Você está lendo:

The Black List – Episódio 1×03 – Verão 18′

J.J

 

– Juro que eu não entendo a cabeça dessas pessoas. – J.J estava andando de um lado para o outro em seu quarto. Park estava sentado no chão, lendo e relendo a mensagem que o anônimo enviara. – É muita informação! Um dia eu descubro uma tal de família Evans que é rica e manda e desmanda em Nova York e do nada um anônimo começa a mandar mensagem pra todos, citando essa família.

– Cara, não é tão difícil de entender. – Park riu. – É um bando de desocupados querendo o dinheiro dessa família! Eles devem saber de uns podres dos bons. E na verdade, só você mesmo que não conhecia os Evans.

J.J olhou feio para o amigo. Park se levantou e pegou seu próprio celular para pesquisar sobre a família.

– Você precisa de mais cultura, Jonathan. – Park começou a ler sobre a família. – A família Evans composta por Morgan Evans e Victoria Evans, e seus filhos Austin e Jade. Os Evans são donos de diversos empreendimentos, se destacando na área imobiliária. Seus filhos, são famosos na internet e acumulam mais de 17 milhões de seguidores no Instagram.

– Grande coisa. – J.J revirou os olhos.

– A família Evans também é famosa pelas suas polêmicas. Em 2011, Morgan Evans foi investigado por uma possível formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. – J.J arregalou os olhos quando ouviu isso. – Mas foi absolvido do caso. Em 2012, Victoria Evans arrumou confusão em um desfile de moda em Madrid e acabou sendo presa pelas autoridades, em seguida, foi solta e arrumou novamente confusão com os organizadores do evento. Já sua filha Jade possui uma coletânea de polemicas em relação a namorados famosos e brigas na internet.

– E o outro filho? Austin? – J.J estava interessado.

– Austin Evans joga no time da escola Harper e também é modelo. Teve duas namoradas, uma chamada Kelly em que houveram rumores que ela estaria grávida de Austin. Nunca mais se ouviu falar de Kelly e sua suposta gravidez.

– Que estranho. – disse J.J.

– Muito estranho. – Park continuou. – Como que a garota simplesmente desaparece?

– Continue.

– Só isso mesmo. – Park bloqueou o celular e encarou o amigo. – É sério que você nunca ouviu falar deles?

J.J revirou os olhos e jogou uma almofada em Park, as vezes ele conseguia ser bem irritante. Os amigos conversaram sobre o dia de J.J na Harper por um bom tempo até Eleonor chegar, ele tinha esquecido de perguntar para ela sobre a entrevista de emprego.

– Consegui. – sorriu Eleonor. – Não é lá o emprego dos sonhos mas…vamos conseguir pagar as contas junto com o dinheiro que você consegue montando caixas.

– Não vai ser fácil conciliar a Harper com o trabalho. – J.J suspirou. – Mas vou tentar.

– Não se preocupe. – Eleonor sentou-se na cama, ela estava visivelmente cansada. – Como foi seu dia?

– Ah foi ótimo, né. – Park debochou. – Ele conheceu vários famosos.

– Sério? Quem? – Eleonor se espantou.

– Não conheci. Apenas o vi. E eu nem sabia quem realmente eram. – riu J.J. – Jade Evans, conhece?

Eleonor abriu a boca de surpresa e arregalou os olhos, ela quase saltou da cama. Park gargalhou.

– Jade Evans?! Meu Deus! Ela é…surpreendente. – Eleonor abaixou os olhos de repente.

– O que houve? – J.J mirou a irmã.

– A mãe dela é minha patroa. – Eleonor riu, sem graça. – Não sabia que ela estudava na Harper.

– Qual o problema, Eleonor? Sou um bolsista, lembra? Isso poderia acontecer alguma hora.

– Eu sei. É estranho, só. Eu vou ser garçonete no bistrô da Victoria.

– Não faça nada de errado. Essa família é bizarra. – Park disse. – Pessoas ricas como eles são perigosas.

– Eu sei. – Eleonor suspirou e encarou J.J. – E você faça o mesmo. Não se meta em encrencas com essa gente.

– Pode deixar.

Eleonor se levantou e foi em direção a cozinha. Park decidiu seguir seu caminho para casa enquanto J.J arrumava a pequena mesa para o jantar. Ela havia preparado macarrão no dia anterior, ela decidiu esquentar o resto para os dois jantarem.

– Esqueci de comentar. – J.J ia colocando os dois pratos. – Um maluco pegou o telefone de todos os alunos da Harper e começou a mandar mensagens anônimas.

– Isso é sério? Que perda de tempo.

– Agora a noite enviaram outra. Querem acabar com essa tal família Evans.

– Como assim? – Eleonor colocou a panela de macarrão na mesa, com a testa franzida ela encarou J.J.

– É isso. Dizem que estão em todos os lugares, que sabem de tudo. E que é para as grandes famílias como os Evans, tomarem cuidado.

Eleonor sentou-se e serviu-se do macarrão enquanto J.J falava sobre as mensagens, ela achava tudo aquilo muito estranho e até mesmo duvidoso.

– Deve ser alguém querendo pregar uma peça. – ela disse. – Ou talvez…seja alguém realmente querendo expor essas pessoas.

– Podres não faltam, né? – J.J estava se achando muito bem informado.

– Quero saber de todos. – ela riu.

– E outra, Sam West – ele se serviu do macarrão. – está querendo se arrumar com a Jade.

– Sam West? O repetente?

– Ele mesmo.

– Oportunista desgraçado. Era pra outro aluno estar no lugar dele. – Eleonor desde sempre nunca gostou muito de Sam West, sua atitude a incomodava. – E Maria?

– Bem, ela tem o jeito dela né. – J.J suspirou. – Ela amou em saber que é da turma da Jade Evans.

– É bem o estilo dela mesmo.

 

 

Harry

 

Harry não acreditou quando a mensagem surgiu em sua tela. E aquele anônimo atacava novamente. Ele tentou ligar para Austin mas ele não atendia, logo tentou ligar para Jade mas ela também não atendia.

– Devem estar surtando. – Harry sentou de pernas cruzadas em sua cama. – O que essa pessoa quer?

Harry abriu a mensagem e pensou em uma resposta para o anônimo, mas logo viu que alguma forma o teclado de seu celular estava bloqueado para envio naquela conversa. Ele franziu a testa e disse:

– Esse filho da puta bloqueou as respostas? Ou seja, ele só envia mensagens e acabou? Que merda.

Travis mandou mensagem no grupo em que havia ele, Austin e Harry. O grandalhão parecia preocupado com o amigo:

 

Travis : Austin? O que está acontecendo?

 

Harry : Que coisa doida, cara.

 

E então, Austin ficou online e começou a digitar no grupo. Parecia que o garoto que estava digitando por horas, Harry estava começando a ficar impaciente.

 

Austin : Meu pai vai na polícia. Isso já passou dos limites.

 

Harry : Calma, pode ser só uma brincadeira estúpida.

 

Travis : Não vai fazer nenhuma burrice hein

 

Harry sabia do que Austin era capaz para se defender. De muitas saídas para festas e comemorações, Harry tinha visto algumas vezes o amigo brigar com muita gente. As vezes essas brigas tomavam proporções que nem mesmo Harry e Travis conseguiam defender o amigo. Austin poderia fazer coisas terríveis caso essa brincadeira de mensagens anônimas prejudicasse sua vida e sua família.

Austin não era lá um santo como muitos pintavam, e Harry sabia muito bem disso. Apesar de ser seu melhor amigo, muitas vezes ele não tinha como defende-lo. Mas Austin não precisava da defesa de Harry. Ele tinha sua família. Seu nome. E um enorme grupo de advogados.

 

 

VERÃO 2018

 

O calor estava terrível em Nova York. Todos os jovens da Harper estavam em suas casas em Long Island ou no Hamptons. Harry, Austin e Travis decidiram ficar na cidade para irem nas festas das famosas boates do Upper East Side.

Recém inaugurada, a boate Underworld estava fervendo naquela noite abafada. Os três garotos conseguiram entrar sem nenhum problema na boate, arranjaram um pequeno camarote e pediram suas doses de bebida.

Não demorou muito para o três estarem com três lindas garotas em seu camarote. Elas aos escutarem que Austin Evans estava no recinto, logo quiseram conhecer o famoso modelo da família Evans. Harry estava tendo uma conversa muito empolgada com uma jovem chamada Stephanie, que era mexicana.

Após várias horas de flerte, bebidas e coreografias embriagadas, Austin decidiu ir embora ao lado de sua bela jovem. Harry e Travis foram com ele, porém Harry apenas pegou o telefone da bela Stephanie enquanto Travis levava sua ficante ao seu lado.

No lado de fora da boate, enquanto eles caminhavam até o carro de Austin, que estava estacionado a duas quadras dali, um homem esbarrou com o grupo e encarou o jovem. O homem estava enfurecido por alguma razão desconhecida, Austin o ignorou completamente e seguiu seu caminho.

– Moleque! – gritou o homem. – Sua família não vale um centavo, seu merda.

Austin voltou-se para o homem, deu uma risada debochada e disse:

– Isso eu já sei. Não direcione a palavra à mim, idiota.

– Vocês todos vão pagar pelo que fizeram. Vocês, sua família, tem sangue nas mãos. – o homem empurrou Austin. Travis se meteu entre os dois.

– Qual é a sua, irmão? – Travis ergueu os punhos.

– Hopper, não é? Seus merdinhas fantoches dessa família perdida… – o homem cuspiu no chão.

Travis partiu para cima do homem, que desviou e acertou o rosto do garoto com um soco. Travis se contorceu de dor e investiu novamente. As garotas começaram a gritar.

– Para com isso! – Harry gritou. Austin estava imóvel.

Travis acertou três socos no rosto do homem, que agora já tinha a boca totalmente ensanguentada.

– Já chega. – homem tateou as vestes e sacou um pequeno canivete. As garotas se esconderam atrás de Harry. O homem partiu para cima de Travis, mas logo parou no meio do caminho.

Austin o agarrou pelo colarinho antes que ele chegasse até Travis. O garoto derrubou o homem no chão, enquanto ele fazia de tudo para feri-lo com o canivete. Austin pisou na mão na qual ele segurava o canivete, fazendo-o soltar a arma, e segurou com força o pescoço do homem, sufocando-o.

– Austin! – gritou Harry. – Não!

O homem estampava horror em sua face enquanto se contorcia, Austin apertava ainda mais seu pescoço enquanto ele ia ficando roxo.

– Austin! – gritou Travis.

O homem não parava de se contorcer, ficando ainda mais roxo.

– Austin! – Harry empurrou o amigo, que largou o pescoço do homem. Austin, mais rápido que o homem, agarrou o canivete e o apontou para seu olho.

– Fique longe da minha família, seu verme.

O homem respirava com dificuldade, ele se rastejou para longe do canivete. Austin pisou com força em sua perna, o homem gritou de dor.

– Chega! – gritou Harry.

Austin soltou a perna do homem. Travis e Harry puxaram o amigo para longe do homem, e voltaram a caminhar até o carro. As garotas continuaram com eles, porém muito assustadas.

– O que foi isso, Austin?! – gritou Harry. – Você podia ter matado aquele cara!

– Antes tivesse feito. – Austin murmurou.

Austin acabou deixando as garotas ao lado do metrô, e colocou duas notas de 50 dólares em suas mãos para que elas não comentassem nada do que havia ocorrido com ninguém. Harry e Travis mantiveram silêncio.

– Cara…eu ia transar hoje… – Travis começou.

– Exato. Você ia transar hoje. – Austin disse.

– Cara. – Harry começou.

– Se elas abrirem a boca, eu vou saber. E peço que façam o mesmo. – Austin olhou sério para Harry.

Harry engoliu em seco, franziu a testa e voltou seu rosto para a janela do carro. Travis concordou e massageou o rosto machucado.

 

PRESENTE

 

Até hoje Harry não sabia os motivos daquele homem ter tanta raiva de Austin e sua família.

Ele sabia que a família Evans era repleta de polêmicas, Jade toda semana arruma briga com alguma celebridade da internet, sempre há algum rumor sobre a família correndo pelas redes sociais, eram coisas que eles já estavam acostumados. Mas do jeito que aquele homem falara com Austin, parecia algo muito sério. Principalmente na parte na qual ele falou sobre a família estar com sangue nas mãos.

Será que esse anônimo sabe de coisas sobre a família Evans que ninguém sabe?

 

 

Sam

 

Sam West não era tudo, menos burro.

Ele e sua família cresceram e sobreviveram na grande Nova York com muito trabalho e perseverança. Seu pai e sua mãe construíram uma mercearia no primeiro andar de onde moravam, no Brooklyn. O sonho de seu pai era expandir o comércio e abrir uma loja no Chinatown, mas ainda era um sonho distante.

O mais velho de 4 filhos, Sam trabalhava na mercearia dos pais mas almejava um futuro melhor para ele e sua família. Ele não queria morrer trabalhando na mercearia, apesar de seu pai dizer que seu destino era tomar conta de tudo que ele construiu. Mas isso, Sam deixaria para seus irmãos mais novos. Ele queria algo maior. Fama e fortuna.

Quando a escola onde ele, J.J e Maria estudavam foi fechada e demolida, todos os sonhos de Sam se foram junto com a escola. Apesar de ser uma péssima escola, ele ainda pensava em conseguir subir na vida a partir do estudo e do esporte. A luz no fim do túnel foi o sorteio, realmente bem aleatório, que a prefeitura decidiu realizar para o estudantes. Quando Sam foi sorteado, os sonhos que estavam junto com os escombros da escola ressurgiram com uma força maior. Ele agora iria estudar na Harper, a melhor escola de Nova York.

E nada melhor do que estudar com os filhos dos maiores ricaços de toda a cidade, e principalmente com os dois filhos da família Evans. Também tinha os filhos dos Hopper, que também eram bem poderosos mas o foco de Sam eram os Evans.

Ah, a família Evans…

Sam tinha duas coisas em mente, na verdade, três coisas : entrar no time de futebol da Harper, fazer amizade com Austin Evans e Travis Hopper, e ter algo com Jade Evans. Sendo a terceira a mais importante. Jade tinha a grande parte da mídia focada somente nela, ela era o grande centro das atenções.

Não ia ser fácil, mas ele tinha que tentar. Se ele quisesse ter algum futuro fora dali, ele tinha que andar com as pessoas certas.

E ele começou com simples e pequenos passos, na manhã seguinte, ele chegou na Harper e foi atrás do técnico do time de futebol da Harper.

– Bom dia, o senhor é o treinador Rogers? – Sam sabia quem ele era, mas perguntou só para começar o assunto.

– Sim. – Rogers era um homem um pouco barrigudo, e também um pouco ranzinza para a idade que tinha. Sua careca brilhava na luz de sua sala abarrotada de prêmios.

– Ah, estava querendo falar com o senhor. Meu nome é Sam West, sou um dos bolsistas.

– Hm. – o homem encarou Sam. – O que quer?

– Queria saber se estão precisando de um jogador no time. Eu era quarterback na escola onde estudei e…

– Quarterback é? – o homem pareceu interessado.

– Sim. – Sam sorriu. – Posso fazer um teste se o quiser quiser. Na verdade, eu queria saber quando os testes iriam começar.

– Pode fazer um teste mais tarde. Quando tiver o treino. Junto com todos do time. Não vai ser o quarterback por enquanto, garoto, já temos o Hopper. Mas pode ser seu substituto talvez.

– Ótimo! – Sam sorriu novamente. – Vou tentar arrumar uma roupa…

– Não precisa. Um dos garotos te empresta. Agora, tchau.

Sam saiu da sala do técnico com um sorriso de orelha a orelha. Tudo que ele queria de uma vez só : ser reconhecido pelo técnico, ter todos do time observando sua performance e começar já tendo contato com um dos jogadores. Tudo isso, se desse certo, ele conseguiria a atenção dos ricaços da Harper.

– Bom dia. – disse Maria quando chegou na aula de Geometria.

– Grande dia. – Sam tamborilou os dedos na mesa.

– Oi? – disse J.J, sentando-se ao seu lado. – Grande dia?

– Sim. Vou fazer um teste para o time de futebol. – Sam cutucou o braço de J.J. – Grande dia.

– Viram a mensagem? – Maria sussurrou, mudando de assunto rapidamente. Sam olhou estreito para a garota. – Vão começar a atacar a família Evans.

– Sim. – J.J disse. – Acho tudo isso muito estranho. Eles devem ter muitos podres que a maioria não descobriu ainda.

– Isso é fato. – Maria cruzou os braços. – Mas até onde isso pode ir?

– Não sei. – Sam se espreguiçou. – Só não pode me atrapalhar na conquista da-

Jade e Austin chegaram na sala, ela sentou ao lado de Emily e Bridgit enquanto o irmão ia ao encontro de Harry. Maria revirou os olhos e J.J soltou uma leve risadinha. Sam observou Austin, ele e Harry pareciam ser bem próximos.

– Hm. – Sam semicerrou os olhos.

Austin, Harry e Travis estavam conversando num tom bem baixo mas Sam já percebeu qual era o assunto. A tal mensagem. Austin deveria estar perturbado demais pelo risco de qualquer coisa prejudicar sua família. Mas se ele temia tanto por uma simples mensagem anônima, era porque algo realmente escondido não poderia ser exposto.

– Bom dia, turma. – o professor de Geometria, James Baker, chegara na sala de aula. Baker tinha uma aparência bem jovem para sua idade, ele era considerado pelas garotas o professor mais gato de toda a Harper.

– Nossa é ele. – sussurrou Maria. – O tal professor que ouvi comentarem.

– O que? – J.J perguntou.

– Ouvi um grupo de garotas comentando sobre ele…de como era gato. E olha…realmente.

– Que merda. – Sam disse.

James Baker andava pela sala de aula e atraia a atenção de todas as garotas, elas não sabiam se prestavam atenção nos dizeres do professor ou em seus lindos olhos castanhos.

– Não gostei dele. – Sam murmurou. – Todo engomadinho.

– Ele é só branco. – J.J disse. – Tem vários caras iguais a ele.

– Calem a boca.

 

 

Jade

 

Jade não estava em seus melhores dias, realmente.

Após a discussão com Mason, o jantar em sua casa e a mensagem do anônimo, ela pensou que teria um pouco de paz até quando o tal anônimo retornasse para fazer sua caveira. Mas não, nada do que a volta de um ex apaixonado para agitar as coisas.

Após a aula de geometria, Jade foi conversar, ou talvez flertar, com o professor. Ela já tinha visto seus olhares durante a aula, e ela não podia dispensar uma oportunidade como aquela, apesar de ser proibido.

– Oi, sr. Baker. – ela sorriu, enquanto os alunos saiam da sala. Austin encarou a irmã e passou direto. – Como passou as férias?

James olhou para Jade, o professor parecia ter levado um susto com a presença da jovem. Ele guardou o notebook em sua mochila, ainda olhando nos olhos da aluno, procurando uma resposta:

– Bem, Srta. Evans. E você? – ele respondeu.

– Pode me chamar de Jade. – ela repreendeu, sorrindo. – Estou muito animada para esse novo ano, sabia?

– Pois é. Muito trabalho. – ele sorriu.

– Sim. Sabe, eu tenho uma certa dificuldade com geometria.

– É sério? – ele engoliu em seco.

Jade suspirou e abaixou os olhos, ela sabia bem onde queria chegar.

– Sim. Ano passado eu não sei como consegui passar. Eu fiquei me perguntando se… – ela voltou seus olhos para o professor.-  se o senhor poderia me ajudar.

– É claro, Senhorita…Jade. – ele apoiou as duas mãos na mesa. – Pode tirar suas dúvidas durante a aula e-

– O senhor não entendeu. – ela riu. – Na verdade, eu adoraria uma ajuda além da sala de aula.

James estava realmente surpreso. Ele já tinha se acostumado com os olhares pervertidos das garotas e de garotos mas nunca tinha sido tão apunhalado como agora.

– Bem… – ele tentava achar uma solução. – Não é meu papel, Jade. Posso te passar um contato de um…

– Eu pago a quantia que for. – ela sugeriu. – Eu sei que o senhor precisa.

Ele não tinha mais escapatória. Apesar do bom emprego na Harper, os estudos e os méritos conquistados, James Baker era morador da grande Nova York. E o custo de vida na cidade estava aumentando cada vez mais, e ele ainda morava de aluguel em um estúdio apertado no Queens.

– É. – ele disse. – Realmente, eu preciso.

– Quando podemos começar? – ela estava gostando daquilo. – Pode ir em minha casa. O senhor sabe onde é.

– Sim. Pode ser. – James suspirou. – Podemos começar na semana que vem, que tal? Assim posso preparar o  material para aula.

– Está ótimo. – Jade ergueu a mão para o professor. – Obrigada, Sr. Baker.

James apertou a mão da jovem e Jade saiu cantarolando da sala até o corredor. Tinha sido bem fácil conquistar o professor bonitão.

 

– O que?! – Emily gritou. – Você chamou ele para sua casa?

– Eu sou uma predadora, Emily. – Jade havia contado para Emily e Bridgit a caminho do refeitório. – Eu estou de olho nesse cara há bastante tempo, e eu sempre consigo o que eu quero.

– Isso pode dar problema. – Bridgit riu, nervosa. – E seus pais?

– Eles vão viajar o mês inteiro. – Jade sorriu. – Melhor para mim e o senhor James Baker.

– E seu irmão? – Emily franziu a testa. – Ele não vai gostar.

– Austin não tem que gostar de nada, Emily. – ela encarou a amiga. – Se eu respeito ele estar transando com uma das minhas melhores amigas, ou seja, você, ele tem que respeitar o que eu tiver com Baker.

Emily ficou em choque. Ela e Austin tinham uma relação esquisita, onde eles se encontravam toda semana em uma sala vazia para fazerem o que quiserem. Era apenas sexo, porém a garota queria algo a mais e não era compreendida pelo garoto.

– Jade…- Emily começou.

– Eu já sei, Emily. – Jade apoiou a mão no ombro da amiga. – Está tudo bem. Se Austin namorar alguém, é melhor que seja você.

– É sério? – Emily sorriu. – E-Eu…

– Onde está o Mason? – Jade desviou o olhar, interrompendo a amiga. As três haviam chegado no refeitório, que estava lotado.

As três caminharam até a mesa redonda onde sempre sentavam, porém agora estava ocupada por duas garotas e um garoto gótico. Jade parou no meio da mesa e apenas encarou os três, que saíram rapidamente de seus lugares.

– Essas pessoas não cansam. – Emily revirou os olhos. – Essa é a nossa mesa desde sempre.

– Nem me fale. – Jade pegou o telefone e mandou uma mensagem para Mason “cadê você?”.

Todo o surto com a mensagem do dia anterior havia passado após seus pais e Mason acalmarem Jade e Austin. Morgan conversou durante horas com os filhos, falando que iria entrar em contato com a polícia para que investigassem quem estaria por trás dessas mensagens.

– Até semana que vem, o responsável vai ser pego. – Morgan dissera. – Não se preocupem. Principalmente, você, Austin.

Austin estava uma pilha de nervos. Ele não conversara com a irmã durante todo o caminho até a escola e agora só conseguia falar com os amigos Harry e Travis. Jade estava incomodada mas ainda mais preocupada com sua reputação, se Austin fosse o primeiro a ser alvo do anônimo, ela seria a próxima.

– Cheguei. – Mason sentou-se ao lado de Jade. – Eu estava terminando um trabalho do clube de fotografia.

– Está tudo bem entre vocês? – Bridgit perguntou.

– É claro. – Jade sorriu. – Mason está me fazendo ganhar muitos seguidores. Já viu o post de hoje?

– Vi, sim. – Mason sorriu e olhou para o lado, aquele garoto Harry estava chegando na mesa de Austin e Travis. Seus olhares se encontraram rapidamente. Mason voltou seu rosto para Jade. – Aquela marca de maquiagem que nós contatamos?

– Sim? – Jade parecia eufórica.

– Fechou a parceria, você é nova garota propaganda. – Mason cutucou o braço de Jade, ela ergueu os braços e gritou.

– Você é demais, Mason. – Emily sorriu.

– Eu sei. – Mason riu, debochadamente.

– Nem acredito. – Jade abraçou o amigo.

Nesse momento, enquanto Jade e Mason se abraçavam, o rosto sorridente de Emily e Bridgit mudou em um piscar de olhos para um rosto incrédulo. Jade viu aquilo e logo soltou Mason, ele olhou para onde as garotas estavam olhando e arregalou os olhos.

– O que foi?! – Jade gritou.

Atrás dela, com um imenso buquê de flores vermelhas e sua típica jaqueta de couro preta, estava o famoso e ex-namorado de Jade Evans, Maxwell ou simplesmente, Max Peterson.

– Sentiu saudades?

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

  • Família Evans e seus mistérios. O anonimo não pretende parar com os ataques. Max com sua chegada prevejo trazendo grandes surpresas rsrs.

    • Pois é! kkkk O Max não vai estar muito presente no momento , mas ele vai voltar logo logo.

  • Família Evans e seus mistérios. O anonimo não pretende parar com os ataques. Max com sua chegada prevejo trazendo grandes surpresas rsrs.

  • Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

    Leia mais Histórias

    >
    Rolar para o topo