“Nós crescemos na vida quando aprendemos

Que nossas maiores vitórias são aquelas na qual

Vencemos a nós mesmos.”

                                                  – Lyu Somah.

 

Desde o início, eles no fundo esperavam por esse momento…

— É a batalha final, não é?

O capitão responde.

— Sim. Esse é o momento que colocaremos tudo o que a gente aprendeu em um único objetivo, eu sei que perdemos muito, mas chegou o momento de revidarmos.

O momento em que toda a dor iria se transformar em força…

Victor fala:

— Essa é a maior batalha de nossas vidas… Provavelmente muito sangue será derramado, mas vamos almejar juntos pela nossa vitória.

E dessa força nasceria a paz que vence todos os medos.

O capitão olha mais uma vez confiante.

— E faremos isso… PELO BEM DA HUMANIDADE!

Todos levantam as suas mãos ao céu como um sinal de combate, em seguida todos eles começam a aplaudir com o olhar confiante e com os corações cheios de energia.

Senhoras e senhores, tomem vossos assentos! A batalha mais aguardada da humanidade começa agora!

 

OPENING:

 

 

“Episódio 9: Eu me lembrei daquele dia”

Season Finale

 

 

Chegou o momento da despedida, May juntamente com Trevor e o general Maximilion desejam forças a eles.

— Pessoal, tomem muito cuidado! Com certeza o Dr. Addan não vai deixar essa invasão barata. Sabem muito bem como ele é.

Cristhian em tom cômico fala:

— Não se preocupa, May. Vamos dar um chute na bunda daquele velho.

May e os outros começam a rir. O capitão se pronuncia:

— Bom, pessoal! Já enrolamos demais por hoje! Vamos partir até o porto.

Central da Ilha da Phoenix- Meia hora pra invasão

Fionna está apreensiva olhando para o relógio. Ela sabe que precisa tentar disfarçar o máximo a ansiedade para que ninguém do Dr. Addan desconfie. Edward faz uma chamada através da escuta que ela tem.

— Oi?

— Eles estão partindo pro porto, chegarão depois, mas a equipe aérea virá primeiro.

— Ok, Edward. Estarei no aguardo.

— A Ashley tá com você?

— Não, não agora.

— Ok, deixa que eu faço a chamada pra ela. Haja naturalmente por enquanto.

— Tudo bem.

Edward realiza outra chamada através da escuta para Ashley.

— Ashley, tá na escuta?

Ashley está do lado de dois cientistas quando ouve a chamada bipar no seu ouvido.

— Analisa isso aqui pra mim, eu vou ali um instante.

Ela se afasta dos doutores e vai pra um canto da parede.

— Oi, Edward. Agora posso falar.

— Escute, já avisei à Fionna, eles devem chegar em meia hora, ou até atrasem um pouco, falei pra eles não virem com tanta pressa. Por enquanto trabalhe normalmente, não dê bandeira.

— Tudo bem, eu vou avisar ao Makoto também.

— Ótimo! Entro em contato com vocês. Por enquanto vamos manter as coisas como estão.

— Ok, eu vou voltar ali antes que desconfiem.

Ashley desliga a chamada na escuta, desencosta da parede, se recompõe e volta à sala.

— Desculpem a demora, eu…

Quando ela entra na sala novamente, os dois cientistas que estavam ali não estão mais.

— Que estranho! Estavam aqui agora pouco.

Na mansão Maximilion, uma equipe já está saindo de helicóptero para irem até o porto. O Capitão Dan adverte a oficial Ellie.

— Oficial Ellie? Creio que não é preciso vocês irem conosco até o porto. Você e o oficial Mason já podem sair daqui e ir direto pra ilha.

— Certo, capitão!

— Julian e Jennifer irão com vocês.

O oficial Mason argumenta.

— Capitão, gostaria de pedir permissão de levar mais dois de meus homens para essa primeira etapa, é uma precaução.

— Faça o que for preciso para que a operação seja um sucesso, oficial Mason. Confio piamente que farão um bom trabalho. Oficial Ellie, já tem as coordenadas de como chegar na ilha?

— Sim, capitão. Ao chegarmos lá, vamos dar a volta e tentar entrar pela outra extremidade da central.

— Certo. Boa sorte a todos!

Eles imediatamente adentram os helicópteros e partem dali. O Capitão Dan dá a última ordem.

— Tropa! Dispersar!

Todos eles já estando dentro dos helicópteros partem dali, agora é tudo ou nada. Trevor vendo eles partirem questiona May.

— May, você acha que eles vão conseguir?

— É claro que eles vão conseguir, Trevor. Lembre-se que eles estão fazendo isso justamente pra vingar a morte do Brian e de todos aqueles que nos deixaram.

— Depois que o Brian morreu, eu entendi.

— Entendeu o quê?

— O sonho que eu tive. Faltava uma pessoa para ocupar o último caixão. Eu pensava que fosse o Marco, mas depois eu entendi que esses pesadelos todos que eu estava tendo era pra apontar que o Brian iria morrer, eu deveria ter prestado atenção nisso e ter evitado.

— Trevor, não há como evitar esse tipo de coisa. Agora temos que ser confiantes e aguardar que os nossos amigos vão conseguir tirar a Fionna, a Emily e todos os inocentes daquela ilha de volta.

O general Maximilion conversa com eles.

— A May tem razão, jovem. Eu me sinto até culpado por não poder ir com eles, mas como eu disse, já estou bastante velho e provavelmente a minha presença em uma batalha como essas só iria atrapalhar.

— O senhor não atrapalha em nada, general. Talvez aqui seremos mais úteis para se caso eles precisem nos contactar.

— Penso da mesma forma. Bom, estarei em meu escritório se precisarem de mim, com licença.

No helicóptero onde Ellie é a piloto, o oficial Mason conversa com ela.

— Sabe, eu conheci o Marco.

— Conheceu?

— Sim. Ele era uma pessoa sensacional! Algumas pessoas do batalhão achavam engraçado o sotaque dele e até o chamavam de Marco “Pausini”, se é que você me entende.

Ellie solta uma gargalhada.

— Não acredito que vocês zoavam ele assim.

— Sim, mas ele nem se importava e fazíamos isso porque gostávamos dele.

— Eu entendo. Impossível não gostar do Marco, e antes que me pergunte eu nunca tive nenhum rolo com ele.

— Eu não quis dizer isso.

— Sei, sei. Na verdade eu sempre achei ele um fofo, ele me dava muita energia positiva, sabe? Está sendo difícil pra mim.

— Eu imagino… Mas veja bem, agora você está indo nessa missão justamente pra vingar a morte dele. Então sinta-se privilegiada por isso.

— Sim, é exatamente isso que me dá forças.

Ellie recebe um chamado.

— Oficial Ellie na escuta.

— Ei, gatinha. O que tá rolando aí? Não me diga que tá de papinho com o oficial bonitão aí?

— Ai, Julian. Não começa!

— Vou ficar com ciúmes, hein?

— Será que até nesse momento que praticamente estamos indo em uma missão suicida, você não cala a boca? Cadê a Jennifer?

— Ela quer falar com você.

— Ellie, amiga, não liga pra esse imbecil. Ele acha que é o único homem bonito do mundo. Agarra esse boy aí mesmo e esquece o idiota aqui.

— Jennifer? Por favor! Olha, vocês estão falando besteira demais, me chamem só quando for realmente importante. Tchau!

Ellie desliga a chamada, Mason pergunta:

— Algum problema no outro helicóptero?

— Não, são meus amigos tentando quebrar o gelo.

— Bom, não é má ideia. Afinal, não vamos poder fazer isso quando estivermos lá.

— É… Tem razão.

Na central da ilha, Fionna conversa com Makoto.

— Dr. Makoto. Está tudo bem?

— Sim, eu… Só estou um pouco apreensivo.

— Todos nós estamos. Mas não se preocupe, o Edward tá tomando conta de tudo, a gente só precisa seguir nossa rotina normal hoje até eles chegarem. Pode ser que eles atrasem um pouco, pois tiveram que realizar um velório de última hora.

— Velório?

— Sim, um dos agentes do capitão Dan. Foi muito triste, eles estão arrasados.

— A minha filha vai vim?

— Claro que sim, ela juntamente com todos os outros, mas eles virão depois e irão se encontrar com a Emily na praia, como eu já havia dito. Os oficiais da aeronáutica junto com alguns amigos nossos virão de helicóptero nos resgatar primeiro.

— Graças a Deus! Anos trabalhando nesse maldito lugar contra a minha vontade e longe das minhas filhas sem eu poder dizer que eu estava vivo. Finalmente eu terei o momento de poder vê-las, abraça-las e…

— … Contenha as tuas emoções, Makoto. Lembre-se que ainda não saímos daqui, então por enquanto ainda estamos nas mãos do Dr. Addan.

— Sim, você tem razão, eu sinto muito.

Alguns minutos depois, todos eles chegam até o porto e ali estão algumas fileiras de navios de combate e um específico onde iria colocar praticamente a tripulação inteira do capitão Dan.

O comandante Alfred conversa com o capitão.

— Capitão, se quiser, já pode colocar a sua tropa no navio principal, os barcos menores deixarei para as equipes de ataque.

— Certo, comandante! Pessoal, vamos entrando! Lá dentro eu explico como será a separação das equipes quando chegarmos lá.

— SIM, SENHOR!

Na mansão Maximilion, May está na cozinha fazendo um sanduíche, ela se senta na mesa e fica pensativa por alguns instantes. Em seguida o general Maximilion chega até ali.

— Preocupada?

— Ai! Desculpa, o senhor me assustou!

— Não foi minha intenção, filha. Peço perdão.

— Está tudo bem, general.

— Posso me assentar aqui um minuto?

— Claro, afinal a casa é tua.

O general se assenta em uma das cadeiras.

— Eu a princípio confesso que questionei o fato de você não ter ido com eles, mas depois me lembrei do garoto e… Eu não sou a melhor companhia pra um garoto da idade dele.

— Não diga isso, general. No momento qualquer um de nós precisamos da atenção um do outro, o Trevor tá sofrendo muito.

— Ele e o agente se davam muito bem, não é?

— Sim, praticamente viraram irmãos sem ser de sangue. Agora uma coisa que eu não entendo é como aquele infeliz conseguiu chegar até aqui naquelas condições? Ele já estava praticamente morto, mas conseguiu vir até aqui pra matar o Brian.

— O Dr. Addan deve ter calculado tudo, inclusive a morte da minha filha.

— General, olha, eu sinto muito, eu…

— Não se sinta culpada, jovem May. Eu devo muito a você e ao Scott… Por tudo o que fizeram pela minha Claire quando estávamos ocupados com as questões da reunião parlamentar.

— Não foi nada, general. Agora outra coisa que também me intriga é sobre aquele homem.

— Que homem?

— Aquele que apareceu no palácio e conseguiu tirar a gente dali, não foi a primeira vez que o vimos, na verdade é a segunda vez que ele salva nossas vidas mesmo que indiretamente.

— Espera, já o viram antes?

— Sim, no supermercado quando estávamos sendo atacados pelos infectados, foi ele que apareceu no final e matou todos eles, nós estávamos encurralados e ele nos salvou. Duas vezes ele estava na hora certa e no momento certo… Isso é muita coincidência.

— Estranho. Ele conhece algum de vocês?

— Não, quer dizer, não que eu saiba…  Mas ainda sim acho estranho, mas ele falou o nome dele uma vez… Benjamin… É, Benjamin é o nome dele!

— Benjamin? Não lembro se conheço alguém próximo com esse nome.

— Eu também não e ele simplesmente sumiu. Depois de que saímos daquele lugar, ele desapareceu sem deixar rastros.

— Muito estranho. Bom, eu vou deixar você comer o teu sanduíche sossegada, esse velho já te atormentou demais.

— Não, não é incômodo nenhum.

— Qualquer coisa, me procure.

— Obrigada!

No navio, o capitão Dan está dando as coordenadas a eles.

— As equipes dos outros representantes, vou deixar que vocês mesmos façam as separações de suas equipes conforme queiram, não vou interferir nisso, se eu precisar de um de vocês a mais eu aviso, mas preciso de mais uma mulher pra formar a nossa equipe, pois duas das nossas melhores já foram na frente.

— Capitão, permita-me apresentar. Sou Judy Crawnford, cabo do exército do País de Gales, ofereço os meus serviços para somar à sua tropa.

A cabo Judy tem aproximadamente 32 anos, 1,65 de altura, cabelo curto, liso com um tom quase púrpura. Lábios carnudos e olhos rasgados.

— Certo, cabo Judy, se ninguém mais tem alguma objeção, eu não vejo porque impedir. Quero que conheça Lisa Ishihida, ela é nova cadete da nossa tropa, mas já mostrou ter muita coragem.

— Muito prazer, Lisa.

— Prazer… Você também é oriental?

— Sou das Filipinas, mas cresci no País de Gales.

— Eu percebi pelos teus traços, eu sou sul coreana.

— Fico feliz em saber que não sou a única asiática da equipe.

O capitão Dan se pronuncia.

— Também quero te apresentar a agente Hillary, trabalha conosco desde o início.

— Muito prazer, agente Hillary!

— O prazer é todo meu, cabo Judy.

— Bom, senhoras e senhores. Vamos fazer a divisão das equipes… Agente Victor! Você vai liderar a equipe juntamente com Dylan e Hillary.

— Certo, capitão!

— O próximo time será composto por Scott, Judy e Lisa.

Os três respondem:

— Certo, capitão!

— Cristhian, você vem comigo. Preciso de mais um agente pra formar o trio, alguém se candidata?

Um jovem da marinha se apresenta.

— Sir, com a permissão do comandante Alfred, gostaria de integrar-me.

Alfred diz:

— Permissão concedida, oficial.

— Certo, apresente-se!

O jovem bate continência e diz:

— Sir, sou o marinheiro Demétrio Torfel da unidade de cadetes da Marinha da Inglaterra.

Demétrio tem aproximadamente 24 anos, magro, pele clara, cabelos pretos, e de boa aparência.

— Certo, Demétrio, ficará juntamente comigo e o cadete Cristhian.

— Muito prazer, Demétrio!

— Ei, eu conheço você!

— Me conhece?

— Sim, estudávamos na mesma escola. Não na mesma turma, mas eu lembro de você, sempre se metia nas detenções e me lembro quando fomos na festa de aniversário de um dos colegas da outra classe e você estava roubando os docinhos da…

Cristhian tampa a boca de Demétrio.

— … Você não me conhece, é a primeira vez que você tá me vendo, certo?

Ele cochicha perto dele.

— O que você tá fazendo? Quer queimar meu filme pro capitão?

— Desculpa, eu não sabia.

— Ok, crianças, depois vocês resolvem os problemas do colegial de vocês. Quero que levem a sério essa missão, a partir do momento que pisarmos naquela ilha, só poderemos cantar vitória quando sairmos dela e com nossa missão concluída: O resgate da Fionna, Emily e todos os reféns… Comandante Alfred! Quero que envie um dos pequenos barcos para desembarcarem primeiro e ir de encontro à garota Emily na praia, não precisa ser uma equipe grande, três deles já é o suficiente. Vamos trazê-la pra dentro do navio e em seguida as outras equipes vão desembarcar pra chegarem até a central da Phoenix.

— Certo, capitão! Tudo em ordem.

— Ok, então vamos!

Na mansão Maximilion, Trevor está no quarto sozinho e pensativo. Para ele tudo isso é um pesadelo terrível, primeiro ele perde seus pais quando explodiu a infecção na Grã-Bretanha e agora está vendo tudo em sua volta desmoronar.

Ele começa a se lembrar de todos os momentos que teve com Brian, desde o momento em que ambos estavam na casa do capitão Dan na primeira vez quando foram atacados pelo poderoso Aragon, em seguida todos os momentos que tiveram já na mansão Maximilion, até o momento de sua trágica morte.

Trevor senta na cama e abaixa a cabeça chorando muito, para ele só resta esperar para que as mortes de todos eles sejam vingadas.

No navio, a cabo Judy está conversando com Lisa.

— Bom, já que ficaremos juntas na mesma equipe. Qual a tua maior motivação disso tudo, Lisa?

— A minha irmã. Ela… Ela é a garota por qual está sequestrada naquela ilha.

— Então essa Emily é a tua irmã?

— Sim… O Dr. Addan a sequestrou meses atrás. A Fionna também foi levada junto com ele.

— Que bizarro! Eu soube de todas as atrocidades que esse homem fez, e o atentado que ele planejou contra o casamento real.

— Sim, eu testemunhei tudo.

— Estava lá no casamento real?

— Sim, nós estávamos abrigados na Mansão Maximilion, então a Claire nos convidou para o casamento e, bom… Você já sabe o que aconteceu.

— Meu Deus, que tragédia! Agora eu entendo o motivo de toda essa movimentação, a gente recebe ordens, mas nunca fica sabendo do que rola nos bastidores. Então isso é muito mais que uma simples guerra, é um acerto de contas.

— Digamos que você resumiu tudo. É basicamente isso.

Ainda ali no navio, Cristhian e Dylan estão conversando com Demétrio.

— Vocês dois são bem jovens, não que eu seja um idoso, mas como já entraram na unidade?

Cristhian o responde:

— Na verdade as circunstâncias nos obrigaram a isso. A garotinha por qual a gente vai salvar é irmã da Lisa, aquela ali (apontando o dedo) que está conversando com a outra mulher.

— Tá brincando? A irmã dela é o objetivo principal da missão?

— Sim.

— Que loucura! Mas então como vocês se meteram em tudo isso?

Dylan o responde:

— Bom, porque a Lisa é namorada dele.

— Shh, cala a boca, Dylan!

— E eu menti? Sai de cima do muro logo, irmãozinho. Assume logo essa relação e pronto.

— E vocês são dois são irmãos?

Ambos respondem:

— Sim.

— Então eu suponho que você seja mais velho que o Cristhian?

— Não, na verdade o Cristhian é o mais velho.

— Nossa! Desculpa, é que não parece. Não por você… É…

— Dylan! Meu nome é Dylan.

— Não por você, Dylan, você parece ter a idade que tem, mas o Cristhian…

— Isso, fala logo que eu sou imaturo!

— Não foi o que eu quis dizer. Mas quer saber? Que bom que encontrei vocês aqui! Acho que formaremos um bom time.

Dylan o responde:

— Eu também espero, já passamos por muita coisa esse ano. Perdemos os nossos amigos e essa batalha vai decidir o nosso futuro.

Em outro canto do navio, o capitão Dan se aproxima da agente Hillary.

— Agente Hillary?

— Capitão?

— Você está bem?

— Bom, já estive melhor.

— Sei que tá sendo difícil, você quase não falou uma palavra desde que chegamos nesse navio, mas quero que saiba que nós sentimos muito, muito mesmo. Essa guerra está mexendo com toda a nossa estrutura, veja como o agente Victor ficou depois do que aconteceu no palácio! Ele tá sentindo uma dor que nunca imaginou sentir, e imagino que você e todos nós também estamos. Como seu capitão, eu preciso manter minha postura, mas eu nem consigo imaginar na possibilidade de perder o meu filho Scott… Quero que saiba que eu também sou ser humano como você, Hillary. Eu também sofro, eu também choro, eu também sinto raiva, passo noites sem dormir… O que eu te peço agora é que use isso pra vencer essa guerra, você é uma das nossas mulheres agentes mais competentes que já passaram por nós, então seja corajosa!

Hillary fica emocionada com as palavras do capitão Dan, mas dali ela tira forças de onde não tem pra conseguir se reerguer. A morte de Brian talvez jamais seja reparada, um homem tão jovem e cheio de sonhos que vai deixar um vazio imenso em todos os corações.

Na mansão Maximilion, Trevor está sentado na cama chorando, May entra no quarto vagarosamente.

— Trevor? O que houve, querido?

— Eu não estou conseguindo, May. Dói demais! Eu sinto muita falta dele.

— Ei, eu sei. Você era muito apegado a ele, e não te julgo, porque o Brian era uma pessoa maravilhosa! Ele alegrava os meus dias como de todos nós, vai ser difícil saber que não teremos mais ele pra nos divertir.

— Você acha que o Brian e o irmão dele estão no mesmo lugar?

— Se for um lugar bom, sim! O Brian fez exatamente o que o irmão dele fez por ele. E quer saber de uma coisa? Acho que eles estão agora no céu olhando pra você e pedindo pra que você seja forte. Se eles venceram, você também pode.

Trevor não diz mais nada e apenas abraça May. Ele, assim como todos, está sofrendo muito com toda essa situação.

No navio, Victor está pensativo olhando para o mar, Scott se aproxima dele.

— Está tudo bem?

— Sim, sim, eu só estou… Pensando em tudo isso.

— É, eu sei que tudo o que você queria neste momento é estar deitado na cama tomando chá sem medo do que os outros vão pensar.

— Olha, a ideia não é ruim.

— Victor…  Eu admiro muito você, tanta coisa que você passou e eu nem vi metade, pois só vim te conhecer a pouco tempo. Fico me perguntando: Por que a minha mãe se tornou esse monstro? Por que ela não poderia ser igual a tua mãe? Ela parecia ser tão preocupada e apegada a você.

— É, sim. Ela era. Não tínhamos um bom relacionamento com meu pai, isso meio que deixou as coisas fora da ordem. Mas eu consegui me restabelecer com o tempo. Bom, até agora.

— Até agora? Cara, você é a pessoa mais incrível que eu já conheci.

— Está sendo gentil, Scott.

— Não estou não, é por isso que meu pai tem esse apreço por você. Ele não é de demonstrar sentimentos, mas eu sei quando ele gosta de uma pessoa. Se isso te consola, ele olha pra você da mesma forma que olha pra mim… Como um filho.

— E você… Não sente ciúmes por isso?

— Victor, sou um homem adulto, você acha que vou perder meu tempo com ciúmes bobos? E também porque sei que meu pai escolheu a pessoa certa.

— Não sei como reagir a isso, mas… Agradeço. E você e a May? Como estão?

— Bom, antes de virmos pra cá, fizemos uma promessa. Se eu sair vivo dessa guerra, vamos nos casar.

— Espero que você mais do que nunca saia vivo disso tudo. Vocês merecem tudo isso.

— E você, Victor? Quando vai encontrar a sua felicidade?

— Talvez… Talvez eu não a encontre. Talvez viverei vagando pelo mundo apenas cumprindo minhas missões, acho que é isso que o destino reservou pra mim.

Scott se aproxima dele.

— Irmão… Eu desejo que você seja a pessoa mais feliz desse mundo.

Victor fica emocionado com aquelas palavras, Scott o abraça. É essa amizade que fará com que eles vençam essa guerra, não há mais tempo para arrependimentos, o momento de agir é agora.

Arredores da Ilha da Phoenix- 10 minutos para a Invasão.

Já se passou algum tempo e os helicópteros onde estão Ellie e os outros já estão próximos do local indicado da ilha.

— Já estou vendo a ilha, precisamos avisar ao tal do Edward.

No helicóptero onde está Julian, ele faz a chamada para Ellie.

— Ellie, estamos bem atrás de vocês, o que faremos agora?

Ellie no outro helicóptero responde:

— Ok, Julian. Vou tentar entrar em contato com aquele moço lá da ilha, só um momento.

Ellie consegue entrar em contato com Edward, por sorte tudo isso foi resolvido antes mesmo deles irem pra ilha.

— Edward na escuta!

— Oi, aqui é a oficial Ellie, nós já chegamos na ilha e estamos dando a volta.

— Ótimo! Vocês vão dar a volta e descer pela entrada que eu havia falado, eu vou distrair os guardas, se você for entrar, peça que outra pessoa assuma o comando do helicóptero pra que possam pousar mais longe.

— Ainda bem que o Mason trouxe mais dois. Você sabe pilotar, oficial? (Perguntando ao outro oficial que estava no helicóptero com eles).

— Sim, senhorita.

— Ótimo! Só um minuto… Jennifer, Julian! Perguntem se o oficial que está com vocês sabe pilotar.

Jennifer pergunta:

— Você sabe pilotar?

— Sei sim.

— Ele disse que sabe.

— Ótimo! A partir de agora ele vai assumir a pilotagem daí e o nosso outro oficial vai pilotar aqui, o Edward disse que se quisermos entrar, vamos ter que descer pela entrada em uma corda antes do helicóptero pousar.

— Estou pronta!

Rapidamente, os oficiais assumem a pilotagem e dão a volta pela ilha. Edward anda pelo corredor para chegar ao local indicado. Quando ele se aproxima do corredor que fica próximo à entrada do extremo leste da central, ele vê dois guardas fazendo monitoramento. Ao invés de tentar algo, ele apenas passa por eles tranquilamente.

— Bom dia, senhores!

— Sir!

— Sir!

Edward imediatamente se aproxima da porta e abre vagarosamente, tem um guarda ali do lado de fora, ele observa um dos helicópteros se aproximando.

— Mas o que é aquilo?

— Ei, colega!

O guarda vira.

— Nada pessoal, mas você vai atrapalhar.

Edward quebra o pescoço do guarda e este cai morto na entrada do compartimento.

— Foi mal, cara. Mas precisava fazer isso.

O helicóptero onde está Ellie fica sobrevoando próximo à entrada. Uma corda é jogada e Edward consegue movê-la pro assoalho da entrada.

Ellie é a primeira a descer, em seguida o oficial Mason também desce. O piloto se afasta e deixa que o outro helicóptero se aproxime. Enquanto isso, Ellie cumprimenta Edward.

— Muito obrigada pela ajuda! Você deve ser o Edward?

— Sim, prazer em conhecê-los.

— Muito prazer, sou o oficial Mason.

No outro helicóptero, a corda é jogada e Jennifer desce na frente. Em seguida Julian também desce e após recolherem a corda, o outro piloto se retira dali.

— Bom, vieram só vocês agora?

Ellie o responde:

— Sim, como você disse, é melhor vir um pouco número na frente.

— Certo, escutem bem vocês. Como os pilotos vão ficar do lado de fora, deixa que eles fiquem lá por enquanto, é mais seguro. Vamos precisar deles pra tirar a Fionna e o pessoal daqui.

Jennifer olha para o guarda morto.

— Pelo visto os trabalhos já começaram, né?

— Sim, e tem dois deles no corredor, vamos ter que passar por eles, mas isso é o de menos. Vou avisar logo à Fionna que vocês chegaram.

Edward faz a chamada para Fionna através da escuta.

— Fionna? Tá por aí?

—Edward? O que houve?

— Teus amigos já estão aqui.

— O quê? Sério?

Jennifer se aproxima do ouvido de Edward.

— E aí, minha querida sósia. Sentiu minha falta?

— Jennifer? Não acredito, vocês vieram mesmo.

— Ok,vamos nos acalmar. Fionna, procure manter a Ashley e o Makoto perto de você, mas não fiquem tão próximos, só quero garantir que teremos sucesso na evacuação dos três.

— Tudo bem, farei o que for preciso.

— Ótimo! Estamos a caminho!

Edward desliga a chamada, neste momento Ashley se aproxima de Fionna.

— Fionna!

— Ashley, graças a Deus! Eles já estão aqui. Precisamos ficar em alerta.

— Sério? Graças a Deus! Mas… Tem alguma coisa estranha.

— O que foi?

— Não era pra ter um monte de cientistas fazendo expediente aqui agora?

— Quê?

No navio, o capitão Dan está recebendo uma chamada através de uma escuta.

— Tudo bem, perfeito!… Senhores! A oficial Ellie me informou que eles já chegaram na central e encontraram com o Edward. Agora precisamos mobilizar os integrantes que vão desembarcar primeiro pra resgatar a Emily.

O comandante Alfred diz:

— Capitão, eles já vão desembarcar, estão há minutos na nossa frente.

Um oficial grita:

— Comandante! Capitão! Chegamos na ilha!

 

Enfim, o navio chega na famosa ilha da Phoenix. Os demais se aproximam da proa e avistam o local. Lisa diz:

— Chegamos! Finalmente esse dia chegou!

Os primeiros barcos que estavam na frente param na borda da praia e os agentes que estavam ali desembarcam totalmente armados até os dentes.

Na central, Edward conversa com eles.

— Ok, eu vou passar na frente e dou o sinal pra vocês me seguirem.

Todos respondem:

— Certo!

Edward entra novamente e vai chegando ao corredor exclamando:

— Senhores, escutem! Preciso ter um papo com vocês, eu…

Edward percebe que os guardas não se encontram mais ali.

— Mas… Como que… Pessoal!

Eles entram e ficam monitorando cada passo do corredor armados. Mason questiona:

— O que aconteceu?

— Era pra ter dois guardas aqui. Eu acabei de passar por eles.

— E isso é bom ou ruim?

— Bom, ao menos não vamos precisar enfrentar eles, mas por que sairiam daqui? Não é do feitio deles.

Ellie responde:

— Se saíram é porque o destino quer que a gente passe por aqui, então vamos!

— É, você tem razão. Vamos indo!

Eles continuam a andar pelos corredores, mas Edward está intrigado com o “sumiço” dos guardas.

No navio, Lisa e os demais estão receosos com a chegada, ela parece estar tremendo de nervosismo com tudo o que está acontecendo. Neste momento Cristhian se aproxima e pega na mão dela.

— Com medo, Lisa?

— Cristhian?

Dylan também chega e segura na outra mão dela.

— A gente tá junto nessa, lembra?

— Dylan!

Cristhian diz:

— Nós três concordamos em participar dessa guerra desde o começo, quando tudo começou lá na Grã-Bretanha… E agora chegou o momento de mostrarmos a esses infelizes quem somos nós.

— Isso mesmo, Lisa. Não teríamos chegado aqui se não fosse por você. A Emily é tão importante para nossas vidas como ela é pra você, então é agora que a gente tem que abandonar de vez o nosso medo.

— Vocês tem razão, meninos! Eu me lembro daquele dia, onde tudo se tornou turvo, onde as minhas esperanças se perderam, mas eu conheci vocês e agora nós estamos aqui, unidos por um só propósito, chegou o momento do Dr. Addan ver que mexeram com as pessoas erradas, vai pagar por ter tirado a minha família de mim.

Ambos respondem:

— Isso!

Lisa retoma a coragem e a confiança novamente:

— Acabou pra você, Dr. Addan!

E pensar que tempos atrás, nenhum deles tinha uma única chance de lutar. Agora é muito mais que um jogo de sobrevivência, agora é olho por olho e dente por dente. Quem vencerá essa batalha?

Na central, Ashley e Fionna continuam conversando.

— O quê? Como assim não tem ninguém?

— Eu juro, Fionna! Hoje eu vi bem poucas pessoas aqui na central, e as poucas que eu vi, sumiram do nada.

— Esse lugar tem centenas de pessoas, Ashley. Não podem sumir assim do nada. Cadê o Makoto?

Makoto se aproxima rapidamente onde elas estão.

— Moças, já estou aqui. O que aconteceu?

Fionna diz:

— Sr. Makoto, eles já estão aqui na central.

— Graças a Deus!

— Senhor, me responda uma coisa. Você viu alguém no corredor agora?

— Tinha um guarda ali.

— Aonde? Me mostra.

Ashley estranhando o comportamento de Fionna, questiona:

— Espera, Fionna! O que você tá fazendo?

Os três saem da sala onde eles estavam para irem ao corredor e o guarda pelo qual Makoto havia falado, não estava mais ali por perto.

— Não tá aqui.

— Mas…  Ele estava aqui ainda agora.

Ashley questiona:

— Fionna, o que tá acontecendo?

— Tem alguma coisa errada.

— O que foi?

— Onde tá o Dr. Addan?

Na Mansão Maximilion, May e Trevor estão vendo as notícias pela TV. O General se aproxima dos dois.

— Queridos, eu vou ficar um pouco no jardim, vocês querem alguma coisa?

— Não, general. Obrigada! Não se incomode conosco, a gente se vira aqui.

— Ok então. Com licença.

O general Maximilion sai dali do quarto, ele desce as escadas e quando está chegando próximo à porta ouve um barulho vindo de seu escritório. Ele hesita a princípio, talvez um vento tenha batido na janela, pois só tinha eles ali na casa, mas ele resolve conferir mesmo assim.

O general entra no escritório e vê uma de suas medalhas jogadas ao chão, ele estranha e quando olha pra trás, parece ter visto algo.

— Mas… Você?

Na ilha, os agentes que desembarcaram já se encontram ali na praia de prontidão. Eles estão procurando por Emily até que um deles chama o outro.

— Chefe! Não encontramos a garota!

— O que disse? Ela não pode ter sumido, deve estar escondida assustada. Procurem de novo!

Na central, Fionna está falando com Edward pela escuta.

— Edward, onde vocês estão?

— Já estamos chegando aí em vocês, fica tranquila.

— Escuta, você viu mais alguém na central?

— Vi algumas pessoas, mas… Estranho, a passagem tá livre. Eu só precisei me livrar do guarda que estava no assoalho.

— Pois é, percebemos a mesma coisa. Nós três estamos aqui perto da sala laboratorial B, estamos te esperando.

— Ok, chegamos em 5 minutos no máximo.

Na praia, os guardas continuam a procurar por Emily sem resultado.

— Chefe! Nada, precisamos entrar em contato com o pessoal do navio.

— Droga!

Ele faz uma chamada para o comandante.

— Comandante Alfred! Não encontramos a garota em lugar nenhum.

— O quê? Não podem estar falando sério.

O capitão Dan questiona:

— O que houve?

— Não estão encontrando a garota.

— Quê? Não pode ser possível, deixe-me falar com eles… Aqui é o capitão Dan, o que houve?

— Capitão, meus homens e eu estamos procurando a garota em todas as partes aqui na beira da praia e não estamos a encontrando em lugar nenhum.

— Isso não pode ser possível, disseram que ela já estava aí esperando.

— Pois é, não a encontramos.

— Ela deve estar assustada, como não viu nenhum de nós que ela conhece, talvez pensou que fosse alguém do Dr. Addan e se escondeu na floresta, aguardem aí! Vamos nos preparar para desembarcar.

— O que houve, capitão?

— Realmente não a encontraram, a pobrezinha deve estar escondida e com medo, melhor a gente ir até lá e tirá-la de lá.

Lisa ouve a conversa.

— O que houve, capitão? A Emily não tá lá?

— Ela deve estar escondida, Lisa. Os que desceram não são conhecidos por ela, então devemos nos preparar para desembarcar.

Na central, Edward finalmente encontra Fionna e os outros.

— Graças a Deus vocês chegaram!

— Não seja por isso, Fionna.

— Finalmente pude conhecê-la pessoalmente, Fionna. É mais bonita pessoalmente, ainda bem que me disfarcei de você.

— É um prazer conhecê-la pessoalmente também, Jennifer. Oficial Ellie?

— Olá, Fionna. Esses são Julian e o oficial Mason.

— Prazer em conhecê-los, rapazes. Essa é a Ashley e o Dr. Makoto, pai das meninas.

Ellie questiona:

— Senhor Ishihida, é uma honra conhecê-lo pessoalmente, vamos levá-lo de volta à sua filha.

— Obrigado! Vocês devem ter sido enviados por Deus.

Julian pergunta:

— Tá, o que a gente faz agora?

Edward responde:

— Pra nossa segurança, vamos ficar na sala do Neon. Venham comigo!

Mason sem entender questiona:

— Na sala de quem?

Enquanto isso, na mansão Maximilion, May continua ali com Trevor no quarto de cima vendo a TV, ela tem a sensação de ter ouvido algo e se levanta da poltrona.

— General? Algum problema?

May fica por alguns segundos intrigada, em seguida Trevor chama a atenção dela.

— May, veja! Estão falando daquele vírus lá no país onde você tinha ido, vem ver.

— Ok, Trevor. Estou indo.

Na central, todos eles entram na sala do projeto Neon. O oficial Mason se assusta ao ver o monstro no recipiente.

— Mas… Que porcaria é aquela?

Fionna responde:

— Esse é o Neon, uma das bestas criadas pelo Dr. Addan.

Ellie diz:

— Puta que pariu! É igual ao outro, o tal do Aragon.

Julian confirma:

— Sim, tão horroroso quanto ele.

Mason em tom assustado questiona:

— E tem outro??

Ellie recebe uma chamada do capitão.

— Na escuta, capitão. Já estou aqui e estamos com a Fionna.

— Que bom! Escuta, Ellie. O Edward está aí com vocês?

— Sim, por quê?

— Alguns dos agentes desembarcaram primeiro na praia e não encontram a Emily em lugar nenhum.

— Tá brincando?

— O que houve?

— Edward, eles estão dizendo que não encontraram a Emily na praia.

— Não pode ser possível, eu vi no localizador, espera um pouco.

Edward pega o localizador e mostra pra eles.

— Está vendo isso aqui? Esse pontinho amarelo é ela, e pelas coordenadas ela tá na praia, veja.

Ambos ficam olhando pra aquilo intrigados.

— Mas… Então como eles não acharam ela?

— Me passa aqui o fone, deixa eu falar com ele.

— Tá.

— Capitão Dan, aqui é o Edward.

— Estou na escuta, Edward.

— Olha, eu não entendo como eles não encontraram a Emily, acabei de olhar no localizador, e ela está em um local acessível, não tem como eles terem passado batido.

— Mas… Então como eles não acharam ainda?

Na praia, o que estava liderando aquela tropa ouve gritos de um dos lados.

— Aaaaaaahhh!

— Agentes? O que houve?

Ele ouve outros gritos do outro lado.

— Agentes! O que está acontecendo? Por que não respondem?

Ele dá alguns passos pela areia arrodeando a praia, quando chega em um determinado local, parece ter avistado algo.

— Merda!

Na central, continua a conversa entre Edward e o capitão.

— Capitão, não sei como eles não encontraram ainda a garota, mas isso é impossível! E esse rastreador não costuma dar falhas.

— Ok, vamos entrar em contato com eles novamente, mas acho que já iremos desembarcar também.

— Ótimo! Entrem em contato qualquer coisa.

Fionna preocupada, pergunta:

— O que houve, Edward?

— Eles não estão achando a Emily, mas ela está lá.

Makoto argumenta.

— Talvez a minha Emily esteja escondida, ela deve tá com medo de ver tantos agentes assim.

— Mas ela sabia que o capitão Dan viria, combinamos que ela iria esperar na praia. Tem alguma coisa estranha nisso.

Fionna questiona:

— Edward, você viu o Dr. Addan hoje?

— Não, confesso que não o vi, por quê?

— Pois é, nós também não.

Ashley diz:

— E não vimos a louca da Hilda também.

Mason vendo a discussão, os interrompe:

— Gente!

Todos:

— O quê?

— Será que só eu que não estou ignorando o fato de que estamos na mesma sala onde tem um monstro enorme que pode acordar e devorar a gente?

Jennifer se aproxima dele tocando em seu ombro.

— Mason, olha, você é um gato! Mas ainda tem muito que aprender, baby.

Na proa do navio, o comandante Alfred tenta entrar em contato com os oficiais que estão na praia.

— Tenente! Tenente, tá na escuta? Alguém? Droga!

— O que houve, comandante?

— Eu acho que perdemos o sinal, não consigo falar com nenhum deles.

— Não tem como simplesmente perder o sinal, é melhor a gente desembarcar logo. Tropas! Preparem-se para o desembarque!

Todos eles preparam os botes pra desembarcarem imediatamente do navio e tentar chegar na praia. Mas… O que aconteceu com os outros agentes?

Na central, Edward tenta bolar um plano entre eles.

— Escutem, vamos aproveitar o momento para irmos atrás do Dr. Addan e dá um jeito de prender ele antes que mais pessoas se machuquem. Fionna, fique aqui na sala com a Ashley e o Makoto, não saiam daqui até que a gente volte.

— Entendido.

— Pessoal, vamos nessa!

Os 5 se retiram dali deixando Fionna, Ashley e Makoto preocupados. Ao saírem da sala, eles se dirigem aos corredores e Ellie pergunta:

— Escuta, é seguro deixar eles ali dentro?

— Acredite ou não, a sala do Neon é o local mais seguro onde eles podem se esconder agora.

Mason ainda assustado com o que viu pergunta:

— Mesmo com aquele monstro lá dentro? E se ele acordar?

— Ele não acordou quando a Emily estava aqui com a gente, agora é que não vai mesmo.

Edward avista uma sombra vindo do corredor. Ele cochicha.

— Droga, tem alguém vindo, se escondam!

Eles rapidamente conseguem se esconder nos cantos das paredes. Vindo a passos calmos, uma das doutoras está passando por ali, Edward finge total normalidade e ela o cumprimenta.

— Bom dia, senhor!

— Bom dia! É…

Quando ela está prestes a continuar seu caminho, Edward a chama.

— Escuta, viu o Dr. Addan?

— Deve estar em seu gabinete, senhor.

— Entendo. Deixa eu te perguntar uma coisa: Onde é que tá todo mundo?

— Como assim, senhor? Estão todos aqui. Todos estão onde deveriam estar.

Ela sorri e continua a caminhar.

— Até mais tarde, Senhor!

Edward fica completamente intrigado e até um pouco assustado com o que ouviu.

— Tá… Agora me explica que porra foi essa?

Na praia, eles já estão descendo dos botes. Vários deles em alguns instantes tomam conta do local. Cristhian sem prestar muita atenção acaba caindo em uma poça cheia da água da praia.

— Mas que droga!

O capitão avista e pergunta:

— Tá tudo bem aí?

— Tá sim, capitão. O que uma poça tá fazendo aqui?

Demétrio segura na mão dele.

— Vem cá, Cristhian. Eu te ajudo.

— Valeu! Ai!

— Que estranho!

— O que foi?

— Nada, é que… Tem outra poça exatamente do mesmo tamanho ali.

— E?

— Se não fosse loucura… Diria que esse buraco se parece muito com uma pegada.

— Você bebeu a garrafa inteira ou deixou um pouco pra mim?

Do outro lado, os outros agentes vão tomando seu espaço na praia. Judy questiona:

— Gente, cadê os guardas que tinha desembarcado primeiro?

Lisa responde.

— Muito estranho. Ninguém some assim do nada.

O comandante Alfred grita o capitão Dan.

— Capitão! Eles não estão aqui!

— Isso é impossível! Onde diabos está todo mundo?

Na central, Edward conversa com os outros.

— Então, vou mostrar pra vocês onde fica a sala do Dr. Addan e consequentemente da Hilda, eles não ficam muito distantes, vou deixá-los lá perto e vou entrar na sala de controle pra tentar mobilizar o cara das câmeras.

Todos:

— Certo!

Minutos depois, Edward entra na sala de comando onde ficam as câmeras e não encontra ninguém ali.

— Mas que droga! Era pra ter alguém aqui. Enfim…

Ele vai pra mesa de controle e avista as câmeras. Em todos os corredores e salas, não tem mais ninguém pela central.

— Isso é muito estranho, ninguém desaparece assim do nada.

Ele acessa a câmera do gabinete do Dr. Addan e vê que ele se encontra ali sentado na poltrona.

— Agora a gente te pega, seu desgraçado.

Ele entra em contato com Ellie.

— Ellie, tá limpo! O Dr. Addan está na sua sala, não encontrei a Hilda, mas peça pra ir dois na antessala que fica do lado da dele.

— Certo, Edward! Julian, você vem comigo pegar aquele infeliz! Jennifer e Mason, vocês vão na antessala.

— Entendido!

Na sala do projeto Neon, Ashley e Fionna estão conversando preocupadas.

— Isso é muito estranho, a Emily não foi encontrada e a gente não viu o Dr. Addan ou qualquer um dos outros em lugar nenhum.

— Fionna, o que você acha que pode ser?

— Eu não sei, Ashley. Estou um pouco preocupada, não por nós, mas pela Emily.

Makoto está em um canto da sala e começa a observar o recipiente de Neon.

— O que… Tá havendo?

Fionna e Ashley olham para o recipiente. A primeira questiona:

— O que foi?

Ashley exclama:

— A água tá borbulhando! O que isso significa?

Jennifer e Mason entram na antessala, o local está repleto de quadros em todas as paredes, eles estão cautelosos, pois qualquer um dos guardas do Dr. Addan ou a própria Hilda pode aparecer por ali.

— Mason, me avisa se vê alguma coisa.

— Deixa comigo!

Jennifer vê cinzeiros em cima de uma mesa, pelo visto não tinha muito tempo que alguém havia tragado um cigarro ali.

— Que bizarro! Como essas pessoas daqui sumiram?

— Jennifer, eu encontrei alguma coisa!

— Já estou indo!

No gabinete do Dr. Addan, Ellie e Julian entram na sala vagarosamente. Eles avistam apenas os cabelos brancos do Dr. Addan sentado na poltrona. Ellie se aproxima lentamente e coloca o cano da arma na cabeça dele.

— Se não quiser que eu estoure a sua cabeça, levante-se devagar e coloque as mãos pra cima, seu velho filho da puta!

Edward está na sala de controle vendo as filmagens dos outros locais.

— Mas onde diabos está a Hilda?

No gabinete, Ellie insiste.

— O que tá esperando, Dr. Addan? Levante-se agora mesmo! Não me ouviu?

Ela irritada vai pra frente da poltrona e se impressiona com o que vê.

— Não pode ser.

Julian também se aproxima.

— Puta que pariu, é um boneco! O miserável enganou a gente!

— Não, isso não pode tá acontecendo.

Ela entra em contato com Edward.

— Edward! O Dr. Addan enganou a gente, ele colocou um boneco no lugar dele.

— Quê? Mas eu acabei de olhar pelas imagens e era ele. Só um minuto… Espera, cadê vocês?

— Como assim? Estamos na sala dele.

— Eu… Eu não estou vendo vocês na tela e o Dr. Addan continua sentado.

— Como assim, Edward? A gente tá bem do lado da poltrona dele.

— Espera…

Edward se aproxima da tela notando os frames da imagem.

— Não pode ser… Merda! Merda! Merda! É uma gravação! Ellie!!

— O que foi?

— É uma gravação! O Dr. Addan manipulou as filmagens, saiam daí agora!

— Meu Deus!

Julian pergunta:

— O que foi, Ellie?

— As imagens do Dr. Addan na câmera foi manipulada, fique atento, Julian! Tem alguém aqui.

Os dois seguram suas armas em cada extremidade da sala temendo o pior.

Na antessala, Mason mostra uma planilha na parede.

— Veja isso!

— Meu Deus! Esse é o plano de ataque que o desgraçado do Addan tinha feito pra atingir a gente no palácio real.

— Vejam! Tem fotos de vocês.

— Sim. Que miserável! Ele calculou tudo friamente pra pegar todos nós.

— Olha, Jennifer. A planilha vai até o final da parede.

— Deixa eu ver.

Os dois se aproximam do final da parede e tem uma cortina cobrindo a última parte.

— Que estranho! Por que essa parte tá coberta?

Os dois tiram a cortina dali e mostra uma planilha escrita acima “PRIORIDADE MÁXIMA” e abaixo duas fotos.

— Por que as fotos da May e do Trevor estão aqui?

Ela para por alguns segundos e depois entra em uma linha de raciocínio.

— Ai meu Deus! Meu Deus!

— Jennifer! O que foi?

— É uma armadilha! Trouxeram a gente pra cá de propósito, o alvo é a May e o Trevor!

— Quê?

Na Mansão Maximilion, Trevor e May estão vendo a TV, até que do nada o sinal cai.

— Caiu o sinal, May. Será que foi a energia?

— Não, impossível. Que estranho!

Nos corredores da mansão, podemos ver passos de botas masculinas no local. May de dentro do quarto, ouve o barulho.

— General? General, é o senhor?

— May, o que foi?

— Tem alguma coisa errada, Trevor.

— O que foi?

— Tem mais alguém aqui na casa.

Na central, Jennifer e Mason saem desesperados da antessala e vão até o gabinete do Dr. Addan.

— Ellie! Ellie!

— O que aconteceu, Jennifer?

— É uma armadilha! O Dr. Addan preparou tudo isso pra matarem o Trevor e a May na mansão. Eu vi na planilha, eles são os próximos da lista.

— Ai, meu Deus!

Na mansão, a tensão começa a aumentar.

— May, o que você tá fazendo? Eu estou com medo.

— Shh… Fala baixo, Trevor.

Na central, Ellie entra em contato com o capitão.

— Capitão, o Dr.Addan enganou a gente. Ele não tá aqui e vão matar o Trevor e a May lá na mansão. Alguém precisa avisar pra eles pelo amor de Deus!

— O quê? Não pode ser possível. Scott!

— O que foi, pai?

— Entre em contato com a mansão agora, filho! Vão matar a May e o Trevor!

— Não! A minha May não!

Na sala de controle, Edward está conversando com Fionna pela escuta.

— Fionna, fiquem aí e tomem cuidado. Ele enganou a todos nós, vamos tirar vocês daí agora mesmo.

— Tá bom, Edward. Meu Deus do céu!

— Espera um pouco, outra pessoa está entrando em contato. Edward falando!

— Edward, é a Ellie! Armaram pra todos nós, a Jennifer e o Mason descobriram que o Dr. Addan colocou alguém na mansão pra matar dois amigos nossos que ficaram lá.

— Essa não, essa não! Estou indo até vocês agora!

Edward sai imediatamente da sala de controle, ao passar pela porta recebe um golpe na cabeça por alguém que não podemos ver. Ele cai no chão inconsciente.

Na beira da praia, Scott tenta a todo custo entrar em contato.

— Droga! Ninguém atende na mansão!

Lisa questiona:

— Scott, o que houve?

— A May e o Trevor estão em perigo, Lisa.

— Ai meu Deus!

Victor juntamente com Dylan e Hillary ficam apreensivos.

— O que tá acontecendo? O Scott e o capitão Dan estão nervosos.

Hillary questiona.

— O que será que aconteceu?

O capitão Dan tenta fazer uma chamada através das escutas pra todos na mansão e ninguém atende, vemos um bip em alguma parte da casa, quando nos aproximamos, vemos alguém com um uniforme militar no chão e pela fisionomia, tudo indica que é o general Maximilion.

Na sala do projeto Neon, Fionna e Ashley ficam a cada vez mais preocupadas.

— Eu sabia que tinha alguma coisa errada, o Dr. Addan não iria deixar isso passar tão fácil.

— Fionna, a gente precisa fazer alguma coisa, entrar em contato com o capitão Dan, sei lá.

Ouve-se uma voz.

— Eu sabia que cedo ou tarde vocês iriam me trair, esperava mais de você, Ashley. Sua traidora imunda!

— Hilda? Como você entrou aqui?

— Sempre soube que você estava ajudando essa maldita, sempre soube! Eu deveria ter te matado enquanto podia, Fionna.

— Acabou, Hilda. Não tem mais chances pra vocês.

— Sim, de fato acabou. Porque eu vou matar vocês… (Apontando sua arma) Vocês três.

Na praia, Scott tenta a última vez entrar em contato e nada dá certo.

— Nada, o que a gente vai fazer?

Neste momento, ouve-se um disparo e alguém da tropa é abatido, imediatamente outras pessoas começam a ser abatidas, é neste momento que vários soldados aparecem de dentro das árvores atirando neles.

O Capitão Dan alerta:

— TROPAS! CUIDADO!

Eles se separam pela praia e começam a atirar nos soldados. Scott exclama:

— Judy, Lisa, eu dou cobertura pra vocês! Vão pro outro lado!

— Ok.

Judy e Lisa correm pra parte de cima da praia. Enquanto isso, Victor e sua equipe estão combatendo os soldados.

— Droga! De onde eles vieram?

Hillary responde:

— Eu não sei!

— Dylan, você tá bem?

— Ainda estou!

No local onde está Cristhian e Demétrio, este último exclama.

— Cristhian, vamos correr pra dentro das poças e a gente usa elas como abrigo.

— Vamos!

Os dois começam a correr, mas os soldados do Dr. Addan não estão para brincadeiras, o capitão Dan ao ver isso começa a atirar neles.

— Rápido, garotos! Não posso dar cobertura por muito tempo.

O capitão Dan mata todos aqueles que estão próximos de Cristhian e Demétrio dando o tempo pra eles pularem pra dentro da poça.

— Droga! Olha só no que a gente foi se meter, Cristhian.

— E isso não é nada.

Na sala do projeto Neon, Hilda continua a ameaçá-los.

— Eu me cansei de toda essa merda, vou acabar com todos vocês. Eu não sigo mais nenhuma ordem, agora eu faço tudo por conta própria.

Fionna observando de lado que Makoto está bem mais distante delas, grita:

— Makoto, corre!

Makoto se dirige à porta principal, Hilda mira nele.

— Não vai não!

Fionna avança no braço dela e a pistola dispara.

— Makoto, corre! Agora!

Makoto destrava a porta e sai dali com bastante dificuldade pra correr.

— Socorro! Alguém me ajuda, por favor!

Dentro da sala, Fionna e Hilda continuam forcejando uma com a outra.

— Me larga, sua maldita! Eu vou acabar com você!

Hilda esbofeteia Fionna, ela cai no chão e antes que Hilda tente pegar a pistola, Ashley a chuta para bem longe e tenta impedi-la.

— Por que tá fazendo isso, sua maldita?

Hilda dá um tremendo tapa na cara de Ashley. Fionna se levanta e a agarra pelo blaser derrubando-a no chão.

— Vai pagar por tudo que nos fez, sua velha desgraçada!

Fionna começa a dar várias bofetadas na cara de Hilda.

Enquanto isso, a tensão aumenta na praia e vários soldados da tropa começam a ser abatidos, Victor e Hillary ficam preocupados. O primeiro argumenta.

— A gente precisa de reforços, estão por toda a parte.

— Como esses miseráveis vieram parar aqui?

Na sala do projeto Neon, continua a inconstante luta entre Hilda e Fionna.

— Você vai pagar por ter destruído a vida dos meus amigos, por ter destruído a vida do capitão, e do seu próprio filho, sua desgraçada!

Hilda reage e chuta o estômago de Fionna, esta cai e Ashley tenta separar as duas, ela consegue pegar a pistola de Hilda.

— Parem com isso! Por favor, parem!

— O que vai fazer? Vai atirar em mim, sua traidora?

— Por favor, não me obrigue a isso.

— Então vai, atira sua maldita! Atira!

— Ashley, não entra no jogo dela!

— Não tem coragem, não é? Covarde! Covarde! Eu juro que vou te matar, vou arrancar cada pedacinho de você, sua morte será lenta e dolorosa, eu juro por tudo que vou acabar com você, Ashley!

— Ashley! Não dá ouvidos pra ela!

Ashley está tremendo e começa a chorar enquanto segura a arma.

— Vamos, atira em mim, vagabunda! Atira!

— Não… Não… JÁ CHEGA, MAMÃE!

— O quê?

No gabinete, ambos estão apreensivos. Ellie argumenta.

— Gente, por que o Edward tá demorando tanto? Já era pra ele ter vindo pra cá.

Jennifer ouve algo.

— Gente, que barulho é esse?

Julian responde:

— Parece que… Tá vindo do boneco.

Eles percebem que o bip começa a ficar maior e em seguida para rapidamente.

Ellie exclama:

— Afastem-se!

O boneco explode e os 4 são arremessados pras extremidades da porta do local. Nos corredores, Makoto ouve o barulho da explosão.

— O que tá acontecendo?

Na sala do projeto Neon, Hilda está completamente impactada com o que Ashley acabou de dizer.

— O que… O que você disse?

— Por favor, já chega!

— Você me chamou de mamãe. Eu não sou tua mãe, sua bastarda maldita!

— Ashley!

Quando Hilda estava prestes a atacar Ashley, ouve-se um barulho dos controles. Ashley a ponto de atirar em Hilda se detém e olha para o recipiente.

— O que tá acontecendo?

Fionna diz:

— É o Neon. Os sinais vitais dele aceleraram.

Hilda diz:

— Não pode ser possível.

O recipiente começa a trincar pouco a pouco, e a água fica ainda mais borbulhante.

— Fionna!!

— Ashley! Não pode ser, ele vai acordar.

Na mansão Maximilion, May está próxima à porta e quando está a ponto de girar a maçaneta, a porta se abre e vemos uma metralhadora apontada pra ela.

— May!

Ela se afasta e fica perto de Trevor.

— O que vocês querem?

— Ordens são ordens, moça. E vimos aqui pra matar vocês dois.

Trevor abraça May e ambos temem o pior.

Na praia, após muita luta, parece que a tropa do capitão Dan e do comandante Alfred conseguiu deter praticamente todos os soldados que estavam ali na ilha. O Capitão grita:

— Vocês estão bem?

Alguns respondem, mas já houve baixas ainda ali. Cristhian e Demétrio saem da poça, este último avista alguma coisa lá no fundo.

— Tem… Alguma coisa ali.

Os demais percebem que o chão está fazendo pequenos tremores. Judy comenta:

— O que tá acontecendo? O chão tá tremendo.

O comandante Alfred grita para o capitão Dan.

— Capitão! Tem alguma coisa vindo.

O Capitão Dan tapa o reflexo do sol com as mãos e consegue enxergar algo que ele não gostaria de estar vendo.

— Meu Deus, só pode ser brincadeira.

Os outros soldados avistam ao horizonte.

— Mas… Que porcaria é aquela?

Hillary observa bem e com bastante temor exclama:

— É o Aragon!

Aragon se aproxima deles a passos lentos, o capitão Dan os alerta.

— Pessoal, em posição! Preparem-se para atirar!

Todos estão posicionados. Mas através da mira na arma de Scott, ele percebe algo incomum.

— Espera… Tem alguma coisa ali.

Victor do outro lado também percebe.

— O que é aquilo que o Aragon está carregando?

Eles esperam que Aragon se aproxime mais até conseguirem enxerga-lo bem. Quando Aragon se aproxima, o capitão Dan percebe algo.

— Não pode ser possível, isso é…

Sim! Aquilo que o acompanhava não era nada do que a gente imaginava… Trata-se de Emily! Ela está sentada no ombro de Aragon com a cabeça baixa e com a outra mão apoiando-se na cabeça dele.

E não é só isso, lado a lado e  atrás vemos as feras domesticadas por Emily e vários soldados infectados. Os garotos do outro lado não podem acreditar no que estão vendo, Lisa fica aflita e se aproxima.

— Não, Emily! Emily, sai daí!

Na mansão Maximilion, o capanga está disposto a eliminar Trevor e May.

— Por favor, não façam isso! Eu imploro!

— Tarde demais, moça. Vocês dois tem que morrer. Três…

Na sala do projeto Neon, a tensão aumenta a cada vez mais, o recipiente continua a trincar. Fionna, Ashley e Hilda estão baqueadas vendo o fenômeno,

Até que então, Neon abre os olhos pela primeira vez.

— Não pode ser… Neon despertou!

Na mansão, a contagem continua.

— … Dois…

Na ilha, Aragon para de se movimentar, todos ficam extasiados sem saber o que fazer. Neste momento, Emily começa a se levantar lentamente do ombro de Aragon, ela continua com a cabeça baixa, mas percebe-se que seu semblante já não é mais o mesmo. Ela começa a levantar a mão lentamente em direção a eles.

Na mansão, o soldado está a ponto de executar sua contagem.

— … Dois e….

Na sala do projeto Neon, este está com os olhos abertos. Ashley se aproxima de Fionna.

— Fionna, a gente tem que sair daqui.

Neon de dentro do recipiente dá um grito ensurdecedor e o recipiente quebra de uma vez espalhando vidros por todos os lados e a água inunda toda a sala, as três são arrastadas pela correnteza.

— Ashley!

— Fionna!

O monstro mais uma vez grita olhando para o alto e toda a central começa a tremer.

Na praia, Lisa está parada ao lado de Judy e vendo sua irmã encima daquele monstro.

— Não. Não.

Emily está levantando a mão lentamente, ela inclina a cabeça pra cima e abre os olhos, aqueles olhos não são mais os mesmos, olhos vazios da mais profunda escuridão em tom avermelhado como sangue. Ela aponta o dedo indicador para a direção deles e imediatamente todos os felinos e soldados infectados correm até eles, o capitão Dan ao perceber o perigo, alerta a todos.

— RECUAR! RECUAR! Fujam para a floresta!

Os que estavam mais próximos não conseguiram escapar e são abatidos pelos felinos, Emily continuam em pé no ombro de Aragon, ela diz:

— Não tenho interesse em sobreviventes… Matem todos!

Aragon entende o recado e dá um urro que atrai as outras feras que estavam atrás e elas correm a toda velocidade pra atacar a tropa.

Todos estão correndo desesperados, Lisa está chorando e se recusa a sair do lugar. Judy insiste.

— Lisa, rápido!

— Não, não, minha irmã!

Scott agarra Lisa pelos braços a força.

— Vem, Lisa! A gente vai morrer!

Lisa se debatendo no colo de Scott enquanto ele corre se desespera e sente a maior dor de sua vida.

— Me solta! Me solta! EMILY!

 

 

 

 

 

“NAQUELE DIA,

 

A HUMANIDADE SE LEMBROU

 

 

    QUEM É O VERDADEIRO     

INIMIGO.”

 

 

 

 

 

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  • Melqui, simplesmente sensacional. Que construção incrível da série para chegar até esse gran finale da terceira temporada. Tudo o que tenho a dizer é que você é genial, meu amigo. Fiquei sem fôlego completamente. Quanta ação, quanta adrenalina, quanta euforia, puro êxtase. Não sei nem o que falar aqui para enaltecer essa série de forma que seja merecida. Qualquer palavra é sopro diante dessa obra prima.
    Essa temporada mostrou o quanto os personagens evoluíram em vários sentidos, inclusive em construções pessoais ou apenas vimos que até o mais forte pode desanimar, pode ter um coração partido, entretanto pode novamente se erguer. Mostrou o quanto o ser humano pode ser cruel ou de modo contrário pode se tornar bom, caso queira. Mostrou a fraqueza de alguns personagens, seu lado humano mesmo, com toda uma crise emocional e psicológica.
    Foi notória tbm sua monstruosa evolução na escrita. Depois dessa temporada confirmo que Vale Dicere é a melhor série que já li em toda minha vida. Simplesmente parabéns e muito obrigado por me trazer algo incrivelmente incrível como VD. És foda, irmão!

  • Melqui, simplesmente sensacional. Que construção incrível da série para chegar até esse gran finale da terceira temporada. Tudo o que tenho a dizer é que você é genial, meu amigo. Fiquei sem fôlego completamente. Quanta ação, quanta adrenalina, quanta euforia, puro êxtase. Não sei nem o que falar aqui para enaltecer essa série de forma que seja merecida. Qualquer palavra é sopro diante dessa obra prima.
    Essa temporada mostrou o quanto os personagens evoluíram em vários sentidos, inclusive em construções pessoais ou apenas vimos que até o mais forte pode desanimar, pode ter um coração partido, entretanto pode novamente se erguer. Mostrou o quanto o ser humano pode ser cruel ou de modo contrário pode se tornar bom, caso queira. Mostrou a fraqueza de alguns personagens, seu lado humano mesmo, com toda uma crise emocional e psicológica.
    Foi notória tbm sua monstruosa evolução na escrita. Depois dessa temporada confirmo que Vale Dicere é a melhor série que já li em toda minha vida. Simplesmente parabéns e muito obrigado por me trazer algo incrivelmente incrível como VD. És foda, irmão!

  • Rapaz, quem diria que eu teria a presença ilustre desse cara por aqui nos agraciando com seu comentário? hahaha. Muito obrigado, meu amigo. Realmente você pegou a série com força e não largou kkkkk.

  • Rapaz, quem diria que eu teria a presença ilustre desse cara por aqui nos agraciando com seu comentário? hahaha. Muito obrigado, meu amigo. Realmente você pegou a série com força e não largou kkkkk.

  • Ontem a noite coloquei meu fone de ouvido, dei o play na trilha e viajei mais uma vez nessa obra de arte. Parabéns por esse incrível talento que tens, amigo !!!

  • Ontem a noite coloquei meu fone de ouvido, dei o play na trilha e viajei mais uma vez nessa obra de arte. Parabéns por esse incrível talento que tens, amigo !!!

  • Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

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