Fionna queria descobrir o que se escondia por trás daquela porta. Mas pelo visto era algo que ela não estava esperando.
— Ai meu Deus! O que é isso?
Dentro do recipiente, uma criatura semelhante a Aragon está adormecida ali dentro. Aquilo, seja lá o que for, tem uma aparência espectral e curiosamente tem um cabelo liso e de cor branca que bate na altura do ombro, ele está ligado a vários aparelhos e tem uma máscara de oxigênio levando em consideração que ele está completamente imerso. A criatura deve ter cerca de 3 metros e meio ou mais.
— Meu Deus! O que o Dr. Addan pretende fazer com essa coisa?
Neste momento, Fionna é surpreendida por Ashley.
— O que você está fazendo aqui??
— Ashley! Então era isso? Era isso que vocês estavam escondendo o tempo todo, não é?
— Não deveria estar aqui, não pode estar aqui!
— Por favor, precisam me contar que tipo de criatura é essa? Por que estão escondendo isso de todo mundo?
— Eu não posso fazer isso, Doutora Fionna! Não me obrigue a te entregar!
— Por que me entregaria? Eu quero te ajudar.
— Não! Não pode me ajudar, já estamos mortas só pelo fato de estarmos aqui dentro. Eu sinto muito, Dra. Fionna. Não posso deixar isso ir pra frente.
Ashley começa a correr até a porta, Fionna vai atrás dela, quando Ashley se aproxima da porta, Fionna a puxa pelo cabelo e a empurra para o interior da sala. Fionna fecha a porta novamente e Ashley faz de tudo pra tentar sair do local querendo passar por cima de Fionna a qualquer preço.
— Não! Você não pode fazer isso, temos que sair daqui!
— Já chega, Ashley!
— Não! Se o Dr. Addan e a Hilda descobrirem que estamos aqui, vão nos matar. Sai da minha frente, Fionna! Deixa eu passar!
— Você não vai sair daqui enquanto não me der uma explicação.
— Não! Me deixa sair!
Fionna agarra Ashley e em seguida dá um tremendo tapa na sua cara fazendo-a cair no chão.
— Chega, cacete! Para de defender esses assassinos! Será que não entende que nós podemos salvar o mundo inteiro das mãos desses psicopatas? Por que tem tanto medo deles?
— Fionna… Por favor… Esquece isso.
— Não, e você vai me contar que porcaria é aquela que está ali? Nós não vamos sair dessa sala enquanto eu não tiver respostas. Não seja como eles, Ashley… Não seja uma assassina!
Mansão Maximilion, Quarto do Capitão Dan, 17h05.
Todos ficam impressionados com a proposta do Capitão Dan.
Hillary: Espera um pouco, capitão. Eu acho que não ouvi direito.
— Exatamente isso, Hillary. Vamos pegar esses garotos para passarem por um treinamento militar rigoroso. Se eles querem continuar nessa luta, terão que se adequar a nós.
Marco: Mama mía! Será que conseguiremos treinar esses garotos em tão pouco tempo?
Ellie: Precisamos pensar positivo. Mas… O que podemos aproveitar nesses garotos?
Victor: O Cristhian é bastante corajoso e ousado, talvez a ousadia dele pode ser um problema dependendo da situação, mas se ele aprender a limpar isso, pode ser um ótimo combatente. O irmão dele, o Dylan seria ótimo na estratégia defensiva, ele é mais “cabeça” que o Cristhian e tudo o que precisamos aqui é alguém equilibrado.
Dan: A Jovem Lisa tem o que precisamos… Motivação, depois do que aconteceu, ela está mais disposta do que nunca a crescer e fazer de tudo para pegar o Dr. Addan.
Victor: A Lisa está sedenta por vingança, e não é pra menos. É imperdoável o que o Dr. Addan fez com ela, ou melhor, com a irmã dela.
Hillary: A May é uma ótima estrategista.
Scott: Sim, inclusive falei isso com ela hoje que ela possui uma inteligência incrível! Creio que ela pode nos ajudar montando estratégias militares ou ser o “crânio” da nossa operação.
Brian: Mas a May nem gosta de se envolver com isso. É mais fácil ela só querer tomar conta do Trevor.
Dan: Droga! Temos o Trevor. O que faremos?
Maximilion: Creio que minha filha Claire pode tomar conta do garoto quando vocês partirem para a Ilha.
Dan: Agradeço muito, general. Têm sido de grande ajuda para todos nós.
Enquanto conversam, alguém bate na porta.
Maximilion: Entre!
Quem entra é Cassius, o Mordomo da família.
— Sir Maximilion, com licença. Mas está passando algo na TV sobre aquelas coisas de novo, me recordo que o senhor pediu para que eu o lembrasse sempre que visse algo assim na TV.
— Claro, Cassius, obrigado pelo aviso.Vamos, senhores?
Todos se reúnem de frente à TV.
— As criaturas infectadas estão fazendo de tudo para atravessar o outro lado de Londres onde fica a ponte do Rio Tâmisa. Por sorte a guarda real improvisou barreiras para impedir que essas coisas passem por ali e venham para o outro lado. Mas não sabemos até quando isso pode aguentar, precisamos encontrar uma solução.
O capitão Dan vendo aquilo indaga:
— Se não agirmos rápido, Londres será totalmente tomada por essas criaturas.
Central da Ilha da Phoenix, Sala misteriosa, 17h08.
Fionna consegue enfim convencer Ashley de conversar.
— Há anos o Dr. Addan vem trabalhando nessas experiências bizarras, mas nunca ele foi tão longe ao criar essas criaturas gigantes.
— Então é realmente o que eu estou pensando, existe outro igual o tal do Aragon não é?
— Como soube do Aragon?
— A Emily, ela sentiu quando ele apareceu pela primeira vez quando estávamos no laboratório do Sr. Makoto na casa dela.
— Então… Sabe do que estou falando?
— Não necessariamente.
— O Dr. Addan criou dois titãs poderosos e os deixou adormecidos para estudo. Em um de seus surtos ele começou a variar dizendo que havia criado as bestas do apocalipse.
— O quê? As bestas do apocalipse? Como assim?
— Exato. A besta que saiu do mar, Aragon e a besta da terra… Neon.
— Neon?
— Sim. Este é o nome da criatura que está diante de nós. Ambos estavam adormecidos, o Neon nessa sala e o Aragon no subterrâneo onde a central fica debaixo do mar.
— “A besta que saiu do mar”. Isso faz todo o sentido.
— Há alguns dias Aragon acordou e fugiu daqui, não sabemos pra onde ele foi e nem o que aconteceu de fato.
— Ele foi até à Grã-Bretanha.
— O quê? Até à Grã-Bretanha? Mas por que ele faria isso?
— Só pode ter um motivo… Ele foi atrás da Emily.
Ashley fica intrigada.
Mansão Maximilion, 17h15.
Victor está conversando com os garotos sobre a reunião que tiveram. Dylan indaga:
— Quê? A gente vai ter treinamento militar?
— Exatamente isso, Dylan. O Capitão Dan decidiu que todos vocês vão passar por um treinamento para ficarem aptos para a próxima batalha.
Dylan: Que irado! Você ouviu isso, Cristhian? Finalmente deixaremos de ser inúteis!
Cristhian: Gostei da ideia, mal espero pra bombardear todo mundo.
Victor: A primeira coisa que você vai fazer é conter a sua ansiedade, jovenzinho. Você é elétrico demais pra alguém da tua idade. Precisa se conter.
— Por que sempre sobra pra mim?
Lisa um pouco pensativa decide falar.
— Eu aceito. Eu estou disposta a passar por esse treinamento. Eu jurei que me vingaria do Dr. Addan e eu não vou descansar enquanto não fizer isso.
Todos olham pra Lisa confiantes.
Central da Ilha da Phoenix, Sala Misteriosa, 17h20.
Ashley indaga sobre o argumento de Fionna.
— Eu não entendo, por qual motivo o Aragon teria saído de seu recipiente por causa da Emily? Levando em consideração que ela estava há léguas de distância dele e nem sequer se conheciam.
— Essa é a parte intrigante da história, Ashley. A Emily de alguma forma despertou essa coisa, pois quando ele chegou perto da casa dela, a Emily sentiu a presença dele sem nem ao menos tê-lo visto.
— Isso é muito estranho! Nunca vimos algo assim antes.
— É, eu sei. Mas o que você pode me dizer sobre… O Neon?
— Bom, ele permanece adormecido, mas está estável. Continua com sinais vitais normais, o cérebro funciona apesar dele estar totalmente inconsciente.
— Sabe se ele tem alguma previsão de despertar?
— Não, nenhuma. Espero que não seja que nem aconteceu com o Aragon.
— Ashley!
— Sim?
— Podemos usar essa coisa ao nosso favor.
— Como assim?
— Talvez se… Se conseguirmos fazer com que a Emily se comunique com ele através de envios das ondas cerebrais… Ele possa ser “domesticado” antes mesmo de acordar.
— O quê? Mas isso é loucura! Não temos certeza se pode dar certo.
— É por isso que a gente tem que tentar. A Emily pode ser a nossa esperança, se ela conseguir controlar o Neon, poderemos ter uma arma biológica conosco e assim fugiremos dessa ilha pra sempre.
A decisão de Fionna pode alterar todo o percurso da história, Ashley fica balançada e não sabe dizer se concorda com o plano ou não.
Mansão Maximilion, 17h25.
Brian e Hillary estão dando as notícias da reunião para May e Trevor.
May: Quê? Treinamento militar? Gente, isso é muita viagem.
Brian: Sim, mas acho que esse é o melhor método pra que todos nós possamos nos defender. Afinal de contas estamos em guerra, May.
May: Esse é o problema. Eu odeio guerras!
Hillary: May, você não precisa fazer parte do treinamento, se não quiser, nada é obrigado. Mas você e o Trevor precisam de segurança, a Lisa e os demais com certeza vão querer ser treinados.
May: Eu não sei, vou pensar no caso.
Pelas ruas de Londres, os humanos infectados continuam a tentar invadir uma área onde os guardas fazem de tudo para deter o ataque. Enquanto isso na Corte Real, um grupo de pessoas estão reunidas em uma mesa longa. A TV está ligada mostrando os eventos que estão ocorrendo no país.
Um dos membros desliga a TV e pronuncia:
— Agora percebem, senhores ministros, que estamos em um perigo iminente? Isso pode se alastrar mais do que estamos vendo.
— Senhor Primeiro-Ministro, a realeza até agora não se pronunciou sobre todos esses eventos que estão ocorrendo em nosso país.
— Estou ciente, ministro. Já estamos há quase duas semanas vivenciando esse caos. Caos que pelo visto foi causado pela Dra. Fionna Jones.
Outro ministro questiona:
— Mas senhor… Pelo o que eu soube, a Dra. Fionna saiu recentemente da cadeia, ou melhor, o General Maximilion pagou a fiança dela para que fosse libertada. Só não sabemos com qual finalidade.
— Por isso que precisávamos da presença da Rainha nesta reunião.
— Não será necessário!
Quem entra na sala é o Príncipe Henry, jovem formoso, 22 anos, cabelos pretos e lisos.
— Príncipe Henry, é um prazer revê-lo, majestade!
— O prazer é todo meu, Primeiro-Ministro. A Rainha não virá hoje, mas estou aqui como representante direto dela, podem me dizer sobre o que estão discutindo?
Outro ministro responde.
— Estamos discutindo sobre o motivo do teu sogro ter libertado a Dra. Fionna Jones. Ao que eu sei, ela é a grande responsável de ter provocado esse caos que assola o nosso país.
— Eu acredito que o Sir Maximilion tem todos os motivos para ter pago a fiança da Doutora Fionna. E o motivo mais lógico é que ela deve ser inocente.
O Duque Washington que está presente ironiza:
— Acredita mesmo que a senhorita Fionna é inocente, príncipe?
— E por qual outro motivo ela teria sido libertada, Duque de Sussex?
— É incrível que a monarca tenha escolhido você para ser o futuro governante do trono!
— Se não gosta do nosso reinado, Duque Washington, escolha outro lugar para viver.
O Duque Washington é um homem de aparência ranzinza, tem um bigode que caracteriza sua expressão ameaçadora.
— Não, majestade. Afinal de contas estou aqui para ajudar.
Um dos ministros indaga:
— Por favor, majestades! Deixem as suas indiferenças para depois. Estamos tratando de um assunto de vida ou morte. Príncipe Henry, achas que consegues conversar com o General Maximilion sobre a situação?
— Claro, a minha noiva Claire voltou hoje de viagem e vou vê-la e assim aproveito para conversar com o general.
— Perfeito! Nos traga as informações mais concisas possíveis. Precisamos acabar com essa desgraça que está arruinando nosso país.
Central da Ilha da Phoenix, Sala Misteriosa, 17h30.
Fionna continua dando detalhes de seu plano para Ashley.
— Se enviarmos as ondas cerebrais da Emily para o Neon, ele pode ter acesso às memórias dela e vice-versa. E não correremos o risco de acontecer o mesmo com o Aragon.
— Então será como uma espécie de telepatia?
— Basicamente isso. Precisamos dessa sala, Ashley. Temos que fazer todos os procedimentos aqui.
— Como quer fazer isso? O Dr. Addan e a Hilda podem descobrir a qualquer momento.
— O Sr. Makoto precisa nos ajudar também. Essa é a nossa arma para derrotar o Dr. Addan. Mas eu preciso entender algumas coisas dessa sala.
— Bom, aqui nessa mesa que mais parece uma ilha de edição tem tudo o que precisamos pra monitorar o Neon, e também nesse botão podemos nos comunicar com qualquer pessoa através de chamada de voz ou vídeo.
— O que disse? Qualquer pessoa?
— Sim, desde que tenhamos o número móvil da pessoa, funciona como uma transmissão via Skype, porém a gente não precisa de um gancho pra falarmos. Veja.
Ashley aperta o botão e aparece uma tela no formato de um holograma.
— Aqui você digita o número da pessoa em questão e escolhe o tipo de chamada que quer fazer. Ou por vídeo ou por voz.
— Isso é brilhante, Ashley! Podemos entrar em contato com o Capitão Dan e os outros através disso.
— Mas Fionna, é muito perigoso!
— Eu sei, mas não vamos fazer isso hoje. A essa hora todos já estão retornando do chá, precisamos sair dessa sala e amanhã voltaremos.
— Quer voltar para essa sala?
— Claro, Ashley. Vamos entrar em contato com o Capitão Dan e trazer a Emily pra cá pra tentarmos enviar os sinais das ondas cerebrais dela para o Neon. Essa é a nossa chance. Nossa única chance!
Mais tarde na mansão Maximilion, o príncipe Henry está ali presente conversando com os demais.
— O quê? A Dra. Fionna está sequestrada? Mas… O senhor não havia pagado a fiança dela, general?
O capitão Dan responde.
— Na verdade o que fizemos foi um golpe militar, príncipe Henry. A pessoa física por qual o seu sogro pagou a fiança era na verdade uma de nossas agentes que estava disfarçada.
— E por falar nisso, sou eu, me chamo Jennifer, prazer em conhecê-lo!
O príncipe intrigado indaga:
— Mas isso é impossível! A imprensa inteira viu o noticiário da Dra. Fionna se declarando culpada pela propagação do vírus.
Dan: Aquela era de fato a verdadeira Dra. Fionna, ela mesma quis se declarar culpada para tomarmos tempo de ir atrás do verdadeiro causador de tudo isso… O Dr. Addan.
Henry: Addan Melvick? O Presidente da Organização Phoenix?
Maximilion: Exatamente, príncipe Henry. Segundo o capitão Dan e todos os que estão aqui presentes, o Dr. Addan foi quem sequestrou a Dra. Fionna juntamente com uma garotinha de 9 anos chamada Emily e as levou para uma ilha.
Henry: Mas… Isso é absurdo! Como que a corte não ficou a par disso?
Dan: O Dr. Addan tem súditos por todos os lados, e mesmo se fizéssemos isso, teríamos que ter provas concretas pra que a realeza prenda o Dr. Addan. Será apenas a nossa palavra contra a dele.
Lisa que até então estava apenas atenta escutando decide falar:
— Espera um pouco, quer dizer que já não basta o que a gente passou, ainda temos que ter provas para que o Dr. Addan seja culpado? Gente, será que não percebem o tanto de coisas que este homem fez com a gente?
Cristhian: Ele atirou em mim, sequestrou a Fionna e a Emily, quer mais provas do que isso?
Maximilion: A monarquia inglesa não vai seguir um consenso apenas pelo o que falarmos, precisamos provar a todos e principalmente a Rainha que a nossa versão é a verdadeira.
Henry: Pois se isso alivia vocês, haverá uma reunião parlamentar depois de amanhã pra discutirmos sobre tudo o que está ocorrendo, dessa vez a minha avó, a Rainha Elizabeth, estará presente. Ela é quem vai decidir quem é culpado ou inocente nessa história.
Ellie: Ótimo! Se formos a esta reunião parlamentar, podemos tentar convencer a Rainha de que o Dr. Addan é o verdadeiro causador de tudo isso.
Henry: Eu posso conversar com os parlamentares, mas creio que eles só vão autorizar no máximo dois de vocês.
Maximilion: Creio que o melhor é que o Capitão Dan vá, afinal de contas ele é o líder da tropa.
Dan: Prometo que farei o melhor.
Scott: Pai, vai dar tudo certo. Tenho certeza que o senhor vai se sair bem lá.
Dan: Obrigado, filho. Então… Agente Victor, eu gostaria que você fosse comigo à reunião parlamentar.
Victor: Eu? Mas não seria melhor o Scott ir com o senhor, capitão?
Dan: Creio que o Scott será mais útil aqui ajudando no treinamento dos garotos durante a nossa ausência. E por falar nisso vocês começam a treinar amanhã, garotos!
Dylan: Legal!
Cristhian: Estou ansioso!
Claire: Gente, eu sei que não é o momento propício, mas… Vamos todos tentar resolver isso o mais rápido o possível porque quero ver todos vocês no nosso casamento. O Henry e eu queremos muito que vocês sejam nossos convidados de honra.
Dan: Será um prazer, senhorita Claire!
Henry: Bom, sendo assim eu preciso retornar à minha casa e avisarei ao conselho que vocês estarão presentes na reunião. Com licença!
O Príncipe Henry se retira e é acompanhado por sua noiva até a porta. Agora todos precisam entender que não se trata mais apenas de uma batalha contra criaturas violentas, e sim de um acordo entre humanos para tentar solucionar o caso e derrubar o principal responsável: O Dr. Addan.
Central da Ilha da Phoenix, 18h10.
Fionna e Ashley estão contando para Makoto tudo sobre o que conversaram na sala onde reside Neon.
— O quê? Vocês duas ficaram malucas? Se alguém do Dr. Addan pegasse vocês lá, não estariam aqui para contar história e de onde tiraram essa ideia absurda de usar a Emily para se comunicar com o Neon?
Fionna o responde:
— Senhor Makoto, se nos unirmos, podemos ter a própria arma biológica do Dr. Addan em nossas mãos, se conseguirmos fazer com que a Emily controle o Neon, ele pode ser a nossa chance para escaparmos daqui assim que ele despertar.
— Mas e se for o contrário, e se ele se revoltar e fazer que nem o Aragon fez?
— Foi o que eu disse para a Fionna, a ideia não é ruim, mas estaríamos nos arriscando muito e também colocando a vida da Emily em perigo.
— Vocês dois precisam confiar em mim, precisamos de um motivo para usarmos aquela sala sempre. E um de vocês dois vai convencer o Dr. Addan disso.
Ashley intrigada pergunta:
— O quê? Ficou maluca? Nós não…
Makoto interrompe…
— … O que acha que devemos falar pra ele? O Dr. Addan não é bobo e nem nada.
— Por isso que tem que ser um de vocês, ele não confia mais em mim, então se um de vocês falar que vamos usar a Emily para controlar o Neon, ele vai achar obviamente que será para os planos dele. Vocês só precisam dizer que estão me usando para que isso se concretize, que eu inocentemente estou achando que isso é para o bem da humanidade e que na verdade vocês vão usar a Emily para o mal.
— Eu odeio admitir que você é muito mais esperta do que eu imaginei, Fionna.
— Ashley, você também é inteligente, mas não está sabendo usar da maneira correta.
— Tenho medo de acontecer alguma coisa com a minha filha.
— Não vai acontecer, Sr. Makoto. E por falar nisso, amanhã iremos entrar em contato com o Capitão Dan naquela sala.
— O quê? Tá louca? Vão nos descobrir.
— Sr. Makoto, precisa aprender a ser mais ousado, eu preciso que vocês dois me passem todas as coordenadas dessa ilha e desse prédio, cedo ou tarde o Capitão Dan e sua equipe virão até aqui. Eles precisam estar preparados para o que os esperam.
— Sendo assim, acho que… Acho que eu vou tentar conversar com o Dr.Addan sobre o projeto Neon.
— Muito bem, Ashley! Eu sabia que você seria corajosa.
— Então eu te darei tudo o que você precisa para passar ao capitão Dan.
— Obrigada, senhor… Lembre-se que estamos fazendo isso por tuas filhas. Bom, estamos tempo demais aqui conversando a sós, é melhor nos separarmos e cada um ir pro seu canto.
Makoto e Ashley saem cada um para um lado. Fionna sai para o corredor e alguém a chama pelas costas.
— Fionna?
Ela se vira e responde:
— Pois não?
— É um prazer revê-la novamente!
— Desculpe, mas… Eu o conheço?
— Claro, creio que por rosto você não vai me reconhecer, mas talvez se você imaginar uma máscara de oxigênio em mim e uma pasta prateada você vai se lembrar.
Fionna começa a ter flashes em sua mente no dia em que recebeu a pasta prateada em sua residência.
= = FLASHBACK = =
O agente do Dr. Addan acaba de entregar a pasta prateada nas mãos de Fionna com uma combinação.
Fionna: Escuta, como eu vou saber que tudo isso não é uma armadilha?
— Você quer mesmo saber?
Neste momento, um homem está se aproximando do capanga do Dr. Addan que aparentemente acabou de ser mordido por alguma criatura.
— Por favor… Me ajude!
O capanga pega a sua arma e responde:
— Você quer ajuda? Pode ter certeza que terei o enorme prazer em te ajudar.
Ele dispara a sua arma letal que praticamente explodiu a cabeça do outro indivíduo, Fionna se ajoelha assustada levando as mãos até a boca, lá dentro o Capitão Dan e o agente Frederico se prepara para agir, Fionna sabendo que eles teriam algum tipo de reação, faz um sinal com as mãos para trás para que os dois recuem e não saiam da casa, eles compreendem o sinal e retornam, o capanga do Dr. Addan olha novamente para a Dra. Fionna e diz:
— Espero que isso fique bem claro. Não se atreva a trair o Dr. Addan, pois isto aqui e muitas outras coisas ainda podem acontecer com você… Doutora Fionna.
O indivíduo entra no carro e dá partida deixando Fionna completamente desconcertada diante do que acabou de ver.
= = FIM DE FLASHBACK = =
— Não pode ser, você é o agente do Dr. Addan que foi na minha casa naquela noite!
— Olha, você tem uma boa memória! Exatamente, senhorita!
Ele se aproxima dela.
— Eu não havia percebido o quão bela você é. Muito prazer! Sou Edward Brits, ao seu dispor.
Edward tem em torno de 40 anos, alto e boa aparência, mas nada disfarça o seu semblante sarcástico.
— O que está fazendo aqui?
— Bom, eu… Vim aqui para tomar conta de você, Fionna. Soube de tudo o que aconteceu. Mas eu receio que você tem outras ocupações por agora, então… Vou me retirar. Ah!
Ele pega a mão de Fionna e beija.
— Não sabe a satisfação que é vê-la novamente.
Fionna fica completamente intrigada, este homem pode destruir os seus planos naquela ilha.
Mais tarde, O Dr. Addan e Hilda estão no gabinete principal conversando e Naraj chega ao recinto.
— Com licença, milordes! A senhorita Ashley tem um recado para dar a vocês.
— Permita que entre, Naraj.
— Claro, Dr. Addan.
Naraj abre a porta para Ashley, ela tenta disfarçar de todas as formas o nervosismo que está sentindo naquele momento.
— Boa noite, Dr. Addan. Senhora Hilda?
— A que devo a honra de sua visita ao meu gabinete, senhorita Ashley?
— Bom, eu estive pensando esses dias e eu soube do que essa garotinha que veio com a Fionna, pode fazer.
— Até aí nenhuma novidade, mas continue.
— Estava conversando com o Sr. Makoto Ishihida… E se colocarmos a Fionna no projeto Neon?
— O quê? Está maluca? A Fionna não pode saber do projeto Neon.
— Calma, eu… Eu tenho uma ideia.
Hilda incomodada questiona:
— Seja mais direta, garota!
— Essa garotinha, a Emily… Tem o poder de controlar as criaturas infectadas pelo vírus, então podemos levar em consideração que o Neon também possui o mesmo vírus com algumas diferenças da fórmula que foi feita. A Fionna tem conhecimento sobre o DNA da Emily, e se usarmos a garotinha para que ela controlasse o Neon ao nosso favor? Poderíamos experimentar uma espécie de lavagem cerebral para que ela não se lembre de seu presente e de seu passado. E assim ela poderia ser treinada a domesticar o Neon assim que ele despertar.
— Interessante… Conte-me mais!
— Poderíamos usar a Fionna como a nossa aliada pra dizer que estamos fazendo isso para o bem da humanidade, mas que na verdade a nossa intenção é transformar a garotinha em uma arma para nós. Assim ela vai poder controlar não só o Neon, como todas as criaturas infectadas pelo vírus.
Hilda intrigada pergunta:
— Essa ideia não pode ter partido de você, Ashley. Ou foi?
— Hilda, não seja tão dura com a jovem. Esse plano é excitante! E sabe o que mais me alegra, Dra. Ashley?
— Sim?
— É que eu já estava planejando fazer isso antes mesmo de você pensar no assunto.
— É sério?
— Claro! E é que com muito prazer, doutora, que eu quero apresentar o Complexo E.
O Dr. Addan mostra um cilindro com uma substância dentro.
— O que é isso?
— Com a substância do Complexo E, podemos literalmente torrar o cérebro de um ser vivo e depois domesticá-lo do nosso modo. É assim que faremos com a Emily.
Ashley fica baqueada e tenta disfarçar o tom de surpresa.
— Nossa! Que ideia brilhante, não é?
— Sim, porém o seu plano a princípio é o mais eficaz, acho que vou me divertir mais um pouco com a Dra. Fionna. Deixar ela acreditar que está fazendo o bem para a garotinha quando na verdade está facilitando o jogo para nós. Após isso, se o Neon acordar, vamos usar a jovem Emily para a nossa maior ambição. Controlar todas as criaturas e alcançar o poder e a glória.
— Então, quando podemos começar?
— Quando quiseres, senhorita. Somente vocês três ficaram encarregados disso? Não quer mais ajuda?
— Não, eu acho o suficiente, agradeço por nos ouvir. Agora se me derem licença, vou retornar.
— Ashley!
— Sim, Dr. Addan?
— Lembre-se que a Fionna não pode descobrir as demais funções que tem naquela sala. Se caso ela descobrir, sabe muito bem o que acontece com quem me trai.
— Claro, Dr. Addan. Com licença!
Ashley se retira da sala. Hilda se aproxima do Dr. Addan.
— Achas que podemos confiar nessa inútil?
— Nela sim, Hilda. Eu não confio na própria Dra. Fionna. Por isso eu designei o meu agente Edward pra estar sempre de olho nela. Ele vai ser praticamente uma sombra na vida dela.
— Acho bom mesmo, a Fionna tem sorte, eu já a teria eliminado há muito tempo.
— Calma, Hilda, calma… Desfrute o momento, pois em breve teremos todo o mundo em nossas mãos.
Mansão Maximilion, 19h30.
Lisa está na varanda da casa olhando para a lua, Victor está passando por ali e se aproxima dela.
— Lisa? Você não vai descer pra jantar?
— Eu já estou indo,Victor. Obrigada!
— Olha, eu me lembro de tuas palavras assim que descemos daquele helicóptero. E sei que tudo o que você quer agora é se vingar do Dr. Addan mais do que tudo. Mas não deixe que isso tire a essência de quem você é de verdade, Lisa. Não permita que o ódio por um homem que nem é digno de pena seja mais forte que o seu caráter.
— Agente Victor, eu…
— …Olha, eu sei o que você está sentindo, eu também ficaria louco. Quando o Frederico morreu na minha frente eu queria ter desistido naquele momento, mas sabe quem me encorajou? Os garotos! Cristhian e Dylan, exatamente isso. Acho que você precisa prestar mais atenção em quem está a sua volta e gosta de você, ou acha que o Cristhian teria ido conosco no C.E.P apenas por compaixão?
— Eu, eu…
— … O Cristhian gosta de você, Lisa. Eu posso parecer ser um homem duro e sério, mas eu percebo isso. E sei que você é uma garota boa, só precisa esvaziar a sua mente para aprender as coisas dessa vida.
— Obrigada pelas palavras, agente Victor.
— Não sou um bom confidente como sua amiga May, porém quando passamos por tantas coisas, a gente amadurece.
— Escuta, Victor! Nunca pensou em formar uma família?
— Admito que isso está longe dos meus planos, jovem Lisa. E talvez eu não seja o padrão “homem de família”, mas você ainda está no tempo de conseguir isso. Lute pelos teus sonhos, Lisa! Não deixe o desgraçado do Dr. Addan destruir quem você é.
— Eu, eu nunca esperei ouvir essas coisas de… Bom de você, é que…
— … Sim, eu sou de poucas palavras, mas talvez seja melhor assim. Tem gente que estufa a barriga pra falar além daquilo do que é, e eu não preciso disso. Bom, eu vou descer, vai participar do treinamento amanhã não é?
— Claro, eu não vejo a hora.
— Ótimo! Nos vemos então. Até mais!
— Até!
Lisa se sente confortada pelas palavras de Victor, ela começa a pensar em Cristhian e observar que realmente ele já fez muito por ela mesmo não a conhecendo direito, mas talvez o seu rancor pelo Dr. Addan possa apagar esse sentimento nobre que ela tem.
Palácio Real de Buckinghan, 20:00.
O Príncipe Henry está passando pelos corredores do palácio e se encontra com o Conde de Wessex, Damian. Homem alto, cabelo grisalho, pele parda.
— Majestade? Soube que vai reunir os parlamentares para discutirmos sobre os eventos em nosso país.
— Conde Damian, preciso que avise à toda a monarca e principalmente à Rainha para nos prepararmos para esta reunião. Você não acredita no que eu descobri.
— O que houve, príncipe?
— A Dra. Fionna foi sequestrada e levada à uma ilha.
— O que disse? Isso é impossível! Ela acabou de sair da cadeia.
— Essa é a parte absurda da história. O Capitão Dan usou uma de suas agentes para se disfarçar da Dra. Fionna, porque ao que vemos o verdadeiro causador desse caos é o Dr. Addan Melvick.
— O Presidente da Organização Phoenix? Meu Deus! Mas têm provas concretas disso?
— Na verdade não, mas todos os que estão residindo atualmente na casa do General Maximilion confirmaram a história. Preciso que se encarregue de passar todos os detalhes para a minha avó assim que ela voltar da Irlanda amanhã.
— Claro, Príncipe Henry, estarei fazendo o que estiver ao meu alcance para que tudo se solucione. Se me permite, vou até a Condessa para vê-la.
— A vontade, Conde.
O Conde Damian se retira, Henry está passando pelo corredor e um membro da guarda real o cumprimenta.
— Majestade.
— Boa noite, senhor!
Ao terminar de reverenciar o príncipe, o guarda espera que ele se afaste para fazer uma ligação.
Um celular toca e quem atende é nada mais e nada menos que o Dr. Addan.
— Alô?
— Dr. Addan, aqui quem fala é Petter Krueger.
Petter Krueger tem aparentemente 30 anos, barba fechada, cabelo loiro.
— Ora, ora, jovem Krueger. Quais as novidades?
— A monarca vai se reunir depois de amanhã juntamente com a Rainha. Acabei de ouvir da boca do príncipe Henry. Parece que vão discutir sobre o caso da Dra. Fionna e sobre o senhor.
— Interessante. Então essa será a oportunidade de mostrarmos à Rainha Elizabeth que eu sou a pessoa que vai resolver todos os problemas da Inglaterra.
— Claro, senhor. Converse com o Conde Damian. Eu vou te mandar agora mesmo uma mensagem com o contato dele.
— Obrigado pela eficiência, Petter. Estarei te aguardando posteriormente na ilha para me passar todas as informações que já descobriu.
— Claro, Dr. Addan. E não se preocupe, ninguém jamais vai desconfiar que eu estou infiltrado na corte. Ninguém!
Dr. Addan sorri de maneira maliciosa, ele desliga a chamada e vê o contato do Duque Damian na mensagem do celular e rapidamente disca o número.
No quarto dos condes, a Condessa Ester percebe que o celular do marido está tocando.
— Damian, ligação!
— Estranho. Quem será?
Ele vai até a penteadeira e atende o telefone.
— Pois não?
— Conde Damian?
— Ele mesmo, quem fala?
— Não nos conhecemos pessoalmente, mas… Creio que já ouviu falar de mim. Sou o Dr. Addan Melvick, presidente da Organização Phoenix.
— Doutor… Doutor Addan?
— Hahahahaha, é notória a sua expressão de surpresa, mas não sou daqueles que fazem rodeios como nos filmes da TV, então vamos direto ao ponto. Quero solicitar a minha presença na reunião parlamentar, pois tenho algo que possa servir para salvarmos toda a humanidade.
O Conde Damian fica totalmente baqueado com as palavras do Dr. Addan. Qual decisão ele vai tomar?
Central da Ilha da Phoenix, Sala do Projeto Neon, 07:30.
Amanhece o dia e finalmente lá estão Fionna, Ashley, Makoto e Emily dispostos a arregaçar as mangas para iniciar os trabalhos.
— Ok. Estamos prontos! Emily, você entendeu tudo o que dissemos a você ontem a noite, não é?
— Entendi, Dra. Fionna. Eu vou “entrar” na mente daquele… Daquele monstro.
— Boa garota.
Makoto argumenta.
— Já estou com todas as coordenadas da ilha como eu te falei.
— Tudo bem, Sr. Makoto. Ashley, vigia a porta! Esse é o momento de contactarmos com o Capitão Dan. Ainda é cedo, essa é a melhor hora.
— Espero que funcione, Dra. Fionna.
Ashley fica próxima à porta. Fionna pressiona o botão para a comunicação. Makoto questiona:
— Espera um pouco, você sabe o número do capitão Dan?
— Se tem uma coisa que eu sou boa, Sr. Makoto, é em decorar números, caso o contrário nunca teria descoberto a combinação para essa porta.
Fionna digita no painel o número do capitão Dan e abre uma chamada.
Na Mansão Maximilion todos estão na expectativa para iniciar o treinamento militar dos garotos, todos eles já estão vestidos adequadamente para a ocasião. O Capitão Dan sente o celular vibrar no bolso e pega imediatamente para atender.
— Alô?
Fionna do outro lado suspira, ela não podia acreditar que enfim conseguiu entrar em contato com alguém do lado de fora.
— Ca… Capitão Dan!
— Fionna? Fionna, é você?
Victor, Claire e o General estão próximos a ele. Victor questiona:
— É a Fionna?
— Sim. Como você conseguiu entrar em contato comigo?
— Eu explico depois. Capitão Dan, todo mundo está aí com o senhor?
— Sim, sim, estamos todos aqui.
— O senhor tem acesso fácil a um computador, tablet ou até mesmo pelo seu próprio celular para fazermos uma chamada por vídeo? Tem muita coisa que eu preciso contar pra vocês.
— Bom, eu acho que…
Claire dá uma sugestão.
— Nós podemos usar a televisão do meu quarto e conectá-la via wi-fi. Ela tem uma web-cam embutida.
— Ótimo! Agente Victor, chame os garotos e diga que é urgente.
— Agora mesmo, capitão!
Minutos depois todos estão reunidos no quarto de Claire e a TV já está ligada.
Claire: Ok, agora está tudo conectado, é só pedir pra ela fazer a transmissão.
Dan: Certo, Dra. Fionna, está tudo pronto.
Fionna: Ok, Ashley, como faz pra colocar a chamada por vídeo?
Ashley: É só apertar no botão azul próximo a você.
Fionna pressiona o botão azul e do outro lado ela aparece na tela da TV e todos ficam impressionados ao vê-la novamente.
Lisa: Ai meu Deus! É mesmo ela!
Cristhian: Dra. Fionna. Está viva!
Fionna: É um prazer revê-los. Todos vocês!
Hillary: Oi, Fionna.
Fionna: Hillary? Mas… Você não havia morrido? Eu vi quando o Dr. Addan mandou um dos capangas dele atirar em você.
Hillary: É sim, mas para o azar do capanga do Dr. Addan, eu estava de colete.
Fionna: Fico feliz que esteja bem! Tantos rostos conhecidos… May, Dylan!
May: Oi, doutora.
Dylan: Prazer em vê-la também.
Fionna: Onde está o August? Não estou vendo ele.
Todos mantém silêncio. Ninguém se prontifica a falar o que houve, Fionna compreendeu o silêncio deles e não quis se prolongar no assunto.
— Eu… Eu já entendi.
Dan: Fionna, conte-nos como conseguiu acesso a nos contactar?
Fionna: Eu tenho, na verdade, mil coisas para contar pra vocês, mas antes disso, Lisa!… Tenho uma surpresa.
Fionna pede pra Emily se aproximar e Lisa ao vê-la se aproxima rapidamente da TV abrindo passagem pelos outros.
Lisa: E… Emily! Emily!
Emily: Lisa!
Lisa: Minha irmã, minha irmãzinha. Você está bem? Se machucou? Estão cuidando de você?
Emily: Eu estou bem, mana. A Doutora Fionna está cuidando bem de mim.
Lisa: Eu logo vou te buscar, meu amor. Eu te amo!
Emily: Te amo, mana!
A emoção toma conta de Lisa e dos demais que estão ali presentes. Ao ver que Emily não iria conseguir dizer mais nenhuma palavra, porque estava tão emocionada quanto os demais, Fionna toma uma decisão.
— Isso não é tudo, Lisa. Temos uma outra surpresa pra você.
Fionna acena com a mão e Makoto se aproxima da tela.
— É o teu pai, Lisa.
Lisa ao ver aquela cena, pões os joelhos no chão e várias lágrimas escorrem em seus olhos.
— Não, não pode ser… Pa… Papai.
— Sim, Lisa… Sou eu! O teu pai… Eu estou vivo, minha filha! Vivo!
Na Sexta, 01 de Novembro,
excepcionalmente não haverá exibição
Retornaremos normalmente na próxima
Terça- 5 de Novembro.