrás dela.

– Me desculpa querida. Eu não queria te assustar. Você se machucou? – perguntou Paul tocando no braço dela.

– Tira essas suas mãos imundas de cima de mim. – disse olhando-o com ódio. – Eu estou bem, me deixa em paz! – gritou e depois saiu correndo subindo as escadas.

Andrew que estava chegando da rua naquele momento viu a cena e preocupado foi até a cozinha.

– O que foi que aconteceu aqui pai? – perguntou Andrew estranhando a discussão.

– Nada. A sua irmã que chegou um pouco descontrolada hoje, só isso. Eu vou voltar a dormir. Boa noite Andrew. E cuidado que ela nem recolheu os cacos do copo que ela deixou cair no chão. E é melhor você não ir perturbar ela mais hoje. A Elena esta naqueles dias, sabe como é né filho? – disse frio, enquanto saia da cozinha.

– Boa noite pai. – disse Andrew olhando para o os cacos de vidro no chão da cozinha e depois ficou pensativo.

*Fim do Flashback

– Depois que eu ouvi toda conversa e o Paul subiu, eu corri para o quarto e me enfiei debaixo dos lençóis e fingi estar dormindo. Mas aquela conversa na cozinha, a cena do Paul tocando no braço da Elena não saia do meu pensamento e toda história do estrupo e da gravidez ficou martelando a minha cabeça. – Passados trinta minutos, o Paul dormia e eu me levantei pra tomar um calmante sei lá, algo que me fizesse apagar… Foi então que passando pela porta do quarto da Elena eu a ouvi conversando no telefone e parei pra escutar:

– Alô… Oi. O que você quer? Mas tem que ser agora? Eu acabei de chegar em casa e ainda esta chovendo muito… Não. Eu não estou nada bem. Se você esta dizendo que tudo vai ficar bem, eu acredito. No mesmo lugar de sempre? Okay. Me dá quinze minutos, eu já vou sair de casa. Tchau.

– Então eu desci até a cozinha e tomei um copo de água e em seguida coloquei um casaco preto com capuz e por cima uma capa de chuva. Eu estava determinada a seguir a minha filha e ver aonde ela ia e com quem iria se encontrar naquela hora da noite. Depois eu olhei para a coleção de facas do Paul em cima da bancada e num impulso peguei a que estava ao meu alcance. – disse dando uma pausa e bebendo um pouco de água.

– E em seguida, o que a senhora fez? – perguntou o detetive nervoso.

– Eu vi a Elena descendo as escadas apressada e me escondi para que ela não me visse. Depois peguei o taco de baseiboll do Andrew que estava no canto da cozinha como de costume, ele nunca guardava as coisas nos seus devidos lugares. Eu tinha que ficar juntando toda bagunça dele. Então novamente seguida por um impulso, pensando no que eu pudesse encontrar lá, eu sai de casa levando o taco comigo e segui a Elena. Já na floresta próximo ao lago Village, eu ouvi a Elena e a Peyton conversarem, elas brigavam e não entravam num acordo:

*Flashback

– Porque você fez isso comigo Peyton? Inventar coisas que eu não fiz pra eles, todos estão me odiando agora. Você é um falsa, invejosa e nunca foi minha amiga. – gritou Elena.

– Eu amava o Brandon, aliás eu o amo muito. E você tirou ele de mim, eu queria que você sofresse e quer saber? Ainda é pouco tudo o que você esta passando, vai ficar melhor no colégio quando todos te ignorarem, você vai ver.

– Tudo isso é por causa do Brandon? Você não sabe perder mesmo não é? Como você pode ter perdido ele pra mim, se você nunca o teve? O Brandon sempre gostou de mim, foi eu quem ele pediu em namoro e não você. E eu também o amo. Se você fosse uma amiga verdadeira, me entenderia e aceitava isso.

– Eu jamais vou entender ou aceitar isso. E quanto ao seu problema, hein? Já contou pro Brandon que esta grávida de outro? Será que ele se casa com você se souber disso? Acha mesmo que ele vai se casar com você em pleno ensino médio e cair na sua armadilha dizendo que esta grávida dele só para encobertar aquele monstro? – perguntou em tom desafiador. – Não sei como você tem coragem de seguir adiante com essa gravidez, eu já teria dado um fim nisso há muito tempo.

– Mas acontece que eu não sou você. E também não sou assassina. Eu jamais mataria o meu próprio filho.

– Mesmo ele sendo fruto de um estrupo? Já imaginou o escândalo que vai ser quando todos ficarem sabendo?

– Mesmo ele sendo fruto de um estrupo, sim. Ele não tem culpa de nada e eu vou criá-lo da melhor forma possível, dando a ele um pai digno que ele merece. E que se danam as pessoas e o escândalo, ninguém nunca vai precisar saber disso.

– Você vai viver uma mentira, isso sim. Eu tenho pena de você, aliás, eu tenho pena mesmo é do Brandon que vai entrar de gaiato nessa história toda.

– Chega Peyton! Vai embora daqui e me deixa em paz. O que você fez comigo hoje, vai ter volta. Pode esperar. E quanto ao meu filho, já esta decidido… Eu vou ter esse bebê sim! – disse decidida.

– Azar o seu… Boa sorte com isso e não fala mais comigo. Adeus Elena.

Peyton deu as costas para a amiga e foi embora, passando por Adison que estava escondida atrás de uma árvore e depois resolveu sair e ir até Elena que estava de costas.

– Não pode ser, você não pode ter esse filho… Eu não vou permitir que você estrague o meu casamento e a minha reputação como prefeita de Village Falls. – dizia chorando e fora de si.

– Eu fiquei tão desnorteada de saber que mesmo o filho que ela esperava sendo fruto de um estrupo, pior ainda podendo ser o Paul esse homem, o meu marido… Que eu não pensei duas vezes. Eu cheguei por tas da minha filha e antes que a Elena pudesse se vira eu bati na cabeça dela o mais forte que eu pude com o taco de baseiboll, a fazendo cair no chão na mesma hora e ficando lá estrebuchando durante alguns minutos.

– E a senhora depois de ter tido a coragem pra fazer isso com a sua filha, mesmo assim não se arrependeu depois? Ainda ficou lá olhando ela no chão? – perguntou Hollie chocada.

– Eu me virei assim que ela começou a se estrebuchar. Eu não tive coragem de olhar… E me arrepender? Bom, eu já tinha feito e na minha cabeça estava protegendo a minha família e a mim de um escândalo.

– A senhora é um monstro! – gritou Hollie perdendo a cabeça. – Ainda que a sua filha tivesse grávida do seu marido que a teria estrupado, mesmo assim você o defenderia e ficaria do lado dele? Que espécie de mãe é você?

– Não me julgue. Não sem me conhecer direito e tudo o que eu fiz por amar loucamente um homem, você sabe o que é isso? Depois que eu soube toda a verdade, que o Paul não tinha nada a ver com isso, eu me arrependi e muito, mas eu não tenho como voltar atrás agora, tenho? O meu castigo é a culpa que eu vou carregar pro resto da vida, além de ser presa, quem sabe até condenada a morte.

– É o que eu espero mesmo do fundo do meu coração que você apodreça na cadeia ou que seja condenada a morte e queime no fogo do inferno! – disse chegando perto da prefeita.

– Hollie, por favor, se acalme. – disse Ross mais firme.

– Me desculpa, mas pra mim já chega. Eu não agüento ficar mais um minuto aqui dentro ao lado dessa mulher. Eu estou enjoada. – disse saindo e batendo a porta.

– Senhora Cooper, termine logo, por favor! Vamos acabar com isso.

– Depois de um tempo eu comecei a arrastar o corpo dela até o rio, e foi quando ela acordou. Eu levei o maior susto, achei que ela estava morta, mas não… A Elena ainda estava viva. Então eu aproveitei que ela estava meio atônita e peguei a faca no bolso do casaco e comecei a segurá-la e a cortar os pulsos dela. No começo ela relutou, gritou, pediu por socorro, até que ela finalmente me viu e começou a chorar como um bebê, eu nunca vou esquecer dos olhos dela implorando pra que parasse e me perguntando por que eu estava fazendo aquilo com ela. Pedindo por favor, que eu não a matasse. – disse tendo uma crise de choro. – Por favor, detetive Ross eu não quero falar mais nada. Depois disso o senhor deve imaginar como tudo terminou… Só me leva pra cela e me deixa lá jogada num canto.

– Ela tentou lutar mais um pouco, mas estava fraca e zonza devida a pancada na cabeça. E você então pegou a faca e desespero, ódio e muita raiva cortou os pulsos de Elena com ela reagindo e esperneando. E o resultado disso tudo foi os pulsos dela com cortes violentos e profundos, feitos grosseiramente pela faca do chefe. Sim, senhora Cooper… Eu infelizmente posso imaginar como tudo terminou. – disse com pesar. – Policial leve ela até a cela. A senhora tem o direito de ligar pro seu advogado. Se quiser, eu posso…

– Não. – disse categórica. – Eu não quero advogado nenhum. Para o que eu fiz não existe defesa, eu quero é ir a júri e ser julgada pelo crime hediondo que cometi. Já que eu não posso voltar atrás, então que eu pague pelo que fiz com a minha filha.

O policial levou Adison até a cela, deixando Ross pasmo. Ele bebeu um copo de água e depois foi pra casa. Ele precisava de tempo e de ar puro.

*****

Dois dias depois…

No cemitério de Village Falls no túmulo de Elena, os jovens estavam reunidos e cada um com uma rosa, eles oravam pela alma de Elena. – Depois de terminarem, foi a vez de Andrew entregar a cada um deles, as cópias das páginas do diário de Elena, onde ela falava de cada um ali presente e o que achava deles.

– Bom pessoal, eu chamei todos vocês aqui já que agora todo pesadelo acabou e Village Falls voltou a ser um cidade tranqüila e pacata, para prestarmos uma homenagem a minha irmã Elena, para que a alma dela possa ter paz. – disse Andrew emocionado. – Eu não quero mais falar do que aconteceu, de hoje em diante eu só vou falar do futuro. Dito isso, eu trouxe aqui comigo cópias de algumas páginas do diário da Elena que eu gostaria de compartilhar com todos. Nessas páginas, ela fala sobre cada um de vocês e eu gostaria que todos lessem em voz alta o que ela diz. – conclui Andrew e depois começou a entregar as folhas.

– Ela também vai fazer parte dessa homenagem? – perguntou Jimmy olhando para Peyton. – Afinal, foi ela quem nos fez pensar que a Elena era um monstro.

– Ela vai sim Jimmy. Eu tenho certeza de que hoje ela esta arrependida de muitas coisas, e depois é importante sabermos o que a Elena tinha a dizer sobre ela também. – explicou Andrew.

– Vivemos outra época agora Jimmy. Época de perdão e reconciliação, não faz bem pra ninguém ficar guardando mágoas e rancores no coração. Todos independente de qualquer coisa merecem o nosso perdão, só a Deus cabe julgar. – disse Tyler sereno.

Erin olhou para ele toa orgulhosa e os dois deram as mãos.

– Bom, eu gostaria de começar. – disse Andrew olhando para o seu papel.

Andrew… O irmão mais doce, amigo, carinhoso, justo e protetor que toda irmã gostaria de ter. Ás vezes nós brigamos, mas que irmãos não brigam? De todo o colégio ele é o meu melhor amigo, com quem posso contar em todas as horas e que sempre me apóia mesmo eu não tendo razão. Se existir outras vidas depois da morte, em todas elas quero que ele também volte como irmão ou irmã, sei lá… Mas que esteja sempre comigo onde quer que eu vá, o tempo leve ou a vida acabe. Obrigado por existir Andrew… Eu amo você.”

Andrew não consegui conter ás lágrimas e todos se emocionaram junto com ele. – Então ele foi até a lápide da irmã e deixou uma rosa vermelha em cima dele depois de beijá-la.

– Eu também te amo muito Elena, e também quero você pra sempre com irmã, até mesmo em outras vidas. Obrigado por tudo. Pelos conselhos que não segui, pelo amor que ás vezes não mereci e pelos cuidados que nunca te agradeci. Você é a melhor irmã do mundo. – disse voltando ao seu lugar e depois foi a vez de Brandon.

Brandon Clark… Que garoto! Eu nunca confessei porque ele é metido, mas eu o amei desde a primeira vez que o vi com o seu porte de atleta, robusto, lindo, charmoso e metido como todo capitão de time. (Risos) Nosso romance não poderia ser mais clichê, a garota popular do colégio e líder de torcida que namora um garoto também popular e Quarterback do time de futebol. Nós sempre fomos julgados desde o começo, como se tivéssemos a obrigação de ser um modelo para todos e quer saber? Nós nunca fomos e nunca fizemos questão de ser. Somos apenas humanos, que acertam e erram, que não são nada perfeitos, mas que acima de tudo se amam de verdade, se compreendem num olhar e querem ser feliz acima de tudo, não medindo esforços pra isso. Do nosso jeito, a gente se completava e só por isso, apesar de tudo, nós demos certo. Na intensidade de ser, sentir e querer que nos unia de uma forma, como eu jamais imaginei estar unida a outro garoto. Eu tenho certeza que ele é o homem da minha vida, aquele com quem eu vou me casar e ter filhos, o homem que sempre sonhei… Eu só espero que eu também seja essa mulher pra ele e na vida dele. Pois eu escolhi ele dentre todos os caras do mundo e para sempre. Te amo Brandon Clark e pra sempre vou te amar.”

– Eu também te amo muito meu amor e acredite, eu também te amei desde a primeira vez que te vi entrando pelo corredor do colégio. Você foi a garota mais incrível que eu já conheci. Descanse em paz. – disse emocionado enquanto colocava a rosa em cima da lápide.

Erin então deu um passo a frente e começou a ler:

Erin Griffin… Gravem esse nome. Um dia essa garota ainda vai fazer muito sucesso. Que voz! Eu fico encantada toda vez que vou ao culto nos domingos e a ouço cantar. E ela canta divinamente, tem tudo pra ser uma excelente cantora, Beyónce que se cuide. Eu só sinto não ter uma amizade mais próxima dela. No colégio ela sempre esta com duas ou três pessoas no máximo, e ela é calada, discreta, nunca da pra saber o que ela pensa ou sente de verdade. Mas eu adoraria ser amiga dela, principalmente da Erin cantora, ela não percebe o quanto é grandiosa cantando e pra mim, a verdadeira Erin aparece justamente quando ela canta, essas foram as únicas vezes em que eu vi seus olhos brilhando e um sorriso de orelha a orelha estampado no seu rosto. Espero de verdade que um dia todos os seus sonhos se tornem realidade. Pois ela é merecedora.”

– Que bom saber como você me enxergava e o quanto torcia por mim e queria ser minha amiga, Elena. Eu sinto muito que isso não seja mais possível. – disse chorando e colocando sua rosa na lápide. – Tenho certeza de que nós seríamos grandes amigas.

Jimmy que estava muito emocionado, acabou dando um passo e depois de respirar fundo e enxugar suas lágrimas, ele começou a ler a sua página:

Jimmy Parker… Tantas vezes eu tive vontade abraçá-lo bem apertado. Ele sempre foi o amigo gay que eu quis ter, mas nunca tive. Ele é aquele tipo de amigo homem que entende as mulheres melhor do que ninguém e sabe dar bons conselhos, e é divertido e engraçado. Eu me lembro de tê-lo visto com a minha irmã Alicia várias vezes e eles riam muito juntos. Ela é muito sortuda por ter um amigo como o Jimmy. E mais sortudo ainda será o garoto que o olhar de verdade e o amar pelo que é… Carinhoso, generoso, amigo, fiel, inteligente, doce e um gato! Tai… Jimmy Parker é um gato e eu o pegaria. (Risos)”

Jimmy começou a rir sem parar em meio as lágrimas e depois se aproximou com a rosa da lápide de Elena:

– Uaauuu… Você me deixou sem palavras Elena. Eu devo estar até vermelho agora. – disse sorrindo. – Obrigado por tudo e desculpa por tudo também. Espero um dia poder te reencontrar de alguma forma. – depois ele foi até Alicia que também estava emocionada e a abraçou bem forte. – Obrigado por todos os momentos amiga, eu quero você pra sempre na minha vida.

– Eu também seu bobo. – disse sorrindo. – Bom, acho que agora é a minha vez. – falou dando um passo a frente.

Alicia Edwards… Provavelmente ela nunca irá saber disso, mas, eu sinto muita falta dela, mesmo sem conviver com ela. A irmã que eu nunca tive, embora sejamos na realidade meia-irmãs de verdade. Ela nunca gostou de mim, diz que o nosso pai da mais atenção pra mim do que pra ela, mas não é verdade. Talvez falte um diálogo, entendimento, mas eu vou conversar com ele e fazê-lo enxergar que esta errado. A Alicia merece ter o pai mais presente e eu não vou sossegar enquanto o nosso pai não for o pai que ela precisa ter e merece. Eu só espero que ele mude um dia e que ela também mude a sua opinião em relação a mim, porque eu adoraria ter uma irmã para irmos juntos ao shopping, fofocar, dormir juntas no final de semana depois de ver um bom filme e tomar litros de sorvete. Essa é a irmã que eu sempre quis ter, que eu tenho, mas que não gosta de mim. Um dia espero mudar essa realidade, porque eu te amo Alicia, minha querida irmã. E quero poder te ajudar no que você precisar, pois eu sinto que precisa de ajuda, mas não deixa que ninguém se aproxime. Eu quero tanto te ver feliz.”

– Obrigado por tudo Elena, minha querida irmã e me desculpa por tudo também, por nunca ter deixado você se aproximar de mim, hoje eu sei a grande irmã que você era e lamento que não esteja mais aqui entre nós. – disso chorando de soluçar. – Mas saiba que no meu coração e na minha mente, você vai sempre estar presente. Te amo. – disse colocando sua rosa na lápide.

Andrew abraçou a namorada e consolou ela. Depois foi a vez de Tyler ler a sua página:

Tyler Malone… O bad boy mais adorável do mundo! Todo mundo vê ele como um drogado, um garoto problemático e que vive se metendo em confusão. Como eles estão enganados… O que todo mundo não vê, é que isso é só uma casca de quem já sofreu e hoje em dia se faz de durão pra parecer forte. O Tyler que eu conheço é sensível, chora, se preocupa, é amigo, carinhoso, fiel e de um coração maior que o mundo. Ele se preocupa comigo, esta sempre pronto a me ajudar, me faz rir e é muito carinhoso. Sei que ele me ama, ele já até me confessou isso várias vezes, e de verdade? Eu sinto muito não poder corresponder a esse amor, porque se não fosse o Brandon que eu amo, o Tyler seria o melhor cara do mundo,como de fato ele é, só não é pra mim. Mas em compensação, ele é o melhor amigo disfarçado de bad boy que eu poderia ter. E eu só espero que de verdade, ele encontre uma garota um dia que o desmonte todo e faça o seu melhor vir a tona, porque o mundo merece conhecê-lo como ele realmente é. A Erin seria uma ótima garota pra ele, ela sim seria capaz de trazer o melhor do Tyler de dentro pra fora. Acho que os dois tem mais em comum e se completam mais do que imaginam. Eu desejaria e muito que eles fosse felizes juntos um dia, que sabe. Tyler Malone, eu amo você amigo e quero te levar pra vida.”

Tyler olhou para Erin emocionado e juntos eles sorriram e se abraçaram com carinho.

– Obrigado pelas palavras Elena, só você conseguia me entender e decifrar. Agora acho que hoje em dia, todos já me conhecem sem máscaras, como eu realmente sou e eu devo isso muito a você e a Erin que por coincidência, esta junto comigo e é a mulher da minha vida, você enxergou direitinho o nosso futuro. – disse sorrindo. – E se existe duas pessoas nesse mundo que eu jamais irei me esquecer é de você e da Erin. Eu amo vocês.

Os dois se beijaram e todos bateram palmas. Em seguida se fez silêncio e como ninguém dizia nada, Andrew disse quebrando assim o silêncio:

– Só esta faltando você Peyton… É a sua vez agora.

– Eu não quero ler. Eu prefiro guardar e ler em casa. – disse sem graça.

– Mas o porquê disso agora, Peyton? – perguntou Brandon. – Todos nós concordamos em ler juntos aqui diante da lápide da Elena, todos estamos esperando por isso e tenho certeza que ela também.

– Eu to com medo do que ela pode ter escrito sobre mim. Ela escreveu tantas coisas boas e carinhosas sobre todos vocês, ela os amava. Agora quanto a mim, ela não tinha motivos pra falar nada de bom, eu sempre aprontei com ela, e tudo o que ela estiver dizendo aqui, por mais que sejam coisas boas, serão inúteis, porque foram escritas há mais de dois anos atrás, e definitivamente não é como ela me veria hoje depois de tudo. – disse cabisbaixa.

– Mas é como ela te veria te dando o perdão. – conclui Tyler. – E esse momento aqui é justamente pra isso, para que todos nós possamos nos perdoar e amar, assim como Deus nos ensinou. A Elena de onde estiver ou a alma dela, ela já te perdoou Peyton, acredite nisso e leia a sua página com outros olhos, como uma espécie de pedido de perdão entre vocês duas.

Peyton então respirou fundo e disse:

– Então eu gostaria de começar falando, pra depois ler já que eu não imagino o que ela posso ter colocado sobre mim nesse diário. – disse Peyton nervosa, depois respirou fundo e prosseguiu: Elena, eu gostaria de dizer que eu me arrependo e muito de tudo o que eu te fiz por amar demais o Brandon, hoje eu me arrependo e muito e sei que nada no mundo, nem mesmo o amor, vale uma amizade sincera, verdadeira e pra toda como era nossa. Eu coloquei tudo a perde, admito. Mas se pudesse voltar atrás, eu jamais teria feito o que fiz, me vingar de você por ter o amor do Brandon, hoje eu entendo que ele nunca me amou e que mesmo se não fosse você, seria outra no meu lugar. É uma pena eu não ter percebido e aceitado isso antes. Quero pedir perdão não só a você por tudo, mas também a todos aqui presente que eu magoei ou prejudiquei de alguma forma. Eu espero que todos possa me perdoar um dia. – disse olhando na cara de cada um e depois começou a ler a sua página:

Peyton Martinez… Minha melhor amiga disfarçada de inimiga, talvez? A Peyton que eu sempre conheci era minha amiga de verdade, mas desde que ela descobriu que eu e o Brandon estávamos juntos, tudo mudou. E acho que ela passou ame odiar por isso. Na sua cabeça, eu tomei o Brandon dela, mas não é verdade, nós nos apaixonamos primeiro e ele não gostava dela, mas ela não entendia isso. Mas eu a compreendo, a Peyton sempre foi muito sozinha, nunca teve os pais do seu lado, que sempre estão viajando a trabalho. Tem vezes que ela chega a vê-los apenas uma vez no ano. Eu tenho pena dela, mas sei que no fundo por trás de toda aquela arrogância, existe uma menina frágil que só precisa ser amada e ela busca isso com todas as suas forças. Talvez um dia eu fale pra ela que nós não podemos e nem devemos implorar pelo amor de ninguém, mas sim deixar que ele venha naturalmente e de quem nós saibamos que nos ame de verdade e que vai valer a pena amar e volta. Só assim vale a pena amar e ser amado. E que ficar se escondendo através de sarcasmos, dando apelidos aos outros ou mostrando o quão cara foi a sua última bolsa da moda, não compra a amizade e o respeito de ninguém, mas sim o amor, a simplicidade, o carinho e a verdade, ou caso contrário nós acabamos afastando todo mundo. E eu morro de medo que isso um dia aconteça com ela. Tomara que um dia ela se dê conta disso, e seja a pessoa que ela é por dentro. Boa, frágil, que ri, que erra, que pede perdão e que assume suas culpas. Quando ela aprender a fazer tudo isso e a se desarmar completamente, ela não só sentirá todo o alívio do peso que ela carrega, mas também será muito feliz. Eu amo você amiga e te perdoou por tudo.”

Peyton terminou de ler a canta e caiu aos prantos chorando tudo o que ela vinha guardando desde sempre… Ela colocou a rosa na lápide de Elena e então desabou no chão chorando a morte da amiga como ela não havia chorado até aquele momento, e já morrendo de saudades de Elena Cooper. – Todos foram saindo um a um do cemitério, e Peyton ainda ficou lá lamentando a perda da sua única e verdadeira amiga.

*****

Mais tarde no Centro Médico de Village Falls, Hollie estava muito nervosa e aguardava ao lado da mãe a médica chamar para elas saberem o resultado do último exame, além de também estarem esperando por Tyler, que ainda não havia chegado.

– O que esta acontecendo Hollie? Você não para quieta desde que chegamos aqui? Parece estar mais ansiosa que eu que sou a paciente.

– E não é pra estar mamãe? Fazem três dias que a senhora não sente uma dor, que esta mais disposta, mais corada, parece até estar…

– Não ouse dizer essa palavra. Nós ainda não sabemos e nem temos certeza de nada até recebermos os resultados dos exames. Você não sabe de certas coisa, mas os meus pais me diziam e eu também já vi vários casos de melhoras súbitas, elas são chamadas de melhoras da morte. – explicou Beth. – Fulano melhorou para morrer. – conclui rindo. – Chega a ser cômico.

– Mamãe! Será que da pra parar de brincar numa hora dessas? Eu estou aqui angustiada, preocupada, nervosa e a senhora fica ai fazendo piadinha? Por favor! – disse impaciente.

– Mas é a mais pura verdade. Isso existe mesmo. Já ocorreu várias vezes com conhecidos meus e amigos dos meus pais quando eu era pequena. Mas o que eu estou querendo te dizer com isso tudo é o seguinte: Não fique ai criando expectativas e esperanças com o meu estado de saúde que todo nós já sabemos qual é, e ele não vai mudar. – disse a repreendendo.

– Acontece que as expectativas e as esperanças são minhas dona Beth Malone, e eu as uso como quiser. – disse séria. – Seria bom se a senhora de vez em quando acreditasse mais nas coisas.

– Espere até você chegar na minha idade e ter passado por muito mais coisas que você já passou na sua vida pra ver onde vão parar suas esperanças e expectativas. Agora quer fazer o favor de me distrair um pouco enquanto esperamos e contar logo o que esta acontecendo? Eu te conheço muito bem pra saber que tem alguma coisa… Vamos me conte, ou vai me deixar morrer de tédio aqui na sala de espera do hospital?

Hollie olhou séria para a mãe e as duas começaram a gargalhar logo em seguida da situação. Não havia como levar a sério as coisa que Beth dizia. – Logo depois Hollie olhou para a mãe emocionada e com olhos marejados, ela disse:

– Eu estou grávida.

– Grávida! Mas que notícia boa, minha filha… Espera quem é o pai? – perguntou curiosa. – Ah, mas é claro. Como eu sou burra, só pode ser o detetive Ross, é o único homem com quem você vive pra cima e pra baixo.

– Profissionalmente apenas, que isso fique bem claro. – explicou Hollie.

– E mesmo assim isso não te impediu de estar grávida dele, não é mesmo? Desde quando vocês estão juntos, ele vai ficar muito feliz, me parece ser um bom homem… Pena que eu não vou estar aqui pro seu casamento, muito menos pra ver o meu neto nascer. – disse Beth com pesar.

– Calma lá dona Beth. A senhora já começou a fazer planos por mim. – disse Hollie séria. – Primeiro que eu não estou saindo com ele, nós apenas saímos de vez em quando depois do expediente pra beber algo e depois disso, talvez por uma ou duas vezes a gente acabou indo pra casa dele e dormimos juntos. Só isso. Segundo que não vai haver casamento, a senhora sabe muito bem que depois do Josh, eu nunca mais quis me envolver afetivamente com ninguém e continuo não querendo.

– Mas que bobagem, eu não sei até quando você vai ficar com um homem na cabeça eu não esta mais entre nós filha… O Josh morreu e você tem que aceitar isso.

– Nunca! Pelo menos não enquanto eu não colocar as mãos naquele desgraçado do Dead Skin que assassinou o meu Josh cruelmente. – disse com lágrimas nos olhos. – E tem mais, eu não quero que a senhora conte pra ninguém sobre a minha gravidez, eu ainda estou penando o que vou fazer sobre isso. – concluiu com o olhar perdido.

– Hollie você não esta pensando em tirar esse bebê né filha? Isso é um pecado mortal, além de crime e te marcaria você pro resto da vida. – disse Beth preocupada.

– Fica tranqüila mamãe, que isso eu jamais seria capaz de fazer. Eu só não quero que o Ross saiba, eu não quero ter ligação nenhuma com ele. Eu vou ter esse filho e vou criá-lo sozinha. – disse determinada.

– Mas isso não esta certo, tanto o Ross quanto esse bebê um dia tem o direito de saber a verdade.

– Um dia quem sabe, por enquanto vai ser assim do meu jeito.

– E como você pretende esconder a barriga quando ela começar a crescer e o seu filho quando nascer, hein?

– É simples, eu não vou estar aqui em Village Falls. Eu consegui uma transferência para Illinois, e eu estou indo embora dentro de três dias.

– Assim tão de repente? E você espera que eu acredito que isso não tem nada a ver também com aquele serial killer sanguinário que você tanto quer pegar?

– Eu não vou mentir pra senhora, tem a ver com ele também. Há informações de que o Dead Skin ou o mesmo tipo de crime que ele comete, estar acontecendo por aquelas bandas, mas eu tenho certeza de que é ele, mãe. E dessa vez eu pego aquele desgraçado.

Beth olhou preocupada para a filha e não falou mais nada, apenas baixou a cabeça inconformada. Ela sabia da determinação de Hollie em pegar aquele assassino e fazer justiça, e aquela situação com o detetive Ross e a gravidez só a encorajavam mais ainda, já que ela não queria mais se envolver com ninguém, muito menos ter uma proximidade maior. – As duas ficaram em silêncio e não demorou até que Tyler chegasse e a médica os chamasse para conversar na sala dela.

– E então doutora, eu já não agüento mais de ansiedade, nós esperamos por uma hora lá fora. – disse Beth impaciente. – Na verdade tudo isso é uma tortura desnecessária já que todos nós sabemos que o meu quadro continua o mesmo e que o câncer continua lá, e eu só quero saber quanto mais tempo eu tenho de vida?

– Mamãe, por favor, deixa a doutora falar. – disse Tyler colocando a mão no ombro da mãe.

– Obrigada Tyler. – disse a doutora sorrindo. – Essa paciente é rebelde e uma das que mais me dão trabalho, mas vamos ao que interessa. O resultado dos seus exames saíram há dois dias atrás, e eu tive que pedir pro laboratório repetir todos eles com o material que eles ainda tinham, caso seje preciso repetir os exames dos pacientes. O laboratório não só fez os exames de novo, como o repetiu para ter certeza do resultado, senhora Malone.

– É… Pelo visto eu vou acabar indo embora antes do que todos imaginavam então. O câncer se evoluiu ainda mais doutora? – perguntou Beth conformada.

– Não. Muito pelo contrário Beth, você não tem mais nada, todos os exames apontaram que o seu câncer sumiu. Por isso a sua melhora, a sua pele corada, a disposição de sempre voltando, o fim das dores… Nós médicos por questão de orgulho não gostamos de admitir muitas vezes, achando que podemos tudo, mas Deus pode mais, e um milagre aconteceu aqui. Você resta curada Beth. – disse a doutora feliz.

Hollie e Tyler emocionados e felizes se abraçaram chorando e depois abraçaram a mãe que continuava impactada e sem nenhuma reação. – Tyler então se ajoelhou no chão e começou a agradecer ao senhor.

– Beth algum problema querida? – perguntou a média ao estranhar sua reação. – Você entendeu tudo o que eu disse?

– Sim. Eu estou curada. – disse começando a chorar. – Eu nunca pensei que isso pudesse acontecer, eu não sei o que dizer ou pensar, eu só… Estou muito grata a Deus por tudo e a você doutora.

Beth abraçou a doutora e depois os filhos, e emocionados eles se olharam com carinho e cumplicidade.

– Você ainda vai ter que voltar a cada seis meses pra fazermos novos exames, mas por hora você esta liberada Beth. Seja feliz e viva a vida intensamente. – disse sorrindo.

– Tai… Esse é o melhor receituário médico que alguém pode receber. E por favor, não me entenda mau doutora, mas eu não quero ver a sua cara tão cedo. – disse Beth rindo e todos riram juntos com ela. – Vamos crianças, a Melinda vai explodir de tanta alegria quando eu contar a novidade pra ela, que agora ela vai ter que me aturar por muitos e muitos anos ainda.

– Eu também espero não te ver tão cedo, Beth. Vão com Deus.

*****

Na mansão de Peyton, ela solitária faria mais uma refeição e estava pensativa, enquanto Zoila terminava de colocar a mesa.

– O almoço já esta servido, senhorita Martinez.

– Zoila, por favor! Quantas vezes eu vou ter que te pedir pra esquecer esse lance de senhorita? É só Peyton agora.

– Me desculpa senhorita… Peyton. É que eu não consigo me acostumar. – disse sem graça.

– Pois trate de ir se acostumando, eu não irei atender mais por senhorita. E tem outra coisa, eu quero que você vá lá pra dentro e tire esse uniforme. De hoje em diante você trabalha comigo com roupas normais apenas, e nós vamos sair depois pra fazer umas compra pra você.

– Pra mim? – perguntou espantada.

– Sim senhora. Nós vamos renovar o seu guarda-roupas. Agora vá logo trocar esse uniforme e não demore que eu estou te esperando para almoçarmos juntas. Aproveita e traz mais um prato e talheres, a partir de hoje você senta a mesa comigo e nós fazemos todas as refeições juntas.

– Mas senhorita… Quero dizer Peyton, eu…

– Sem mais, nem menos Zoila. Você agora é minha família e vamos nos tratar como tal, okay? Eu adoro você, Zoila. Eu não sei o que seria de mim todos esses anos se eu não tivesse você do meu lado. Muito obrigada por tudo.

– Que isso. Não precisa agradecer, Peyton. Eu também adoro você e sempre a tive como uma filha. – disse sorrindo emocionada. – Tudo bem. Eu vou me trocar e já volto para almoçarmos então.

Zoila saiu toda satisfeita e feliz, enquanto Peyton sorria emocionada.

*****

Melinda gritava ao telefone de tanta felicidade que ela estava sentindo e já combinava de dar uma festa para Beth. – Jimmy que ouvia toda a agitação da mãe do seu quarto, resolveu ir até a sala para ver o que estava acontecendo.

– Nós vamos nos falando então querida, eu estou radiante de tanta felicidade… Um beijo, até mais. – disse Melinda emocionada e feliz ao desligar o telefone.

– Nossa quanta euforia mãe, eu ouvia sua gritaria lá do quarto, o que foi que aconteceu? – perguntou Jimmy curioso.

– Você não vai acreditar filho, a Beth esta curada. O câncer desapareceu! Deus seja louvado.

– Que notícia boa mãe. O Tyler deve estar muito feliz.

– Sim, ele e a Hollie ganharam a mãe de volta. E se Deus quiser a Beth ainda terá muitos e muitos anos de vida ainda pela frente.

– Amém! – disse Jimmy deitando no sofá e ficando pensativo.

– O que foi meu filho? Há dias que eu venho notando você triste e cabisbaixo pelos cantos, o que esta acontecendo? – perguntou preocupada.

– Tudo e nada ao mesmo tempo, mãe. – disse triste. – Eu sinto falta do Nathan, eu tenho tido pesadelos com tudo que aconteceu no colégio, e eu to puto comigo e com a vida, enfim, é isso. E logo tem a formatura e o baile, eu pensei que ia ter o Nathan do meu lado…

– Não fica assim filho. Eu queria muito poder te ajudar, mas infelizmente eu não posso. Porque existem coisas que só o tempo cura. E você vai ter que passar por essa fase, mas quer saber o lado bom disso tudo? É que você sair disso muito mais forte e confiante. E eu tenho certeza de que Jimmy Parker ainda vai ser muito feliz. – disse sorrindo e deixando do lado, em seguida ela começou a fazer cosquinhas no filho que começou a rir e a implorar para que a mãe parasse.

*****

No consultório médico, Alicia e Andrew conversavam com a psicóloga.

– Eu fico muito feliz que você tenha decidido se tratar Alicia, e mais feliz ainda de saber que você esta tendo o apoio dos seus pais e desse lindo garoto aqui presente. O Andrew é o seu namorado?

– É sim doutora. E o principal responsável por eu estar aqui hoje. – disse olhando para Andrew com carinho.

– Olha eu vou ser bem sincera com vocês, a automutilação é o último fator desencadeante de outros problemas, e o tratamento pode ser longo. Por é preciso seguir o tratamento a risca e ter muita paciência. Você vai fazer terapia comigo três vezes na semana, além de ter o acompanhamento de um psiquiatra que cuidará da sua medicação. De agora em diante todos nós temos uma missão importante na sua recuperação. Nós iremos a fundo em questões pessoais, problemas sociais, traumas, causas psicológicas, enfim, tudo que nos leve a verdadeira causa disso tudo para que assim possamos iniciar o tratamento mais adequado ao seu caso. Vocês tem alguma dúvida?

– Eu tenho uma doutora, a automutilação tem cura? – perguntou Andrew.

– Eu diria que ela tem tratamento e que ele sendo feito de maneira correta e o paciente sendo ajudado e motivado é possível conseguir grandes resultados. Mas é preciso estar sempre alerta a qualquer sinal, porque a automutilação é traiçoeira e infelizmente, a pessoa pode ter sim ter recaídas e voltar a se mutilar. Mas o ideal agora é pensarmos positivo, eu vou mostrar uns estudos pra vocês entenderem melhor sobre esse distúrbio…

Andrew e Alicia se olharam sérios, porém confiantes. Por baixo da mesa ele segurou a mão dela e apertou em sinal de apoio, o que a fez sorrir e se sentir mais segura.

*****

Uma semana depois…

Na delegacia de Village Falls, Hollie conversava com Ross.

– Você pediu transferência para Illinois? Mas por quê? Eu achei que você tivesse feliz aqui em Village Falls. – disse surpreso.

– Eu estou, o problema não é esse. Acontece que eu estou querendo e precisando respirar novos ares, trabalhar em casos grandes, e tirando esse caso do assassinato da Elena, Village Falls é uma cidade pacata e eu preciso me sentir mais útil e pegar grandes casos, porque eu quero me tornar uma grande policial ou até quem sabe com o tempo uma detetive.

– Olha só Hollie se foi por causa do que aconteceu entre a gente, eu me afasto sem problemas e nós seremos apenas colegas de trabalho. Eu prometo.

– Não tem nada a ver com a gente. Sou apenas eu que preciso dessa mudança ou caso contrário eu sinto que irei sufocar aqui. Me desculpa Ross, e obrigada por tudo.

– Tudo bem, eu entendo. Você é uma excelente profissional e não tem do que me pedir desculpas. Eu desejo sorte na sua nova vida e felicidades. – disse forçando um sorriso e estendendo a mão par ela que apertou e depois sorriu pra ele.

– Obrigada detetive. Eu só tenho que agradecer a você por todo aprendizado. Até qualquer dia. – disse Hollie saindo sem olhar para trás, deixando Ross pensativo e triste pela perda de sua grande parceira.

Ross então sentou-se e em seguida abriu a primeira gaveta de sua mesa que tinha chave e pegou uma caixinha que estava lá dentro.

– É… Pelo visto eu te perdi pra sempre Hollie. – disse triste e depois abriu a caixinha que tinha uma aliança dentro.

*****

No colégio de Village Falls, um novo aluno chegava e o diretor Myers ia até a sala chamar alguém para mostrar o colégio para o garoto.

– Com licença. – disse depois de bater na porta interrompendo uma aula. – Desculpa interromper professora, eu preciso do Jimmy pra mostrar o colégio para um novo aluno, tudo bem?

– Claro. Pode ir Jimmy.

Jimmy saiu e quando chegou lá fora ele ficou frente a frente com o garoto e ambos se encararam com um sorriso no rosto.

– Prazer, eu sou Jimmy. Eu que vou te mostrar o colégio.

– O prazer é todo meu. – disse sorrindo. – Eu sou o Lucas.

– Bom eu vejo que os dois já foram apresentados, agora só me resta deixá-los a vontade, porque eu tenho umas ligações pra fazer. Mais um vez Lucas, seja bem vindo ao nosso colégio e qualquer coisa que precisar é só falar comigo ou com o Jimmy. Ele é o seu padrinho agora.

Os dois se olharam com carinho e depois seguiram juntos pelo corredor do colégio conversando e brincando como se já fossem velhos amigos.

*****

Mais tarde na delegacia de Village Falls, Paul visitava a esposa que aguardava o julgamento presa.

– Como o Andrew esta? Eu estou morrendo de saudades dele.

– Como você espera que ele esteja? Ele tenta disfarçar, sai muito com a Alicia, mas ele ainda esta muito abalado com tudo. E continua não querendo te ver. E quem pode culpá-lo não é mesmo? Ele amava a irmã e te ama muito também, por isso tem sido difícil pra ele aceitar e encarar tudo isso., mas ele é forte, tem os amigos, a namorada e a mim, ele vai sobreviver.

– Eu queria que tudo fosse diferente, mas o que esta feito, esta feito. Eu só não suporto essa distância do Andrew. – disse Adison triste.

– Pois trate de ir se acostumando Adison, porque pra ser bem sincero contigo, nem mesmo eu tenho vontade de ficar vindo te ver. Agora eu preciso ir. Tchau.

– Paul, por favor! Você não vai me abandonar né? Paul… Paul… Eu fiz tudo o que fiz por sua causa, porque eu te amo.

– Quer saber? Foi você mesma quem procurou isso. Você não fez o que fez por mim e sim pelo seu amor doentio e pra mim chega. Adeus Adison, eu não quero te ver nunca mais!

Adison começou a chorar desesperada, e Paul foi embora sem sentir nenhum um pouco de remorso.

*****

Naquela noite, era dia de festa na igreja do pastor Griffin. Todos estavam ansiosos pelo batismo de Tyler e felizes pela cura de Beth. – Tyler então entrou num espécie de piscina onde eram realizado os batismos, e Beth e Melinda estavam emocionadas. Depois de todo o ritual feito, o pastor Griffin mergulhou Tyler na piscina tombando o seu corpo para trás e todos aplaudiram.

– Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Deus é bom! – gritou o pastor e todos responderam.

– O tempo todo. – disseram em uníssono.

– Aleluia! – disse o pastor todo satisfeito e sorrindo para Tyler, que sorria emocionado olhando para a mãe e também para Erin que lhe mandou um beijo de longe.

Naquela noite nascia um novo homem, um Tyler mais maduro e responsável, mais firme na fé e em Cristo que dentro de poucos se tornaria o pastor Malone. – Enquanto isso, na rodoviária de Village Falls, Hollie já dentro do ônibus e com lágrimas nos olhos se despedia da cidade rumo a Illinois. E ela foi o tempo todo fazendo carinho em sua barriga e pensando no filho que ela esperava.

– Me aguarde Illinois e Dead Skin, porque ai vou eu. – disse séria.

*****

Três meses depois…

Colégio Village Falls, Baile de Formatura.

*Elastic Heart – Sia

Todos dançavam animados e felizes por finalmente estarem encerrado aquela etapa no colégio e seguindo dentre em breve para a universidade. – Andrew e Alicia eram só amor no meio do salão de festas todo decorado, com direito a DJ e balões dourados com preto, pendurados no teto.

Erin e Tyler haviam acabado de chegar e já foram logo pra pista de dança de tão animados que eles estavam. Enquanto do outro lado, Jimmy e o seu novo namorado Lucas também dançavam de rosto colado. – Apenas Brandon e Peyton ainda não haviam chegado, pois ambos não tinham par.

Do lado de fora, uma limusine estacionou e o motorista desceu abrindo a porta para Peyton que desceu linda e deslumbrante em seu vestido branco. Ela parou um pouco em frente ao colégio e ficou olhando tudo pelo lado de fora. No fundo ela estava se sentindo insegura por estar chegando sozinha no seu baile de formatura. – De repente, ela ouviu uma voz chamando por ela e quando olhou para trás, ela viu Brandon vindo correndo na sua direção.

– Oi. – disse cansado e sorrindo. – Você não vai entrar?

– Eu nunca tive tanto medo de entrar nesse colégio como eu estou agora. – confessou sorrindo. – Eu não tenho par.

– Eu também não. E quer saber? Antes de sair de casa a minha mãe me deu essa pulseira de flor pra eu dar para minha acompanhante. – disse abrindo a caixa e mostrando para Peyton. – Ela nem imagina que eu não tenho uma, ou pelo menos não tinha, até agora. – disse olhando para ela e sorrindo.

– Até agora? – perguntou sem entender nada. – Por quê? O que mudou agora? Você encontrou uma parceira durante seu trajeto até aqui?

– Encontrei sim. E ela é você, Peyton Martinez. Você me daria a honra de ir ao baile comigo? – perguntou sorrindo e estendendo a mão para ela.

– Pra mim seria um sonho. – disse feliz. – É tudo o que eu mais quero Brandon Clark, ser a sua acompanhante.

– Então vamos entrar. Há uma festa lá dentro esperando por nós e eu não quero mais perder um segundo desse baile. – disse animado.

Peyton então deu a mão para ele e juntos eles entraram sorrindo e apressados.

*Always Remember Us This Way – Lady Gaga

Todos começaram a dançar juntinhos ao ritmo daquela linda canção de amor. – E assim que Peyton e Brandon entraram juntos, todos os olhares se voltaram para eles que pararam um pouco, mas logo em seguida depois de se olharem cúmplices e felizes, eles também fora para a pista de dança e começaram a dançar bem coladinhos, sempre conversando e rindo muito.

– Parece que o Brandon finalmente encontrou o seu par… Será que eles estão juntos? – perguntou Tyler ao pé do ouvido de Erin enquanto eles dançavam.

– Eu não sei, mas se eu tivesse que arriscar um palpite, eu diria que sim. Ou que pelo menos eles vão ficar juntos. – disse sorrindo. – Acho que depois de tudo o que eles passaram e depois do arrependimento sincero dela, eles merecem ficar juntos, você também não acha?

– Acho sim. E eles formam um belo casal, e eu torço para que eles se acertem e sejam muito felizes, assim como a gente meu amor. – disse Tyler sorrindo e depois beijou Erin com carinho.

Do outro lado, Jimmy e Lucas dançavam coladinhos e mais apaixonados do que nunca.

– Eu estou tão feliz de ter me mudado pra cá com os meus pais sabia? De ter conhecido você que é o amor da minha vida. – disse Lucas olhando bem nos olhos de Jimmy.

– Eu também estou muito feliz por ter te conhecido. Você é o garota mais incrível do mundo! – disse sorrindo feliz.

– Você que é maravilhoso. E olha só pra gente, dançando juntinhos e trocando carinhos na frente de todo colégio e ninguém ta se importando com a gente, é como se fôssemos um casal normal.

– Mas nós somos um casal normal meu amor. – disse rindo. – O que acha que nós somos? Extraterrestres? É mas infelizmente nem sempre foi assim por aqui, havia uma turma muito preconceituosa e que praticavam bullying pesado comigo e com o…

– O Nathan. Eu imaginei mesmo que você fosse falar dele. Graças a Deus que tudo terminou bem e que pelo menos aquele triste episódio serviu para abrir mais a mente das pessoas.

– Pois é… E aqui estamos nós. O tempo me trouxe você. – disse fazendo um carinho no rosto dele. – Eu te amo Lucas.

– Eu também te amo muito, Jimmy. E quero te amar pra sempre.

Os dois se encararam durante alguns segundos, até que começaram a se aproximar bem devagar e se beijaram emocionados.

– Olha só para os dois que lindo! – disse Alicia emocionada ao ver a felicidade de Jimmy, o seu melhor amigo.

– Pois é, depois de tudo que o Jimmy sofreu com todo aquele trama, ele merecia encontrar um garoto bacana e ser muito feliz.

– Eu também acho, amor. Mas e você meu Andrew Boy, me responde uma coisa? Você é feliz comigo?

– Você é a maior felicidade da minha vida, Alicia. É por você que eu levanto da cama todos os dias e dou sempre o melhor de mim em tudo o que eu faço, porque eu quero te fazer feliz cada vez mais, e também quero que sinta orgulho de mim.

– Eu já sinto, Andrew meu amor… Você é o melhor namorado do mundo! E eu sou muito feliz e grata a Deus por ter você ao meu lado. – disse emocionada. – Eu queria te dizer… Muito obrigada por tudo.

– Não tem que agradecer por nada, meu amor. Tudo que eu fiz por você foi porque eu te amo, e faria tudo de novo se fosse preciso. E eu também sou muito grato a Deus por ter me dado a melhor e mais linda namorada do mundo. Eu te amo gata. – disse olhando ela nos olhos.

– Eu também te amo, Andrew Boy.

Os dois então se renderam a um longo e apaixonado beijo, e depois Alicia se recostou toda feliz no ombro de Andrew.

Brandon e Peyton continuavam dançando juntinhos e de repente o som foi baixando e eles nem perceberam que a música havia parado. – A professora Rimes então subiu ao palco e começou a conversar com o diretor Myers que lhe entregou um envelope.

Um clima começou a surgir entre Brandon e Peyton naquele momento que começaram a se encarar sérios e cúmplices, e não demorou muito para que eles fossem se aproximando aos poucos e logo acontecesse o tão sonhado e esperado beijo. – E foi perfeito. Apaixonado, terno, carinhoso e sem dúvida marcante para ambos que passaram em seguida a se beijar calorosamente. E eles nem perceberam que todos os observavam surpresos e comentavam baixinho aquela cena. – E não demorou muito para que todos começassem a bater palmas e assoviassem para os dois, que só então voltaram a realidade e sorriram sem graça olhando para todos a sua volta.

No palco, a senhora Rimes pegou o microfone e começou a dizer:

– Boa noite pessoal. Como estão os corações dos formandos nessa noite? Eu espero que todos estejam muito felizes e que aproveitem cada segunda dessa noite, pois acreditem… Vocês se lembrarão dela e de tudo que viveram no colegial com muitas saudades, e pro resto da vida. E agora eu tenho a honra de apresentar a vocês, o rei e a rainha do baile, preparados?

Todos ficaram ansiosos pelo resultado e se juntaram para torcer juntos uns pelos outros.

– E o rei e a rainha do baile da turma de dois mil e dezenove são… – disse a professora abrindo o envelope e olhando o resultado. – Eu tenho a honra de anunciar que eles são: Andrew Cooper e Alicia Edwards. Meus parabéns.

Andrew e Alicia ficaram surpresos e todos começaram a aplaudi-los e a ovacioná-los. E seus amigos formaram um círculo em volta deles, os parabenizando. – Em seguida os dois subiram no palco, e foram coroados. Depois se beijaram e agradeceram pelos votos. Então eles desceram do palco e foram fica com os seus amigos e juntos todos começaram a dançar muito felizes uns com os outros.

*Life Is Beautiful – Veja 4

*****

Acredite, lute e nunca desanime. O segredo da vida não é ter tudo o que você quer, e sim, amar tudo o que você tem. Se você erra, todos te julgam, se você acerta, ninguém vê. Mas nunca devemos esquecer que o que não deu certo ontem, pode dar certo hoje. Afinal, hoje é um novo dia, e as oportunidades são novas e raras, aproveite-as. Então jamais perca a sua fé, pois as coisas mais incríveis da vida, acontecem quando estamos prestes a desistir e a perder todas as esperanças. Seja grato. Não hã no mundo exagero mais bonito e compensador do que a gratidão. Nunca decepcione alguém que faria tudo por você. E ame muito, pois o amor é a melhor forma de demonstrar tudo o que sentimos uns pelos outros, e o mundo precisa, grita, por mais amor. E por último, nunca se esqueça que independente do que você esta vivendo hoje, vai melhorar, vai passar, porque na vida não há mal que dure para sempre, nem bem que nunca se acabe. Seja Feliz!”

Eduardo Moretti, o autor

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The End

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