“Ninguém decide o momento em que vai morrer”

Scott está no pátio do palácio tentando se livrar de todos aqueles infectados enquanto olha pro salão onde Claire e Henry entraram sentindo que algo ruim aconteceu.

“Ninguém pode avinhar o seu futuro”

Brian e Trevor estão subindo pelas escadas do esgoto. Ao saírem dali, eles ficam durante alguns minutos abaixados.

— Não vamos sair agora,Trevor , pode ser perigoso.

“Mas na maioria das vezes, você é que traça o seu destino”

Cristhian e Jennifer encontram Ellie e Hillary perto da fonte.

— Ei, meninas!

Ellie responde.

— Cristhian? Jennifer? Vocês estão bem?

Jennifer responde.

— Não estamos nada bem, esse lugar tá perigoso, ainda não encontramos os outros.

Hillary indaga.

— Tem capangas do Dr. Addan por todos os lados, muitos estão escondidos esperando o momento certo pra nos atacar.

Cristhian ressalta:

— Se ficarmos todos juntos, eles não vão nos fazer mal. Agora precisamos encontrar a Lisa, o meu irmão e os outros.

Dentro do palácio real, vemos Victor no corredor ajoelhado ao chão, ele está com um olhar irreconhecível, uma raiva toma conta de si. O Capitão Dan o chama diversas vezes.

— Agente Victor! Agente Victor!

Victor cerra o punho, trinca os dentes e se levanta com toda fúria e dá um soco no rosto do Capitão Dan.

— Ahhhhhh desgraçado!

May está no corredor juntamente com a Rainha Elizabeth.

— Victor! O que você tá fazendo?

Ele continua a distribuir golpes no capitão Dan, este tenta revidar e ambos ficam forcejando no corredor do palácio ao lado das escadas.

— Victor, já chega! Você tá fora de si.

— Eu nunca vou te perdoar! Nunca!

Victor desiste de forcejar com o Capitão Dan e tira uma pistola de sua calça apontando pra ele.

— Não se atreva a apontar a arma pra mim, agente!

— Tenta a sorte!

May se desespera e se coloca na mira de Victor.

— Victor, não faça isso!

— Sai da frente, May!

— Não, o Capitão Dan tem razão!

A Rainha Elizabeth fica no canto da parede e se sente encurralada ao ver a cena. Victor insiste.

— Cala a boca e saia da minha frente!

— Eu não vou sair! Abaixa essa arma, Victor!

— Eu já falei pra você sair da frente, May!

— EU NÃO VOU SAIR!

— Então eu não tenho escolha.

Vemos em foco a arma de Victor. A tensão está completamente voltada para aquele lugar. Fica a questão: Victor terá coragem de atirar?

OPENING

 

 

A tensão continua. May tenta advertí-lo.

— Victor, por favor! Você não é assim! Você é um agente da lei, sempre foi! Vai querer jogar sua vida inteira fora por conta disso?

Do outro lado do corredor, Julian, Lisa e Dylan olham de longe a cena. Lisa fica extremamente baqueada.

— Victor!! O que você tá fazendo? Por que tá apontando a arma pra May?

Victor fica se tremendo, May mesmo sabendo do perigo, não sai da mira.

— Eu sei que tá sofrendo, mas o capitão tinha razão. Seria muito pior ver a tua mãe transformada numa daquelas coisas.

Os garotos se aproximam. Dylan confronta.

— Victor! Agente Victor! Você é a nossa maior referência, não estrague a admiração que temos por você. Solta essa arma!

Tensão nos olhares de todos, Victor está tremendo muito, seus olhos estão possessos de raiva e angústia. Até que enfim ele resolve abaixar a arma lentamente. Na medida que abaixa, os outros respiram aliviados.

Até que May, mesmo estando de costas, percebe a presença de um dos helicópteros perto da janela que está próxima à rainha, ao capitão e ao General. Ela olha pra trás, os outros veem o clarão, até que uma granada é lançada pra dentro quebrando os vidros da janela. Tensão paira no ar, May observa a granada e não pensa duas vezes.

— Todo mundo entra naquele quarto agora!!

May arrisca a sua vida e pega a granada em suas mãos enquanto os outros “se arrastam” pra entrar no quarto. Ela se aproxima da janela e lança a granada de volta pelo mesmo local e a mesma atinge o helicóptero que havia atacado. O piloto começa a perder o controle, May não acredita no que fez e Julian imediatamente a puxa pra trás pra ela vir pra dentro do quarto.

O helicóptero começa a rodopiar pelo ar, os garotos que estão do lado de fora testemunham a cena. O veículo acaba caindo no pátio causando um impacto destrutivo matando a todos os infectados que estavam ali em baixo.

Brian e Trevor viram da entrada do esgoto a explosão e ficaram completamente baqueados.

Na Torre de Londres, o matador de aluguel, Benjamim se retira dali e fala consigo mesmo.

— Pelo visto, terei que fazer uma limpeza nessa cidade. Tá na hora de trabalhar.

De volta ao palácio, todos estão dentro do quarto onde May pediu pra que eles entrassem. Mal sabiam eles, que aquele era o mesmo quarto por onde Claire e Henry haviam entrado.

Lisa adverte May.

— May, você ficou maluca? Aquela granada podia ter explodido na tua mão.

— Eu sei, se eu tivesse demorado por mais 3 segundos, não estaria aqui pra contar a história.

— Nunca mais faça isso, amiga.

A rainha percebe algo incomum.

— Senhores, isso aqui na janela não é o vestido da Claire?

Maximilion chega mais perto e confirma.

— Verdade, está amarrado pro lado de fora, então significa que a Claire…

O capitão Dan completa.

— … A Claire e o Henry escaparam por essa janela. Foram espertos e será por esse mesmo lugar que nós iremos escapar. Não tem como a gente tentar sair pela porta principal, eu vou descer com a rainha nas minhas costas e cada um de vocês vem depois. Tudo bem?

Dylan responde:

— Por mim está tudo bem. Precisamos sair desse lugar.

Então cada um deles foi descendo a janela pelas amarras que Claire havia feito, ela acabou salvando outras vidas mesmo que tenha custado a dela.

Na ilha da Phoenix, Edward está terminando de dar as coordenadas para Fionna e Ashley.

— Espero que tenha ficado tudo claro pra vocês.

Fionna responde.

— Se não tem outro remédio… Nós topamos!

A cena corta para Edward indo em direção ao salão juntamente com Fionna e Ashley segurando uma arma na mão e fazendo com que elas fiquem de mãos para o alto. ODr. Addan já se encontra ali juntamente com Hilda.

— Dr. Addan?

— Mas que diabos está acontecendo aqui? Onde você estava, Fionna?

— Quer saber da maior? Aqueles guardas inúteis que estavam no plantão tentaram molestar as duas moças na frente da garota.

— O quê?

Hilda indaga.

— Isso é um absurdo, o que esses guardas inúteis estão pensando?

— Sim, eu tive uma luta com eles e levei um tiro, elas estão aqui, mas a garotinha escapou.

— Maldição! Fionna! Você tem a ver com isso?

— Eu quase fui violentada pelos teus doentes de merda e estou com uma arma apontada na minha cabeça, idiota! O que você acha?

Edward (fingindo) retruca.

— Mais respeito com o Dr. Addan, sua vagabunda!

Ele joga Fionna no chão e prensa a cabeça dela apontando sua arma.

— Me dê um bom motivo pra não estourar essa tua cabeça agora, doutora.

— Vai, me mata logo!

Hilda confronta Ashley.

— Ashley, o que realmente aconteceu?

Ashley fica sem reação.

— ASHLEY!

— Eu, eu, eu… Dona Hilda, a gente não tem culpa, estávamos com a garota levando-a para o quarto e um deles disse que vocês queriam nos ver. A Fionna e eu os acompanhamos e aqueles imundos começaram a acariciar nossas partes íntimas. A Fionna ficou com medo deles tentarem fazer alguma coisa com a Emily e pediu pra ela se afastar, foi aí que o guarda que estava tomando conta da passagem se descuidou pra vir até nós, eu juro… A gente tentou se defender, foi aí que o Edward apareceu e enfrentou aqueles miseráveis (se ajoelhando). A gente não tem culpa de nada, por favor, não mata a gente! Por favor, não mata a gente!

Fionna no chão fica impressionada e ao mesmo tempo orgulhosa que Ashley soube se sair perfeitamente bem em seu discurso.

Hilda parece ter realmente acreditado nas palavras de Ashley e questiona ao Dr. Addan.

— O que a gente vai fazer agora?

— Eu mataria esses imbecis que tentaram manchar a minha imagem, mas creio que Edward já cuidou deles, maldição! Edward! Leve as duas para seus respectivos quartos e tirem o Ishihida do castigo! Vamos precisar dele pra tentar fazer aquela pirralha voltar.

O plano deu certo! O Dr. Addan e Hilda acreditaram e ainda vão soltar o Makoto, mas talvez isso não dure por muito tempo…

No palácio real, todos os que estavam no quarto conseguiram sair através do vestido de Claire amarrado na janela. O capitão mais uma vez os lidera.

— Rápido, vamos todos sair!

Eles vão andando no pátio e de longe são avistados por Cristhian, Hillary , Ellie e Jennifer.

— Ei, pessoal! Aqui!

Cristhian e as três garotas se aproximam dos demais.

Lisa e Dylan respondem respectivamente.

— Cristhian, meninas!

— Que bom que estão bem.

Julian pergunta:

— Gente, tá faltando mais alguém?

Eles ouvem o chamado de Brian e Trevor indo em direção a eles.

Dylan exclama:

— Graças a Deus que vocês estão bem!

Hillary fica feliz ao ver que Brian está bem, mas prefere não puxar assunto.

Dan argumenta.

— Bom trabalho, agente Brian! Bom, estamos praticamente todos reunidos aqui, mas… Onde está…

Eles avistam o corpo de Charlote no chão do pátio, todos eles se aproximam.

Maximilion percebeu o que havia acontecido.

— Meu… Meu Deus, Charlote?

No meio da penumbra, Scott aparece perante a todos eles. May o avista, seus olhos se enchem de lágrimas e ela corre em direção a ele, não hesita nem um minuto e o beija desesperada como se fosse aquela a última coisa que lhe restava.

— Eu fiquei muito, mas muito preocupada com você, fiquei com medo de te perder e não conseguir dizer que eu te amo muito.

— Você não precisa dizer nada disso, May. Eu que te amo muito!

— Filho?

— Papai! Graças a Deus!

Scott e Dan se abraçam.

— Onde você esteve, Scott?

— Eu… Eu…

Scott vê Maximilion com o olhar fixado no corpo de Charlote e decide se aproximar dele.

— Eu… Eu sinto muito, general… Mas não tive outra escolha, ela estava transformada e ia atacar a Claire e…

— A Claire? Então você deve saber onde se encontra a minha filha? Onde ela tá?

Scott mantém um silêncio ensurdecedor.

— O que aconteceu? Por que não me responde? Onde tá a minha filha?

— Me desculpe, senhor… Infelizmente ela e o Henry entraram naquele salão que… Agora está todo coberto em chamas.

Maximilion dá um passo a frente e vê o grande salão do pátio completamente destruído em chamas, ele se ajoelha no gramado molhado e começa a se expressar com um nó na garganta.

— Cla… Claire… Minha filha! Por quê? Por quê, meu Deus?

Cristhian percebe Victor um pouco distante e com o olhar totalmente abalado.

— Victor? O que aconteceu com você?

May põe a mão no ombro de Cristhian e diz:

— A mãe dele… A dona Matilde, ela… Ela morreu lá dentro.

— Ai, meu Deus! Victor, eu sinto muito!

Cristhian abraça Victor, ele tenta se esquivar, mas acaba cedendo e se derrama em choro.

Scott vendo aquilo olha pra May e indaga…

— May, então…

— Sim, Scott. Eu vi tudo.

A Rainha Elizabeth se distancia um pouco deles olhando para o palácio em chamas.

— Meu Henry… Até quando? Até quando eu vou viver para enterrar as pessoas?

Os demais ficam observando-a.

— Eu já sobrevivi às maiores catástrofes que a humanidade já vivenciou, mas essa… Foge de tudo aquilo que eu imaginei que viria, pois atingiu diretamente à minha família. Até quando eu vou ter que aguentar tudo isso? Até quando?

Todos ali perceberam que apesar de não demonstrar, a Rainha está sofrendo, imagine ver o seu palácio, o seu reinado e os seus herdeiros morrerem tudo em uma noite? Nada está fácil pra ninguém ali. Um pedaço da vida de cada um deles foi arrancado.

Pelo portão principal, Benjamim aparece com duas espadas e armado até os dentes, ele entra no pátio do palácio e começa a destruir todos que aparecem em sua frente. De longe, os outros o avistam, May segura no ombro de Scott e indaga:

— É aquele homem! Aquele que nos ajudou no supermercado.

— Sim, é ele.

Benjamim vai eliminando-os com sua imensa habilidade e rapidamente chega perto do local onde todos estão reunidos.

— O que vocês estão esperando, idiotas? Saiam logo daqui! Eu deixei a passagem livre pra vocês, a ambulância e o corpo de bombeiros já estão chegando.

Eles olham uns para os outros e decidem sair dali enquanto Benjamim vai tentando “limpar” tudo o que avista pela frente.

Cerca de meia hora depois, o corpo de bombeiros já se encontra ali tentando apagar o fogo, várias ambulâncias estão tentando prestar o melhor atendimento possível para eles. A rainha fica isolada em uma ambulância somente pra ela.

Todos estão feridos, destruídos, perderam vários de seus companheiros, não sobrou mais ninguém daquela vasta festa comemorativa, agora restou apenas o luto, a dor, a negação… Como eles vão lidar com tudo isso? Até que ponto eles vão continuar sofrendo dessa forma?

 

 

 

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  • Cenas emocionais com as perdas de Maximilion e da rainha. Sem falar do agente Victor. O que será que virá adiante?

  • Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

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